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3. METODOLOGIA

3.7. Limitações do método

Já ressaltado anteriormente, existem poucos dados levantados sobre o desenvolvimento sustentável e o turismo nos Lençóis Maranhenses. Tal fato inibiu ou limitou a possibilidade de se efetivar comparações com os dados que foram levantados nesta pesquisa de forma a permitir avaliar o estágio em que se encontra a região pesquisada com outras localidades.

Além disso, os órgãos públicos não dispõem de dados atualizados e catalogados a respeito dos indicadores básicos de natureza social, cultural, econômica, ecológica e espacial, que configuram as dimensões do desenvolvimento sustentável que foram abordados nesta pesquisa. Por essa razão, parte das conclusões que se poderia chegar ficou prejudicada pelo fato de não ser possível traçar uma linha de análise entre a situação antes e depois, em termos de desenvolvimento sustentável na região dos Lençóis Maranhenses.

Observou-se, ainda, que as informações trabalhadas pelos diversos órgãos públicos apresentam algum tipo de desencontro ou não são uniformes. Organismos que operam com o mesmo nível de interesse, como é o caso do Ibama e Secretaria Estadual do Meio Ambiente, não possuem a afinidade necessária, o que leva a concluir que há uma enorme perda de energia e esforços que poderiam ser mais bem aproveitados se houvesse articulação

conjunta. Por essa razão, relatórios de impacto ambiental apresentados pelas empresas e particulares aos órgãos emissores de licenças de implantação tenham caráter meramente retórico, com o intuito de facilitar a sua aprovação. Nesse caso, de parte a parte, é possível que as omissões sejam objeto de certa condescendência, descaracterizando a visão oficial das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável.

Procurou-se demonstrar, neste capítulo, a metodologia utilizada na coleta e tratamento dos dados. Viu-se que a pesquisa, quanto aos fins, foi classificada como exploratória e descritiva. Quanto aos meios, foi classificada como pesquisa de campo, documental, bibliográfica e estudo de caso. Demonstrou-se que o universo é formado por Pessoas Físicas e Jurídicas com variado nível de interesse e participação nos empreendimentos turísticos na região dos Lençóis Maranhenses e a amostra foi composta de uma seleção desses atores, escolhidos entre empresários, nativos, pessoas empregadas nos estabelecimentos locais, agentes públicos e representantes de empresas do terceiro setor. O próximo capítulo tratará do estudo de caso, apresentando os resultados da pesquisa.

4. RESULTADOS

Este capítulo está dividido em três partes. Na primeira delas (item 4.1.), apresentam-se as características do Estado do Maranhão e da região pesquisada, os Lençóis Maranhenses. Na segunda parte (item 4.2.), são mostradas as relações entre o turismo e o desenvolvimento nos Lençóis Maranhenses. Finalmente, na terceira parte (item 4.3.), são analisados o resultados obtidos em relação ao desenvolvimento sustentável na área da pesquisa, abordando cada uma das dimensões propostas.

4.1. O Estado do Maranhão

O Estado do Maranhão, com área geográfica de 333.365,6 km² e população de 5.820.248 habitantes, a despeito do processo de industrialização que vem ocorrendo desde meados da década de 1960, continua a apresentar vocação primário-exportadora. De fato, é um dos poucos Estados brasileiros em que a população rural, ao longo da sua história, sempre foi maior que a população urbana. Somente a partir do levantamento demográfico promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1996 é que a população urbana ultrapassou a população rural, conforme se evidencia na tabela seguinte.

Tabela 03: População Residente, por situação de domicílio, no Maranhão, 1950 – 2002.

Analisando os principais produtos exportados pelo Estado, é possível confirmar as suas características primário-exportadoras. Os produtos minerais no primeiro estágio de industrialização e a soja em grão respondem por 96,25% da pauta de 2002, que apresentou números da ordem de US$ 652.375.000,00. O restante da pauta é praticamente representado por madeiras e seus derivados (MARANHÃO EM DADOS, 2003).

Em que pese a disponibilidade dos dados remontar a 1996, eles ainda são considerados refletores da realidade do Estado pelo próprio governo, que os divulga em seus indicadores de desempenho. Com base neles, verificamos que o Produto Interno Bruto (PIB), segundo as atividades econômicas, revela o setor de serviços como responsável por quase 60% da economia. Chama atenção o fato de que boa parte do PIB do setor de serviços é gerada pela própria administração pública (cerca de 25% do total do Estado). O segmento do turismo (alojamento e alimentação) aparece com pouco mais de 2% do PIB total. Quando os números do Estado são isolados da economia, a agropecuária passa a ser o setor com maior destaque, seguido da indústria.

Fonte: Maranhão em Dados, 2003.

Figura 01: Estrutura do produto Interno Bruto (PIB), segundo atividades econômicas, 1996.

Com o objetivo de dinamizar a economia maranhense e, também, porque o Estado apresenta condições peculiares para atração de investimentos turísticos, o Governo do Estado decidiu lançar o Plano de Desenvolvimento

Integral do Turismo no Estado do Maranhão ou Plano Maior. Segundo

informações da Secretaria de Turismo do Estado do Maranhão (disponíveis em www.ma.gov.br/turismo), o Plano Maior é um programa que tem por objetivo orientar a implantação da atividade turística e assegurar as bases para um desenvolvimento sustentável. Procura garantir, assim, a preservação do patrimônio natural e cultural, a satisfação do turista, o retorno para os investidores e ganhos para a comunidade.

4.1.1. O Maranhão e o turismo

Dados extraídos do Plano Maior (1999) revelam que, em relação ao turismo receptivo internacional, os municípios de Salvador (10,9%), Recife (7,2%) e Fortaleza (4,6%) assumiram, em 1998, a preferência dos destinos na Região Nordeste, “Nas pesquisas da EMBRATUR, o Maranhão ‘não existe’ como destino para o turista estrangeiro que viaja ao Brasil”, informa o Plano

Maior (p.43), uma vez que apenas 3,2% dos que chegam em São Luís são

estrangeiros.

O Estado registra que recebeu 431.324 turistas em 1998, número que saltou para 660.195 em 2002, apontando um crescimento de 53%. Suas projeções para 2010 são de 1.069.500, dos quais cerca de trezentos mil deverão ser estrangeiros, representando um crescimento de 62% em relação aos números de 2002. Para isso, espera investimentos da ordem de R$ 814 milhões, sendo R$ 475 milhões correspondentes a recursos públicos destinados à infra-estrutura e R$ 339 milhões da iniciativa privada. Com isso, espera gerar 130 mil empregos na fase de implantação dos investimentos e cerca de 10.300 na fase operacional, além de uma receita direta que pode alcançar a marca de R$ 620 milhões anuais.

O Plano Maior foi erguido em torno de macro-programas, sendo que as preocupações com a sustentabilidade estão inseridas no Macro-Programa de Desenvolvimento. De acordo com esse plano, o desenvolvimento turístico

sustentável só poderá alcançar o sucesso desejado se proporcionar boa qualidade de vida aos habitantes das comunidades hospedeiras. Em função dessa premissa, garante que toda ação de melhoria e de estruturação turística leva em conta o desenvolvimento integrado dos aspectos sociais, econômicos, urbanos e a preservação dos recursos naturais.

Para a região dos Lençóis Maranhenses, o programa prevê a construção de 1.500 unidades habitacionais em hotéis e pousadas que possam abrigar cerca de 620.000 turistas a cada ano. Com isso, espera gerar 70.400 empregos na fase de estruturação e 5.100 empregos na fase operacional. Os investimentos devem somar cerca de R$ 422 milhões, sendo R$ 253 milhões em infra-estrutura, bancados pelos órgãos públicos, e R$ 169 milhões oriundos da iniciativa privada.

Os números tratados no Plano Maior revelam a grande aposta que o Governo do Estado do Maranhão faz em relação aos Lençóis Maranhenses, considerado um dos últimos paraísos ainda em estado natural na face da Terra.

4.1.2. Os Lençóis Maranhenses

Localizado no Litoral Oriental do Estado do Maranhão, o território correspondente ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado por meio do Decreto nº 86.060, de 02/06/1981. Sua área se apresenta sob a forma de “uma linha de costa regular e tendo parte de sua extensão coberta por uma vasta área de dunas de areia. Possui uma área de 155.000ha, abrangendo os municípios de Santo Amaro, Primeira Cruz e Barreirinhas” (IBAMA, 2003), com coordenadas geográficas de 02o19’S a 02o45’S, 42o44’W a 43o29’W e os seguintes limites e confrontações: Norte – Oceano Atlântico; Sul – Santo Amaro e Barreirinhas; Leste – Paulino Neves; Oeste – Primeira Cruz e Santo Amaro.

Em janeiro de 2002, com a inauguração da rodovia MA-402, o acesso ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses tornou-se mais fácil via transporte rodoviário. Com 260 km de extensão, o percurso São Luis – Barreirinhas pode

ser feito em três horas, o que torna a viagem mais agradável. Pode-se chegar na região a partir da cidade de Parnaíba, no Piauí, com destino a Tutóia e Barreirinhas. O percurso é feito em estrada não pavimentada e bastante precária, consumindo cerca de cinco horas de viagem. Uma outra forma de acesso é através da cidade de Chapadinha, no Maranhão, feito por estradas em má estado de conservação. Além da via rodoviária, pode-se chegar ao parque por via marítima, saindo de São José de Ribamar com destino Primeira Cruz, Humberto de Campos e Santo Amaro, com duração de doze horas. A partir de qualquer um desses municípios, adentra-se ao Parque pelos rios Periá e Alegre. Como terceira alternativa, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses pode ser acessado por transporte aéreo, fretado a partir de São Luís com destino a qualquer um dos municípios. A viagem é feita em cerca de quarenta minutos. Está sendo construído um aeroporto em Barreirinhas com perspectiva de inauguração no ano de 2006, com capacidade para pouso de aviões de carreira.

Segundo o Plano de Manejo do Ibama para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, a proposição para criação do Parque veio com o intuito de preencher lacunas existentes no então sistema de Unidades de Conservação e conservar amostras de toda a diversidade de ecossistemas naturais do país.

A característica fisiográfica do Parque, devido apresentar uma área de relevo plano, constituído por areias quartzosas marinhas e cordões de imensas dunas de coloração branca, as quais assemelham-se a “lençóis jogados sobre a cama”, originou a denominação da Unidade de Conservação de Lençóis Maranhenses (IBAMA, 2003).

Sob o ponto de vista ambiental, a região forma um ecossistema exótico com predominância de dunas espalhadas desde o litoral, separadas pelo rio Preguiças. A oeste desse rio encontra-se a Unidade de Conservação dos Lençóis Maranhenses, região conhecida como Grandes Lençóis. A leste fica a Zona de Amortecimento, conhecida como Pequenos Lençóis. Ao adentrar no sentido do litoral para o interior do Estado, as dunas começam a incorporar a vegetação agreste, entremeada de rios e várzeas onde florescem palmeiras, entre as quais o buriti e o açaí.

Como característica típica da zona equatorial, a região não apresenta a as quatro estações do ano, resumindo-se apenas à estação das chuvas (inverno), entre janeiro e julho, e a estação seca (verão), entre julho e dezembro. Durante o verão, as lagoas evaporam. No inverno, as lagoas voltam a se formar entre as dunas.

Fonte: D’Antona (2000).

Figura 02: Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

A área de influência20 do Parque abrange seis municípios do litoral oriental maranhense: Barreirinhas, Santo Amaro, Primeira Cruz, Humberto de Campos, Paulino Neves e Tutóia. Os três primeiros municípios estão inseridos parcialmente na Unidade de Conservação. A zona de amortecimento (ZA)21 do

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses conta com uma área de 4.232,31km2, da qual são excluídas as sedes municipais de Barreirinhas,

Primeira Cruz e Santo Amaro. Nos seus limites estão incluídas parte dos

20 De acordo com o Ibama (2003), Área de Influência é aquela que tem vínculo com a Unidade

de Conservação em relação aos municípios da micro-região e as microbacias onde está inserida, bem como outras áreas em que fatores interfiram na Unidade ou que a Unidade possa interferir sobre eles.

21 Segundo a Lei nº 9.985/2000, Zona de Amortecimento é “o entorno de uma Unidade de Conservação onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade” (inciso XVIII, artigo 2º).

municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas.

Fonte: IBAMA (2003).

Figura 03: Mapa da Área de Influência do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Humberto de Campos, o município mais antigo da região dos Lençóis Maranhenses, surgiu em 1612 quando a expedição comandada pelo francês Daniel de La Touche chegou à ilha de Upaon-Mirim, depois denominada Santana. Teve os nomes de São José do Periá e Miritiba, até que, em 1934, sua denominação foi modificada para Humberto de Campos, em homenagem ao escritor que lá nasceu. Primeira Cruz foi desmembrada de Humberto de Campos em 1947. Ainda na condição de povoado, a cidade serviu como base dos portugueses, em 1614, quando ali se instalaram para reconquistar São Luís. Nesta época, foi erigida uma cruz que originou o nome do município.

Santo Amaro do Maranhão nasceu com os jesuítas expulsos de Tutóia, que lá se fixaram nas dunas e permaneceram até o falecimento do jesuíta mais antigo, chamado Amaro, razão da denominação. Foi desmembrado de Primeira Cruz e elevado à categoria de município em 1994. Barreirinhas tem seu nome em função das barreiras de argila nas margens do rio Preguiças. O nome foi oficializado no fim do século XVIII, mas só em 1871 foi elevada à categoria de Vila e em 1938 à de município. Paulino Neves originou-se no povoado de Rio

Novo e seu nome é uma homenagem a um coronel latifundiário do município de Tutóia. Sua transformação em município só foi efetivada 1994.

Tutóia surgiu a partir de ocupações nas margens do rio de mesmo nome. Antes habitada pelos índios Tremembés, foi depois povoada por habitantes da bacia hidrográfica do Rio Parnaíba. Com a implantação de um porto em 1758, o povoado foi elevado a vila, com o nome de Vila Viçosa.

A base econômica da região, desde as primeiras aglomerações humanas, sempre foi agrícola, artesanal e calcada na subsistência. De acordo com D’Antona (2000), a produção tinha por fim suprir a alimentação (mandioca e peixe), prover matérias-primas para a construção (olaria), locomoção, confecção de instrumentos de trabalho (produtos coletados das palmeiras). Podia-se visualizar, além destas atividades, pequenas criações (bois, porcos, bodes, cavalos e burros), sempre com o objetivo de atender necessidades diárias.

De fato, a lavoura, a pesca, o extrativismo e, incluo, a pecuária e a olaria se misturam em diferentes graus, fazendo das pessoas: lavradores-coletores-pescadores-criadores-oleiros. A combinação destas atividades é o traço mais geral das comunidades dos Lençóis Maranhenses, enquanto a prevalência de cada uma delas é o traço que diferencia os grupos de pessoas. Como dizem eles, “em Atins é

mais pesca”, “o pessoal de Laranjeira é mais de oleria”, “nas Queimadas tem muita cabra, muito bode”, “eu pesco, mas a minha profissão mesmo é lavoura”. Mesmo em cada uma das localidades, o

peso relativo das atividades varia, ao longo de um ano, de acordo com preferências individuais (D’ANTONA, 2000; p.5).

Depois da criação do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, em 1981, e dos investimentos governamentais em infra-estrutura e marketing, na década de 1990, a região saiu do anonimato, despontando atualmente como um dos mais importantes pólos turísticos de toda a região Nordeste. O Governo do Estado do Maranhão, baseado em dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informa que o município de Barreirinhas contava, em 1991, com 29.640 habitantes, número que saltou para 44.531 em 2002, apresentando uma taxa média de crescimento de 3,8% ao ano contra 1,6% do Estado do Maranhão (MARANHÃO EM DADOS, 2003; p.25). Informações disponíveis no endereço eletrônico do Governo do Estado do Maranhão (http://www.ma.gov.br/turismo/) e no Guia das Pousadas e

Restaurantes de Barreirinhas indicam que o município conta atualmente com 61 pousadas, cinco hotéis e um resort. Em 2001, segundo dados do IBGE (http://200.255.94.66/cidadesat/default.php), só existiam 12 empresas de alojamento e alimentação, o que demonstra o acelerado desenvolvimento econômico do município.

As demais cidades do pólo turístico ainda não experimentaram a mesma procura turística registrada em Barreirinhas. Primeira Cruz possui apenas 11.019 habitantes e só há registro de uma pequena pensão. Santo Amaro conta com 9.612 habitantes e não apresenta dados oficiais sobre hotéis ou pousadas no município. Fora da área da Unidade de Conservação do parque, mas ainda na região de interesse, Humberto de Campos conta com uma população de 21.266 habitantes. Segundo o Guia de Hotéis e Pousadas do Brasil (http://www2.ondehospedar.com.br/ma/humberto_de_campos.php), o município oferece um único meio de hospedagem. Tutóia, com 37.728 habitantes, conta com dois hotéis e quatro pousadas. Paulino Neves, onde o IBGE contou 11.526 habitantes, existe uma única pousada.

O último censo do IBGE não captou o desenvolvimento proporcionado pelo turismo. Os dados que se apresentam a seguir dizem respeito ao contexto sócio-econômico dos seis municípios que fazem a região dos Lençóis Maranhenses, apresentados em ordem alfabética.

4.1.2.1. Barreirinhas

O município de Barreirinhas possui área territorial de 3.111 km² e população de 44.531 habitantes, dos quais 66,7% na zona rural e 33,3% na zona urbana (Portal Nacional dos Municípios, disponível em www.portalmunicipal.org.br). De acordo com dados do Banco Federativo, disponíveis no endereço eletrônico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (www.http://federativo.bndes.gov.br), cerca de 40,93% dos habitantes com mais de quinze anos são analfabetos. A taxa de mortalidade infantil da população é da ordem de 92,3 por mil nascimentos e a esperança de vida ao nascer é de 60,4 anos. O PIB do município é da ordem de R$ 18,96 milhões, representando um PIB per capita de apenas R$ 572,06

anual. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de 0,552, está entre os mais baixos do Estado que, por sua vez, é um dos menores do Brasil. De acordo com o Portal Nacional dos Municípios, no município de Barreirinhas foram matriculadas 1.685 crianças no ensino infantil, todas na rede municipal de ensino; 14.218 pessoas no ensino fundamental, sendo 13.099 na rede municipal e 1.119 na rede estadual; 1.234 pessoas no ensino médio, sendo 113 na rede municipal e 1.121 na rede estadual. Do total de 7.725 domicílios cadastrados, 1.907 possuem água canalizada, dez possuem fossa séptica e 4.019 com fossa rudimentar; 1.388 são contemplados com o sistema de coleta de lixo.

O município conta com o Hospital São Judas, mantido por uma entidade filantrópica em convênio com a prefeitura, onde trabalham três médicos (um pediatra e dois clínicos gerais) e dois atendentes que fazem curativos, aplicam injeções, medem pressão arterial, fazem nebulização, entre outros atendimentos. O hospital dispõe de 76 leitos, distribuídos em 14 enfermarias, além de um isolamento para doenças contagiosas. No meio rural existem dezenove postos de saúde, sendo dez mantidos por uma associação criada pela Igreja Católica.

A cidade é servida de iluminação pública pela CEMAR (Companhia Energética do Maranhão), água pela CAEMA (Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão) e telefonia pela TELEMAR (Telecomunicações do Maranhão).

4.1.2.2. Humberto de Campos

Humberto de Campos está fundado em área territorial de 2.131 km² onde vive uma população de 21.266 habitantes, dos quais 70,7% na zona rural e 29,3% na zona urbana (Portal Nacional dos Municípios, disponível em www.portalmunicipal.org.br). Informações colhidas no Banco Federativo (www.http://federativo.bndes.gov.br), cerca de 29,93% dos habitantes com mais de quinze anos são analfabetos. A taxa de mortalidade infantil é de 92,3 por mil nascimentos e a esperança de vida ao nascer é de 62,0 anos. O PIB do município é de R$ 7,16 milhões, representando um PIB per capita de apenas R$ 376,88 anual, fazendo com que o IDH seja de apenas 0,647. De acordo

com o Portal Nacional dos Municípios, em Humberto de Campos foram matriculadas 1.192 crianças no ensino infantil, sendo 1.135 na rede municipal de ensino e 57 na rede particular; 6.480 pessoas no ensino fundamental, sendo 5.743 na rede municipal, 39 na rede particular e 698 na rede estadual; 425 pessoas no ensino médio, todos na rede estadual. Do total de 4.008 domicílios cadastrados, 584 possuem água canalizada, 180 possuem fossa séptica e 137 com fossa rudimentar; 181 são atendidos pelo sistema de coleta de lixo.

Existem 54 escolas do ensino fundamental no município, cinco delas na sede. O curso médio funciona por meio do sistema Tele-sala mantido entre o Governo do Estado e a Fundação Roberto Marinho. O corpo docente é formado por seis professores de nível superior, e o restante de curso médio – magistério.

Conta com um hospital mantido pelo município, com seis enfermarias e 24 leitos. Nele, atuam três médicos, um dos quais reside no próprio município e os demais realizam visitas semanais, além de duas enfermeiras com curso superior, quatro técnicos de enfermagem e dez práticas.