• Nenhum resultado encontrado

tH<> mil ó instante (RA).

19 Lurcitz ub ciL, p 185.

'<» Vid. Itlunnlo I spinola i f , m>I II.« I . p Hc V ll.UJiM ( | i H \ , I til s éilI•• •«U' M i I / m u c / ' / •t a , «i . / . f »

Ohnsjtnàcy (tf

(RA) O regime de 2002 (arts. 40(> e 407) disciplina cspccifu auienii

in iuivs legais moratorios. á semelhança do sistema de (Jirls I oi»' I OM e 1.262).

lista situação exige uma classificação que englobe a categoria em a) juros compensatórios:

b) juros moratórios: b l. convencionais. b2. legais.

Os juros ixmtpensatôrios são também chamados dc rciminenitórtm, l*’ti|iic tem d objetivo de recompensar o uso de um capital alheio; por is s o .

no i. nitrato dc mútuo, destinando-se a fins econômicos, há a presunção tlc Hjp» nu juros, dessa categoria, sào devidos até o limite máximo pemiindo

H ,.< odigO Civil para a fixação dos juros moratórios (art 5l)l combinado ...iii .ut. 40(<|. Conseqüentemente, os juros compcnsatónos constituem *>e !%»•« cslipnlaçfio contratual, são retribui iw s e têm limites para i sua tauí

( Is juros moratórios. constituídos, sempre, por disposição legal, tid miirin .i r estipulados, também, por convenção das partes c têm o ob|eti\o •U i< p.n.it prejni/os do credor decorrentes da mora sotvcruli \«sitn. mi i> glmr »le .'00.'. submetem-se á seguinte disciplina jurídica: Unais cCOHVi n FfÍN*«ii*< e s t e s últimos configuram-se quando as panes deliberarem pela ua

•• .iii. iu i.i 1 )uas são as situações cm ra/âo deles: a) as partes nào estipula t Nm* " ou b) a fixaram.

Nh primeira hipótese, o limite máximo será o da taxa que estiver em

p a ia a mora do pagamento de im/xistos devidos á fazenda Nacional

>«• h»/>osio\ e nào outros trihutos, ou mesmo conlnbuiçócs Hem

Ü«|im mio. de\ idos a I a/enda Nacional e não às estaduais, as municipal.

4 iIiUHInI

Ma», na segunda hipótese, em que convencionarem c lixarem a lata, rftt 1 m Io em \il>>r superiot ao líniile? A pergunta impdc se, poique l a u n . o <lo ( òdigo ( iv il e de nature/a supletiva, ou seja. aplica se quando

n . ■! i,<\ nào tinem i on\ em tonados, ou «> loi em u m i.iu i esli itn

I ii|iii, . lo iem lo itvcticio n m lo s * o lo iem com luxa. poi set a regia i n .i . 1 , 1 (i.>,|. i . i v m I . valo i m aloi que o da m ota do pagam ento

di ' iiliHt ii I ii/enda Na* lonid

\ i »iyi m lt'i|iii'liisi)o mt* y ia iiw i o lIllilH da M iii i/•’ /num t»iiilivl< • ulo | k I o I let l e l o u' ■ ' ( > } ( > , il' 1 1 f d u atu ll d c I W I I , m i ’ |H I n

68 Oríartdo Comes

nado, constitucionalmente, com a materialidade de lei, tanto que foi apelida­ do de "le i de usura” . Buscou-se, entào, proibir juros maiores que o dobro do permitido pela taxa legal dc 6% (seis por cento) ao ano, para os contratos.

Lsta regra amda vige, considerando-se que o regime de 2002. a par dc estabelecer norma supletiva, nào disciplinou em contrário dessa proibição;21 por conseguinte, se as partes convencionarem taxa, teráo de fazê-lo até o dobro da taxa legal, qual seja. aquela em vigor para a mora do pagamento de impostas devidos à Fazenda Nacional.

Já os juros moratóhos que provierem não de convenção, mas forem determinados por lei, sem taxa, também, obedecem ao linute estabelecido no art. 406 do Código Civil.

Surge, aqui. um problema a resolver, qual seja, o da taxa vigorante para a mora do pagamento dc impostos dev idos à Fazenda Nacional: o Có­ digo Tributário Nacional - que é lei complementar, por fundamento de va­ lide? constitucional fixa-a em 1% (um por cento), se a lei. que vier i admitir este acréscimo, não dispuser dc modo diverso. Lembre-se que, sen do lei complementar, esse Código que estabelece normas gerais de direito tributário somente pode ser alterado por documento normativo desse nível para modificar, para mais, a taxa dc 1% (um por cento) que. assim, é teto e não piso. Se é teto, lei ordinária, apenas, terá legitimidade para fixar juros iguais ou inferiores a 1% (um por cento) ao més.

Essa premissa tem lugar, nesse ponto, porque existe lei ordinária tri­ butária que. sem definir a categoria de acréscimo conhecida como SELIC, uma vez que a definição é feita por ato normativo subalterno." estabelece equivalência entre os ju ro s moratórias e essa taxa tradu/ida como sendoa média dos financiamentos diários, com lastro em titulos federais no si su­ ma (SELIC). É evidente a natureza aleatória do valor da taxa SELIC. o que

21 Cf. 5 I * do an. 2* da Lei de IntroduçAoao< YxligoCívil (Decreu>-Lci n“4 í*57, tU-04 >1

setembro de 1442).

22 S E L ICia um a m édia ajustada do» financiam entos diários .ipunidos n, >"Sim» i d ultlc Liquidação c dc Custódia" paia titulos tctlcrais 1<.1 $ |"d o ax t. 2" dil t intilul ll*

2 .9 0 0 do Buneo Central, de 24 de junhode IW Vj A im-i.i <k •vtiuuic *cucvcnitiul > são definidos pelo ( '( ) ] '( ) VI (Cotnitc dc Pulitn u M.hu I.iii i m ailuldo . tu .'ll ,1. uul.i dc IW 6I O Wi'i ovrn cupIctMi cunui cies n,A<< ■••i >i > t. .t. • . ii. i ,n , l.t ni. *.i |>hm • n u a S l I I* . ml m eta, por tu a v iv e r«|M> «<t |* W l n . i .U mion ln .i.U mm icuhUo 11 >!'< IM

Obrigaçõrx 69

i incompatível com o principio do equilíbrio contratual, ensejando, ate. a

l9*vlu<,àopor oneros idadeexcexsiw , se a prestação tomar-se demasiada-

»n.m, alta.

I vsu equivalência está na Lei n" 10.522. dc 19 de julho dc 2(H)2, mas M*I<K c dc um pecado: nem essa lei, nem qualquer outra, define o que seja

M I.IC; alem do que, a alta rotatn idade dessa taxa. para cima e para baixo. •H Mlior da vontade de órgão administrativo, significa nào só usurpação da Kwh>Ui legislativa, como também implica variação de valor da prestação »tt> <1- «proporção manifesta superveniente legitimando a correção judicial.

IJuunto a proibição do anatiK istno a que se refere o autor, o abranda- fttonio da regra esta na possibilidade de capitalização anual, no mútuo. Se o VNMno t bancário, tem-se admitido a capitalização mensal nos contratos MM»t nd(»s a partir de 1 de março de 2000, data da primitiva publicação da Mwlldu Provisória n° 2 .1 72-36, perenizada pelo art. 2° da Kmenda Consti- »**• cmi.iI n" 32, de 12 dc setembro de 2001. Essa Medida Provisória libera ;flp|*N» disposições proibitivas, por ela veiculadas, as instituições financei- .• lU imiis instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do M> ml. porque essas entidades continuam regidas pelas normas legais e re- PP»lmin maies que lhes são aplicáveis.

v».i\ normas sào, sobretudo, as editadas pela chamada “ lei de refnr- M f e / i . a>ia " (Lei n °4.595, de 31 de dezembro dc 1964), a qual autoriza a Mpltltiiii, fto (tildai limitar taxas de ju ros, conjunturalmente. Óbvio que. sen- ■ n «mi ato dc execução e. por isso. legalmente subordinado, não podera

lUpaniai os limites legais que constituem o teto. Ademais, essa lei res-

p i . 11. m a desses atos não só à conjunmra, mas, também, á finalidade

) |a ....iii t.isas favorecidas aos financiamentos que sc destinem a promo-

lu< tnlivos ás atividades que ela arrola "tturnerus clausus". Conscqücn-

Hllr tora de tais circunstâncias nào se legitima a exclusão da

0|tfihiliil «Ir dos limites legais.

11, . iijmlo sobre esses atos dc execução, o próprio autor afinna: i RA)

:a d a \ nwoluçòe.i, O Banco Central, criado pela I ei n“ 4 595,

ihio dc l ‘»o). integia a estrutura jurídica do sistema financei- i i cxtiiitivo da politica governamental d» moeda

\ i ii » M I • O iIm u M * ( M. » w»*m i f » . m*» » '(••*!(**/* n t t J f NiM» HM» |«|* | lu h 1 1 J

70 Oriundo Gomeí

e do crédito, competindo-lhe, também, exercer a fiscalização das institui­ ções financeiros (art. 10. VIII. da lei mencionada).

Desde a sua instituição, o Banco Central vem exercendo a função dc controle do crédito sob todas as suas formas e disciplinando a atividade bancária através da emissão dc normas constitutivas de regulamentos di­ versos pela sua finalidade específica. Dentre esses regulamentos avultam as resoluções do Conselho Monetário Nacional, que lhe cabc publicar e executar. Por esse modo exerce, segundo alguns, atividade normativa. As resoluções seriam um conjunto de normas em nivel de lei.

Sua natureza é. todavia, discutível. Quando se limitam a reproduzir e esclarecer os preceitos legais sobre matéria crcditicia ou dispor sobre situa­ ções não previstas na lei, o problema não desperta maior atenção, mas. quando colidem com um preceito legal, há grande interesse em saber se so­ bre este prevalecem.

A questão apresentou-se nos tribunais a propósito da permissão da cobrança, pelas instituições financeiras, dc juros acima da taxa legal, cm flagrante desrespeito à disposição da Lei de Usura (Dec. n" 22.626. de 1933. art. Io). que prescrevera limite intransponível 4

Em Súmula que tomou o n“ 595, o Supremo Tribunal Federal assen tou que as disposições do Decreto n° 22.626 nào sc aplicavam às taxas de juros e aos outros encargos nas operações realizadas por instituições públi cas ou privadas que integram o sistema financeiro nacional. Poderia pare eer que. reconhecida, como teria sido, a competência das autoridades monetárias para disciplinar o funcionamento das instituições financeiras, o Conselho Monetário Nacional teria competência legislativa para abrir ex ceçõcs a uma proibição legal dc caráter genérico. Dir-se-ia que, tendo com peténcia para limitar as taxas de juros, descontos comissões e qualquei outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financei ros, atribuída no inciso IX do art. 4° da Lei n“ 4.595, excluiu tais opcraçòc. e serviços do âmbito dc aplicação da Lei dc Usura. Se verdadeira fosse > tese. ainda assim ter-se-ia de reconhecer que a exclusão promanara de ou tra lei e não da resolução do Conselho Monetário Nacional ou do Banco Central. Estes órgãos de política nacional do crédito teriam compctênciu tão-somente para limitar, no paràmcüo legal, a remuneração do capital em

Obrigações 71

iirestado, reduzindo, encurtando, diminuindo as taxas, como opina o Prof. (kvaldo Sobral Ferreira.15 Mesmo que se discorde desse entendimento, nem por isso há que aceitar o de que a liberação da taxa de juros no âmbito Ia atividade das instituições financeiras emana diretamente de uma deter­ minação do Banco Central derrogatóna da Lei de Usura. De resto, a Súmu­ la não resolve o problema pois, em verdade, não o enfrenta. Admitindo a inaplicabilidadc dos disposições da Lei dc Usura concernentes às taxas de Juros e a outros encargos nas operações realizadas pelos bancos, o Supre­ mo Tribuna) Federal limitou-se a declarar, em última análise, que. relativa­ mente a essas taxas e encargos, a Lei n° 4.595 derrogara, isto é. revogara parcialmente o Decreto n° 22.626. Dessa declaração sumulada náo há [gomo inferir, numa generalização desarrazoada, que o Banco Central (ou o ( onselho Monetário Nacional) pode proibir o exercício dc direitos assegu- rmlos aos titulares de créditos em geral, a pretexto dc que lhe cabe “ disci- l»!mar o crédito". Sc permitido lhe fosse agir desse modo, reconhecida •Maria a sua compctcncia legislativa, com flagrante inconstitucional idade.

Na verdade, as autoridades monetárias têm compctcncia apenas para | jwuiicar. no particular, atos administrativos normativos, isto é, “ manifesta- vV*cn tipicamente administrativas” , como, dentre outras, as resoluções e de- [ liberações de conteúdo gcral.:< Tais atos revestem a forma de normas Ptynis. mas não são lei em sentido formal e não podem invadir as reservas UAf l,-i. isto é. as matérias que só por lei podem ser reguladas.*" Têm. cm sín-

lc**\ os “ caracteres marcantes do regulamento".

As resoluções do Conselho Monetário Nacional são atos adinintstrati- í normativos, emanados de um órgão colegiado que nào é corpo legislati- rto iKütinados a regular as atividades respeitantes ao

mercado

fhancciro.

l ém, no meu entendimento, caráter regulamentar, e. como todo regu- ■Mncnii). a resolução é um ato inferior à lei. um ato que nào pode contra-

im l.i nem ir além do que cia permite, sendo inconstitucionais e. portanto,

; int Alidos se vão contra a lei.2*

J * ( l 11 ki<atiUH I m u k A iio J u r o * I V i l i l c n u i k U‘n u ik " In f i i n r i w E x lm lo - i l u r n l i c u s c m

Ii.m .i u n i1' "> -l I >' u l a m l c il c D m i iIim Iii IIk Iii i SAai 1' n i l l o S l i t í i v n , 19X1, p 226 ( I t t v l v l - i i ' I ...h ib t i t n i U n ii t * « f . . S i l o P a u lo : R e v i s t a <li • i | tilmiMH |i I 4h

i i M. | I * M* «ii ll* "I1 ' *• i1 l'l'* * •"*• tinll» Mt *U* lilhUt^riilUi

11 m «-m m i«*i, S h iH H .ih i / i i / i » o / . » i i u h t e u m m * r % M t r , *«*n M t U n n C l t u f l M . i * * ' \ * «.i* n

72 Orlando Comes

(RA) Por fim, há limites para os ju ros moratórim legais fixados de modo especifico, no próprio Código Civil, para a mora do pagamento da contribuição para o custeio das despesas de condomínio.-' Os juros pagos aos acionistas da socicdadc anônima nào podem ter taxa superior a 12% (do/e por cento) ao ano.30

Os juros dc mora são contados a partir da citação inicial.

Lembre-se que a proibição da usura, na civilização cristã, tem funda mento bíblico. Encontra-se em Lucas, capítulo 6. versículos 34 c 35. que sc deve emprestar sem esperar nenhuma paga. porque sc deve ser misericor­ dioso. mesmo com os ingratos e maus, tal como o Pai o é (RA).

A despeito de se caracterizar por traços incisivos, os juros devem ser distinguidos de outros frutos ciris, dentre os quais, notadamente. os divt

dendos c as rendas Os dividendos são a forma dc participação nos lucros

atribuída aos acionistas de uma sociedade anônima. Calculam-se mediante porcentagem sobre os mesmos lucros e são pagos periodicamente. Nisso se aproximam dos juros, pela forma. Substancialmente, constituem também remuneração dc capital aplicado. Mas, no dividendo, a porcentagem nào é invariável, como ocorre com os juros. Ademais, sào diversas as finalidades econômicas. Igualmente periódicas e homogêneas são as prestações que consistem no pagamento de uma renda, Dislinguem-se dos juros porque nào constituem rcmuiwraçào pela privação temporária de capital a ser de­ volvido.

De não confundir, finalmente, os juros com amortizações, que sào prestações destinadas a extinguir a divida parceladamente. pela diminui çâo progressiva do capital. O pagamento dc juros deixa o capital intato.

2^ IT. S 1“ do wl 1.336