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Sum ário; 73. Quero deve pagar 74. Quem pode pagar 75. A quem sc deve pagar 76. A quem sc pode pagar 77. Quando sc deve pagar 7*.

Mora oecipunidi. 79. Onde se deve pagai 80. Despesas com o pagamento

8 1. ImputaçAo do pagamento.

H Quem Deve Pagar. Incumbe ao devedor satisfazer a prestação. Cum- M ll>< por outras palavras, pagar. É o normal. Admite-se, no entanto, o ■tMii" im. nto da obrigação por terceiro.

t »devedor nào tem apenas a obrigação de pagar, mas. também, o dtrvi- ■p il* cletunro pagamento, opondo-se a que terceiro juridicamente desinte-

u realize.

t > /ktyamrnln pode ser feito pelo próprio devedor em pessoa, ou por |Ri> «ii s lliarcs ou ajudantes, prepostos a esse fim, ou por intermédio de re~

"r , voluntário ou legal. Tanto quando paga por procurador ou por

^M tnedxi tios auxiliares, é ele próprio quem cumpre a obrigação. Uns c BMtnt ii|H nas praticam o ato material de pagar.

M «jtiriii INide Pagar. ( ) pagamento pode ser realizado por terceiro. Cum- l«im in distinguir, pois o terceiro pode ter interesse, ou não, na extin- l«> i> «livid.i <> interesse há de ser jurídico. Quando se fala em pessoa Mil... >' 11 m 'lução de uma divida, designa-se a quem está jundicamen- ■(Miipi nlutdo em extingui-la. para não ficar exposto à execução judicial ■ b ii 11 < lios interessados, dentre outros, o fiador, o coobngado e o adqui-

ÉNtii <li iniov cl hipotecado. ( 'ensura se modernamente a tese de que só se- ■ ihit H ■ «adu. na extinção da dívida os que têm sub-rogaçâo legal, HApmiIk • poi inteiprclnçflo eMensiv ;i que hasta para legitimar a inter- ■ h f t ii il> ti H i lio um mlen , i' piiiuiiu ntr econômico.1

120 Orlando Gumes

Em relação a esses terceiros, vigora a regra de que podem pagar a ili vida. usando, se o credor se opuser, dos meios conducentcs á exoneração do devedor. Não podem, entretanto, purgar a mora no despejo por falta de pagamento, salvo por via oblíqua

Admite-se. também, que terceiro nâo-interessado pague a divida (\o*

lutio p rv im ito). I- óbvio que se trata de pessoa juridicamente desinteressa»

da. pois ninguém cumpre obrigação alheia sem ter interesse algum. Ncsm- caso. é preciso verificar se o terceiro não-interessado paga a dívida

cm

nome e por conta do devedor ou cm seu próprio nome Se paga em nome « por conta do devedor nomine debitoris é tido como seu represem.mu' ou gestor de negócios, podendo usar dos meios conducentes á exonerai,.»" do devedor, se houver oposição do credor. Se paga em seu próprio noilu tem direito a se reembolsar, mas não se sub-roga nos direitos do credor, e H| efetua o pagamento antes de vencida a divida só terá direito ao neembolto no vencimento Embora importe enriquecimento do devedor, não cria. p.nlj o devedor, obrigação para com o terceiro.

Cumpre distinguir ainda a hipótese do pagamento contra a vontsuk- «l«* devedor. Sua oposição pode tundar-se cm justo motim, ou não. Será jushll cada. por exemplo, se a divida estiver prescrita, ou se podia ser compem 11 • Se, a despeito de fundada oposição do dev edor, o terceiro efetua o pagai to, aquele não é obrigado a reembolsar este senão até a quantia que lhe veite. Já se entendeu que. nesse caso, o terceiro nada podia reclamar «In devedor. Não se justifica porém esse tratamento da solutio pro invito,

O credor não pode recusar o pagamento de terceiro, por implfcir. «In mesmo modo. a satisfação de seu crédito. Se é ccrto que o interesse d« ■ t ( N dor domina a relação jurídica obrigacional. não há ra/ào para proibir .1111» j tervenção de terceiro e. portanto, para submeter a extinção da ohniMt, >w» 4 vontade caprichosa de titular do direito de crédito.

Em três hipóteses admite-se que o credor possa recusar, de ten eint, d pagamento: I') se há, nocontrato, expressa declaração proibitiva ’ 1 Um» traz prejuízo; 3“) se a obrigação, por sua natureza, tem de ser cumpt ida p« *« soalmcntc pelo devedor, nos contratos intuitu personoe.

Há pagamentos que importam transmissão da propriediuie ou <l>> reito de gozo de uma coisa. Necessário, nc > uisoi. que o i< ultAj

capacidade para dispor da coisa que constitui >••»!' ioda pnsta% ao I ><< m»-É

melhor que deve ter legitim idade paiu pt.ititai o *»/o di\/h>\iti\o V' 11M pode alienai, o pagamento 11 Ao m i a \alttlo < «!•< km mno modo .< mio« ut«i

A invalidade pode ser arguida pelo devedor ou pelo credor- Nenhu- ■m duvida quanto á possibilidade dc ser arpüida pelo credor, 'lerá direilo a Ifctyii novo pagamento. Sc a nulidade e invocada pelo devedor, cumpre tflMinruir se a prestação tem como objeto eoi.su especifica ou genérica No Mineiro caso, pode reclamar a coisa que entregou, substituindo-a por ou-

(m Nào no segundo, se o credor a recebeu de boa-fé, e a consumiu. W \ Quem se Deve Pagar. O pagamento deve ser feito ao credor. Tem

qualidade nào só o credor originário como quem o substituir na titula- ■ftludr do direito de crédito, como, u g.. sc morre, o hetdeim . se cede o JfKliiit, o cessionário, ou quem quer que sc sub-m gue nos seus direitos.

I ainda pagamento ao credor o que se fax a quem de direito o repre- **ulr

> representante do credor pode ser. legal, judicial ou convencional ■mmIih me faça as suas ve/es, cm ra/ào do poder de representação conferido

... seja nomeado pelo jui/ para receber a dívida ou tenha, finalmente, para esse fim. Presume-se autorizado a receber quem se apre- ■ M ) »oin i* título da divida, ou munido de quitaião f. eficaz o pagamento ■Rio .10 |>.II como administrador dos bens do filho menor.

Se o pagamento não se fi/cr .10 credor ou a seu legitimo representa»- 1 •••111 ineficaz. Valerá, porem, se ele o ratificar. Ainda, porém, que o nào ^ ■ f n i c . se lhe aproveitar, valerá na medida do proveito obtido. De igual

«r leito á pessoa incapaz.

\ i h . 1111 se Pode Pagar. De regra, não vale o pagamento leito a tercei- | D iin cueçóes abrem-se. contudo, ao principio:

I4) o que se faz a pessoa indicada pelo credor; 2' I o que sc faz. a credor putativo.

Nii primeira hipótese, verifica-se a adjcctus solutionis causa do Direito H01111 I in. mli■•■se que o terceiro, indicado para receber, representa o cre- lliii» 11» 111 .empie age em seu nome A indicação pode configurar esti- ||li cu* lusor dc lerremi, como 110 segliro de vida.

122 Oriundo Gomes Obngaçòf!

Na segunda hipótese, o pagamento é válido se de boa-fé. Considera va-se credor putativo quem estivesse na posse do crédito. Entendia-se que essa posse se exteriorizava pelo título ou documento comprobatório. Prefe­ re-se hoje considerar extintivo o pagamento efetuado a credor aparente. isto é, a quem se apresenta como tal "a base de circunstâncias unívocas", capazes de ensejar a convicção, no solvens, dc que e o verdadeiro credor, eis que assim passa aos olhos dc todos. A ampliação da figura do credorpu

tativo permite apanhar situações como a do devedor que paga ao cessionà

rio de cessão que venha a ser anulada ou o que é feito ao credor primitivo na ignorância de que cedeu o crédito, ou a mandatário aparente do locador.

Não vale o pagamento feito:

a) ao credor incapaz de quitar;

b) ao titular de crédito penhorado, ou impugnado.

Para não valer da primeira hipótese, o solvens deve ter ciência dc que o accipiens não pode dar quitação. Valerá, contudo, sc provar que o paga mento reverteu em beneficio do credor.

Na segunda hipótese, nào valerá apenas contra o terceiro que penho rou o crédito, ou lhe opós impugnação. Necessário, porém, que o devedor tenha sido intimado da penhora, ou da impugnação. Se efetua, nào obst.m te, o pagamento, pode ser constrangido a pagar de novo.

Pagará mal, por fim, o devedor que pague contrariando ordem judi ciai para reter o pagamento.

77. Quando se Deve Pagar. A determinação do momento em qucaohn ■ i ção deve ser cumprida é de fundamental importância, atenta a cirvun i m cia de a divida só se tomar exigível quando se vence. A esse momento chama-se vencimento.

De regra, o vencimento dc uma divida é estipulado pelos contraiam* i derivando, pois, de sua vontade, mas nem sempre isso sucede. Ilá relas <u.. obrigacionais sem essa esttpulação. Outras existem em que o venci mo ii-' decorre da natureza da prestação. Por fim, a própria lei o determina, cm certas obrigações. Conhcccm-sc, portanto, três modos dc dctcnnin.iv>»1

a) negtn ial; b) natural: ct legal.

Pelo primeiro, o vencimento < d iim n ....I... Inntnn,un> m< . i» pelo dcclaiantc. cm n cg o cio jui tdu *• uwlun mI, * o m o n i r n i . i i n i . n t o c a pm

missa, seja pelas partes, em negócio jurídico bilateral, como o contiaio A t/i hyrminação contratual pode ser feita contemporancamcnlc ou puslcrioi

nu ulc á formação do contrato. A determinação posterior ivali/a v moll

«nle aditamento. A determinação natural ocorre quando a pi estação, pm »ua própria nature/a. impõe o momento cm que pode ser cumprida Ni ■

i n»o. o vontade das partes dobra-se às circunstâncias. Até ccrto puulo, pai

I» i p a da natureza dc;>vi modalidade a dctcnninaçào legal, pois em algum

l#a«os o legislador intervém, precisamente porque a nature/a da prestação mlliii na época do vencimento da obrigação Outras ve/es. porém. a min I Vttiv>lo visa a proteger o interesse de uma das partes.

Quando o vencimento não é voluntariamente estipulado, ou nào dc l * i f t c da natureza da prestação, ou. ainda, dc disposição legal, o credoi

I«mIc exigir o cumprimento imediato da obrigação. Por outras palav i as. tal L |itido o termo, vigora o principio da satisfação imediata, f im muitos caso»,

o |Mf:niiiento se faz ato continuo ã constituição da obrigação, I m outros l»tdcrÍA haver certo intervalo entre os dois momentos, mas as parles nflo o

wjfhrMnun. Presume então a lei que contraíram uma obrigação pia a A um

Wmi iii de termo interpreta-se como reserv a, por parte do credor, du luculdu

Wm ik' exigir a prestação em qualquer momento. Pode. portanto, n t lamui -i

I imediata. Contudo, o rigor dessa regra pode scr ahrundudo pelo

Hpmtt m iiM». sc este exige um modicam tempus que permita ao dcvcdoi *.n (Mu/u miii prestação.' A ninguém adiantará tonuir umcnipiestimo paia ics ■ NImii in lonlinenti a coisa emprestada. A faculdade atribuída ao ciedoi d< H jltfli o pagamento imediatamente nào sujeita o dev edor, dc logo. .is conte ■gHInua* do inadimplemcnto. Para tanto, é indispensável a interpelação

lia regia especial prescrevendo que. se não ha pra/o assinado, a moiii la iin ii.. i desde n interpelação, notificação ou protesto (cf. (K \) o pm.ígrulo | «h i> n do.ii i V)7 do ( odigo ( ivil (RA) que é. entretanto, inapluavel a exe ^ B hIi. I .i.I. .1,. di\ i,l.i u l ,, an. (RA) 134 (RA)).

Nas obrigações a prazo, o termo pode scr inicial ou tinal, Sc c mu tal. uma dtlação cnire o momento cm que a obrigação sc constitui c o mo J||«iiio dn iidimplcmento Sc c final, determina quando deve sei i umpiula

1 11. 1 miii final apOc sc a> obrigações dc pnwtaçéws • ontinuas No exame da ... iclulit a ao tem/to do julgamento, mtcicsjui o dia do nt unenlo tia

ri|.. . i • | •• • .K.li' , 111 * i, . • . 111» 11. • «I. • , i • . I. m . I. . \i)'ii .* piWHÇiQ.

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124 Orlando GflWfJ

Antes do seu advento, a pretensão do direito de crédito fica cm suspenso, mas. como o termo c ordinariamente estipulado em favor do devedor, asse- gura-se-lhc a faculdade de pagar antecipadamente. O credor não pode, en­ tretanto, cobrar a divida antes de vencido o prazo estipulado no contrato. Diz-se que espera porque tem confiança cm que o devedor cumprirá a pres­ tação. tanto que. se houver tilndado motivo para desconfiança, a lei autori­ za a cobrança antecipada. É possivel cm três hipóteses:

lu) se executado o devedor, se abrir concurso crcditóno (RA) ou no caso de falência do devedor (RA);

2“) se os bens. hipotecados, empenhados ou dados etn anticrese. forem penhorados em execução por outro credor;

3*) se cessarem ou se tomarem insuficientes as garan tias do debito e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. Hora desses

casos,

o credor nào pode demandar o devedor antes de vencida a divida. Se o fizer, ficará obrigado a esperar o tempo que faltax .1 para o vencimento, a descontar os juros correspondentes c pagar, cm dobro, as custas do processo.

Vezes há. contudo, em que o termo se estipula em favor do credor. que. assim, pode reclamar o pagamento antes do vencimento, mas, se nào 1 • faz. o devedor tem de aguardá-lo.

O termo é aposto por vezes para nào favorecer qualquer das |wtei*

Nas obrigações com termo neutro, o credor nào pode exigi-las ante ftw/xi, nem o devedor pagar antecipadamente. A renúncia ao prazo do vcncimcnit > só se permite por mútuo acordo, tm algumas legislações admite-se a < Idu

sula de melhoria, cm virtude da qual o devedor cm dificuldades financeiras

fica autorizado a só pagar a divida quando sua situação permitir,

A dilação para o adimplemento resulta de uma determinação acesso ria no negócio jurídico, mediante c láusula que subordina o ftagamenfri 11 evento futuro e certo. Sendo o termo simples modalidade do ney<« Io n u > afeta a essência da prestação, de modo que. cm principio, a antet //»</<, ,1, < 011

o retardamento do pagamento, nào sacrifica a utilidade da prestação paia o credor.4 Não perde o credor o interesse de receber somente porque a dl Mitn se venceu, mas há prestações cuja utilidade consiste 11.1 satisfação Utiipr.n

_ _______I >>• -JJlJ.. 1

Vii. Ao credor interessa que seja cumprida no vencimento. Quando amume. tlU-se que há termo essencial. Como tal sc deve entender, por conseniimtc, u termo cuja inobservância tira da prestação a utilidade que linha para »• i iiMlor' A essem ia/idade do termo pode ser suhjettva ou ohjetivii I \id</< «>n quando depende da vontade das partes e objetha se dccorne da natuic m ü i prestação. Fm qualquer das hipóteses, tem fundamental importância |Mn a vida do contraio, pois o inadimplemenlo justifica sua resolução

Assim conto pinle ser subordinado a termo, o pagamento lambem a<l

n u l o i ondiçáo suspenxiva Nesta hipótese, não há indicação certa do mo

iiwuht em que deve ser feito, pois incerto é até o próprio pagamento < > utdor dc obrigaçào condicional nào tem a mesma situação do credor dc ••IWgttÇáo a pnuro. Aquela se cumpre na data do implemento da tondiçào.

nu», cm fuce das regras que a disciplinam, o direito do credor não nasce un Mhi que sc verifique, enquanto, havendo termo, suspende-se apenas seu

I •»> ti leio.

Não se deve confundir o dies soluttonts com o termo a que esta subot

illiuidu 4 cticacia do negócio jurídico' I ste di/ respeito ao momento a par m do qual o negocio produz seus efeitos, enquanto aquele se refere ao in. .mento cm que a obngaçâo deve scr cumprida.

Denomina-se adiamento a protelação consensual do vcmiiuculo d* HUIM tllvidn. /uu tumdc noii petendo tn tem pore" < Horrendo, lem ocredoi I |||i «guardar o esgotamento do novo pra/o lixado.

Além tios casos dc determinação voluntária do vem -intento, aos qual» tM fl» im as regras expostas, devem ser considerados os de lixaçao li >mI < im «li- nlni^açtVs cuja execução demanda tempo Nestas hipóteses as pai tt

IwlOm liberdade de determiná-lo, nem se lhes aplica o principio da tatu kifii tnu dtata

\ 11> i i( '• •• <r \ l i t n t H i l f d t lít rit ti» / 'm y j f n . p M | ( ) cvcnif>lt> ilMk) |kH WUo < k i i I i i i i

iiiinhf »*lm i«liiiis.> w iU’»u p u riu .11 1 ’ h tiu .. «k* iw>i>" r a lu g o u m m ito itiA » d piwii tjw

t m . . i i m l i i / i i a r i l i t v A * ' c i k i o i i n i n u >|<>* t k v i I i i i w m n i f i k I M i l O i n i n , « « J U i ’ i* | ■ l i i t . i i iii< I n / | v n k ‘i o l i . m t i i m i i u * | * r l . « s * * i I " m i l

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126 Orlando Gitnct

O termo de graça é um “ meio de temperar o rigor de um credor impt

edoso contra um devedor embaraçado c de boa vontade. Concede-o o jui/, cm determinadas circunstâncias, a devedor com bens bastantes para o pa

gamenio.

78. Mora Accipiendi. O proposito do devedor de cumprir tempesti vamet ii< a obngaçào pode ser obstado pelo credor. Às vezes, nega-se a aceitai « prestação que lhe c oferecida. Se nào há motiv o para a recusa, frusta, com <• recusa, o legitimo interesse do devedor de desvencilhar-se do vínculo ohit» gacional. Nào é justo. Compreensível, portanto, que a lei ofereça ao dev e dor os meios de se libertar, apesar da oposição do credor, tanto mais quanto o obstáculo levantado pelo credor pode ser interpretado como rciardanim- to no pagamento da divida, imputável ao devedor que permanecesse num vo. (R V) Esses meios legais de liberação do devedor consistem em dua» modalidades de depósito do objeto da prestaçào: ou e judicial ou é baiu *■ rio. Este último, obviamente, c cabível quando a coisa devida for comp.ill- vel com as atividades bancárias de guarda de objetos dinheiro, pm exemplo - sob pena de inaceitaçào (RA). A via judicial a seguir é ;i nçAV de consignação em pagamento: não é. porém, necessária para que ocoi 1.1 • mora do credor. Se o devedor é impedido de pagar no tempo dev ido, tor» nando-se impontual por fato ou omissão do credor, diz-se que este incorvf em mora. É a chamada mora accipiendi. contraposta à mora sol vendi ( nm siste esta no injusto retardamento no cumprimento da obrigação, que im­ porta. pois. violação de um dever. Nào se confunde, por conseguinte. e«>m *

mora do credor. Por isso é preciso extremá-las, nào se justificando t|.im

tratadas conjuntamente, como se costuma proceder. São, com eleito ligit ras jurídicas perfeitamente distintas. Pena que o vocabulário juridu ■> u m disponha de outro termo para expressar a recusa do credor de receitei imI vencimento da div ida.

Para o credor ser constituído em mora mister se fazdeclaraçào dt > d(l vedor. da qual se infira o propósito sincero de cumprir a obrigação NeveM sário, em síntese, que o devedor faça o que se chama a o fe rta n .// ( ..... locução, significa-se a conduta indicativa do propósito sério e fuim <l« >4 tisfazer a prestaçào. Ao devedor incumbe pruvidem tal para que •> ret mento possa ser feito pelo credor setn incômodo de ,u.i p.uU\ lev m.li* I

Obngaçòri 127

■m exemplo, sc for o caso ( obrigação portable). a coisa que lhe deverá en- Ihy .ir Nào hasta demonstrar que a oferta é efetiva. De\ e ainda correspon-

Wt no conteúdo do crédito, t preciso que se proponha a pagar conforme as

HMiiliçôes estipuladas a respeito do objeto da prestaçào, de lugar e do tem- fk) ilu pagamento. Do contrário, o credor teria justo motivo para a recusa.

A oferta pode ser feita antes do vencimento.

O adimplemcnto de certas obrigações requer colaboração do credor

I mi algumas, é indispensável a prática de atos preparatórios* sem os quais

■ tlcvedor ficaria impedido de cumprir a obrigação. Exemplo clássico de kit atos é a opção do credor nas obrigações alternativas. Se o enedor se f t | t a praticar o ato preparatório, toma-se responsável pelo retardamento ftn t iirnprimcnto da obrigação, constituindo-se em mora. Cumpre ao deve- «|«m . todavia, intimá-lo para que o realize, demonstrando, por essa forma nc dispõe a saldar a dívida, a menos que sc deva tornar efetivo no dia

1M0 no contrato.9

A mora do credor pode constituir-se independentemente de oferta do phulnt Verifica-se ipso ju re nas obrigações que rabies, isto é, quando o |rvd> tr se obrigou a recolher a prestação, devendo, para esse fim. procurar o invt-Jor.

Os efeitos da mora accipiendi consistem nas seguintes vantagens mul iiltlas ao devedor:

a) abrandamento da culpa na guarda da coisa;

b) transferência dos riscos;

c) pagamento, pelo credor, das despesas efetuadas pelo

devedor com a guarda e conservação da coisa.

Realmente, a mora do credor subtraiu o devedor isento de dolo á res- fcMi*at>ilidadc pela conservação da coisa e o obriga a assumir as despesas M tl» paia conservá-la. Sujeita-o ainda a recebê-la pela (RA) estimação p«U luv i T.ivel no devedor (RA), sc o seu valor oscilar entre (RA ) o dia es- ■Im I. • ulo p a t a «i pagamento e o da sua efetivação (RA).

I*m ya sc n mora do credor se este se oferece a receber o pagamento e kn«n> n i .»i *s efeitos da mora ate a mesma data Se manifesta a intenção de

128 Orlando Gomes

rcccbcr c o devedor nào cuinpre. passa este a incorrer na mora {debitorix) < RA ) Purga-sc a mora do devedor se este oferece a prestaçào acrescida do