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S u m á rio : 3 7 . Prestações especiais. JX. Prestação pecuniária. J9. Dividas dc valor, 4 0 . PrcMaç&o dc indenização 41. Princípios a que sc su- í>ordina 4 2 . P tn O çio dc juro»

11 Crrvluçics Especiais. Piwto que a entrega ou restituição de uma coisa PJn o i il'|eto das obrígatfes de dar. há prestações desse gênero que merecem ■llftldchK Ao especial, devido a importantes particularidades. São as presta- |fW« i ■ *ii .i .tentes cm dinheiro, reparação dc danos c pagamentos de juros, to-

d. . tu m freqüente c ponderável interesse no comercio jurídico. « niisinucm. respectivamente, objeto de:

m l*n st ii v ím Pccuniária. As obrigações que têm como objeto prestação hio .i-, mais comuns c dc maior interesse para a vida econômi- | § A ««'ti i ontctulo falta, porém, uniformidade. Antes dc examinar suas vá-

... IjiIi<I.uI> >. impòem-se brevíssimas indicações sobre sua natureza, Nu ti 'ou.! d,is obrigações pecuniárias, é de grande interesse distinguir | | I V » i h o < .i nlido . du expressão valor da moeda.

Vpoiiiiim sc o s seguintes: I. vaiar nominal; 2. valor intrínseco; 3. va- *>o. ,i I vtilor corirníe.*

• a) divida pecuniária;

h) divida de indenização;

56 Orlando G om a

Valor nominal ou cxtrinseco c o que se acha impresso na cédula ou na peça.

Valor intrínseco, lambém denominado metálico, é o da moeda em ftinçâo da qualidade e do peso do melai em que é cunhada. Pode ser inferior ou superior ao valor nominal.

Valor dc troca e o que se traduz no poder aquisitivo da moeda, na quantidade de bens que se podem adquirir com certa porção dc dinheiro.

Valor corrente, o de certa moeda em relação a outra; como do real confrontado ao dólar.

Para efeitos jurídicos (compra de bens, pagamento dc serviços, ressar­ cimento dc danos, liquidação dc interesses), o valor nominal é o que mais importa, porque imposto em lei na espécie monetária do pais é. na sua ex­ pressão, que se cumprem as obrigaçóes pecuniárias, e se avaliam os bens

Em Direito, distinguem-se dois conceitos dc dinheiro. No sentido lato. c meio de pagamento, compreendendo os que nào podem ser impostos ao credor porque não têm curso forçado; no sentido restrito, meio de paga­ mento que lem de ser obrigatoriamente aceito.2 Somente o dinheiro neste sentido constitui objeto de prestação pecuniária propriamente dita. No ou­ tro, o cumprimento da obrigação é substituído por entrega.'

A divida pecuniária apresenta-se sob diversas formas:4 Ia) divida de simples quantia;

2") divida de quantia em determinado metal;

3*) divida de quantia determinada />ela espécie da moeda; 4") divida de quantia em moeda de certa espécie com

valor nominal determinado;

5“) divida de quantia em moeda dc certa espécie com

valor convencionado.

2 Hedemann, Denk h o d t ONigockme*, p. 91. Túlio Ascarclli. ProNemus das .V* ie.l.i dfs Antiwma*.

3 Hcdcttuinn. ob. cit. p. 92.

4 Laccrdudc Almeida.Ohrigaçur».^ 231.p 9 8 .Excmplnsrcj.pectivnjiieiuc l"ki|M*!J ment»> iie R$ 1110.00; o puçamcnlu dc RS 100.<x» cm i»ur<> *"i t> p<• >■ mu niu dc M\ 100,00 cin cctuavm, 4")opdfi^mwitoik' RS 100,00cm iikk>U in< ull< i d. um« iii . i rn, •» tU* KS 10(1,110 o>< i .mtblit ilo \

Ohrigftções 57

») cumprimento da obrigação nào sc real i/a do mesmo modo nas di- Vi M i formas. Se a divida é de simples quantia, o dev edor exonera-se pa- .Mando i^ual valor, qualquer que tenha sido a espécie monetána. Mas, se a ili< lil.i deve ser paga etn determinado metal, o pagamento há de ser feito na IIIim.I i convencionada.

Somente as div idas de simples quantia tem como objeto prestação

& tonaria propriamente dita. O pagamento cm ccrtas peças dc moeda ou

«W quantidade de peças da mesma natureza nào corresponde a uma dívida |in < 11 i.ina se bem que consista em dinheiro.

() objeto da divida pecuniária è controvertido ' Considenun-na al- |m<i ' iiunlalidade da obrigação genérica. Sendo o dinheiro o bem fungível p w r " i lència. constituiria objeto de prestação de dar coisa incerta, mas,

|Hi teid a d c. a divida pecuniária não possui esta natureza. Caracteriza-se,

Io valor quantitativo, isto é. medida obtida por meio dc cálculo, sendo

llli ii nte a moeda ou o papel empregado. Ê. cm síntese. obrigação dc ^■Mr dc valor Nu divida pecuniária, a prestação nào é dc coisas, ainda H | M i i i I o u i i I i . i por objeto determinada espécie monetária.

I >ki qualificação da obrigação pecuniária como divida de soma de \ a- t»«iiltain duas importantes conseqüências: a ) o nsco de sua perda não se Ijpaoinnii ao credor quando o devedor envia o dinheiro: b) se a espécie mo- |pMt ia di ‘.aparecer da circulação, o dev cdor não se libera, pois fica obriga- 4>> o pa^at em outra espécie cm que seja convertida. Vale a regra para o ■ fe u de m i invalidada a emissão da moeda.

A prestação pecuniária há dc ser executada na moeda corrente do

H fo , de acordo com o sistema monetário vigente. Se ao papcl-mocda e Hftfrhdo i im s o forçado, não podem os particulares estipular meios dc pa- |..a„ nio qui importem repudio daquele a que o Estado atribuiu o mesmo IglWt liln nitiürio Km conseqüência, a lei declarou nula a cláusula-ouro c ■ f t i processos tendentes a repelir o meio circulante.

g INu.mi. mul.i «• miiM.tc tu) vntor i|iie :■ moeda representa <«j im sua quantidade, ■MimiMiiiiiikiot-iileiiilinwiiUi As*urelli. Nitvdinuii» d cq u c co valor quantitativo o MU» MM»’» * » * < •> <1111 in liim I viilm i h m i i i i u i I ) i • viilm quantitativo esli 111 n h H g a tto n c . c

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38_____________________________Orlando Gomes

(RA) () novo Icxto Código Civil estabelece que a divida cm dinheiro será paga em moeda corrente e pelo valor nominal, sendo nula a convenção de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como a estipularão com o objetivo de estabelecer determinada base para o cálculo de valor de div ida (indexação), salvo os casos previstos na legislação especial, a qual já exclui desta regra, sem prejui/o de outros, os seguintes:

I os contratos e títulos referentes à importação ou exportação dc mercadorias;

II os contratos de financiamento ou de prestação de garantias relati­ vos às operações de exportação de bens de produção nacional, v endidos a crédito para o exterior;

III - os contratos de compra e venda de câmbio em geral;

IV os empréstimos c quaisquer outras obrigações cujo credor ou de­ vedor seja pessoa residente c domiciliada no exterior, excetuados os con­ tratos dc locação de imóveis situados no território nacional;

V os contratos que tenham por objeto a cessào, transferência, dele­ gação. assunção ou modificação das obrigações referidas no item anterior, ainda que ambas as partes contratantes sejam pessoas residentes ou domi­ ciliadas no país (RA)

Uma vez que a divida pecuniária e obrigação de valor nominal, por sc nào admitir seja contraída pelo valor intrínseco ou pelo valor comparati

vo, o credor suporta o risco da deterioração da moeda.’

Nos países que sofrem os efeitos da inflação, costuma-se estipular a chamada cláusula de estabilização, que toma a forma de reajustamento do

preço nas obrigações que se apresentam como contniprcstaçào das dc dar

pela I-ci n* 8.880. tle 27.5.94. c peta Lei n° 9,096, ite 29.6.95. que dispõem sobre o Si* tema Monetário Nacional; peta Lei n® 10.1.92, dc 14..2.2001, que estabelece medid.n complementam ao Plano Real <l< \»

8 Conf Larcni, ob. cit., p. 182. Mcdkk» e prixeMos tendente» a eliminar ou diniiium esse risco têm ndo adotadas ou admitidas no pais por motivo da inlUuu» ini ■ •.... ... Consultar, do autor Transformações GeniLs <h> Direito Um Obriga^'*', i.i|> IX Para o estudo da rnlluenci» ifei daeriornvfto dn iwk-<I i, lttflu r n < i </< tu £ v /» -ii Monétatre ,\ur ta Vir JurulU/ue 1'riH oIiuIih .ni> a *lti•\.i.» tlc P.ml Durniul tmi<l

(io/duvu. I I m i t i r XII |I. » I iliu llh "»' l< > / ''I I '.III < Mfrthml Jc\ Ih itH K tiit . •

Obrigações 59

A i sululízaçâo pela referência ao valor intrínseco ou comparativo da moe­ da iitko c permitida, mas autorizada em relação a outros índices e admitida, tom »crtas dividas, a correção monetária. Lsta técnica dc atualização do INIUh >Ia moeda está admitida por vários diplomas legais.'' O pagamento cm • I» <|i-‘ não è liberatório em principio, porque o cheque ê mera ordem dc f t t U M i n c n t o .

(KA) ü novo texto Código Civil permite, alem da possibilidade da MhIi/iK ái > do valor da moeda c. por isso. a do valor da prestação, lambem. M nmtirnh) progressivo das prestações sucessivas, situação diferente da f^Mli/aUio monetária, hsse aumento da prestação é possível quando se es-

... . «sua sucessividade. o que somente pode ocorrer nos contratos dc du- ■ M o a que sc refere o autor no item 59 do seu livro Contratos. desta ptMnn I ilitora, pois nos contratos instantâneos as prestações reali/am-sc