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O MACACO E O REI JACARÉ (Conto popular) Diz que o macaco morava num lugar com um monte de

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Texto 2 O MACACO E O REI JACARÉ (Conto popular) Diz que o macaco morava num lugar com um monte de

bananeiras. Ele cuidava das árvores que davam pra ele frutos suficientes para sua alimentação. E como o macaco cuidava muito bem das bananeiras os frutos eram os mais gostosos da floresta.

Nesse mesmo lugar vivia um jacaré enorme. Muito grande mesmo. Com mais de três metros de comprimento. Por ser tão grande e forte ele decidiu que seria o rei daquelas terras. E ninguém ousou contestar. O jacaré gostava muito de bananas e espichava o olho para as frutas do macaco. O suposto rei resolveu roubar as bananas do seu dono. Ordenou que o papagaio pegasse as frutas e trouxesse para ele. A ave tentou pegar, mas o

macaco não arredava pé daquele lugar e não deixava ninguém se aproximar de suas bananas. Mas o papagaio era esperto e inventou uma história para enganar o macaco. Chegou de mansinho e foi puxando conversa:

- Como vai, macaco?

- Vou bem, papagaio! E você? E o penoso:

- Eu estou bem! Graças a Deus! E o seu irmão melhorou? Macaco estranhou:

- Meu irmão? Melhorou? Como assim? Não sabia que ele estava doente! E o papagaio jogou uma conversa mole:

- Ih... não sabia, não? Diz que seu irmão está muito doente! Está morre não morre!! O macaco ficou desesperado:

- Meu irmão... coitado! Mas como é que você soube disso, seu papagaio?

- Ah... as notícias correm... os ventos trazem... Conheço muitos pássaros que moram perto do seu irmão e me disseram que ele está muito mal sem fala!

O macaco ficou preocupado:

- Coitado do meu irmão! Eu vou lá fazer uma visita! Eu tenho que ajudar! Ah... mas como eu vou deixar minhas bananas? Quem é que vai cuidar das minhas frutas?

E o papagaio:

- Mas pode ir sossegado, amigo! Eu tomo conta das suas bananas pra você!

O macaco saiu correndo pra casa do irmão e não entendeu nada quando chegou lá. O irmão estava muito bem de saúde pulando e brincando todo pimpão. Só entendeu quando voltou para sua casa e não encontrou nenhuma banana pra contar a história. Ele foi tomar satisfações com o papagaio que muito sem graça tentou explicar:

- Ih, macaco... fiz isso obedecendo as ordens do rei jacaré! Eu não posso com ele e tive que pegar suas bananas!

O macaco ficou com muita raiva:

- Rei jacaré? E quem disse que esse fuleiro pode ser rei? Eu vou na casa dele pegar as minhas bananas de volta!

A cobra que era muito fofoqueira, estava passando por ali, ouviu a conversa e foi ligeira até o rei jacaré contar tudo o que macaco falou. O monarca ficou furioso e gritou alto:

- Ah... é assim? Quero ver se esse macaco é mesmo valente! Quero ele aqui na minha presença hoje mesmo!!

A própria cobra foi levar o recado ao macaco que logo começou a tremer que nem uma vara verde. Ele era valente só nas palavras. A ideia de enfrentar o tamanho e os grandes dentes de sua majestade jacaré deixaram ele completamente apavorado. Mas... que jeito! O outro era rei e tinha que ser atendido. Mas se o macaco não era muito valente, era muito inteligente e logo bolou um plano para enganar o jacaré. Passou pelo corpo todo uma cera muito grudenta e foi para casa do monarca.

O rei jacaré quando viu o macaco abriu a grande boca e falou com voz grossa:

- Ouvi dizer que você queria vir aqui tomar de mim, o rei, essas bananas! Isso é verdade? - De jeito nenhum, majestade! Eu e minhas frutas só existimos para serví-lo!

- Fico satisfeito em saber disso! - disse o monarca – Sem dúvida foi uma mentira! Senta ai! Quero falar com você! Mas sente de frente pra mim e sem tocar nas bananas que estão ai atrás! O macaco sentou com jeito e apoiou com força as costas, inteiramente cobertas de cera grudenta, nas bananas. E o rei jacaré continuou a conversa:

- Disseram pra mim que você conhece muitas histórias, anedotas e adivinhas! Porque não conta uma pra mim?

- Com todo prazer, majestade! Não sou rei como o senhor, mas dou minhas cacetadas! Vou propor uma adivinha!

O macaco se ajeitou, apertou mais as costas nas bananas fazendo que as frutas grudassem ainda mais na cera e disse de uma vez:

- Majestade, diga logo sem demora Como se fosse uma canção: Como posso pegar uma coisa

Sem usar a boca, o pé ou a mão?

O rei jacaré pensou... pensou, mas não descobriu a resposta.

- Isso é impossível, macaco! Ninguém pode pegar nada sem usar a boca, o pé ou a mão! - Pode sim, majestade! É só usar uma cera grudenta nas costas, seu bobalhão!

O macaco disse isso, deu um pulo e virou de costas para o jacaré mostrando as bananas grudadas na cera. O monarca ficou furioso abriu o bocão para engolir o macaco de uma só vez. A sorte é que o espertalhão era rápido e saiu em disparada dando saltos. Mas o rei jacaré estava com muita raiva e correu atrás do macaco. E foi um corre-corre desesperado. O macaco vendo que podia ser alcançado subiu numa montanha muito alta. O monarca foi atrás. Quando o macaco estava bem no alto, na beira de um precipício, comeu algumas bananas e jogou as cascas no chão. Não demorou muito apareceu o rei jacaré com a boca aberta e cheia de dentes. E o macaco gritou:

- Não se aproxime de mim se não vai se arrepender! E o jacaré bufando de raiva rosnou:

- Eu sou um rei! Um rei poderoso e vou acabar com você! E o macaco respondeu:

- É rei coisa nenhuma! Não passa de um bobalhão! Não se aproxime de mim porque será o seu fim!

O jacaré explodindo de ódio foi com tudo pra cima do outro. Quando o monarca chegou bem perto o macaco deu um pulo para o alto. O jacaré tentou abocanhá-lo no ar, mas escorregou nas cascas de banana e caiu no precipício desaparecendo para sempre.

Os bichos ficaram sabendo da façanha do macaco e resolveram aclamá-lo o novo soberano. E o nosso herói reinou por muitos anos com muita sabedoria e prudência.

4.2.2 Proposta 2

Objetivo: Após reconhecer a Lenda como um padrão discursivo narrativo,

identificando suas características do ponto de vista temático e organizacional, identificar algumas instanciações de construções (MON) responsáveis por marcar a evidencialidade do fato narrado, avaliar o fato narrado e marcar o fim da ação narrada.

Conteúdos:

1) Reconhecimento das Lendas como marca da cultura de um povo 2) A organização do discurso narrativo em Lendas

3) Marcadores da Organização do Discurso Narrativo (MON) 4) Funções discursivas dos MON:

a. Marcar o início da ação narrada

Atividades:

Leitura e compreensão do texto narrativo

1) Reflexão sobre o veículo em que foi publicada a Lenda (homepage) e sua influência na linguagem, especialmente na Coda.

2) Tema da narrativa (Texto 3)

3) Reconhecimento das partes componentes da estrutura narrativa presentes (ou não) nos textos (segundo Labov): (Resumo, Orientação, Complicação e Resolução, Coda e Avaliação) - (Texto 3)

Análise linguística

Identificação dos Marcadores da Organização do Padrão Discursivo Narrativo (MON) que atendem às funções discursivas de marcar o início da ação narrada (Certo dia); marcar a evidencialidade do fato narrado (E assim aconteceu).

Retextualização

1) Organização do texto por parágrafos, considerando os diferentes focos na ação narrada. (Texto 1)

2) Correção do texto em seus aspectos gramaticais, principalmente concordância, tempos verbais e ortografia.

Produção textual (oral e escrita)

1) Exercício de leitura oral em que se proponha a substituição dos marcadores sublinhados no texto por outros de sentido semelhante. 2) Em duplas, pedir que um aluno narre oralmente para o outro (que deverá

gravar) a experiência tema da Lenda (Texto 3), como se tivesse acontecido consigo. Em seguida, a narração deverá ser ouvida e transcrita na íntegra.

3) Após ouvir novamente a gravação, o aluno produtor do texto oral pode ser convidado a produzir um Relato de experiência escrito para ser publicado em uma rede social. Feito isso, ambos os textos podem ser comparados, observando-se se houve ou não espeficidade no uso dos MON.

4) No texto transcrito, devem ser identificados os MON responsáveis por marcar a evidencialidade e por avaliar o fato narrado (se houver).

Texto sugerido (anexo): Texto 3: A moça da Capa Preta

Texto 3

A Moça Da Capa Preta - Lendas Urbanas

Era Uma Vez uma moça muito bonita que gostava muito de Dançar em Bailes...Certo Dia Um Jovem com péssima aparência chamou-a Para dançar! , E ela não Aceitou Dançar com esse jovem, De repente deu uma vontade de ir ao banheiro, Quando ela saiu o jovem, a esfaqueou, e ela Faleceu... Outro dia um moço foi ao mesmo Baile, Depois de muitos anos da morte da moça... E ele encontrou uma moça muito bonita A qual sempre vestia uma capa preta, Quando chegava no Baile ela tirava e pendurava! , Só usava quando saia! Um dia ela pediu pra ele leva- la em sua casa, Chegando lá ele reparou que sua casa era muito escura e sem energia, Clareada por luzes de velas, Assim que ela chegou em casa tirou sua capa preta, E pendurou como sempre fazia... Eles dois estavam tão cansados que se deitaram e dormiram, Quando foi pela manhã ele acordou e percebeu que estava em um cemitério, E a capa estava pendurada na TUMBA! O rapaz tomou um susto tão grande que Gritou! AAAAAH! , Ele observando a tumba percebeu que ali estava o nome da garota, e a data de sua morte, Já fazia 10 Anos que ela tinha morrido. Mas sua alma inconformada com o que aconteceu continuou indo ao mesmo baile dançando com vários rapazes, infernizando a vida te todos os rapazes, O rapaz inconformado foi na casa a qual ela deu o endereço (A casa Dos Familiares dela), Chegando lá quem atendeu a porta, Foi uma governanta que era muito antiga na casa! E o rapaz perguntou: - Bom Dia, A Senhora conhece uma moça que gosta muito de ir ao Baile, E usa uma capa preta? Assustada a Governanta respondeu: - Olhe ali o retrato dela faz 10 anos que ela morreu. O Rapaz ficou louco, E assim aconteceu com milhares de rapazes a qual visitavam esse baile. Isso não é Uma simples Lenda, Se você quiser tirar duvidas, Venham aqui em Maceió no Cemitério Trapiches

da Barra, A Tumba dela está lá junto com uma capa preta... Se não acredita! Olhe com seus próprios olhos...

4.2.3 Proposta 3

Objetivo: Após reconhecer o Relato de experiência como um padrão discursivo

narrativo, identificando suas características do ponto de vista temático e organizacional, identificar algumas instanciações de construções (MON) responsáveis por avaliar o fato narrado.

Conteúdos:

1) A organização do discurso narrativo em Relato de experiência

2) O Resumo e a Coda como principais lócus de Avaliação da narrativa. 3) O MON Por isso com função avaliativa na Coda

Atividades:

1) Tema da narrativa (Texto 4)

2) Reconhecimento das partes componentes da estrutura narrativa presentes (ou não) nos textos (segundo Labov): (Resumo, Orientação, Complicação e Resolução, Coda e Avaliação) - (Texto 4)

3) Identificação dos trechos avaliativos e seus respectivos lócus de ocorrência

Análise linguística

Identificação do Marcador da Organização da do Padrão Discursivo Narrativo (MON) que atende à função discursiva de avaliar o fato narrado (Por isso).

Texto sugerido (anexo):