4 O ACESSO ABERTO À INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
4.3 Os modelos de negócios das editoras científicas
4.3.1 Modelo de acesso aberto opcional ao autor (author-pay)
O modelo de negócio de acesso aberto opcional ao autor (author-pay), também chamado de híbrido, é um modelo em que as revistas tradicionais por assinatura oferecem opção aos autores de pagar o custo de publicação para tornar um artigo em particular em acesso aberto, mesmo que o restante dos artigos de uma revista permaneça em acesso restrito (JISC, 2008). O custo de publicação varia de acordo com a área, com a revista e da editora.
Por exemplo, a BioMed Central65, editora comprometida com a publicação de revistas de acesso aberto, estipulou uma taxa padrão de U$S 1.525 por artigo. No entanto, dependendo da revista e da área, o custo de publicação pode variar de US$ 660 a US$ 2350. No geral, o custo médio de publicação de um artigo segundo o modelo híbrido é de US$ 2.340, como pode ser observado no Quadro 4.
Editora Nome do Modelo Preço/artigo (US$)
Observação
Adenine Press Optional Open Access 1500
Akademiai Kiado Optional Open Article 562 – 1125 depende da instituição American Association of
Pharmaceutical Scientists
Open Choice 3000 Grupo Springer
American College of Chest Physicans (ACCP)
CHEST Open Access Option (OAO)
3000 American Chemical
Society
ACS Author Choice 3000 descontos para membros
American Dairy Science Association
Paid Open Access option 1000
American Geophysical Union (AGU)
Author Choice for Open Access
depende do tamanho e o número de figuras do artigo American Institute of
Physics
Author Select 1500 – 2500 depende da revista
Amarican Physical Society
Free to Read 975 – 1300 depende da revista
American Physiological Society
Author Choice 2000 – 3000 varia entre artigo de revisão e de pesquisa
American Psychological Association
não informado 2500 – 4000 permite auto-arquivamento
cópia do autor American Society for
Biochemistry and Molecular Biology
Author Choice 1500 – 2000 depende se membros
American Society for Microbiology
Optional Open Access 2000
American Society for Nutrition
Open Access Publication Option
3000 American Society of
Agronomy
Open Access Option 800 – 1000
American Society of Animal Science
Open Access Option 2500 – 3250 depende dos membros
American Society of Hematology
AHS Author Choice 2000
American Society of Mammalogists
Open Access Option 1500
American Society of Neuroradiology
não informado 500
American Society of Tropical Medicine and Hygiene
não informado 2500 benefícios obscures
Arnold Publishers Sage Open 3000 parte da SAGE
cont.
cont.
Association of Learned and Professional Society Publishers (ALPSP)
ALPSP Author Choice 2500 – 3000 depende dos membros
Blackwell Online Open 3000
Brill Academic Publishers
Online Open 3000
Britsh Medical Journal Publishing
BMJ Unlocked 2220 – 3145 depende da revista
Cambridge University Press
Cambridge Open Option 2700
Chemical Society of Japan
Open Access Option 541 – 1082 depende da revista
Cold Spring Harbor Laaboratory Press
Open Access Option 2000
CRC Press iOpenAccess 3250 Parte da Taylor & Francis
Group Crop Science Society of
America
Open Access Option 800
Elsevier Sponsorship Option 3000 para a revista Lancet
Elsevier (Cell Press) Sponsorship Option 5000
Elsevier Masson Sponsorship Option 3000
Fabrizio Serra Editore Open Access Option 222
FASEB Open Access Option 2500
Future Science Open Access Option 2750
HFSP Publishing não identificado 2000
Hogrete & Huber Hogrefe OpenMind 3000
Inderscience Author Open Access 3000
Informa Healthcare iOpenAccess 3250 parte da Taylor & Francis
Group
Intellect Open Access Option 1108
International Union of Crystallography (IUCr)
não informado 150 – 1000 depende da revista
IWA Publishing IWA Publishing Open 3400
John Wiley & Sons Open Choice 3000
Journal of Rheumatology
Full Release Publication Option
3500 Journal of Visualized
Experiments
Open Access Option 2000 – 3000
Karger Authors Choice 2703
Kluwer Open Choise 3000 parte da Springer Group
Landes Bioscience Open Access Policy 500 – 750 depende da assinatura institucional
Longwoods Publishing Longwoods Open 2500
Magnolia Press não informado 20 p/ página
Maney More Open Choice 2000
Marcel Dekker iOpenAccess 3250 parte da Taylor & Francis
Group
Mary Ann Liebert Liebert Open Option 3000 para depósito no PMC. As
taxas reduzem para artigos subseqüentes Mineralogical Society of
America
Self-archiving fee 250 p/ página National Academy of
Sciences
PNAS Open Access Option
850 – 1200 depende dos membros institucionais National Inquiry
Services Centre
NISC Open Access Policy
2000
cont.
Nature Author Pays Hybrid
Model
3000 Nature (British Journal
of Cancer)
BJC Open 1990 – 2980
Nature (EMBO) EMBO Open Charges 2540
Oxford University Press Oxford Open 1500 – 2800 depende da assinatura institucional
Portland Press Opt2Pay 3000 – 3500 descontos para membros da
sociedade. Taxas baixas depende da assinatura
institucional Professional Engineering
Publishing (IME)
Engineering Open Choice 2511
Psychology Press iOpenAccess 3250 parte da Taylor & Francis
Group Radiation Research
Society
não informado Custo p/ página. PDF da editora
Routledge iOpenAccess 3250 parte da Taylor & Francis
Group Royal College of
Psychiatrists
não informado 4500
Royal Society EXIS Open Choice 2550 – 4420 o valor da taxa dependente da revista
Royal Society of Chemistry
EXIS Open Choice 1477 – 2500 15% de desconto para
membros e depende do tipo de artigo
Royal Society of Medicine
RSMOpen 3000
Sage Sage Open 3000
Schattauer Open Access at
Schattauer
2450 Schweizerbart und
Borntraeger
Optional Open Access 1355 depende do tamanho do artigo
Society for Endocrinology
Free Access Fee 2955
Society for General Microbiology
Open Option 2216
Society for Leukocyte Biology
Open Access Option 2500
Society for Reproduction and Fertility
Free Access Fee 2955
Society of Systematic Biology
iOpenAccess 3250 faz parte da Taylor & Francis
Group Society of the European
Journal of Endocrinology
Free Access Fee 2955
Springer Open Choice 3000
Taylor and Francis iOpenAccess 3250
Walter de Gruyter WdG Open Library 2450
Wiley-Blackwell Open Choice 3000
Quadro 4 – Revistas com opção acesso aberto ao autor
Fonte: SHERPA/RoMEO <http://www.sherpa.ac.uk/romeo/PaidOA.html>. Acesso em: 23 Jun 2010
É curioso observar que a maioria dos publicadores adota um termo diferente para o modelo author-pay. Na realidade as variações advêm das polêmicas em torno do próprio
termo, em que o autor raras vezes paga os custos de publicação de seu próprio bolso. Os custos de publicação normalmente recaem sobre a instituição de vínculo ou do órgão financiador de pesquisas. A tendência é que o termo author-pay passe a ser adotado como “pay-to-publish” (pagar para publicar). Nesse caso, não interessa quem paga, o importante é que a publicação esteja em acesso aberto. Estudos realizados pelos Conselhos de Pesquisa do Reino Unido, em 200866, encontraram uma variedade de meios para cobrir custos de publicação via pay-to-publish: 41% por financiamentos de pesquisa; 15% de custos indiretos ao nível de faculdade e departamento; 13% de custos indiretos administrados centralmente; 18% das fontes dos próprios pesquisadores. Relativamente, poucos autores pagam de seu próprio bolso os custos de publicação. Dos 1.067 autores pesquisados no Reino Unido, apenas 6% pagaram com seus próprios recursos. Outras fontes de financiamentos incluem: patrocinadores organizacionais, colaboradores e financiamento por terceiros. Existe uma variedade de modelos de negócios que podem cobrir os custos de revistas de acesso aberto, incluindo subsídios de uma universidade ou sociedade científica.
Algumas agências de financiamento à pesquisa já permitem o uso do Grant de pesquisa para cobrir custos de publicação em acesso aberto. Uma lista de financiadores de pesquisa que explicitamente permite o uso do Grant para esse propósito é mantida no portal da BioMed Central. No Brasil se destaca a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) que permite o uso do Grant para cobrir custos de publicação. No Reino Unido, o modelo Full Economic Costing (FEC), que serviu de base para prover a sustentabilidade financeira das instituições de ensino e pesquisa, permite que os custos de publicação sejam incluídos no cálculo dos custos indiretos de pesquisa (JISC, 2008). No Quadro 5 destacam-se as agências de financiamento à pesquisa que cobrem os custos de publicação de seus pesquisadores.
Agências de financiamento à pesquisa País
South African Medical Research Council África do Sul
Deutsche Forschunqsgemeinschaft Alemanha
Max Planck Society Alemanha
Fonds Zur Forderung der Wissenschaftlichen Forschung Austria
Fonds voor Wetenschappelijk Onderzoek Bélgica
Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) Brasil
Canadian Institutes of Health Research Canadá
Danmarks Grundforskningsfond Dinamarca
cont.
66 Relatório de pesquisa RCUK<http://www.rcuk.ac.uk/cmsweb/downloads/rcuk/news/oareport.pdf>. Acesso
cont.
Consejo Superior de Investigaciones Científicas Espanha
California Institute for Regerenative Medicina EUA
Howard Hughes Medical Institute EUA
National Institutes of Health EUA
National Science Foundation EUA
Rockefeller Foundation EUA
Academy of Finland Finlândia
Centre National de la Recherce Scientifique França
INSERM França
Nederlandse Organisatie voor Wetenschappelijk Onderzoek Holanda
Indiam Council of Medical Research Índia
International Human Frontier Science Program Organization Internacional
Health Research Board Irlanda do Norte
Israel Science Foundation Israel
Fondazione Telethon Italia
Consiglio Nazionale delle Ricerche Itália
Medical Research Council Reino Unido
National Health Service Reino Unido
Natural Environment Research Council Reino Unido
Wellcome Trust Reino Unido
Swedish Foundation for Strategic Research Suécia
Swedish Research Council Suécia
Swiss National Science Foundation Suiça
BIOTEC Tailândia
Quadro 5 - Agências de financiamento à pesquisa que permitem o uso do Grant para publicação Fonte: BioMed Central <http://www.biomedcentral.com/info/about/apcfaq#grants>. Acesso em 23 jun.2010.
Uma das primeiras editoras a por em prática esse modelo de negócio foi a Springer, criando o programa chamado Springer Open Choice.67. Esse modelo foi lançado em 2004 e tem por objetivo oferecer opção aos autores ou instituições de pagar uma taxa de US$ 3.000 por artigo e publicar segundo o modelo acesso aberto68 ou não pagar nada e publicar no modelo tradicional por assinaturas69. No modelo Open Choice o autor não transfere o direito de copyright para a editora desde que concorde com algumas restrições estabelecidas em sua licença em compatibilidade com a Creative Commons. Posteriormente surgiram outras editoras como a Backwell Publishing; Oxford University Press, entre outras.
Opiniões divergem sobre esse modelo, principalmente em relação à escalada de preços praticados pelas editoras e as diferenças de detalhes na aplicação do modelo. Em alguns casos, a opção consiste simplesmente em tornar a versão do editor disponível livremente no
67
<http://www.springer.com/open+access/open+choice?SGWID=0-40359-0-0-0>. Acesso em 19 jun 2009.
68 Embora os termos Acesso Aberto e Acesso Livre possam significar a mesma coisa para alguns autores, neste
trabalho o “acesso livre” é entendido como “acesso aberto parcial”, uma vez que não contempla toda liberdade de uso por parte dos leitores como no acesso aberto.
69 Springer Open Choice License <http://www.springer.com/open+access/open+choice?SGWID=0-40359-12-
próprio servidor da editora, sem garantia de quaisquer outros direitos ou permissão70. Além do mais, esse modelo atinge poucas revistas científicas (KAUFMAN, 2005).
Exemplo de editora comercial é a Biomed Central (BMC), que atualmente controla 207 revistas biomédicas de acesso aberto. Essa editora é mantida por instituições associadas que permitem aos seus membros (autores) publicar de forma gratuita. Para aqueles autores que não pertencem a essas instituições, as taxas alcançam em media € 1.100. Atualmente existem 306 instituições associadas de 39 países, sendo dos EUA (89), da Alemanha (34), do Reino Unido (26), do Canadá (23) e da Austrália (15) os que contam com maior número de instituições. O Brasil conta com apenas 3 instituições associadas - a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (RJ), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SP) e a Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” (UNESP) do Estado de São Paulo. A BMC oferece três tipos de associação, de acordo com as necessidades das instituições: o pagamento antecipado (prepay membership) por artigo publicado com direito a desconto; pagamento posterior a publicação (quarterly postpay membership). As faturas são definidas em ciclos mensais ou trimestrais e o pagamento de taxas anuais com base no número de pesquisadores e de esttudantes de pós-graduação da instituição (supporter membership). Aos membros dessas instituições são dados descontos de 15% nos custos de processamento do artigo71.
Exemplo de editora sem fins lucrativos é a Public Library of Science (PLoS), fundada em 2003 pelo prêmio Nobel e antigo diretor do National Institute of Health (NIH), Harold Varmus, que tem por objetivo tornar disponível a literatura científica e médica em acesso aberto. Esta editora publica atualmente 7 revistas com sistema de avaliação por pares na áreas de biomedicina e se sustenta basicamente com as cotas dos autores (de US$ 1.250 a US$ 2.750). Possui também um sistema de financiamento por meio de instituições associadas, individuais, patrocinadores e doações. As doações feitas por indústrias farmacêuticas têm sido criticadas, pois podem comprometer sua independência editorial. Entre as editoras comerciais que tem iniciado uma linha de revistas com o sistema autor-paga (author-pay) é a Oxford University Press, atualmente com 3 revistas. Como mostrado no Quadro 5, nesse tipo de revista os direitos de copyright são retidos pelo autor e é freqüente o uso de licenças da Creative Commons (MELERO, GARCIA, 2008).
O modelo de negócio “autor-paga” tende a mudar os sistemas tradicionais de publicação e de acesso à informação científica. As vantagens e desvantagens são mostradas
70 SHERPA <http://www.sherpa.ac.uk/romeoinfo.html#colours>. Acesso em 29 jun 2009. 71 BMC <http://www.biomedcentral.com/info/about/whatis>. Acesso em 15 jun. 2010.
no Quadro 6. A vantagem é que ele pode abrir espaços para concorrência na indústria editorial e, com isso, puxar os preços para baixo, tornar o conhecimento científico um bem comum e trazer alto retorno sobre os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Por outro lado, o sistema pode influenciar na queda da qualidade da publicação científica, uma vez que, baseada na capacidade econômica, uma editora com boa afluência de originais pode ver-se tentada a aceitar conteúdos de pouca qualidade para garantir sua sustentabilidade. Outro fator inconveniente desse modelo diz respeito à capacidade financeira de alguns países, instituições e áreas do conhecimento (SWAN; BROWN, 2004; HOUSTON, 2005) que detêm ou recebem pouco financiamento para suas pesquisas, como é o caso dos países em desenvolvimento e de áreas do conhecimento como as ciências sociais e humanidades. Do ponto de vista de taxa de publicação atribuída ao pesquisador individual, os jovens pesquisadores que não possuem recursos seriam penalizados pelo sistema. Swan e Brown (2004) mostram nos resultados de de pesquisa que 25% dos respondentes utilizam o grant de pesquisa para pagar a taxa de publicação no modelo de acesso aberto, sendo que 8% utilizam os fundos institucionais. Exemplo dessas políticas institucionais é adotado pelo Howard Hughes Medical Institute, que anunciou o pagamento das taxas de publicação para mais da metade de seus autores e, o Wellcome Foundation72 que aceita o uso do grant de suas pesquisas para esse propósito (SWAN; BROWN, 2004). No Brasil destaca-se a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), como mencionado anteriormente.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Aumenta o acesso para os resultados de pesquisa, e, como isso, aumenta o retorno social dos investimentos de pesquisa.
Pode conduzir a desigualdade de acesso, com publicação baseada na economia do que no mérito. Os custos são mais baixos que os modelos baseados
em assinatura devido a desnecessidade de licença, gerenciamento de assinaturas e controle de acesso.
Pode não ser adequado para as áreas das ciências humanas e sociais, artes e humanidades, onde os financiamentos em pesquisa são limitados.
Financiamento para publicação de pesquisa em escala do que orçamento para bibliotecas (isto é, demanda competitiva e flexível)
Pode tornar mais difícil estabelecer uma nova revista e, com isso, reduzir o número de títulos ao longo do tempo e tornar difícil para novas áreas encontrar uma revista adequada para publicar suas pesquisas.
As revistas competem particularmente por autores do que por assinaturas, então provavelmente aumentará a sustentabilidade entre títulos.
Pode criar um desincentivo para publicar, com isso, reduzir o impacto de P&D e o retorno sobre despesas como P&D.
Pode cair a qualidade das publicações devido a pressão econômica para baixar as taxas de rejeição dos originais.
Quadro 6 – Vantagens e desvantagens do modelo author-pay (autor paga) Fonte: HOUSTON (2005).
72
Wellcome Foundation <http://www.wellcome.ac.uk/en/1/awtvispolpub.html>. Acesso em 16 jun. 2010.
De acordo com Melero e Garcia (2008), entre outros aspectos ainda não resolvidos nesse modelo de negócio, pelo menos três são de natureza econômica no que diz respeito ao valor a ser pago, quem deve assumir as taxas de publicação e, quanto deve ser paga. O outro é de natureza sociológica que está relacionado à aceitação deste modelo pelos autores. Para o pagamento das taxas de publicação, as possibilidades são: dos autores a título individual; das instituições a que eles pertencem; das bibliotecas ou das agências que financiam as investigações. Dentre essas opções parece que a situação é menos freqüente para aquela em que os autores pagam pelas taxas, sendo mais habitual que as agências de financiamento à pesquisa incorporem fundos no grant de pesquisa para atender a esse propósito (SWAN; BROWN, 2004).
Por último, outra questão a considerar nesse modelo é o reduzido número de revistas que adotam esse sistema (HERNÁNDEZ, et. al, 2006) e a alta percentagem de pesquisadores que afirmam deixar de publicar nessas revistas se passarem a considerar a taxa de publicação ao autor (SCHROTER; TITE, 2006). Além disso, estudos como o de Swan e Brown (2004) revelaram que nesse modelo os autores acreditam que: seria mais fácil publicar uma maior quantidade de conteúdos; é uma forma de publicar mais rápida e pontual; as revistas teriam baixo fator de impacto e que o sistema aceitaria conteúdos de baixa qualidade.