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O regime jurídico da AIA é estabelecido pelo Decreto-Lei nº 69/2000, de 3 de Maio, resultante da transposição para direito interno da Diretiva nº 85/337/CEE, com as alterações introduzidas pela Diretiva nº 97/11/CE do Conselho Europeu. De realçar que entretanto foi alterado pelo Decreto-Lei nº 197/2005, de 8 de Novembro. Para além de estabelecer a base legal dos procedimentos de AIA, este documento lista os projetos que devem ser sujeitos a este processo (Anexo II).

A Portaria nº 330/2001, publicada a 2 de Abril, veio regulamentar as normas técnicas respeitantes às várias fases do processo de AIA tendo em vista a harmonização dos princípios de base que precedem a elaboração dos respetivos relatórios. Segundo este documento, a publicação do Decreto-Lei nº 69/2000 veio marcar a Avaliação de Impacte Ambiental em Portugal, uma vez que introduziu a necessidade de transparência e eficácia do procedimento de AIA.

A Avaliação de Impacte Ambiental é um instrumento preventivo da política de ambiente e do ordenamento do território que permite assegurar que as prováveis consequências sobre o ambiente de um determinado projeto de investimento sejam analisadas e tomadas em consideração no seu processo de aprovação (APA, 2012).

O processo de AIA deve ser levado a cabo pelas entidades que pretendam implementar um novo projeto ou alterações a um projeto já em funcionamento, cuja atividade esteja listada nos Anexos I e II do Decreto-Lei nº 69/2000 ou que seja considerada como suscetível de provocar um impacte significativo no ambiente, tendo em conta os critérios estabelecidos no anexo V do mesmo documento legal.

Para tal, o proponente do projeto deve reunir uma equipa de peritos qualificados, nas matérias que vão ser avaliadas, e iniciar o processo de AIA, que segue a estrutura apresentada na Figura 2-4 (de notar que o passo relativo à definição de âmbito é opcional). Todo o processo de

E S T A D O AIA deve ser acompanhado pela CA do projeto.

A CA verifica a conformidade do (cartografia) produzidas, bem como

verificação da conformidade legal do mesmo. pedido de elementos adicionais ao EIA.

Se houver conformidade

consulta pública. A CA após o processo de análise e consulta publica elabora um relatório de proposta de Declaração de Impacte Ambiental (DIA),

Ministério do Ambiente, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Territ pode ser favorável, desfavorável ou favorável condicionada.

Segundo a Portaria nº 330/2001 (Anexo II), o Relatório pelos seguintes pontos principais:

• Introdução – Identificação do projeto e das alternati

licenciadora e da equipa que elabora o EIA. Referência a eventuais antecedentes do EIA e descrição geral da estrutura do estudo;

• Objetivos e justificação do projeto

• Descrição do projeto e das alternativas consideradas

uma descrição detalhada do desenvolvimento do projeto e o enquadramento geográfico do mesmo.

• Caracterização do Ambiente Afetado pelo projeto

ambiente, na zona de influência do projeto. Esta caracterização deve permitir a E S T A D O D E A R T E D A A N Á L I S E D E R I S C O

IA deve ser acompanhado pela CA, designada para elaborar o parecer relativo à conformidade

Figura 2-4 – Processo de AIA em Portugal

A CA verifica a conformidade do conteúdo do relatório síntese do EIA e das plantas (cartografia) produzidas, bem como o Resumo Não Técnico (RNT) que o acompanha, para verificação da conformidade legal do mesmo. Durante a fase de avaliação a CA pode fazer um pedido de elementos adicionais ao EIA.

Se houver conformidade do EIA então procede-se à avaliação do processo, incl

A CA após o processo de análise e consulta publica elabora um relatório de ção de Impacte Ambiental (DIA), que é posteriormente emitida Ministério do Ambiente, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Territ

pode ser favorável, desfavorável ou favorável condicionada.

Segundo a Portaria nº 330/2001 (Anexo II), o Relatório Síntese do EIA deve ser constituído pelos seguintes pontos principais:

Identificação do projeto e das alternativas consideradas, da entidade licenciadora e da equipa que elabora o EIA. Referência a eventuais antecedentes do EIA e descrição geral da estrutura do estudo;

Objetivos e justificação do projeto – descrição dos objetivos e do interesse do projeto; o do projeto e das alternativas consideradas – neste ponto deve ser incluída uma descrição detalhada do desenvolvimento do projeto e o enquadramento geográfico do mesmo.

Caracterização do Ambiente Afetado pelo projeto – definição do estado atual do e, na zona de influência do projeto. Esta caracterização deve permitir a

R I S C O A M B I E N T A L , designada para elaborar o parecer relativo à conformidade

conteúdo do relatório síntese do EIA e das plantas o Resumo Não Técnico (RNT) que o acompanha, para Durante a fase de avaliação a CA pode fazer um

se à avaliação do processo, incluindo a A CA após o processo de análise e consulta publica elabora um relatório de que é posteriormente emitida pelo Ministério do Ambiente, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), e

do EIA deve ser constituído

vas consideradas, da entidade licenciadora e da equipa que elabora o EIA. Referência a eventuais antecedentes do

descrição dos objetivos e do interesse do projeto; neste ponto deve ser incluída uma descrição detalhada do desenvolvimento do projeto e o enquadramento

definição do estado atual do e, na zona de influência do projeto. Esta caracterização deve permitir a

E S T A D O D E A R T E D A A N Á L I S E D E R I S C O A M B I E N T A L avaliação do impacte do projeto e alternativas associadas nos fatores ambientais relevantes.

• Avaliação dos Impactes Ambientais e medidas de mitigação – Identificação, descrição e/ou quantificação dos impactes ambientais significativos de cada alternativa estudada resultantes da construção, exploração e desativação (se aplicável) do projeto, para os fatores ambientais avaliados na Situação Atual. Deve ser avaliado o impacte cumulativo do projeto em presença de outros projetos, existentes ou previstos, bem como dos projetos direta e indiretamente associados. Devem ser propostas medidas que evitem, reduzam ou compensem os impactes negativos nos fatores ambientais e potenciem os impactes positivos. Neste capítulo deve igualmente ser efetuada a identificação dos riscos ambientais associados ao projeto, incluindo os resultantes de acidentes, e descrição das medidas previstas pelo proponente para a sua prevenção.

• Monitorização e medidas de gestão ambiental dos impactes resultantes do projeto;

• Lacunas técnicas ou de conhecimento verificadas no decurso da elaboração do EIA;

• Principais conclusões do projeto.

A legislação existente mostra que o EIA deve abranger não só a identificação e avaliação de impactes nos fatores ambientais, considerando as condições normais de funcionamento do projeto, mas também uma Análise de Riscos, em que se avaliam os fatores ambientais em caso de acidentes ou situações de emergência (funcionamento anormal do projeto). No entanto, é omissa quanto à obrigatoriedade de quantificação/classificação dos riscos ambientais. Contudo, para que se promovam as medidas adequadas é necessário, por um lado, ter noção do nível de perigosidade do acidente, por outro, da frequência de ocorrência do mesmo. Logo, subentende-se que a quantificação é indispensável para a realização do objetivo traçado.

A Análise de Riscos ambientais em indústrias, no contexto de AIA, deve permitir a identificação das atividades associadas à construção, exploração e desativação do projeto, que possam originar um efeito danoso no ambiente, como a contaminação de solos, do meio hídrico (superficial ou subterrâneo) e atmosférico, mas também os fatores externos à atividade industrial, quer naturais (por exemplo, sismos), quer humanos (por exemplo, incêndios com origem em

E S T A D O D E A R T E D A A N Á L I S E D E R I S C O A M B I E N T A L instalações vizinhas). Paralelamente, devem ser descritos os meios disponíveis de minimização desses mesmos riscos. A Análise de Risco ambiental em fase de AIA deve proporcionar elementos que sirvam de decisão (favorável, desfavorável ou favorável condicionada) sobre o projeto, conjuntamente com os restantes fatores de estudo.

De facto, durante a última década, a Análise de Riscos tem sido um capítulo integrante dos relatórios técnicos dos EIA de novos processos industriais de relevo nacional, em ampliação ou com alterações processuais previstas, sendo geralmente, bastante desenvolvido.

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3 RISCO AMBIENTAL NO SETOR INDUSTRIAL