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A publicação de um guia metodológico assente nos resultados obtidos da presente dissertação é um objetivo inerente ao estudo realizado. Este guia servirá de apoio à elaboração e avaliação do fator ambiental Análise de Riscos de EIA de projetos de indústrias do setor da transformação e da produção de eletricidade de origem térmica.

Considera-se que a implementação do guia metodológico permitirá uma homogeneização dos estudos e uma melhoria e agilização do processo de AIA, com diminuição do tempo de resposta de ambas as partes envolvidas.

O método de avaliação de riscos apresentado no Guia é um processo dinâmico, devendo ser revisto periodicamente, de modo a contemplar todas as ações de melhoria identificadas ao longo da sua aplicação. É também um processo flexível, devendo em cada caso especifico fazer as adaptações necessárias quer à informação disponível, quer à tipologia de projeto industrial.

O Guia que se apresentou à Direção Geral da Agência Portuguesa do Ambiente para a consequente aprovação e publicação apresenta a seguinte estrutura:

Capítulo 1 – Introdução: Descrição dos objetivos e do âmbito da aplicação do Guia.

Capítulo 2 – Avaliação de Impacte Ambiental: Análise de riscos no processo de AIA no geral e no caso da atividade industrial.

Capítulo 3 - Informação de Suporte à elaboração e Análise da Avaliação de Riscos Industriais: definição de conceitos relativos á análise de riscos e abordagem a metodologias de avaliação de riscos que possam servir de apoio ao trabalho da equipa de EIA;

M E T O D O L O G I A P R O P O S T A P A R A A A N Á L I S E D E R I S C O S N O E I A Capítulo 4 – Metodologia proposta para elaboração da análise de riscos no EIA de projetos industriais do setor da transformação e da produção de eletricidade de origem térmica: Descrição detalhada do processo de Análise de Riscos a seguir pela equipa de elaboração do EIA para as fases de construção, exploração e desativação do projeto industrial.

Capítulo 5 – Critérios de apreciação dos relatórios de Análise de Riscos: Apresentação de uma check list de verificação dos pontos-chave da metodologia de Avaliação de Riscos proposta.

Acrónimos – Abreviaturas apresentadas no Guia;

Glossário – Definição dos principais conceitos aplicados na elaboração do Guia.

Bibliografia – Referências bibliográficas consultadas durante a elaboração do presente Guia.

A publicação deste guia intitulado “Guia Metodológico para a Elaboração e Avaliação do fator Ambiental Análise de Riscos de um Estudo de Impacte Ambiental. Caso de estudo – Indústrias do Setor da Transformação e da Produção de Eletricidade de origem térmica” está prevista ocorrer ainda durante o ano de 2013. O documento completo encontra-se no anexo deste trabalho. De referir que a parte gráfica deste guia se encontra em fase de preparação. Esta será, a par dos conteúdos, também objeto de aprovação pela APA.

S Í N T E S E C O N C L U S I V A

6 S Í N T E S E C O N C L U S I V A

A Avaliação dos Riscos Ambientais em indústrias em fase de EIA é um passo relevante para a tomada de decisão relativamente às opções existentes em termos da construção, exploração e desativação do projeto industrial, de modo a que se selecionem as que produzam efeitos menos nocivos na população, ecossistema e património. De realçar a dificuldade de obter informação detalhada sobre o projeto, informação essencial para o adequado desenvolvimento do estudo de riscos e que nem sempre está disponível em fase de AIA. Esta dificuldade deve, no entanto, ser contrariada pela equipa de elaboração do EIA, que deve solicitar com antecedências os elementos necessários sobre o projeto ao proponente.

Os Riscos Ambientais em unidades industriais estão normalmente associados à ocorrência de acidentes graves durante a construção e exploração do projeto industrial. Esta informação é suportada pela análise das metodologias, documentos legais, normativos e informativos existentes no âmbito da Avaliação de Riscos e pelos relatórios de EIA elaborados para instalações de média e grande relevância em termos de perigosidade ambiental.

Atualmente os Riscos Ambientais em indústrias são abrangidos por dois diplomas legais em Portugal, o Decreto-Lei nº 254/2007, que se aplica a instalações com quantidades armazenadas de substâncias perigosas acima de limiares identificados no próprio documento e o Decreto-Lei nº 147/2008, cujo objetivo é a responsabilização da atividade pelo dano ambiental registado. Existem ainda normas internacionais que definem métodos de análise, avaliação e gestão de riscos ambientais.

A Análise de Riscos Ambientais atualmente realizada em fase de EIA a nível nacional foi avaliada com base em relatórios de oito unidades industriais, que foram criadas de raiz ou que sofreram alterações de processo (ampliação da CUF e da DOW, instalação da CCC Taveiro e da Cogeração do Barreiro, Co-Incineração na Secil Outão, Conversão da Refinaria do Porto, Expansão da Repsol e Ampliação da EuroYser). A análise dos relatórios evidencia um consenso na metodologia de Avaliação de Riscos na fase de exploração da atividade industrial, e uma ausência de preocupação com a avaliação dos riscos na fase de construção, ou do acompanhamento ambiental em fase de desativação. A quantificação dos riscos foi aplicada na maioria dos casos estudados, mesmo que apenas em fase de aditamento após avaliação da CA.

S Í N T E S E C O N C L U S I V A Face à informação atualmente disponível, conclui-se que para a fase de avaliação de impactes da construção da instalação fabril, o processo de Análise de Riscos nos EIA deve incluir três fases distintas e sequenciais: Caraterização Ambiental (recolha de informação dos aspetos geográficos e ambientais da envolvente), Caracterização do Projeto de Construção (descrição do projeto, inventário de substâncias perigosas, identificação das fontes de risco internas e externas e das medidas de contenção e prevenção de acidentes graves) e Avaliação Quantitativa dos Riscos Ambientais, que consiste na avaliação das consequências dos cenários de acidente grave que possam ocorrer durante a construção do projeto industrial e que envolvem substâncias inflamáveis (radiação térmica e concentração atmosférica dos poluentes emitidos durante o incêndio e da contaminação das águas de combate), substâncias explosivas (ondas de pressão) ou substâncias tóxicas (efeitos agudos da concentração dos contaminantes nos meios de propagação).

Para a fase de exploração o processo deve incluir quatro fases distintas e sequenciais: Caraterização Ambiental (recolha da informação e análise dos fatores ambientais), Caracterização do Projeto Industrial (descrição do projeto, inventário de substâncias perigosas, análise estatística do registo histórico de acidentes, identificação das fontes de risco internas e externas e das medidas de contenção e prevenção de acidentes graves), Avaliação Preliminar de Riscos (definição dos cenários de acidente aplicando as técnicas adequadas e classificação do risco desses cenários com base na relação entre a probabilidade e severidade determinadas para o risco) e Avaliação Quantitativa dos Riscos Ambientais, que consiste na avaliação das consequências dos cenários de acidente grave que possam ocorrer durante a exploração da atividade industrial e que envolvem substâncias inflamáveis (radiação térmica e concentração atmosférica dos poluentes emitidos durante o incêndio e da contaminação das águas de combate), substâncias explosivas (ondas de pressão) e substâncias tóxicas (efeitos agudos da concentração dos contaminantes nos meios de propagação).

O processo de Avaliação de Riscos da fase de desativação deve assentar essencialmente na monitorização e acompanhamento dos solos e massas de água existentes no perímetro fabril e envolvente próxima, de modo a despistar indícios de contaminação das substâncias perigosas existentes na instalação durante o seu funcionamento. Estas campanhas devem ser repetidas, com uma periodicidade a definir pela equipa de especialistas, até que os efeitos se deixem de sentir.

R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

7 R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

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A N E X O A N E X O – GU I A ME T O D O L Ó G I C O P A R A A EL A B O R A Ç Ã O E AV A L I A Ç Ã O D O FA T O R AM B I E N T A L AN Á L I S E D E RI S C O S E M ES T U D O S D E IM P A C T E AM B I E N T A L. CA S O D E ES T U D O IN D Ú S T R I A S D O S E C T O R D A T R A N S F O R M A Ç Ã O E D O S U B S E C T O R D A PR O D U Ç Ã O D E EL E T R I C I D A D E D E O R I G E M T É R M I C A.

A N E X O ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS ... 107 ÍNDICE DE TABELAS ... 107 1 IN T R O D U ÇÃ O ... 108 2 AV A L I A Ç Ã O D E IM P AC T E AM B IE NT A L ... 110 2.1 Aplicabilidade do processo de AIA às instalações industriais em estudo ... 113 3 IN FO R M A ÇÃ O D E SU P O RT E À E L AB O R A ÇÃ O E AN Á L IS E D A AV A LI AÇ Ã O D E RI SC O S IN D U ST R IA I S118

3.1 Conceitos inerentes à Avaliação de Riscos ... 118 3.2 Ferramentas aplicáveis na Avaliação de Riscos ... 119 3.2.1 Failure Mode and Effect Analyses (FMEA) ... 119 3.2.2 Accidental Risck Assessment Methodology for Industries (ARAMIS) ... 120 3.2.3 Método Hazard and Operability (HAZOP) ... 121 3.2.4 Árvore de Falhas ... 122 4 ME TO D O LO G I A P AR A EL A BO RA Ç Ã O D A AN Á L IS E D E RIS C O S N O EIA D E P R O J ET O S IN D U ST R IA IS D O S E T O R D A TRA N S FO R M A Ç Ã O E D A PR O D U Ç Ã O D E ELE T RI C I D A D E D E O R I G E M T É RM ICA ... 124

4.1 FASE DE CONSTRUÇÃO E DE EXPLORAÇÃO ... 125 4.1.1 Caracterização Ambiental ... 128 4.1.2 Caracterização do projeto ... 131 4.1.3 Avaliação Preliminar de Riscos ... 134 4.1.4 Avaliação Quantitativa dos Riscos Ambientais ... 139 4.2 FASE DE DESATIVAÇÃO ... 147 5 CR I T ÉR I OS DE A P R E C IA Ç ÃO DO S R E L AT ÓR I OS DE AN ÁLI S E DE RI S COS ... 149

6 AC R ÓN IM O S... 151

7 GL O SS ÁR IO ... 153

A N E X O

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2-1 – Percurso normativo relativo à gestão de riscos de acidentes industriais graves (adaptado de IGAOT, 2008) ... 9 Figura 2-2 - Processo iterativo para identificar, avaliar e gerir o risco ambiental (adaptado da UNE 150008:2008) .. 16 Figura 2-3 – Desenvolvimento do método FMEA aplicado à Análise de Riscos (adaptado de Moura, 2000) ... 24 Figura 2-4 – Processo de AIA em Portugal ... 31 Figura 5-1 – Processo de Avaliação de Risco proposto para a Fase de Construção das indústrias do setor da

Transformação e da Energia ... 69 Figura 5-2 – Processo de Avaliação de Risco proposto para a Fase de Exploração das indústrias do setor da

Transformação e da Energia ... 70 Figura 5-3 – Diagrama da Análise das Consequências de Acidentes Industriais (adaptado da EEA – Environmental

Risk Assessment, 1998) ... 85 Figura 2-3 – Processo de AIA em Portugal ... 111 Figura 3-1 – Desenvolvimento do método FMEA aplicado à Análise de Riscos (adaptado de Moura, 2000) ... 120 Figura 3-2 – Etapas que constituem o método de Árvores de Falhas (adaptado de UNEP, 2008) ... 123 Figura 4-1 – Processo de Avaliação de Risco proposto para a Fase de Construção das indústrias do setor da

Transformação e da Energia ... 126 Figura 4-2 – Processo de Avaliação de Risco proposto para a Fase de Exploração das indústrias do setor da

Transformação e da Energia ... 127 Figura 4-3 – Diagrama da Análise das Consequências de Acidentes Industriais (adaptado da EEA, 1998)... 141

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 3-1 – Lista dos projetos abrangidos pelo Anexo I do Decreto-Lei nº 197/2005 ... 113 Tabela 3-2 – Lista dos projetos abrangidos pelo Anexo II do Decreto-Lei nº 197/2005 ... 114 Tabela 4-1 – Classificação da frequência do risco ... 136 Tabela 4-2 – Classificação da severidade do risco ... 137 Tabela 4-3 – Categorias de risco ... 139 Tabela 4-4 – Matriz de classificação de risco (Adaptado de ISO 31010:2009) ... 139 Tabela 4-5 – Critérios de avaliação da exposição à radiação térmica gerada por um incêndio ... 144 Tabela 4-6 – Critérios de avaliação da exposição à sobrepressão gerada por uma explosão ... 145 Tabela 5-1 – Lista de Verificação dos pontos-chave da Análise de Riscos Ambientais em EIA ... 149

A N E X O

1 INTRODUÇÃO

Durante as fases de construção, exploração e desativação de uma instalação industrial, podem ocorrer acidentes com consequências nefastas para a população, ambiente e património. A análise dos impactes desses acidentes faz parte da Análise de Riscos Ambientais do processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) de um projeto industrial.

A realização da Análise de Risco a uma Unidade Industrial em fase de Estudo de Impacte Ambiental (EIA) permite a adoção de medidas corretivas e preventivas ainda antes do início de exploração da mesma, evitando-se, desta forma, a ocorrência de erros que originem acidentes industriais graves (CPPS, 2005, Velosa, 2007), como os que estiveram na base da legislação atualmente existente nesta matéria (Decreto-Lei nº 254/2007 e Decreto-Lei nº 147/2008).

A Análise de Riscos efetuada à fase de construção permite adotar um programa de obras que minimize os riscos normalmente associados, principalmente quando se tratam de instalações já em funcionamento. Na fase de desativação, a Análise de Riscos permite, essencialmente, a monitorização ambiental da área onde a instalação fabril esteve em funcionamento, após o encerramento da mesma, com o intuito de chegar à recuperação ambiental da área afetada.

A elevada diversidade de métodos de Avaliação de Riscos atualmente aplicados em estudos a nível nacional e internacional e de ferramentas e softwares existentes para esse efeito, assim como a ausência de critérios de avaliação e aceitação de riscos para os cenários de acidente, dificultam a realização destas avaliações em fase de EIA.

Nesse sentido, surge o presente Guia, que tem por objetivo a criação de uma metodologia que aborde os principais pontos de uma Avaliação de Riscos aplicada a dois sectores muito relevantes da indústria a nível nacional e que representam a tipologia de indústrias para as quais foram realizados uma grande parte dos EIA nos últimos anos: o sector da transformação e o subsector da produção de eletricidade de origem térmica.

A indústria corresponde ao chamado sector secundário, que, juntamente com a Agricultura, Silvicultura e Pescas (sector primário) e os Serviços (sector terciário), compõem a atividade económica.

A indústria transformadora, para a qual o presente Guia está direcionado, representa um espectro largo de atividades industriais como a indústria da Alimentação, Bebidas e Tabaco, Têxteis, Vestuário e Couro, Madeira e Cortiça, Papel, pasta e cartão, Edição e Impressão,

A N E X O Produtos Petrolíferos, Produtos Químicos, Produtos Farmacêuticos, Produtos de borracha e matérias plásticas, e de outros produtos minerais não metálicos (vidro, porcelana, entre outros), Metalurgia de Base; Produtos Metálicos, Máquinas e Material de Transporte.

A indústria da Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, inclui um subsector específico da produção de eletricidade de origem térmica, como sejam as Centrais Térmicas (Central de ciclo combinado ou simples, cogeração e trigeração).

De realçar que no presente documento o termo indústria é visto como todas as atividades operacionais diretamente relacionadas com o funcionamento da instalação, excluindo, desta forma, as atividades indiretas como o transporte de material de e para fora da unidade.

O Guia tem um carácter informativo, de suporte à equipa que realiza o estudo e à Comissão de Avaliação (CA), permitindo desta forma, melhorar e agilizar o processo de AIA, com diminuição do tempo de resposta de ambas as partes envolvidas.

O Guia é um documento técnico flexível, no sentido em que proporciona liberdade de ação a ambas as partes envolvidas no processo, quer no que diz respeito à escolha das ferramentas e

softwares, quer no que diz respeito à profundidade da análise, que depende muito da informação

disponível acerca do projeto e da envolvente. Por outro lado, o procedimento apresentado tem um carácter dinâmico, de modo a que possa ser continuamente melhorado, desenvolvido e adaptado às novas informações que surjam no âmbito da Avaliação de Riscos.

A N E X O

2 AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL

O regime jurídico da AIA é estabelecido pelo Decreto-Lei nº 69/2000, de 3 de Maio, resultante da transposição para direito interno da Diretiva nº 85/337/CEE, com as alterações introduzidas pela Diretiva nº 97/11/CE do Conselho Europeu. De realçar que, entretanto, foi alterado pelo Decreto-Lei nº 197/2005, de 8 de Novembro. Para além de estabelecer a base legal dos procedimentos de AIA, este documento lista os projetos que devem ser sujeitos a este processo (Anexo II).

A Portaria nº 330/2001, publicada a 2 de Abril, veio regulamentar as normas técnicas respeitantes às várias fases do processo de AIA tendo em vista a harmonização dos princípios de base que precedem a elaboração dos respetivos relatórios. Segundo este documento, a publicação