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Navegador de Capital Intelectual da Skandia ®

NAVEGADOR SKANDIA

Histórico

Foco na Renovação e Desenvolvimento

Foco no Cliente Foco no Processo

Ambiente Operacional Foco Financeiro CAPITAL IN TELECTUAL Foco Humano

O último foco encontra-se no centro da casa pois é o seu coração e habitante. Trata-se do Foco Humano. É a partir dele que tudo se inicia. Ele é considerado a força motriz de todo o processo.

A partir destas premissas, o Navegador tem três tarefas básicas a cumprir. A primeira consiste em investigar minuciosamente as mensurações – organizá-las e servir como guia. A segunda função do Navegador é a de buscar medidas mais abrangentes de valor de forma a possibilitar agrupar os dados das categorias em poucos indicadores globais. Por fim, cabe-lhe também, a tarefa de olhar para fora. Ou seja, traduzir as informações em linguagem acessível para os usuários internos e externos.

Neste sentido, assevera Antunes (2000, p.97), a combinação destas áreas resultou num relatório diferente, uma vez que elas apontam para diversos aspectos que lhe conferem um caráter dinâmico, razão pela qual foi denominado Navegador.

Todavia, como um de seus objetivos era encontrar um número que traduzisse a situação da empresa, seu mentor buscou estabelecer uma equação que traduzisse o valor dos ativos intangíveis da empresa. Para tanto, estabeleceu os seguintes procedimentos gerais:

a) determinar um rol de indicadores que possam ser utilizados por um grande número de empresas sem que sejam necessárias grandes alterações ou adaptações nos mesmos;

b) verificar a necessidade de utilizar indicadores alternativos quando as características da companhia em avaliação assim exigirem; e,

c) considerar uma variável que permita evidenciar os fatores imponderáveis que porventura possam vir a ocorrer, também no que diz respeito aos equipamentos e funcionários da empresa.

Desta forma, a partir destas macro-orientações para definir os indicadores a utilizar para cada uma das perspectivas, foi-lhes possível, estabelecer a seguinte formulação matemática:

Onde:

i = Coeficiente de Eficiência

C = Valor monetário do Capital Intelectual

Edvinsson e Malone (1998, p.174-175), asseveram que enquanto o C enfatiza o compromisso da empresa em relação ao futuro, o i evidencia este compromisso no desempenho atual.

Antunes (2000, p.116), aduz que o valor monetário do Capital Intelectual –

C - é obtido da relação dos indicadores mais representativos de cada área, avaliados

monetariamente. Através deles busca-se evidenciar o comportamento da empresa no exercício social.

Como exemplos, Edvinsson e Malone (1998, p.173-174), enumeram, dentre outros: Receitas resultantes da atuação em novos negócios; Investimentos no desenvolvimento de novos mercados; Investimentos no desenvolvimento do setor industrial; Investimentos no desenvolvimento de novos canais; Investimentos em Tecnologia da Informação – TI - aplicada a vendas, serviço e suporte; Investimentos em TI aplicada à administração; Novos equipamentos de TI; Investimentos no suporte aos clientes; Investimentos no serviço aos clientes; Investimentos no treinamento de clientes; Despesas com clientes não relacionadas ao produto; Investimentos no desenvolvimento da competência dos empregados; Investimentos em suporte e treinamento relativo a novos produtos para os empregados; Treinamento especialmente direcionado aos empregados que não trabalham nas instalações da empresa; Investimentos em treinamento, comunicação e suporte direcionados aos empregados permanentes em período integral; Programas de treinamento e suporte especialmente direcionados aos empregados temporários de período integral; Programas de treinamento e suporte especialmente direcionados aos empregados temporários de tempo parcial; Investimentos no desenvolvimento de parcerias/joint-

ventures; upgrades no sistema; Investimentos na identificação da marca; e,

Investimentos em novas patentes e direitos autorais.

Com relação ao Coeficiente de Eficiência – i - do Capital Intelectual, Antunes (2000), aduz que ele é expresso por indicadores das respectivas áreas e representados por meio de percentuais. Dentre os principais, Edvinsson e Malone (1998, p.175), destacam: Participação de mercado; Índice de satisfação dos clientes; Índice de liderança; Índice de motivação; Índice de investimentos em pesquisa & desenvolvimento em relação aos investimentos totais; Índice de horas de

treinamento; Meta de qualidade; Retenção dos empregados; e, Eficiência administrativa dividida pelas receitas.

Desta forma, depois de obtidos os indicadores e índices, basta dividir a soma dos índices pelo total de indicadores e obtêm-se a média aritmética dos índices. Em seguida, multiplica-se esta média por C - valor monetário dos ativos intangíveis - e então obtêm-se a avaliação global dos AI's, por meio de um número.

Este procedimento, a primeira vista, parece bem objetivo, mas, segundo Antunes (2000, p.118), dada a própria natureza de alguns índices, há um certo grau de subjetividade.

Com isto, percebe-se que esta abordagem de avaliação, a exemplo da anterior, possui uma série de inovações em relação à maioria das anteriormente comentadas. Uma delas consiste justamente em reconhecer e considerar que uma organização envolve não somente aspectos monetários, e sim, diversas perspectivas. Esta abordagem também se destaca pela abrangência dos indicadores utilizados, organizados sob os focos financeiro, humano, dos clientes, dos processos, e da renovação e desenvolvimento. Além disto, a metáfora utilizada para representar os ativos intangíveis da empresa e situá-los na linha do tempo, também se apresenta como muito útil na geração de conhecimento e compreensão acerca da relação - mesmo que tênue - de causa e efeito dentro da empresa.

Porém, a exemplo das anteriores, ela volta a apresentar algumas fragilidades à luz dos aspectos analisados nesta pesquisa. A primeira consiste na busca de indicadores geralmente válidos para todas as empresas. Com isto, expõem-se ao risco de obter uma abordagem válida porém, não aceita por ninguém pois, não representará fielmente, a situação de ninguém. Outro fator limitador consiste no fato de que boa parte dos seus indicadores são provenientes das demonstrações contábeis tradicionais. Logo, conforme asseveram Edvinsson e Malone (1998), por representarem o passado da empresa, estas demonstrações têm sua validade limitada para predizer o futuro. Uma terceira fragilidade desta abordagem reside na ausência de parâmetros de comparabilidade e de escalas de avaliação que permitiriam à empresa, realizar a avaliação local e global. Além disto, a exemplo da abordagem anterior, ao não estabelecer importâncias relativas dos indicadores, ela assume que todos possuem a mesma importância. Situação com chances remotas de ocorrer.