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O Problema da Causalidade e Leis Estritas

3. O Monismo Anômalo, Teses e Objeções

3.4. O Monismo Anômalo: identidade e causalidade de eventos

3.4.3. O Problema da Causalidade e Leis Estritas

Podemos perceber como o problema da identidade se interliga com problemas de causalidade, deixando-os obscuros, se tentarmos aplicar os critérios de individuação já discutidos a eventos que entram em relações causais. Com a renúncia ao critério de individuação causal (11), identidade e causalidade, no MA deixam de andar juntas, e apenas uma identidade de descrições aparece pressuposta. Assim, e tendo em conta que o MA é suportado por um conjunto intrincado de argumentos que permitem relações causais entre eventos físicos e eventos mentais, somos obrigados a considerar duas fontes para descrições. O problema da causalidade é também o problema de considerar a causalidade do mental, integrando-a num sistema nomológico único. Como efetuar essa redução nomológica?

Como já referimos, tanto eventos mentais como físicos entram, no MA, como des- crições, que são linguísticas, e desse modo descrições linguísticas podem entrar no MA como explananda de relações causais. Contudo, como vimos, para ser instanciada uma lei estrita, não podem existir predicados mentais. É esta concentração em descrições físicas que nos permite afirmar que o MA apresenta pressupostos materialistas, mesmo que não reducionistas do ponto de vista conceptual (suportado por P1). A solução passaria pela já referida homonomia associada ao fecho causal de uma linguagem cujos predicados e entidades permitissem elaborar leis estritas. Temos, portanto, justificado P2 e P3, mas também devemo-nos questionar sobre o enquadramento do mental no contexto causal. A tensão aqui encontra-se entre materialismo eliminativistas, que é uma forma de reducionismo, e uma visão causalista em sentido lato. Como já vimos no caso de Kim, materialistas eliminativistas consideram predicados mentais problemáticos, e portanto,

devem ser eliminados e substituídos por termos provindos das ciências. Será que estas duas perspectivas podem ser, alguma vez conciliadas?

A ideia de chegar a um único esquema explicativo, a partir do qual se poderia elaborar qualquer explicação parece ser coerente, de algum modo com a ontologia de propriedades físicas à qual Kim se filia. Nesse caso, para Davidson, e segundo P2, as propriedades relevadas não poderiam ser quaisquer, mas aquelas adequadas à tarefa explicativa. Talvez a definição de S venha aqui a desempenhar um papel!?

Temos tudo para assumir que o argumento do monismo pressupõe um modelo de identidade por enquanto insuficiente para dar conta do tipo de identidade assumido pela teoria da superveniência, sendo antes um monismo causal que pressupõe uma espécie de identidade de descrições. Por sua vez, a sua posição não reducionista é defendida pelo princípio do anomalismo do mental, mas depende do modo como a existência do mental223 é apresentada e defendida. Quanto a isso o argumento é claro: não se podem instanciar leis estritas diretamente a partir do mental; mas no seu aspeto linguístico, descrições e leis são perfeitamente compatíveis (extensionalismo), razão pela qual não pode haver redução conceptual. Por ora, uma questão poderá relançar o problema de um modo diferente: seria pertinente assumir o papel ontológico, ou numa teoria da identidade, de eventos mentais, caso estes não participassem, de alguma forma, em relações de causalidade?

Sabendo que Davidson é fiel dignitário de Quine, a resposta seria “não”: recordando a célebre frase de Quine, "Não há entidade sem identidade" (QUINE, 1969, p. 23). Isto permite-nos duvidar que eventos poderiam sequer fazer parte de um contexto causal, caso não fossem antes, de alguma forma, individuados. Se razões são causas e ações tipos de eventos, podemos antever que suas descrições têm tudo a ver com a sua individuação. E essas descrições são epistemologia-dependentes. Teríamos então duas epistemologias, uma para eventos mentais (com ramificações na teoria da ação) e outra para eventos físicos (com ramificações na física, química e neurociência). Todavia, uma identidade de descrições sustentada apenas em predicados não é aceite por Davison, a distinção é antes ontológica, e para eventos que fazem parte do mundo espaciotemporal, devem assumir um critério espaciotemporal de individuação. Como seria então encontrada a correspondência entre padrões físicos e mentais?

Uma resposta possível é o avanço da ciência, das neurociências e das metodologias e técnicas de mapeamento das sinapses, no cérebro. Se esta precisão métrica fosse

223 A palavra existência não tem, aqui, pretensões ontológicas, limitando-se, por isso, à mera existência do termo linguístico.

concomitante com a leitura de padrões na ação humana e em termos de descrições, poderíamos confrontar padrões físicos com padrões mentais. Deste modo, leis da física, leis psicofísicas e a psicologia popular teriam todas um papel na causalidade física e mental, captando mudanças em objetos e eventos, embasando uma leitura da causalidade. Para todos os efeitos ainda temos descrições, e se “César morreu nos idos de marços em 15

de Março a 44 a.C” podemos tanto pressupor que ∃ , 224 e dadas

as suas condições espaciotemporais, podemos identificá-lo ou distingui-lo de outro evento. Também podemos pressupor que se existe um evento existe outro que o antecede, e que lhe serve de causa (talvez a facada de Brutus), e outro que o sucede e lhe serve de efeito (talvez uma vaga no cargo de imperador). Nada nos demoveria que identidade e causalidade se servem de argumentos a priori.

Todavia, avançando nesses problemas encontramos dificuldades epistemológicas que geram problemas, como a ramificação da explicação de eventos (ora com recurso a explicações mentais, ora com recurso a explicações físicas). Segundo Norton (2003) a própria noção de causalidade traz problemas: “a literatura presente na filosofia da causalidade mostra que uma considerável variação nas perspectivas sobre o que conta como causal. Assim, não dispomos de uma noção inequívoca que tenha de ser gerada a partir de relações de redução, mas várias possibilidades”225 (NORTON, 2003, p.14-15).

Por ora, sabemos que a teoria da identidade pressuposta por Davidson (1970b) na formulação do MA é diferente daquela da superveniência. Talvez se complementem, ou sejam de alguma forma compatíveis, porém diferem na extensão das relações que assumem. Davidson apresenta uma identidade de eventos espaciotemporais particulares, que podem ser discritos de vários modos, e uma descrição só pode ser idêntica a outra descrição, mediante a redescrição, ou tradução226. Mas entre uma teoria da identidade estabelecida entre tipos de descrições e uma teoria a identidade estabelecida entre tipos de eventos, existe um fosso a ser ultrapassado, entre linguagem e mundo, e para Davidson são condições de verdade que nos dão pistas sobre como elaborar essas teorias.

224 Onde é um predicado binário que relaciona um indivíduo com um evento , � é a localização espacial do evento , e dá-nos a sua localização temporal.

225 Tradução do autor. No original, “the present literature in philosophy of causation shows considerable variation in views on what counts as causal. Therefore we do not have one unambiguous notion that must be generated by reduction relations, but many possibilities”.

CONCLUSÕES

Para abordar o MA de Davidson, no âmbito da filosofia da mente, começámos antes por falar da filosofia da linguagem, e de como a obra de Quine foi fundamental para o trabalho de Davidson. Falámos da teoria da verdade e da relação desta com os problemas levantados em Action, Reasons and Causes (DAVIDSON, 1963), só depois disso abordámos a metafísica de eventos que suportaria a tese do MA. Apesar da descrição dos problemas muito foi assumido sobre eles. Devemos, portanto tecer algumas considerações sobre alguns destes problemas filosóficos.

Pouco mais foi dito sobre o problema do slingshot, do que ser consequência da sobreposição teórica do significado com a referência, ou que o seu resultado era intolerável, ou mesmo que seria uma ferramenta para testar a adequação da forma lógica de sentenças ou declarações causais. Contudo uma discussão mais refinada das diferentes formulações do problema (em Church, Gödel, Quine e Davidson) como em Facing Facts (NEALE, 2007), conduz-nos a indagações sobre as diferenças nos princípios de substituição, e nos pressupostos que granjeiam a formalização de sentenças, com profundas implicações na teoria da verdade e algumas das escolhas ontológicas que referimos ao longo deste trabalho.

Tocámos apenas ao de leve no problema do terceiro dogma do empirismo, ou dualismo de esquema-conteúdo. É um problema com ramificações importantes para algumas das discussões teóricas aqui abordadas, nomeadamente na defesa contra o dualismo ou o relativismo conceptual. Quine e Davidson entregam-se a uma discussão sobre o terceiro dogma em On the Very Idea of Conceptual Scheme (DAVIDSON, 1974) e

On the Very Idea of a Third Dogma (QUINE, 1981).

Sobre o problema da superveniência do mental, não explorámos as definições fraca, forte e global de Kim, nem as dificuldades teóricas que emergem ao confrontar a lógica modal de Kim com a lógica clássica de predicados utilizada por Davidson. Sendo discípulo de Quine, o caminho de Davidson seria a recusa da modalidade, contudo, a crítica à modalidade e as implicações no tratamento lógico dos problemas são extensas e mereceriam atenção em particular.

A folk-psychology, apesar de mencionada como possível ramificação da tese do anomalismo do mental, não foi desenvolvida. O argumento do MA não é claro, se a partir de P1 deveremos entender um tipo causalidade mental psicofísica, ou se também permite generalizações psicológicas legiformes. Deste ponto de vista, o sentido ambivalente que Davidson dá à noção de causalidade, no contexto do MA, permite antever a própria noção

de causalidade como algo desenhado para ambos os esquemas explicativos. Neste sentido, também se torna necessário o estudo de generalizações psicofísicas legiformes, se ambos os esquemas apresentam valor explicativo em respetivos contextos, seria interessante investigar como se asseguraria essa tradução. O holismo do mental associado ao princípio da caridade pode sugerir que essas leis, dependendo de rede de interconexões semânticas, variam de indivíduo para indivíduo; contudo, a recusa do cepticismo (por Davidson) permite antever uma possibilidade de tradução, na qual a racionalidade teria um papel preponderante.

Um problema que não foi explorado relacionado com a racionalidade do mental foi o da akrasia. Isto é, se o mental determina racionalmente as nossas ações, como é que não temos acesso a todas as explicações das nossas ações, sendo que, por vezes, há quem melhor nos dê essas explicações que nós próprios. Um exemplo desta é a incontinência na ação; será que explicá-la levar-nos-ia a desconsiderar a racionalidade? Como será que estes problemas se articulam? As respostas mereceriam outros trabalhos, levando-nos desde Aristóteles até à psicologia contemporânea.

Outro assunto que não foi explorado aqui foi a possibilidade de um estudo mereológico de eventos. Não foi aqui considerada a distinção entre eventos simples e eventos complexos, isto é, de eventos simples e eventos compostos por outros eventos simples ou complexos. Não é claro como poderíamos considerar uma ontologia colocada nestes termos, ou como poderíamos responder aos problemas da identidade e causalidade de eventos. Se adoptarmos a perspectiva da física de partículas, certamente que adoptaríamos eventos quânticos como básicos, desenvolvendo a nossa abordagem mereológica em função disso. Contudo, se nos aproximarmos da experiência ordinária, encontramos descrições de eventos complexos (que são, aliás, aqueles considerados por Davidson). Neste sentido, podermos descrever um evento de vários modos, ou a partir de suas partes parece permitir algo semelhante à abordagem mereológica. Este problema é em muito semelhante aquele que nos leva à escolha da estrutura linguística adequada à tarefa explicativa, ou da homonomia em oposição à heteronomia. E segundo a qual a teoria deveria contemplar uma ontologia epistemologicamente adequada. Contudo, uma abordagem mereológica talvez nos conduzisse mais intuitivamente entre explicações, e até, entre ontologias e teorias (se pensarmos que, por exemplo, que objetos entram em descrições de eventos).

O problema que concerne o MA, no contexto de uma abordagem metafísica a eventos, pode também ser encaixada numa discussão entre realismo e antirrealismo. Aliás,

a discussão entre Davidson e Kim encaixa-se, de certa forma, nesta oposição. Enquanto que Kim defende que propriedades são físicas e existentes no mundo e sujeitas a prova por meio de critérios científicos, Davidson assume um externalismo de eventos, separando-os das suas descrições, que são linguísticas. Deste modo, poderíamos dizer que a sua abordagem é sugere um realismo mais fraco que o de Kim, dado que, no âmbito estrito do MA, pouco mais assume sobre eventos particulares espaciotemporais (existentes no mundo) para além daquilo que sobre eles dizemos, ou das condições de verdade que lhes atribuímos no usufruto das nossas competências linguísticas. Afinal, e como tem sugerido a filosofia ao longo dos tempos, existe sempre uma certa distância entre o que nos rodeia e aquilo que as nossas capacidades discriminatórias, e o pensamento, nos permitem alcançar, por vezes confundimos os dois, sendo a função do trabalho teórico relembrar esse fosso. Um modo de evitá-lo, e o que talvez constitua a maior debilidade da tese do MA, é considerar a priori a identidade e causalidade de eventos, contudo, Davidson tratou de salvaguardar essa posição tornando-a um pressuposto do argumento, coerente com o externalismo de eventos e com as suas condições de verdade, através da adequação de suas formas lógicas.

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