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O PROCESSO DISCURSIVO-REFLEXIVO PARA (RE)ELABORAR O CONCEITO

No segundo Ciclo de Estudos Reflexivos, estudamos e refletimos sobre o significado da palavra professor. Esse ciclo de estudos teve como objetivo desencadear o processo de (re)elaboração do conceito de professor. Ao todo, foram realizados três encontros no mesmo local, citado anteriormente, para o estudo de docência.

O primeiro encontro realizou-se no dia 07 de maio de 2009 das 16h às 18h30min. Estavam presentes todas as partícipes. O texto selecionado para discussão foi o da autora Altet (2001), como já mencionado.

Iniciamos com as explicações de Sereia do Mar para introdução da discussão. A seguir, vemos como foi desencadeado esse momento:

Sereia do Mar – Boa tarde Estrela do Mar, Água Viva, Alga Marinha. Estamos aqui mais uma vez para prosseguirmos com o nosso estudo, né? Ninguém respondeu boa tarde. Muito bem, gosto de ver assim, todo mundo animado. Todo mundo com muita coragem. Todo mundo leu, discutiu, sintetizou. Pois é, dando continuidade hoje nesse nosso estudo nós dividimos em duas etapas: o primeiro ciclo de estudo que nós fizemos em três sessões sobre o conceito de docência, pra gente estudar o conceito de docência e agora nós vamos também dividir no segundo ciclo três encontros que nós vamos discutir acerca do conceito de professor. E o texto que nós escolhemos para a discussão de hoje é relacionado às competências do professor profissional, entre os conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar de Marguerite Altet (2001). Então a partir da leitura desse texto nós vamos sintetizar e ver qual é o conceito, ver como é que a gente pode enumerar os atributos gerais, os atributos essenciais e necessários para gente elaborar o conceito de professor. O segundo ciclo de estudo é relacionado ao conceito de professor. Todo mundo fez a leitura? Somos nós, dona Alga Marinha? (Extrait do primeiro ciclo de estudo sobre professor realizado em 07 de maio de 2009).

A síntese do texto foi realizada por Sereia do Mar e Alga Marinha, a qual se encontra no Apêndice 5 deste trabalho.

Após essa colocação, iniciamos com a sistematização, complementações e discussões. Alga Marinha e Sereia do Mar discutem sobre os modelos de professor, segundo o texto em estudo, conforme os enunciados seguintes:

Alga Marinha – E ela cita, ela define primeiro antes de apresentar os modelos, ela define, né? O professor, o profissional como uma pessoa autônoma, dotada de competências, competências específicas e especializadas que repousam sobre uma base de conhecimentos racionais, reconhecidos, oriundos das ciências, legitimados pela universidade ou de conhecimentos explicitados oriundos da prática, ela faz isso lá na página vinte e cinco, ela define o professor profissional, né?

Sereia do Mar – Corretamente. Só que ela vai discutindo, esse modelo atual de professor profissional é o modelo que sintetiza realmente o estudo que ela realiza, né? Mas que existiam também outros modelos de professores.

Alga Marinha – Professor [mago], professor técnico, professor engenheiro.

Sereia do Mar – Que ainda existe, e aí foram constatados nesse estudo esses diversos tipos de profissionais do ensino, ou seja, profissionais do ensino professores. E aí ela diz que os ofícios relacionados ao ensino sempre existiram, existem há muito tempo. Então quer dizer, os professores sempre foram e sempre serão as pessoas que exerciam o ofício, isto é, profissionais que existem, diferentes modelos de profissionais, de profissionalismos ligados ao ensino, que aí se a gente for entrar no mérito aqui para discutir somente esse texto não seria possível, porque quando ela fala profissionalismo, profissão, professor, cada termo desse aí tem um significado diferente, embora eles estejam interligados entre si, né? Mas voltando mesmo pra o que a gente se propõe, ela continua dizendo o seguinte, que na educação a colocação em prática de regras preestabelecidas cede lugar a estratégias orientadas por objetivos e uma ética, quer dizer, a passagem de um ofício artesanal, em que se aplicam técnicas diversas, a uma profissão em que cada um constrói suas estratégias, quer dizer, a profissão professor e o ensino que existem há milênios, há séculos, não é? Só que em cada época, em cada período, foi se contornando, se delineando um tipo de profissional pra cada período

conforme a historicidade, os estudos.

Alga Marinha – O processo histórico.

Sereia do Mar – E tal. E aí aquilo que você já falou, quando ela faz essa definição do professor profissional, você até falou anteriormente, não é? Como é definido como uma pessoa autônoma, tal, dotado de competência. Quer dizer, esse professor é capaz tanto de colocar as suas competências em ação em qualquer situação, isso eu vejo assim, como professor profissional é um professor, na minha percepção, totalmente autônomo, aquele que sabe lidar com várias situações, é aquele que tem, além do domínio, na minha percepção, ele tem o conhecimento, ele tem competências, ele tem os saberes próprios, ele sabe agir na indiferença, agir em determinados momentos, tomar decisões, é aquele que reflete.

Alga Marinha – Que pensa, que refaz a sua prática.

Sereia do Mar – É aquele que se adapta. Então é esse modelo de professor profissional que a própria autora defende. Ela defende esse modelo de professor profissional, que é dotado de determinadas razões, razões epistemológicas, filosóficas, sociológicas, é um autor autônomo e responsável.

Alga Marinha – É o que ela vai chamar de professor profissional ou professor reflexivo, né? E ela dá quatro modelos, não dá? Ela dá o (mago)...

Sereia do Mar – Magíster ou mago, e é quem esse professor magíster ou mago?

Alga Marinha – É aquele da antiguidade, né?

Sereia do Mar – Mais ou menos de que século que nós poderíamos dizer?

Alga Marinha – Da antiguidade, da Idade Média.

Sereia do Mar – Século quinze, dezessete, dezoito?

Alga Marinha – É Idade Média, eu acho.

Sereia do Mar – Até por aí já existia esse professor.

Alga Marinha – Aquele professor que tinha toda autoridade, né? Tinha até poderes. Vou levando pro conto de fadas, temos lá o mago, como é o nome dele? O velhinho lá que cuidou do Rei Arthur. Lembra o personagem? (Extrait do primeiro ciclo de estudo sobre professor realizado em 07 de maio de 2009).

Nesse momento, a discussão foi sendo intercalada por Estrela do Mar.

Estrela do Mar – Lembro o personagem, mas não lembro o nome.

Alga Marinha – Que era o professor que sabia tudo e tinha até poderes sobrenaturais para ensinar. Então o professor magíster, né? O mago, um modelo intelectual da antiguidade.

Sereia do Mar – Mas que ele não tinha esse conhecimento, mas não via a pesquisa como uma coisa necessária.

Alga Marinha – Exato. Até porque nesse período...

Estrela do Mar – Eu acho que na verdade ele só tinha aqueles discípulos, e poucos discípulos.

Alga Marinha – Ele era um mestre, né?

Estrela do Mar – De alguns.

Sereia do Mar – Que ele ensina, mas que ele não necessita de certa formação. Se a gente for ver um pouco da historicidade da formação de professores nesse período aqui do século dezoito, a existência desse professor, o ensino ainda estava muito atrelado à questão da própria religiosidade, religião. (Extrait do primeiro ciclo de estudo sobre professor realizado em 07 de maio de 2009).

Estrela do Mar interferiu na fala de Sereia do Mar para fazer uma reflexão sobre a especificidade da profissão professor, do seu fazer, do exercer a profissão de forma profissional.

Estrela do Mar – Tem uma coisa aqui que eu achei, desculpa, viu, Sereia do Mar.

Sereia do Mar – Pode falar.

Estrela do Mar – Mas eu achei aqui interessante, antes, antecedendo esse professor que você está discutindo, ele diz assim, o professor é um profissional admirado por sua capacidade de adaptação,

sua eficiência, sua experiência, sua capacidade de resposta e de ajuste a cada demanda, ao contexto ou a problemas complexos e variados bem como por sua capacidade de relatar os seus conhecimentos, seu savoir-faire e seus atos. Savoir-faire é saber fazer. Então assim, essa questão da capacidade de adaptação é uma questão que eu venho discutindo muito isso com os docentes, com os nossos pares, porqu, assim, não tem uma... às vezes por vezes a gente até contribui pra esse sistema ser do jeito que está. Porque se falta alguma coisa a gente faz uma adaptação e consegue fazer, engendrar esse processo, então quer dizer, historicamente o professor já vinha por esse processo de adaptar, não tem isso, mas eu vou adaptar, não tem isso, mas eu vou usar sucata, vou fazer isso, vou fazer esse processo de adaptar às situações e essa... e sem ter também, assim, uma especificidade na sua profissão. Então se a gente olhar aqui professor engenheiro, tecnólogo, todo mundo é professor, então, assim, não tem assim, não é uma profissão que tenha uma especificidade da sua forma profissional. Às vezes até a gente coloca, quando tem dificuldade, uma criança, alguém está com dificuldade na aprendizagem, às vezes a gente coloca uma pessoa que domina o conteúdo na função de professor. Então assim, é uma coisa que eu venho discutindo que eu acho pertinente a gente pensar agora é sobre esse fazer de fato do professor, da profissão, não é do professor não, da profissão do professor. Até que ponto é uma profissão.

Sereia do Mar – Porque na atualidade professor está sendo caracterizado como uma profissão, é uma profissão porque ela já foi reconhecida, não é? É porque o Estado já assumiu como categoria.

Estrela do Mar – Categoria é.

Sereia do Mar – Então isso, na verdade, isso já veio muito recente.

Estrela do Mar – É, eu estou vendo aqui essa questão dessa adaptação já vem rolando há muitos anos. Agora essa discussão, essa discussão que a gente está fazendo agora é que é um pensar mais recente.

Alga Marinha – Ela vai acompanhar o processo histórico da educação, o desenvolvimento da educação no Brasil, escolar da escola, né? Sempre vai passando por esse processo de análise, né? Antes o professor ele detinha poderes, né, sobre o aluno. Hoje já existe uma busca pelo professor que interaja com o aluno, mas antes o professor detinha o poder, o aluno era a tabula rasa que ele inseria todos os conteúdos prontos, o professor tinha poder. Hoje a gente percebe assim, uma mudança, né, nessa visão. O período do tecnicismo também, ele cresceu muito, né? Na questão do professor trazer fórmulas prontas pra que o ensino acontecesse, para que as coisas dessem certo. Aí você percebe aí que não é assim, que a gente nem sempre pode dar fórmulas prontas também, mas por outro lado o professor precisa planejar, precisa se organizar, precisa estar preparado, ele precisa refletir a ação, praticar essa ação, avaliar essa ação, estudar essa ação quer dizer de ensinar.

Sereia do Mar – E aí é interessante esse primeiro modelo, mas a autora, ela apresenta também o outro modelo de professor, que é o professor técnico, que é justamente esse professor que aparece lá... (Extrait do primeiro ciclo de estudo sobre professor realizado em 07 de maio de 2009).

O processo discursivo continuou com a discussão sobre os modelos de professor, como no extrait a seguir:

Alga Marinha – Com as escolas normais.

Sereia do Mar – Com as escolas normais, com a formação para o ofício, ocorre uma... a aprendizagem se dá por imitação, não é? Com o apoio de uma práxis de ensino, de um modelo realmente...

Alga Marinha – Imitação, repetição.

Sereia do Mar – Preestabelecido.

Alga Marinha – Tudo o que eu disse, fórmulas prontas.

Sereia do Mar – Onde a didática era colocada como centro do processo de ensino-aprendizagem. E aí mais em seguida a autora também, ela denomina o professor engenheiro ou tecnólogo. A princípio eu até pensei que era igual ao outro, o técnico. Mas ela diz que esse modelo, ele se apoia justamente nos aportes teóricos trazidos de onde? Pelas ciências humanas que racionalizam sua prática, procurando aplicar teoria. A formação é orientada por teóricos, especialistas do planejamento pedagógico e da didática.

Estrela do Mar – Esse daqui é mais os pedagogos.

Alga Marinha – Os próprios especialistas em planejamento pedagógico da didática eles vão buscar os seus aportes teóricos também nas ciências, nos estudos científicos das ciências exatas, das ciências naturais, das outras ciências, da economia.

Sereia do Mar – Eu acho que aqui foi onde ocorreu o racionalismo pedagógico, a eficiência do trabalho pedagógico.

Estrela do Mar – É exatamente. Esse professor engenheiro tecnólogo são os especialistas em educação, aqueles que supervisionam o planejamento, aqueles que constituem uma orientação didática, então são esses professores que compram esse modelo de planejamento teórico que veio com a pedagogia tecnicista.

Alga Marinha – Tecnicista.

Sereia do Mar – E aí é justamente onde teve a época, mais ou menos meados da década de setenta, que o professor era cobrado não só pela ação dele em si na sala de aula, mas por aquilo que ele planejava. Quer dizer, um bom planejamento já era suficiente.

Alga Marinha – Já dizia que ele era um bom professor.

Sereia do Mar – Para caracterizar esse professor como sendo bom, então o importante era o plano de aula dele, não importava o colorido que ele fosse dar a esse plano, mas se tivesse...

Estrela do Mar – Dentro da técnica do planejamento. E a técnica do planejamento era exatamente para trazer a racionalidade e a eficiência. Constituir tudo em menos tempo, daí a necessidade de ter que planejar por etapas pra que ele pudesse vencer mais rápido o conteúdo em menor tempo.

Sereia do Mar – Em menor tempo. E aí o último modelo que a autora apresenta, que é esse profissional, professor profissional ou reflexivo e aí onde ela vai colocar justamente a dialética existente.

Alga Marinha – Entre teoria e prática.

Sereia do Mar – Teoria e prática, que é substituída por prática-teoria-prática. Ele vai se tornar um professor reflexivo, por quê? Porque tem a capacidade de analisar suas próprias práticas, ele tem a capacidade de resolver seus próprios problemas advindos dessa prática, né? Que mais que a gente pode dizer?

Alga Marinha – E também desenvolver a questão sobre o conhecimento do professor, ação, conhecimento, resolução dos problemas, utilizar a teoria pra construir no professor a capacidade de análise... Da prática e da metacognição. Ou seja, do conhecimento que ele adquiriu, não é isso? (Extrait do primeiro ciclo de estudo sobre professor realizado em 07 de maio de 2009).

Nesse momento, Estrela do Mar se posicionou criticamente sobre o tipo de professor profissional e reflexivo, como modelo a ser seguido no exercício da docência.

Estrela do Mar – Esse daqui é aquele que a gente está buscando ser. É aquele professor que pensa, que reflete suas ações e quer (re)construir esse processo juntamente com o aluno. É o professor colaborativo.

Alga Marinha – É o que ele chama e que Perrenoud também chama de professor reflexivo. Alarcão também, ela faz uma abordagem desse reflexivo.

Sereia do Mar – Dentro de uma escola reflexiva.

Alga Marinha – Dentro de uma escola reflexiva. O professor que pensa e repensa sua prática, interage...

Estrela do Mar – Mesmo dentro de uma escola tradicional, o professor reflexivo, ele traz...

Sereia do Mar – Inovações.

Estrela do Mar – Ele faz... acaba fazendo uma intervenção naquele processo e todo mundo vai repensar o seu fazer pedagógico, seu savoir-faire.

Alga Marinha – O professor reflexivo, ele tem que ter capacidade de análise, de saber os porquês da sua prática, esmiuçar sua prática, saber definir o porquê ele faz isso, como ele faz isso, pra que ele faz. E ter não só a prática como base, mas ter outro, ou no seu processo de formação contínua dar embasamento teórico, pra que ele, juntando a teoria à prática, ele possa estar sempre preparado praquilo que você falou ainda há pouco, saber fazer, né? O saber fazer a qualquer momento, saber

definir, saber tomar decisões, ter uma boa relação com os seus alunos, que é a questão da comunicação, da interação. (Extrait do primeiro ciclo de estudo sobre professor realizado em 07 de maio de 2009).

Após as discussões sobre os modelos de professor, outros aspectos entraram em foco como a especificidade da profissão de professor, as competências e conhecimentos, saberes, mudanças que precisam ocorrer no contexto escolar. Após debater os diferentes aspectos abordados por Altet (2001), Sereia do Mar questionou se existia ainda algo a mais para ser discutido. Então, Alga Marinha sinalizou para a síntese final do estudo do texto seguida das complementações das partícipes, conforme os enunciados abaixo:

Sereia do Mar – Ok. Mais alguma coisa? Nós podemos...

Alga Marinha – No final ela faz um quadro síntese, das práticas em situação e formação aqui [mostrando no texto].

Sereia do Mar – É justamente pra situar o tipo de professor que ela defende, que é esse professor profissional.

Alga Marinha – Que é capaz de se adaptar às mudanças.

Sereia do Mar – Aquilo que eu coloquei anteriormente, que ele é capaz de se adaptar em qualquer situação às mudanças.

Alga Marinha – É. Professor reflexivo, pensador, transformador.

Sereia do Mar – Ela finaliza a discussão do estudo justamente colocando sobre o professor profissional. (Extrait do primeiro ciclo de estudo sobre professor realizado em 07 de maio de 2009).

Após a síntese discursiva do texto, Sereia do Mar propôs a realização da outra etapa para formação do conceito de professor, a enumeração dos atributos múltiplos e essenciais, seguidos de alguns questionamentos sobre o modo de proceder à distribuição das tarefas.

Sereia do Mar – E agora nós vamos partir pra outra etapa.

Estrela do Mar – Vai usar o quadro ou vai...?

Alga Marinha – Vamos fazer no papel?

Sereia do Mar – Eu trouxe o papel madeira para colocar.

Alga Marinha – A gente não precisa copiar duas vezes, né?

Água Viva – Pode deixar que eu escrevo na folha de papel ofício. (Extrait do primeiro ciclo de estudo sobre professor realizado em 07 de maio de 2009).

Nesse momento, Sereia do Mar anuncia o início do processo de sistematização dos atributos múltiplos para formação do conceito de professor de acordo com o texto de Altet (2001) e, em seguida, dirige-se ao quadro e cola as folhas de papel madeira, fazendo a sistematização dos atributos múltiplos, cujo quadro síntese, a seguir, permite visualizar.

QUADRO 14 – Atributos múltiplos para a formação do conceito de professor

Texto Atributos

ALTET, M. As competências do professor profissional: entre conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar. In: PASQUAY, L. et al. Formando professores

profissionais: Quais estratégias? Quais

competências? Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 23-35.

Profissional do ensino e da aprendizagem, ofício, profissionalismo, educação, ética, pessoa autônoma, competências específicas e especializadas, responsável, profissional reflexivo, dinâmico, pesquisador, profissional da interação das significações partilhadas, ação dialógica, gestor das condições da aprendizagem, articulador do processo de aprendizagem, saber, conhecimento, função didática e pedagógica, mediador, especialista, refletir, analisar, objetivos, especialista- administrador, capacidade de adaptação, práxis, construtor de conceitos, investigador do conhecimento, metacompetências, profissão, eficiência e eficácia, capacidade de mobilização, habilidades e competências. Fonte: Estudo realizado em maio de 2009.

Em comum acordo, passamos a enumerar os atributos considerados essenciais e necessários do estudo desse texto que pudessem expressar significado para professor, conforme veremos no quadro síntese:

QUADRO 15 – Atributos essenciais para formação do conceito de professor

Texto Atributos

ALTET, M. As competências do professor profissional: entre conhecimentos, esquemas de ação e adaptação, saber analisar. In: PASQUAY, L. et al. Formando professores

profissionais: Quais estratégias? Quais

competências? Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 23-35.

Profissional do ensino e da aprendizagem, ética, profissional reflexivo, ação dialógica, articulação do processo de aprendizagem, saber, conhecimento, mediador, especialista, capacidade de adaptação, habilidades e competências.

Fonte: Estudo realizado em maio de 2009.

Após a enumeração desses atributos, finalizamos esse primeiro encontro com a data e horário agendados para a realização do próximo estudo.

Em comum acordo, o segundo encontro para a continuidade do estudo e discussão sobre o significado de professor efetivou-se no dia 14 de maio de 2009 das 16h30min às 18h30min no mesmo local do encontro anterior sobre docência. Nesse dia, todas as partícipes estavam presentes.

Nesse estudo, embora o desencadear da discussão tenha sido realizado inicialmente por Água Viva, todas as outras partícipes participaram ativamente do processo discursivo. O texto para discussão foi o de Silva (2005).

O processo iniciou com a explicação de Sereia do Mar acerca da tarefa que ainda tínhamos que realizar para a formação do conceito de professor, como expressa o enunciado a seguir:

Sereia do Mar – Estamos aqui reunidas mais uma vez para darmos continuidade ao nosso estudo. Hoje nós vamos estudar ainda sobre o conceito de professor, nós vamos ver o que é que a literatura mais uma vez está discorrendo acerca da formação dos professores, acerca do conceito de professor,