• Nenhum resultado encontrado

O que a Ciência pode fazer?

Capítulo 3: O socialismo como resposta

3.5 O que a Ciência pode fazer?

99 vistas em separado da potência da obra enquanto análise de dados e análise das insuficiências do capitalismo para a ciência. Como exposto, a obra se tornou um referencial para a reflexão sobre investimento e organização do fazer científico.

Mas, isso demonstra que o projeto de progresso da ciência de Bernal estava calcado, em última instância, em uma esperança etérea. Essa esperança, carregava consigo a contradição de supervalorizar a defesa de uma forma, no caso o modelo social e econômico e ser seletivo perante o conteúdo, de modo que seu modelo parecesse infalível.

Ainda que os principais fundamentos das bases sobre o progresso tenham já sido expostos, convém, ao menos, uma breve apreciação sobre propostas de Bernal para a ciência que se concentram na segunda parte de seu livro.

100 Importante dizer que essa parte que contém um viés mais especulativo e de proposições do que Bernal via na época como caminhos para a ciência, não são o foco deste trabalho. É compreendido que a primeira parte do livro, que analisa a visão de Bernal sobre a história e os projetos de sociedade postos em prática, apresenta um caminho mais fidedigno para a compreensão de sua tese sobre o progresso.

Nos oito capítulos, que seguem a construção da narrativa, Bernal se espelha em pontos que viu de positivo no modelo soviético para desenvolver suas propostas.

Ele parte de defender uma nova forma de treinamentos para os cientistas que passa por transformações de todos os níveis de ensino nas escolas e nas universidades, assim como uma mudança de ordem curricular, em que o olhar para o conhecimento ganha uma nova forma.

Como um corpo de conhecimento, tem diferentes divisões, como física, química e biologia, e suas subdivisões mais sutis, que têm relações complexas definidas entre si. Isso é o que se poderia chamar de classificação horizontal da atividade científica. Mas a ciência pode ser concebida de uma maneira bem diferente, como uma circulação de informação e atividade, como a transmissão de ideias de cientistas teóricos para cientistas experimentais e, ainda, através da transformação por técnicos em produção e novas atividades humanas.

Inversamente, as dificuldades da vida social e da produção técnica transformam-se em problemas que, por sua vez, estimulam os cientistas experimentais e teóricos a novas coberturas.200

Neste ponto Bernal defende um posicionamento que fomentou a criação da ideia de Science of Science201, o papel da História da Ciência, entendida não como um processo de compreensão das formas de conhecimento produzidas pela humanidade seja de forma continuísta ou disruptiva, mas fornecer informações,

200 Bernal, Social Function, 279.

201 Price, “Science of Science” 244-261.

101 mensurando os dados sociais de modos que eles possam servir para propósitos de ensino, desenvolvimento de conhecimento e em todo processo de planificação.202

Outro ponto abordado está na importância de um maior alcance da ciência, é defendido que as descobertas precisam chegar ao maior número de cientistas, mas, também, precisa ser mais bem apropriada pelas pessoas em geral, o que significava produzir, por exemplo, materiais científicos a serem divulgados nos meios de comunicação de massas, como o rádio e o cinema, também defendia a construção de uma enciclopédia mundial. Bernal faz uma defesa que estudos posteriores afirmam ser coerentes, a ideia de que o público soviético consumia muito mais publicações de ciência que os britânicos.203 Segundo Andrews, isso estava associado a uma política de Estado voltada a ideia de que a população precisa compreender a ciência para um aumento da produtividade, mas isso não significava uma liberdade daquilo que era divulgado ao público204.

Também, retoma e aprofunda as questões acerca da importância da reorganização, financiamento e planificação do fazer científico e retoma as distinções entre os modelos capitalistas e socialistas. Ele alinha o como investir com em que investir, em especial no capítulo, traz como tema a discussão de quais seriam as áreas de estudo das ciências para satisfazer as necessidades humanas, são elas:

• Alimentação;

• Moradia;

• Saúde;

• Trabalho;

• Lazer;

• Produção;

202 Bernal, Social Function, 279.

203 Ibid., 229.

204 Andrews, Science for the Masses.

102

• Mineração;

• Produção de energia;

• Engenharia;

• Química Industrial.

Assim como neste capítulo, o penúltimo capítulo aponta para o papel da ciência para a garantia das transformações sociais e no último capítulo, que recebe o título do livro, “The Social Function of Science”, Bernal faz uma retomada geral para apontar mais uma vez qual deve ser o caminho para o progresso da ciência e chega a elaborar, após esse procedimento, a seguinte síntese:

Os estágios do avanço científico marcaram um progresso do grande e simples ao pequeno e complexo. A primeira etapa da ciência, a da descrição e ordenação do universo disponível, já está essencialmente concluída. A segunda etapa, a compreensão da mecânica deste universo, está em vias de conclusão, pois já podemos ver em princípio o esquema geral desta explicação.

Permanecem desconhecidas e, de fato, em parte necessariamente incognoscíveis, possibilidades além disso, embora já possamos vislumbrar um pouco desse desenvolvimento futuro. É bastante claro que, se a humanidade não destruir em um futuro próximo, esse elaborado esforço cooperativo, que distingue a civilização da existência puramente biológica do homem, ela terá que enfrentar um universo que se tornará cada vez mais uma criação humana.205

A proximidade dessa noção de estágios de desenvolvimento, evolução de uma análise mais simples para uma análise mais complexa, assim como a de que a ciência de seu tempo se encontrava como uma verdade é visto por alguns intérpretes de Bernal como se ele fosse um positivista. Mas essa visão, defendida por Benjamin Farrington, Hilary Rose e Steven Rose206, compartilha uma leitura que entende o marxismo de Bernal enquanto uma derivação de sua visão de mundo sobre a ciência.

205 Bernal, Social Function, 412.

206 Rose & Rose, Red Scientist, 138

103 Esta tese não defende essa leitura completamente, pois, com certeza, existem proximidades de Bernal com o positivismo, mas essas proximidades também existem no próprio marxismo como já apresentado no capítulo 1. O que se está de acordo com os defensores da tese de um Bernal positivista, é que a união do marxismo com a sua compreensão de ciência, aprofunda e melhora sua leitura sobre a realidade, ao menos, a realidade do lado burguês.

Outras abordagens atribuem a sua ideia de ciência e progresso a uma visão limitada do marxismo que havia sido construída pelo chamado último Engels207, leitura essa que havia sido amplamente defendida por Kautsky e mais tarde recuperada e impulsionada na década de 1930 por Stalin. Nessa leitura o materialismo dialético de Marx cumpriria o papel de decodificador da realidade, incluindo a ciência. Sobre essa leitura é importante destacar dois pontos. Por um lado, como já foi demonstrado nesta tese208, apesar de Bernal ter sido representante dessa lógica de pensamento, ele já a havia superado e, como dito, descreditado essa visão, ainda em 1937. Ou seja, não há em Bernal a defesa constante de fraseologias de impacto de um método dialético que se aplica a tudo. Por outro lado, é preciso destacar o compromisso de Bernal em não contradizer ou questionar as políticas do Kremlin, o que traz um impacto direto na sua construção sobre progresso. Nesse sentido os fundamentos historiográficos da ideia de progresso em Bernal ao mesmo tempo que dialogam com as posições apresentadas, representam, sobretudo, uma escolha uma política.

207 Hobsbawn, “Intelectuais e Antifascismo”, 282

208 Ver pág. 76.

104 Considerações Finais

A temática do progresso caminha junto ao desenvolvimento dos estudos em História da Ciência. As diversas abordagens apresentadas demonstram a riqueza e as diferenças de perspectivas historiográficas, bem como o impacto dessas na maneira como se compreende o desenrolar da história, e da história da ciência em particular.

Outro ponto importante está na maneira como são absorvidas certas tradições filosóficas, o positivismo de Comte foi interpretado de formas múltiplas no séc. XX, seja em Sarton ou Bachelard ou, até mesmo em teóricos marxistas, como Bernal. O próprio marxismo, que em Marx apresenta um sentido de progresso transformador de uma realidade inadequada à existência, se expressa de formas diferentes em Bernal e nos filósofos da Escola de Frankfurt.

Mas o elemento que central está na descoberta e redescoberta do documento, a leitura de The Social Function of Science, por si mesma, apresenta reflexões fundamentais para pensar os dias atuais, sobretudo o Brasil, com os perigos do fascismo e do desprezo pela reflexão criteriosa. Assim como os problemas trabalhados para ciência daquela época dialogam com situações comuns, principalmente, quando envolve o trabalho do pesquisador e sua desvalorização social, política e financeira. Apresenta também caminhos para pensar os problemas de seu tempo, uma história marcada por muitas tensões no campo da política e da guerra. No entanto a conexão do documento com o seu contexto revelou camadas indigestas, talvez indigestas até para o próprio autor do documento, não obstante, passou a ser um grande defensor do pacifismo nas décadas que se seguiram o pós 2ª Guerra.

105 Os estudos desenvolvidos sobre Bernal, no trajeto da pós-graduação, foram, de uma certa forma, caminhos para um pensador marxista conhecer um pouco sobre o papel desse viés historiográfico e ideológico para a História da Ciência. Mas foram também caminhos de descoberta do próprio marxismo e do diálogo com alguns dos distintos marxismos.

A conclusão desta tese é o fechamento de um importante período de reflexões que ajudam a apontar para a abertura de novos objetos e questionamentos. Um deles, é em conhecer mais sobre a ciência soviética e compreender as nuances de uma ciência em estado de conflito permanente, mas que realizou ações muito interessantes no século XX. Outro, é de conhecer um pouco mais sobre o impacto da demonização do marxismo e do comunismo, sobretudo nos E.U.A, dos anos 1950, quais os impactos desta discussão no campo do fazer científico. Uma última questão, a América do Sul conheceu muitas outras tradições do marxismo e de propostas emancipatórias, na segunda metade do século XX, se havia ou não projetos de ciência atrelado a esses movimentos.

Por fim, a tese procurou trabalhar com um tema muito pouco explorado na História da Ciência do Brasil, os estudos em torno do que ficou conhecido como externalismo. O documento que serviu de base esse trabalho foi o livro The Social Function of Science de John Desmond Bernal que apresentou enormes desafios por sua densidade teórica e pelas questões políticas envolvidas em sua produção. Assim buscou-se tanto as características do contexto da produção do livro, como as bases historiográficas e políticas que nortearam a sua escrita.

106 Bibliografia

Adorno, Theodor W. & Max Horkheimer. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

Alfonso-Goldfarb, Ana M. “Centenário Simão Mathias: Documentos, Métodos e identidade da História da Ciência.” Circumscribere 4 (2008): 5-9.

______. O que é História da Ciência. Coleção Primeiros Passos. São Paulo:

Brasiliense, 2004.

______, A. M., H. Chang, M. H. M. Ferraz, J. M. Rampling & S. Waisse. “Introduction:

Chemical Knowledge in Transit”. Ambix 62, nº 4 (2015): 305-311. (Chemical Knowledge in Transit – Edição Especial. Guest Editors: Alfonso-Goldfarb, Chang, Ferraz, Rampling & Waisse).

______, A. M., S. Waisse & M. H. M. Ferraz. “From Shelves to Cyberspace:

Organization of Knowledge and the Complex Identity of History of Science”. Isis 104, nº 3 (2013): 551-560.

______; Márcia H.M. Ferraz. “Enredos, Nós e Outras Calosidades em História da Ciência.” In Centenário Simão Mathias: documentos, métodos e identidade da História da Ciência: seleção de trabalhos, org. Ana M. Alfonso-Goldfarb, José Luiz Goldfarb, Márcia H. M. Ferraz & Silvia Waisse, 25-36. São Paulo: PUC-SP, 2009.

______; Márcia H.M. Ferraz & Maria H. Beltran. “A historiografia contemporânea e as ciências da matéria: uma longa rota cheia de percalços.” In Rotas da Natureza:

Cientistas, Viagens, Expedições, Instituições, coord. Ana Leor Pereira & João Rui Pita, 107-11. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2006.

______; Márcia H.M. Ferraz & Patrícia Aceves. "Uma ‘viagem’ entre documentos e fontes." Circunscribere 12 (2012): v-viii.

______, W. Carnielli, H. Chang, M. H. M. Ferraz, J. L. Goldfarb & S. Waisse, eds.

Crossing Oceans: Exchange of Products, Instruments and Procedures in the History of Chemistry and Related Sciences: Selected Papers. Campinas:

UNICAMP, CLE, 2015, Coleção CLE; v. 75.

Anderson, Perry. Considerações sobre o Marxismo Ocidental. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.

Andrews, James T. Science for the masses: the Bolshevik state, public science and the popular imagination in Soviet Russia, 1917-1934. Texas: Texas A&M University Press, 2003.

Arendt, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Bachelard, Gaston. A Formação do Espírito Científico. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

107 Baker, John. R.; “Counterblast to Bernalism.” New Statesman and Nation, (julho

1939): 174-175.

Bernal, John D. Ciência na História. 7 vols. Lisboa: Livros Horizonte, 1975-1978.

______. “Dialectical Materialism and Modern Science”. Science and Society 2, nº1 (1937): 58-66.

______. “Engels and Science.” Labour Monthly Pamphlets. nº 6.

______. The Freedom of Necessity. Londres: Routledge & Kegan Paul LTD., 1949.

______. The Social Function of Science. Londres: George Routledge & Sons, 1939.

______. “Need there be Need?” Science for Peace. New York: Columbia Printers, 1963.

Beetham, David. Marxists in Face of Fascism. Manchester: Manchester Universty Press, 1983.

Broué, Pierre, Os Processos de Moscovo. Trad. Rodrigo Manuel Ferreira Neves.

Lisboa: Livraria Morais, 1966.

Brown, Andrew. J. D. Bernal. The Sage of Science. Oxford: Oxford University Press, 2005.

Bukharin, Nikolai, org. Science at the Crossroads In International Congress of the History of Science and Technology. 2d, London: Kniga, 1931.

Canguilhem, G. “O Objeto da História das Ciências.” Estudos de História e de Filosofia das Ciências Concernentes aos Vivos e à Vida. Rio de Janeiro:

Forense, 2014, 1-16.

______. “O Papel da Epistemologia na Historiografia Científica Contemporânea.”

Ideologia e Racionalidade nas Ciências da Vida. Lisboa: Edições 70, 1977.

Ceruti, Mauro. “O Materialismo Dialético e a Ciência nos anos 30.” In História do Marxismo. 9 org. Eric J. Hobsbawm, 315-386. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

Cestari Junior, Decio H. “Paul Langevin: ciência, educação e difusão do conhecimento.” Tese de doutorado em História da Ciência, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2020.

Clagget, Marshal, ed. Critical Problems in the History of Sciennce. Madison: The University of Wisconsin Press, 1959.

Comte, Auguste. Curso de Filosofia positiva. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

Engels, Friedrich. A Dialética da Natureza. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

108 ______. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira S.A., 1984.

______. Anti-Dühring. São Paulo: Boitempo Editorial, 2015.

Ferraz, M.H.M, A. M. Afonso-Goldfarb & S. Waisse. “Reflexões Sobre a Constituição de um Corpo Documental para a História da Ciência”. Acervo 26, nº 1 (2013):42-53.

Filner, Robert E. “The Social Relations of Science Movement (SRS) and J. B. S.

Haldane.” In Science & Society 41, No. 3 (1977): 303-316.

Freire Jr, Olival. “Dialectical Materialism and the Quantum Controversy: The Viewpoints of Fock, Langevin, and Taketani”. Nature, Society, and Thought 8, nº 3 (1995): 309-328.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere, vol. 3. 2ª edição. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira.

Goldsmith, M. & A. Mackay, orgs. The Science of Science: Society in a Technological Age. Toronto: Souvenir Press, 1964.

Gonçalves-Maia, Raquel. Bernal. Série dos Átomos e das Moléculas 3. São Paulo:

Editora Livraria da Física, 2016.

Hahn, Hans, Otto Neurath, Rudolf Carnap. “A concepção científica do mundo – o círculo de Viena”. Cadernos de História e Filosofia da Ciência 10 (1986): 5-20.

Haldane, J. B. S. Prólogo para A Dialética da Natureza de Friederich Engels 6ª ed.

Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 2000.

______. Science Advances. Londres e Nova York: Routledge, 2014.

Herf, Jeffrey. O modernismo reacionário: tecnologia, cultura e política na República de Weimar e no Terceiro Reich. São Paulo: Ensaio, 1993.

Hobsbawm, Eric J. Era dos Extremos: O breve século XX: 1914-1991. São Paulo:

Companhia das Letras, 1995.

______ . “Os Intelectuais e o Antifascismo” In História do Marxismo 9 org. Eric J.

Hobsbawm, 257-314. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

Hodgkin, Dorothy M. C. “John Desmond Bernal: 10 May 1901 – 15 September 1971.”

Biographical Memoris of Fellows of Royal Society 26 (1980): 16-84.

Hogben, Lancelot. Dangerous Thoughts. Londres: George Allen & Unwin Ltd, 1939.

______ . “Our Social Heritage” In Science & Society 1, nº 2 (1937): 137-151.

109 Ings, Simon. Stalin and the scientists: a history of triumph and tragedy 1905 – 1953.

Nova Iorque: Atlantic Monthly Press, 2017.

Joliot, F. “Paul Langevin. 1872-1946.” Obituary Notices of Fellows of the Royal Society 7, no. 20 (1951): 405–19.

Konder, Leandro. Introdução ao fascismo. São Paulo: Expressão Popular, 2009.

Kuhn, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2013.

______. “Comensurabilidade, comparabilidade, comunicabilidade: O caminho desde a estrutura.” Ensaios Filosóficos. São Paulo: Editora UNESP, 2006.

Langevin, Paul. “Science and Action.” Science & Society 11, nº 3 (1947): 209–24.

Lenin, Vladimir I. U. A Falência da II Internacional. São Paulo: Kairós, 1979.

______ . Imperialismo, Estágio Superior do Capitalismo. São Paulo: Boitempo Editorial, 2021.

Limoncic, Flávio. Os inventores do New Deal: Estado e sindicatos no combate à Grande Depressão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

Löwy, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio: uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. São Paulo: Boitempo, 2005.

Mackay, Alan L. “J D Bernal: his legacy to science and to Society”. in J. Physics:

Conference Series, vol 57, nº 1, (2007): 1-16.

Marx, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

______. Crítica da filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2005.

______. Grundisse. São Paulo: Boitempo Editorial; Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2011.

______ & Engels Friedrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.

______ & Engels Friedrich. A sagrada família. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003.

______ & Engels Friedrich. Cartas sobre las ciencias de la natureza y las matemáticas.

Barcelona: Editorial Anagrama, s.d.

______ & Engels Friedrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo Editorial, 1998.

Merton, R. K. The Sociology of Science: Theoretical and Empirical Investigations.

Chicago/ London: The Univ. of Chicago Press, 1973.

Nietszche, Friedrich. Sobre verdade e mentira. São Paulo: Hedra, 2007.

110 Oliveira, Luís H. S. J. “A Ideia de Revolução Científica na Obra de John Desmond Bernal”. Dissertação de mestrado em História da Ciência, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017.

Orwell, George. “A Liberdade de Imprensa.” In A Revolução dos Bichos Trad. Heitor Aquino Ferreira. São Paulo Companhia das Letras, 2007.

______ . “O que é Fascismo?.” O que é Fascismo? “E Outros Ensaios”. São Paulo:

Companhia das Letras, 2017.

Ouelbani, Mélika. O Círculo de Viena – Volume I. São Paulo: Editora Parábola, 2009.

Pachukanis, Evguiéni B. Fascismo. São Paulo: Boitempo, 2020.

Paris, Robert. As Origens do Fascismo. São Paulo: Perspectiva, 1993.

Pastore, Gianriccardo G. “Debate Internalismo e Externalismo: As Ciências Segundo, John Desmond Bernal.” Revista Transdisciplinar Logos e Veritas, vol. 01, nº 01, (2014): 12-18.

Paxton, Robert O. A anatomia do fascismo. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

Polanyi, Michael. The Contempt of Freedom: The Russian Experiment and After.

London: Watts, 1940.

Racine-Furlaud, Nicole. “Le Comité de Vigilance Des Intellectuels Antifascistes (1934-1939). Antifascisme et Pacifisme.” Le Mouvement Social, no. 101 (1977): 87–

113.

Ravetz, Jerome & Richard S. Westfall. “Marxism and the History of Science”, Isis 72, nº 3 (setembro 1981), 393-405.

Reinish, Jessica. “The Society for Freedom in Science, 1940 – 1963.” Dissertação de Mestrado, Imperial College of London, 2000.

Riberio Junior, João. O que é Nazismo? São Paulo: Brasiliense, 2005.

Roberts, Edwin A. “From the History of Science to the Science of History: Scientists and Historians in the Shaping of British Marxist Theory” In Science & Society 69, nº 4 (outubro 2005): 529-558.

Rossi, Paolo. Naufrágio sem Espectador. Trad. Álvaro Lorencini. São Paulo: Editora Unesp, 2000.

Saito, Fumikazu. “'Continuidade’ e ‘descontinuidade’: o processo da construção do conhecimento científico na História da Ciência.” Revista da FAEEBA Educação e Contemporaneidade 22, nº 39 (jan-jun 2013): 183-94.

Sarton, G. History of Science and new Humanism. New York: Henry Holt and Com., 1931.