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OBJECTIVOS, PREMISSAS E HIPÓTESES

Grupo III Produção total

LISBOA E VALE

5. METODOLOGIA E PLANEAMENTO DO TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO

5.2. OBJECTIVOS, PREMISSAS E HIPÓTESES

Como anteriormente referido, apenas são apresentados os objectivos específicos relacionados com a parte prática e que constam do capítulo 1. Estes objectivos são os seguintes:

3. Dar uma visão real do que se passa actualmente nos hospitais, tanto ao nível da gestão de RH, como da prevenção, reciclagem e separação de RH por grupos;

4. Averiguar as diferenças entre grupos de hospitais em relação aos conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde sobre a gestão, a prevenção, a reciclagem e a separação de RH por grupos;

5. Averiguar as diferenças entre grupos de profissionais de saúde em relação aos seus conhecimentos, opções e percepções sobre a gestão, a prevenção, a reciclagem e a separação de RH por grupos;

6. Conhecer a evolução temporal dos aspectos inerentes à gestão de resíduos nos hospitais;

Gestão de RH: conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde

7. Determinar as variáveis que diferenciam os profissionais de saúde que preferem os DM reutilizáveis ou os descartáveis, que são recicladores ou não recicladores e que separam correctamente ou não os RH por grupos.

No capítulo 1 foram, também, apresentadas as grandes premissas, linhas orientadoras do trabalho de investigação, cuja finalidade é auxiliarem a concretização dos objectivos referidos anteriormente. As grandes premissas são as seguintes:

A. Os conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde em relação às primeiras etapas de gestão de RH variam consoante as características dos hospitais (hospitais especializados versus distritais).

B. Os conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde em relação às primeiras etapas de gestão de RH variam consoante a localização geográfica dos hospitais (hospitais a Norte versus a Sul).

C. Os conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde em relação às primeiras etapas de gestão de RH variam de acordo com o grupo profissional (médicos, enfermeiros e AAM).

D. Os conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde em relação às primeiras etapas de gestão de RH evoluem com o decorrer do tempo.

E. Os conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde em relação às primeiras etapas de gestão de RH variam consoante os grupos com diferentes práticas de gestão de resíduos.

A necessidade de recorrer a premissas está relacionada com o carácter essencialmente exploratório deste trabalho de investigação. No entanto e como referido anteriormente, este trabalho apresenta, também, um carácter experimental, devido à manipulação da variável tempo, sendo, por isso, possível formular algumas hipóteses.

Optou-se por construir hipóteses baseadas apenas na última premissa (premissa E), premissa relacionada com as variáveis que diferenciam os profissionais de saúde com diferentes práticas de gestão de RH. Deve-se salientar que as restantes premissas foram, de igual forma, englobadas no trabalho prático, embora a sua avaliação não se traduza na construção de hipóteses.

É o que se verifica com as premissas A e B, relativas ao estudo de diferentes grupos de hospitais. A selecção destes grupos baseou-se nos objectivos e valências que diferenciam os hospitais Centrais Especializados dos hospitais Distritais Gerais, além da percepção que as práticas e as preocupações relativamente à gestão dos RH são diferentes nos hospitais localizados a Norte e a Sul de Portugal Continental.

Também se procurou avaliar as diferenças entre grupos de profissionais de saúde (premissa C) no que diz respeito aos seus conhecimentos, opiniões e percepções relativamente à

Gestão de RH: conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde

Além do referido, considerou-se também interessante conhecer a evolução temporal da gestão de resíduos nos hospitais (premissa D), evolução que ocorre naturalmente, mas, também, como resultado da implementação da legislação em vigor (e.g. Despacho nº 242/96, de 13 de Agosto) e de alguns planos (PERH) e políticas específicas (e.g. o encerramento das incineradoras de RH). Com este objectivo, a fase 1 foi subdividida em duas etapas, com cerca de um ano de intervalo. Este facto permitiu, também, introduzir novas variáveis e melhorar alguns aspectos, entre a primeira e a segunda etapa.

Assim, apenas são apresentadas hipóteses relativas à última premissa (premissa E), opção que teve por base o levantamento teórico efectuado e as pesquisas anteriormente realizadas sobre este assunto (e.g. Gonçalves, 2001; Gonçalves et.al., 2000). Esta premissa procura levar ao conhecimento das variáveis que diferenciam os profissionais de saúde com maior preferência por DM reutilizáveis ou por descartáveis, recicladores dos não recicladores e que têm ou não conhecimentos para separarem correctamente os RH por grupos.

A construção das hipóteses teve por base o levantamento teórico efectuado, mas, também, algumas percepções obtidas durante a realização da parte prática. Desta forma, subdividem-se as hipóteses em dois grupos, hipóteses formuladas com base nos conhecimentos teóricos (T) e hipóteses que têm por base as percepções recolhidas durante a parte prática (P). Tendo em atenção estes pressupostos, as hipóteses consideradas são as seguintes:

1. Profissionais de saúde com maior preferência por DM reutilizáveis ou por descartáveis

H.1.1. A preferência por DM e outros materiais reutilizáveis é maior nos hospitais a Norte que nos hospitais a Sul (P).

H.1.2. Quanto maior a percepção de risco para a saúde em relação aos RH maior a preferência por DM e outros materiais descartáveis (T).

H.1.3. Para os profissionais de saúde os DM e outros materiais descartáveis têm associado um menor risco profissional que os reutilizáveis (T).

H.1.4. Para os profissionais de saúde os DM e outros materiais descartáveis têm associado um menor risco de infecção hospitalar que os reutilizáveis (T).

H.1.5. A preferência por DM e outros materiais descartáveis é tanto maior quanto maior é a percepção da sua facilidade de utilização (T).

2. Profissionais de saúde recicladores ou não recicladores

H.2.1. Os médicos pertencem sobretudo ao grupo dos não recicladores (P).

H.2.2. Os recicladores tiveram mais formação sobre RH que os não recicladores (T). H.2.3. Os recicladores consideram os resíduos dos grupos I e II menos perigosos que os

não recicladores (T).

3. Profissionais de saúde que têm ou não conhecimento para separarem correctamente os RH por grupos

Gestão de RH: conhecimentos, opções e percepções dos profissionais de saúde

H.3.1. Os enfermeiros são o grupo profissional que separa de forma mais correcta os RH por grupos (P).

H.3.2. Nos hospitais a Sul os profissionais de saúde separam de forma mais correcta os RH por grupos (P).

H.3.3. Os profissionais de saúde que tiveram formação sobre RH separam de forma mais correcta os RH por grupos (T).

H.3.4. Os profissionais de saúde com um maior conhecimento percebido sobre os RH separaram de forma mais correcta os RH por grupos (T).

H.3.5. Os profissionais de saúde que associam menor percepção de risco aos resíduos dos grupos I e II separaram estes resíduos de forma mais correcta (T).

Como se pode observar, quatro hipóteses foram formuladas tendo por base as percepções recolhidas durante a realização da parte prática, sendo as restantes fundamentadas no levantamento bibliográfico efectuado. A discussão das premissas e hipóteses é efectuada no capítulo 7 (Conclusões e Considerações Finais).