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3.2 O universo documental – as fontes da pesquisa

3.2.1 Os livros

Para a constituição do corpus da festa do Divino nos Açores e em Portugal Continental foram consultadas, além do já mencionado Roteiro Lexical do Culto e das Festas do Espírito Santo nos Açores, as seguintes obras:

a) A Festa do Espírito Santo no Ladoeiro e no Sul da Beira Interior de

Francisco Henriques, publicado em 1997 como primeiro número da Açafa, publicação da Associação de Estudos do Alto Alentejo, com 364 páginas. A obra está constituída por uma introdução e 4 capítulos, o primeiro dos quais descreve minuciosamente a festa do Espírito Santo no Ladoeiro, uma das dezessete freguesias do Concelho de Idanha-a-Nova. O capítulo seguinte faz um inventário comentado das manifestações festivas sob esse tema em 29 localidades do Sul da Beira Interior, em Portugal Continental e os capítulos seguintes ampliam o estudo sobre as festividades e culto com ênfase sobre as capelas, imagens, insígnias e hábitos recorrentes e comentam a necessidade de ampliação dos estudos sobre a festa. A obra compreende ainda figuras, quadros e fotografias.

b) A festa do Imperador de Eiras e o Culto do Espírito Santo de Dina

Fernanda Ferreira de Sousa, publicado em 1994. Após curta nota introdutória, breve resenha histórica e comentários sobre a prática do culto em Portugal, descreve a festa realizada em Eiras, povoação e freguesia do concelho de Coimbra, até 1832 e as ressurgências dessa festa depois dessa data. O livro, de 39 páginas, apresenta algumas fotografias.

c) As Festas do Espírito Santo nos Açores: um estudo de antropologia social,

de João Leal, publicado em 1984, é o resultado de tese de doutorado do autor. O livro possui 319 páginas e está constituído por uma apresentação, três partes, conclusões e apêndices. A primeira parte descreve aos Impérios na freguesia de Santa Bárbara, na Ilha de Santa Maria no arquipélago dos Açores, o segundo capítulo descreve e comenta o que o autor define como diversidade e unidade das festas nas outras ilhas, com ênfase nas freguesias de Santo Antão, na Ilha de São Jorge e na freguesia da Piedade, na Ilha do Pico e, por último, apresenta romarias quaresmais e festas do Divino na Ilha de São Miguel. A obra apresenta ainda dois apêndices, o primeiro dos quais comenta a relação entre povo e clero, nas festas, e o segundo descreve sumariamente as festas no continente e na Ilha da Madeira. A obra possui quadros, mapas, figuras, diagramas e fotografias.

d) Espírito Santo em festa de Aurélia Armas Fernandes e Manuel Fernandes,

publicado em 2006, com 592 páginas, é uma obra que reúne impressões pessoais e estudos sobre a origem e história da festa, a simbologia das insígnias, lendas, milagres, sinais, contos e orações, entre outros assuntos. Apresenta uma descrição detalhada da festa na Ilha das Flores e uma breve descrição da festa nas outras ilhas do arquipélago dos Açores, em Portugal Continental, no Brasil, nos Estados Unidos e no Canadá. Embora bastante ampla, apresenta problemas para sua utilização em razão de um sistema pouco confiável e incompleto de referências. Possui um grande número de fotos coloridas de boa qualidade de diversos locais onde a festa é realizada.

e) Etnografia dos Impérios de Santa Bárbara (Santa Maria, Açores), de João

Leal é um livro de 104 páginas, publicado em 1984, pelo Instituto Português do Patrimônio Cultural. Em nota prévia, o autor afirma que o texto tem intenções exclusivamente etnográficas e propõe-se descrever os Impérios do Espírito Santo na freguesia de Santa Bárbara, a partir de pesquisa de campo. A obra possui, em apêndice, amostras dos cantares tradicionais, algumas acompanhadas de partituras, e grande número de fotografias.

f) Festa dos tabuleiros de João M. O. Victal e outros é uma publicação de 2011

com 77 páginas, que compreende seis estudos e 27 aquarelas sobre aspectos da Festa dos Tabuleiros. Alguns desses estudos descrevem a festa tal como era antigamente e como ocorre agora.

g) Instrumentos Musicais Populares dos Açores, de Ernesto Veiga de Oliveira,

publicado em 1986, é o resultado de pesquisas de campo realizadas nos Açores em 1963, para complementar a coleção e estudo dos instrumentos populares portugueses. A obra, com 69 páginas, historia o surgimento dos instrumentos e descreve-os, reservando um capítulo

especial para os instrumentos cerimoniais em que se incluem os instrumentos das folias. Conta com grande número de fotografias e com a transcrição de letras de cânticos, acompanhados da pauta musical.

h) Monsanto: etnografia e linguagem de Maria Leonor Carvalhão Buescu, obra

publicada inicialmente em 1958, e reeditada em 1984, e elaborada como dissertação de licenciatura da autora, acrescida, posteriormente, de outras informações. De fundo etnográfico-linguístico, a obra sobre a vila de Monsanto, na Beira Baixa, em Portugal Continental, compreende 326 páginas e está constituída por uma introdução, quatro partes, subdivididas em capítulos e apêndices. A primeira parte possui 5 capítulos que tratam, nesta ordem, do espaço doméstico, do quotidiano, das fainas domésticas, das fainas agrícolas, das indústrias e do sagrado e profano. Neste último capítulo há uma descrição dos Jantares do Espírito Santo, com destaque em itálico para os termos que caracterizam a festa. O livro possui fotos e desenhos ilustrativos.

i) O culto do Espírito Santo de Antonieta Costa, publicado em 2008, ilustrado,

com 240 páginas, é apresentado em formato bilíngue, português/inglês. A obra está organizada em uma introdução e 4 capítulos que tratam de: Cultos pagãos; o ritual; o culto católico; descrição e apresenta ainda em apêndice o texto O bezerro do Espírito Santo. Além disso, compreende grande número de transcrições de entrevistas realizadas para coleta de depoimentos sobre as promessas feitas e os milagres atribuídos ao Espírito Santo por intermédio do pão, dos símbolos da divindade, entre outros elementos.

j) Roteiro Lexical do Culto e das Festas do Espírito Santo nos Açores, de

Manuel Breda Simões, descrito anteriormente.

k) Os Impérios populares de Maria Micaela Soares, estudo sobre a festa em

Penedo, Portugal Continental, com 113 páginas, publicado no Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa em 1982. A autora realiza um detalhado levantamento histórico da festa, comprovado pela transcrição de trechos de documentos, e descreve a festa e sua evolução, estabelecendo paralelos com festas realizadas em outros tempos e outras localidades, como Cascais, Tomar, Alenquer, Marmelete, Santiago do Cacém, para citar apenas algumas, e apresentando curiosidades e transcrição de cânticos, orações, regulamentos e receitas culinárias. Apresenta fotografias e desenhos, principalmente, mas não exclusivamente, da festa em Penedo.

Para a obtenção do corpus da pesquisa sobre a festa no Maranhão – Ilha de São Luís e Alcântara – além do glossário constante da dissertação já referida, A terminologia da

festa do Divino Espírito Santo nos Açores e no Maranhão – São Luís e Alcântara: uma proposta de glossário, foram consultadas as seguintes obras:

a) Querebentan de Zomadonu: etnografia da Casa das Minas, de Sérgio

Figueiredo Ferretti, tese de doutoramento do autor, publicada em 1985 e reeditada em 2009; a obra faz um estudo etnográfico da casa das Minas, o mais antigo e tradicional terreiro de Mina de São Luís e, no capítulo III, – Os rituais da Casa das Minas – apresenta, nas páginas 161 a 175, a descrição da Festa do Divino Espírito Santo realizada por essa casa de culto.

b) Repensando o sincretismo, de Sérgio Figueiredo Ferretti – obra publicada em

1995, que se propõe repensar o fenômeno do sincretismo religioso afro-brasileiro, aplicando os estudos ao caso específico da Casa das Minas; dedica o capítulo dez, das páginas 167 a 187, à descrição da Festa do Divino Espírito Santo, bem como a comentários sobre o ritual.

c) Umas mulheres que dão no couro, de Marise Barbosa, trabalho publicado

em 2006, com 220 páginas, é decorrente de pesquisa realizada para elaboração da dissertação de mestrado da autora e descreve as festas realizadas em vários lugares do Estado do Maranhão: Fleixeiras, Caxias, Santa Rosa dos Pretos ou Santa Rosa do Barão, Periá, São Simão, Pindaí, Penalva, Alcântara, Rio Grande, Maracanã, Rosário, Providência, São José de Ribamar, Igaraú e São Luís. Na capital, a autora esteve em diferentes terreiros: Casa de Dona Nilza, no Goiabal, Terreiro das Portas Verdes, Casa das Minas, Casa de Nagô, Casa Fanti- Ashanti e Terreiro da Fé em Deus. A obra tem enfoque especial sobre o papel das mulheres e principalmente das caixeiras no ritual da festa; registra e transcreve depoimentos destas caixeiras e 62 cânticos do ritual da festa, além de dois carimbós de caixeiras, o primeiro constituído por 26 canções e cantigas e o segundo por 5 cantigas. Vem acompanhada por um CD, com esses registros.

d) Caixeiras do Divino Espírito Santo de São Luís do Maranhão de Gustavo

Pacheco, Cláudia Gouveia e Maria Clara Abreu – obra publicada em 2005, com 96 páginas, nascida do desejo de registrar e divulgar o que os autores consideram uma das mais antigas, difundidas e importantes tradições populares do Maranhão. O livro foi realizado a partir de gravações realizadas nos seguintes terreiros e casas de festeiros, em São Luís: Casa das Minas, Casa de Nagô, Casa Fanti-Ashanti, Terreiro Fé em Deus, Terreiro das Portas Verdes, Casa de Dona Nilza, Casa De Dona Fausta e Casa de Dona Aída. Vem acompanhado de dois CDs, o primeiro com 26 cânticos e o segundo com 15. A obra faz a descrição da festa e registra comentários de 15 caixeiras que participaram das gravações, além de apresentar a transcrição dos cânticos gravados.

e) Folclore brasileiro: Maranhão – Publicação do Ministério da Educação e Cultura, Departamento de Assuntos Culturais e fundação Nacional da Arte publicado em 1977, com 81 páginas e ilustrações, é o resultado de pesquisa realizada em 1972, promovida por uma Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro A obra é de autoria de Domingos Vieira Filho, pesquisador e folclorista maranhense, que descreve a Festa do Divino Espírito Santo e registra trechos de cânticos, no item Outras Manifestações, da página 47 à página 49.

f) A Festa do Divino Espírito Santo – também de Domingos Vieira Filho, datado de 1954, e publicado como separata, com 10 páginas, da Revista da Academia Maranhense de Letras, volume IX, descreve uma festa realizada em 1948, na casa de D. Elsa Sousa, na Vila Passos, em São Luís. Apresenta fotos de participantes da festa e as letras de vários cânticos.

g) A Festa do Divino Espírito Santo em Alcântara (Maranhão) – de Carlos de Lima, publicado em 1972 por iniciativa do Ministério da Cultura, descreve uma Festa do Divino Espírito Santo em Alcântara. O capítulo inicial trata da história de Alcântara e descreve a cidade tal como se apresentava na década de 80 do século passado, ou seja, quando começaram as primeiras iniciativas de restauração de prédios históricos.O segundo capítulo, ilustrado com fotos, trata da festa, historiando sua origem, descrevendo-a de forma bem humorada e transcrevendo trechos de cânticos e falas dos populares. A obra conta com prefácio de Luís da Câmara Cascudo, que elucida aspectos da origem da festa e de seu valor simbólico.

h) As esposas do Divino: poder e prestígio feminino nas festas do Divino Espírito Santo em terreiros de tambor de Mina em São Luís do Maranhão, de Cláudia

Rejane Martins Gouveia, dissertação de Mestrado, defendida na Universidade Federal de Pernambuco, em 2001, com 146 páginas e anexos – fotos e reprodução de material de divulgação das festas. Trata do papel das mulheres no festejo, em quatro terreiros de Mina de São Luís – Casa das Minas, Casa de Nagô, Casa Fanti-Ashanti e Terreiro Fé em Deus – e na casa de D. Nilza, no Goiabal, descrevendo as festas e registrando depoimentos e cânticos.

i) Memórias de Velhos – vols. I e IV – iniciativa do Governo do Estado do

Maranhão apresenta-se como “uma contribuição à memória oral da cultura popular maranhense” e configura-se como uma série de coletâneas de depoimentos de idosos ilustres por seu conhecimento e sua contribuição à cultura popular. No volume I da página 89 à página 164, está registrado o depoimento de D. Celeste Santos, falecida em 2011 e responsável durante muitos anos pela festa do Divino Espírito Santo na Casa das Minas. D. Celeste participava da festa desde os dez anos de idade, começou como festeira em 1958 e

realizava a festa desde 1970; no volume IV estão os depoimentos de alcantarenses, como Ricardo Leitão, da página 55 a 78, mestre-sala da Festa do Divino e artesão, Diógenes Alberto Lemos Ribeiro, da página 81 a 107, santeiro e decorador do Altar das Festas do Divino e Heidimar Guimarães Marques, da página 109 a 182, descendente de família da nobreza alcantarense e que foi Imperador da Festa do Divino;

Considerei fundamental a consulta a obras que registram os cânticos e os depoimentos de caixeiras e participantes da festa, dessa forma foi possível conhecer duas visões da festa: a dos estudiosos de folclore e de terreiros de São Luís, o discurso acadêmico, que se pretende imparcial, e a dos devotos e dos que fazem e vivem a festa.

3.2.2 Os DVDs

Obtive os seguintes DVDs, para consulta e comprovação dos dados coletados em livros e outros documentos:

a) Divino de Alcântara, de Murilo Santos;

b) Em nome do Divino – Brasil, de Carlos Brandão Lucas; c) Em nome do Espírito Santo, de Carlos Brandão Lucas.

3.2.3 Os CDs

Contei ainda com os registros dos cânticos, em CDs, que acompanham livros: a) Umas mulheres que dão no couro, de Marise Barbosa – dois CDs;

b) Caixeiras do Divino Espírito Santo de São Luís do Maranhão, de Gustavo Pacheco, Cláudia Gouveia e Maria Clara Abreu – um CD

c) O Divino Som: caixeiras da família Menezes – produzido pela associação Cultural Cachuera! – 1 CD

3.2.4 Outros materiais

Utilizei também o material iconográfico de propaganda da festa, calendários, convites, abanos, cartazes e uma revista sobre a Festa dos Tabuleiros em Tomar que, mencionando as datas de realização das diferentes etapas do ritual da festa, utilizam termos referentes às atividades características e a seus participantes, oferecendo, assim, a oportunidade de confirmação do emprego desses termos.

Some-se a isso, a oportunidade de participação no III Congresso Internacional sobre as festas do Divino Espírito Santo, o que me possibilitou conhecer algumas das festas dos Açores, na Ilha Terceira: a da freguesia do Raminho e a da freguesia de São Sebastião. E em Portugal Continental, em 2009, observei o cortejo da festa em Tentúgal, na Beira Litoral, uma tentativa de retomada da festa promovida por uma Confraria de produtores de doces conventuais. Em 2011, acompanhei a festa em Tomar, conhecida como Festa dos Tabuleiros.

A observação dessas festas foi fundamental para a seleção dos termos que são utilizados no decorrer da festa, distinguindo-os do léxico geral da língua.

3.2.5 Dicionários

Para os termos comparados foi feito um levantamento em dicionários gerais da língua portuguesa, nas suas variantes europeia e brasileira e em dicionários regionais, mas não específicos sobre a festa. Consultei ainda dicionários etimológicos. Os dicionários consultados estão relacionados a seguir:

3.2.5.1 Dicionários gerais

a) Novo Dicionário Aurélio de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira em sua

primeira edição e terceira impressão, de 1975, que compreende, conforme informação do autor, bem mais de cem mil verbetes e subverbetes, e registra a língua dos escritores modernos e clássicos, dos jornais e revistas, do teatro, do rádio e da televisão, do falar do povo e os linguajares diversos, regionais, jocosos, depreciativos, profissionais e giriescos.

b) Dicionário Houaiss Eletrônico da Língua Portuguesa de Antônio Houaiss,

em sua edição de 2009, que compreende 146.000 entradas, com a etimologia, datação e abonações retiradas de obras literárias, técnicas e didáticas e de periódicos. Compreende vocábulos da língua antiga ou arcaica e apresenta-se com vocação lusófona, ou seja, leva em conta dialetismos brasileiros e portugueses e registra e define palavras e locuções dos crioulos orientais e africanos de origem portuguesa e vocábulos de outros idiomas incorporados ao português.

c) Dicionário da Lingua Portugueza de Antonio de Moraes Silva, em dois

volumes, de 1890, em sua oitava edição, revista e melhorada como anuncia o autor.

d) Dicionário Prático Illustrado: novo dicionário encyclopédico luso- brasileiro, publicado em 1931, em sua terceira edição revista, sob direção de Jayme de

Séguier. O dicionário está dividido em três partes: Língua Portuguesa, Locuções latinas e estrangeiras; História e geografia e compreende ainda 6.000 gravuras, 110 quadros enciclopédicos, 1000 retratos de personalidades e 90 mapas geográficos.

e) Dicionário da língua portuguesa da Porto Editora, publicado em 2008.

3.2.5.2 Dicionários especializados

a) A Linguagem popular do Maranhão, de Domingos Vieira Filho, em sua

segunda edição publicada em 1958, como encarte da Revista de Geografia e História.

b) Dicionário da Língua Portuguesa Medieval de Joaquim Carvalho Silva,

publicado em 2007, que compreende 17.000 verbetes;

c) Dicionário de Falares dos Açores: vocabulário regional de todas as ilhas,

de J. M. Soares de Barcelos, publicado em 2008.

d) Dicionário de Falares das Beiras de Vítor Fernando Barros, publicado em

2010.

e) Dicionário do Folclore de Luís da Câmara Cascudo, em edição ilustrada de

2001.

3.2.5.3 Dicionários etimológicos

a) Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado,

cinco volumes, em sua quinta edição, publicada em 1989;

b) Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de Antenor Nascentes, em

dois volumes, publicado em 1955, em segunda tiragem da primeira edição do Tomo I;

c) Dicionário Etimológico Nova Fronteira de Antônio Geraldo da Cunha, em

sua 2ª edição revista e acrescida de um suplemento, publicado em 1986.

3.3 Etapas da pesquisa