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Perspetivas teóricas – elementos para uma definição

unidades polilexicais

1.4 Amálgamas e fraseologias em análise

1.4.1 As amálgamas: elementos de descrição e análise

1.4.2.1 Perspetivas teóricas – elementos para uma definição

Iniciamos este percurso teórico com Bally (1909/1951) alargando-o até aos nossos dias. No entanto, não vamos fazer uma história cronológica da fraseologia. Para isso existem trabalhos de um valor inestimável e qualquer outra abordagem nada de novo traria à reflexão. Para esse efeito, e a título ilustrativo, propomos a consulta de Corpas Pastor (1996), Mel’Čuk et al. (1995), G. Gross (1996), Palma (2007), Greciano (1983), Ruwet (1983), Vietri (1985).

Pretendemos expor as grandes linhas da reflexão sobre fraseologia, selecionando as ideias necessárias que nos permitam retirar da pluralidade das abordagens elementos para uma definição que sustentem a perspetiva em que se encaixa este trabalho.

Partimos da ideia, já defendida em Bally (1909/1951: 106), de que uma língua é composta por uma infinidade de estruturas que o uso acaba por assimilar às estruturas

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livres, estruturas essas que advêm de combinatórias que à força de serem repetidas passam a ser partilhadas pelos sujeitos:

Dans la langue maternelle, l’assimilation se fait surtout par les associations et les groupements dans lesquels l’esprit fait entrer les mots. Ces groupements peuvent être passagers, mais à force d’être répétés, ils arrivent à recevoir un caractère usuel et à former même des unités indissolubles. Il faut penser ces groupements comme le fait le sujet parlant sa langue maternelle. Entre les cas extrêmes (groupements passagers et unités indécomposables) se placent des groupes intermédiaires appelés séries phraséologiques (par exemple les séries d’intensité et les périphrases verbales).

O autor introduz os termos de “grupo” e de “série” fraseológica, e na citação que a seguir transcrevemos surge o conceito de “unidade fraseológica”, bem como a definição da própria noção de “unidade”. Destaca ainda um critério importante para a individualidade da relação entre os constituintes através da existência de um arcaísmo.

Un archaisme est donc un fait de langage qui, pris isolément, n’est pas compris du sujet parlant et ne devient intelligible que par sa présence dans un groupe de mots; ce groupe seul a un sens, l’esprit ne s’arrêtant plus à l’analyse des éléments. D’où cette conclusion importante: tout fait d’archaisme est l’indice d’une unité dont il n’est qu’un élément, autrement dit, l’indice d’une unité phraséologique. (Bally, 1909/1951: 82)

Zuluaga (1980), citado em Corpas Pastor (1996: 41), avança que “as unidades fraseológicas podem ser fixas e não idiomáticas, como ‘dito e feito’, semi-idiomáticas, como ‘cresce e aparece’, e idiomáticas como – “a olhos vistos”. Esta ideia da variação da carga idiomática e ao mesmo tempo da fixação das fraseologias é retomada por Mel’Čuk et al. (1995).

A classificação proposta por Mel’Čuk et al. (1995) baseia-se no grau de motivação dos fraseologismos e subdivide-os em três tipos de frasemas:

Frasema completo – meter os pés pelas mãos, bater a bota, nem oito nem oitenta, descalçar a bota. O significado individual dos constituintes não corresponde ao sentido global do frasema. O sentido é não composicional.

 Semi-frasema ou colocação. Uma parte do frasema mantém o seu significado enquanto a outra parte não mantém (ou, se mantém, a escolha não é livre), como nos exemplos seguintes: custar os olhos da cara, ser burro como uma porta, ser teimoso como uma mula, acalentar uma esperança, acariciar uma ideia.

 O quase-frasema. O significado dos constituintes não é alterado e um outro sentido é integrado (não esperado) - centro comercial; teto falso.

105 Mel’Čuk (2010)115

denomina “frasemas” “les syntagmes non libres […] au moins un de ses composants est sélectionné de façon contrainte: en fonction des autres composants.”, que subdivide, partindo da noção de propriedades de seleção e da violação dessas propriedades, em pragmatemas, frasemas semânticos (“les clichés, les collocations et les locutions”), que se distinguem através tanto do paradigma como do sintagma. O autor resume a fraseologia a frasema pragmático e frasema semântico. Do frasema pragmático fazem parte os pragmatemas, e os frasemas semânticos subdividem- se em frasema semântico composicional (clichês) e frasema semântico não composicional (colocações e locuções, que, por sua vez, se subdividem em quasi locução, semi locução e locução completa).

Corpas Pastor (1996: 269), depois de analisar a bibliografia na área da fraseologia, propõe a arrumação das unidades fraseológicas em três domínios: colocações (ex.: marido fiel; rebanho de ovelhas); locuções (nominais, adjetivais, verbais) e fraseologias. A autora sugere uma arrumação abrangente e integra estas estruturas na disciplina da lexicologia. Define-as como “combinaciones estables de unidades léxicas formadas por más de dos palabras gráficas e cuyo límite superior se sitúa en el nivel de la oración compuesta”.

A autora apresenta os seguintes critérios:

 polilexicalidade;

 alta frequência de aparição;

 institucionalização (convencionalidade);

 estabilidade, fixação (interna e externa) e especialização semântica;

 idiomaticidade e variações potenciais.

Os últimos quatro critérios pressupõem graus diferenciados de acordo com cada unidade específica. A proposta apresentada organiza-se em termos de “esferas” e é composta por três “esferas”, tendo em conta o “sistema fraseológico español”:

 Esfera I – as colocações (Exemplos: diametralmente oposto; momento crucial; negar rotundamente; banco de dados; pôr em funcionamento)116;

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Cf. nota de rodapé nº 113 da presente tese. Documento consultado a 22 de abril 2013.

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 Esfera II – locuções (nominais – mosca morta; adjetivais – mais papista que o Papa; verbais: meter-se numa camisa de onze varas; prepositivas – graças a, em vez de; conjuntivas – como se, mesmo se; clausal – sair o tiro pela culátra);

 Esfera III – enunciados fraseológicos: paremias e fórmulas rotineiras (enunciados de valor específico – as paredes têm ouvidos; “refranes” – pela boca morre o peixe; formas rotineiras – apresenta diversas, subdivididas em “discursivas” e “psico-sociais” e que têm a ver com situações diversas da tomada de palavras, desde as saudações, ao pedido de desculpas, às formas ritualizadas, às promessas, entre outras.).

Corpas Pastor (1996), no seu Manuel de Fraseología Española, propõe uma resenha dos estudos fraseológicos, tanto numa perspetiva diacrónica como sincrónica. A autora propõe uma definição lata “conjunto de frases hechas, locuciones figuradas, metáforas y comparaciones figadas, modismos e refranes, existentes en una lengua, en el uso individual o en el de algun grupo” (p. 17) que pretende abranger as fraseologias de uma língua, com todas as suas idiossincrasias. Utiliza, seguindo a tradição da pesquisa em fraseologia na URSS, mas também na Europa, o conceito de “Unidade Fraseológica” (UF) para designar cada uma das fraseologias em particular. O livro propõe uma revisão bibliográfica extensa e dá conta da falta de sistematicidade neste campo de investigação, no final dos anos noventa. Posteriormente, foram publicadas outras obras sobre fraseologia, no entanto, não foi publicada outra obra de grande vulto que tome a fraseologia como um todo e que analise as categorias da fraseologia como pertencendo a um mesmo conjunto hiperonimico ao qual pertencem hipónimos como: a colocação, a locução, a expressão idiomática, o provérbio, a comparação, entre outros. A questão terminológica continua em aberto.

Na Nueva gramática de la lengua española (2009)117, encontra-se uma taxinomia construída de acordo com a posição morfossintática que os itens ocupam na frase, reduzindo deste modo, para a locução, a proposta, por exemplo, de Corpas Pastor (1996):

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A Gramática está indicada na bibliografia com a referência seguinte: Real Academia Española, Asociación de Academias de la Lengua Española, (2009). Nueva gramática de la lengua española. Madrid: Espasa.

107 Locuções: Nominais Adjetivas Preposicionais Adverbiais Conjuntivas Interjetivas Verbais

Palma (2007) parte do conceito de “Expressões fixas” (Expressions figées) e baseando-se nas classificações anteriores existentes na literatura destaca alguns dos critérios que permitem a identificação das expressões:

 composicionalidade;

 opacidade semântica;

 existência de possíveis variantes;

 institucionalização (incorporação nos dicionários);

 carácter figurado, metafórico;

 desvio em relação à norma;

 possibilidade de desconstrução.118

A autora passa em revista a literatura sobre as fraseologias e anota as três grandes categorias:

 colocações;

 locuções;

 enunciados fraseológicos.

Em relação às colocações, Palma (2007: 30) vê a existência dessas fraseologias nos trabalhos de Bally com as “séries phraséologiques” e nas propostas de Coseriu119 com as “solidariedades léxicas” e propõe exemplos120 do tipo – desempenhar um cargo, declarar-se uma epidemia, declarar-se um incêndio, acariciar uma ideia, importância

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Em francês a autora utiliza o termo de désautomatisation.

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Coseriu (1991: 148) define as “solidariedades léxicas” do seguinte modo: “la determinación semântica de una palabra por medio de una clase, un archilexema o un determinado lexema funciona como rasgo distintivo de la palabra considerada. Dicho de outro modo, se trata del hecho de que una clase, un archilexema o un lexema pertenece a la definición semantica de esa palabra, en el plano de las diferencias semanticas mínimas”.

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capital, êxito fulgurante, um enxame de abelhas, uma rabanada de vento, um bando de aves, rogar encarecidamente, diametralmente oposto, profundamente adormecido...

Embora existam relações sintagmáticas fortes entre os elementos, o uso é o único elemento que gera relações privilegiadas entre determinadas palavras. Corpas Pastor (1996) propõe-se analisar este tipo de estruturas tendo em conta o privilégio de determinadas relações lexicais e modelos combinatórios.

Em relação às locuções, a autora apresenta uma subdivisão em locuções nominais (golpe baixo), adjetivais (mais branco que cal), verbais (custar os olhos da cara), adverbiais (às claras), prepositivas (apesar de), conjuntivas (dado que) e proposicionais (cair o coração aos pés e como Deus manda).

As várias propostas terminológicas apresentadas e o florilégio que daí decorre mostra a importância de pensar estas estruturas na relação que mantêm com a língua e o discurso.

Combinando as propostas de vários autores poder-se-ia propor a seguinte definição: a fraseologia é a disciplina que estuda o conjunto das fraseologias, enquanto subdomínio da Lexicologia, onde cabem os vários tipos de enunciados (sintagmas) constituídos por duas ou mais palavras e que apresentam alguns ou todos os traços abaixo indicados:

 enunciado formado por várias palavras;

 invariabilidade sintática das palavras/não composicionalidade (lexia complexa indecomponível);

 sentido idiomático ou metafórico ou moralizante;

 codificação sintática;

 não permitem substituições paradigmáticas – lexicalização;

 enunciados consagrados pelo uso (intrínsecos de uma língua);

 literalidade e idiomaticidade (algumas expressões idiomáticas apresentam duas leituras possíveis – leitura literal e leitura idiomática, como por exemplo – atirar areia para os olhos e pôr as cartas em cima da mesa).

Da fraseologia faz parte o subdomínio da paremiologia. Isto surge como uma evidência e, como tal, este ponto de vista é partilhado por um número significativo de investigadores que se debruçam sobre o objeto em análise, os dois conceitos partilham uma relação de inclusão (a paremiologia pertence ao hiperónimo da fraseologia).

109 Tendo em conta as questões já enunciadas, e ciente das dificuldades deste campo de investigação, enumeram-se de seguida um conjunto de pressupostos que funcionam como o fio de Ariadne da nossa reflexão.

i. A fraseologia constitui uma área de investigação relativamente recente (enquanto campo científico) e ainda sem uma teoria geral suficientemente ampla, abrangente e partilhada pelos investigadores.

ii. Na área da fraseologia destacam-se pelo menos duas grandes subáreas – fraseologia popular e fraseologia técnica e científica. Estes dois campos introduzem diferenças na sua relação com a tradução121. As observações aqui avançadas têm em conta a fraseologia popular, ou dito de outro modo, a fraseologia da língua comum.

iii. O objeto da tradução é o discurso122, a língua em ação, a língua que transporta a mensagem de forma dinâmica. O discurso define-se e situa-se perante o outro, o outro discurso que apresenta diferenças significativas tanto ao nível das suas funções, como da metalinguagem utilizada. A fraseologia interage com o discurso, é discurso, reforçando a expressividade do enunciado.

iv. As línguas e as culturas são diferentes e apresentam formas diferentes de categorizar o mundo que as rodeia123. As fraseologias são novas formas de categorizar, através das metáforas que estão na origem da criação.

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A proposta de Bally sugere a inserção das expressões idiomáticas, provérbios, ditados (...) na fraseologia popular e reserva a fraseologia técnica para as terminologias. Qualquer que seja a perspetiva em que nos situamos, os problemas de tradução de ambos os tipos de estruturas, embora diferentes, sugerem problemas de tradução e frentes de resistência.

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Cf. Charaudeau (1995) que preconiza elaborar uma tipologia de textos a partir das condições de realização desses textos e que ilustra a diversidade de discursos existentes: “construire une typologie, non de formes ni de sens, mais des conditions de réalisation des textes — c’est-à-dire des “contrats de communication”—, en considérant qu’il existe des contrats plus ou moins généraux qui s’enchâssent les uns dans les autres, et que chacun de ceux-ci peut donner lieu à des variantes. Par exemple, le contrat de communication “propagandiste” englobe des contrats particuliers comme ceux du “discours publicitaire” et du “discours électoraliste”, et, à l’intérieur du discours publicitaire, on trouve des variantes telles que publicité de “rue”, de “magazine” ou de “spots télévisés”. De même, le contrat de communication du “débat” enchâsse des contrats particuliers comme ceux du “débat médiatique”, du “débat scientifique”, du “débat politique” (parlementaire), et, à l’intérieur du “débat médiatique”, on trouve des variantes telles que débat “culturel”, débat de “société” ou “talk show”. Un tel modèle permet d’étudier, du même coup, les modifications éventuelles qu’aurait pu subir un contrat au cours du temps, ainsi que les différences de réalisation d’un même contrat dans des contextes socio-culturels différents”.

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A fraseologia dá conta dessa categorização e das particularidades de cada língua inseridas na concatenação dos elementos. Para aprofundar os aspetos inerentes ao conceito de categorização cf. Lakoff e Johnson (1980).

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v. As fraseologias ainda carecem de um tratamento terminológico convincente. Estamos perante uma questão epistemológica. A terminologia existente constitui um terreno híbrido e heterogéneo.

vi. O conceito de “unidade fraseológica”, muito recorrente na literatura, sugere algumas reflexões. Será que o conceito de unidade não subverte a realidade da fraseologia?124 Ou, o conceito de unidade reforça um dos traços da fraseologia, a sua lexicalização?

vii. Onde situar a fraseologia enquanto campo de investigação? Na Lexicografia? Na Lexicologia? Na Linguística Aplicada? Na Pragmática? Ou criar uma área específica e fundamental?125

viii. Os dicionários de fraseologias existentes, tanto para o português como para outras línguas, correspondem a repertórios heterógenos, visível na macroestrutura organizadora do dicionário e nos objetos selecionados. A prática lexicográfica espelha essa heterogeneidade. 126

ix. Qual a relação entre fraseologia e criatividade? O que é que gera criatividade na fraseologia? O léxico e as suas combinatórias? A sintaxe? Os valores semânticos? Os aspetos discursivos?

x. Os dicionários bilingues fraseológicos com português são em número reduzido e incompletos127. A fraseologia bilingue poderá encontrar um terreno de desenvolvimento mais acelerado depois do enquadramento teórico e das precisões terminológicas. Da mesma maneira, a tradução da fraseologia, dificilmente poderá impor-se enquanto subárea da tradução e ser enquadrada na tradutologia, sem que primeiro exista um trabalho científico e terminológico.

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A fraseologia é polilexical (pelo menos duas palavras) o que entra em conflito com o conceito de unidade. Poder-se-ia, eventualmente falar de uma unidade semântica, na medida em que não existe composicionalidade.

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A investigação aponta para um subdomínio da Lexicologia, em termos de enquadramento geral. E como o léxico, tem uma área de aplicação em todos os outros subdomínios enunciados. A inserção da fraseologia numa disciplina científica é fundamental e o ponto de partida para uma orientação mais organizada da investigação.

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“A bibliografia sobre fraseologia” de Pavel (1995) apresenta cerca de cinquenta denominações diferentes para os elementos fraseológicos. Uma heterogeneidade complexa e que dificulta a tarefa dos investigadores na criação de uma linguagem comum nesta área. Cf., por exemplo, Simões (1993) que dá ao Dicionário o título de Dicionário de expressões populares portuguesas e em subtítulo, Arcaísmos,

regionalismos, calão e gíria, ditos, frases feitas, lugares-comuns, aportuguesamentos, estrangeirismos, curiosidades da linguagem.

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Destacamos alguns dicionários do português do Brasil, Almeida (1979, Inglês/Português), Campos (1980, Francês/Português) Camargo e Steinberg (1989, Inglês/Português); o dicionário de Schemann e Schemann Dias (s.d., Português/Alemão) parte do português europeu.

111 xi. Não existindo uma teoria geral da fraseologia, a sua relação com a tradução não está definida. Todavia, a relação entre a fraseologia e a tradução é uma relação de inclusão, tal como as outras unidades de tradução, só assim será possível olhar para a fraseologia a partir da teoria geral da tradução e pensá-la inserida num quadro teórico, embora apresentando as suas particularidades.

xii. Existem fraseologias que remetem diretamente para uma língua-cultura. Trata-se de fraseologias que têm na sua construção referentes particulares, intrínsecos a uma língua e que mostram bem a necessidade de uma reflexão generalizante mas, ao mesmo tempo, a necessidade de pensar a fraseologia com todas as suas especificidades. Os problemas de tradução gerados pelas estruturas acima referidas serão bem diferentes das estruturas que não contêm esse tipo de referentes.

xiii. As relações fraseológicas são, do nosso ponto de vista, um aspeto interessante de diálogo e de contacto entre as línguas. Introduzem também um elemento de cariz universal que nos permitirá enunciar algumas considerações sobre o saber universal e as grandes línguas de civilização e sua relação com os aspetos tradutológicos. Acrescente-se que as relações fraseológicas entre as línguas ainda estão por definir (cf. as heranças greco-latinas, os empréstimos, os contactos entre povos e línguas...).

xiv. E como último pressuposto, refere-se a importância da consciência da lexicalização do sujeito. É fundamental tornar mais transparente, tanto para o leitor como para o tradutor, este conhecimento lexical de que dispomos, que está ligado ao armazenamento da informação e ao seu acesso.

Os pressupostos agora enunciados constituem a trama narrativa das duas bibliografias que de seguida apresentamos e que dão conta dos aspetos fundamentais acima enunciados, destacando a heterogeneidade do campo da fraseologia: Bárdosi (1990) e Pavel (1995).

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