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CARACTERIZAÇÃO

Objeto: A Organização do Trabalho Pedagógico e a Avaliação da Aprendizagem na Educação Física no Colégio de

Aplicação da UFG

Metodologia: a análise documental e entrevista semi-estruturada

Objetivo: entender e constatar a utilização perversa da avaliação nas escolas, bem como explicar o porquê de sua

função na escola capitalista e propor uma organização do trabalho pedagógico e, consequentemente, uma avaliação que altere a cultura pedagógica da classificação, seleção, da eliminação/exclusão e da subordinação a que estão submetidos os alunos na escola no atual momento histórico.

Crítica Marxista da Educação: A discussão trazida à tona acerca da problemática da avaliação no interior da

escola (p.02) e seus desdobramentos nas dimensões política e ideológica servindo à discriminação, classificação e seleção denotam aproximação com a premissa da crítica marxista da educação sobre os valores educativos e as

condições materiais subjacentes. Acerca da mesma premissa constatamos no excerto que discorre sobre discutir

a avalição de forma fragmentada, meramente técnica, burocrática, sem considerar os aspectos sócio-políticos que envolvem a sociedade capitalista o que significaria desconhecimento desta como elemento básico da didática (p.08). Verifica-se pleno acordo com à premissa da totalidade histórica e social, ao fazer menção a escolha por um referencial teórico e reconhecer que esta escolha transcende a disputa teórica ao embate ético-político, que dá embasamento para a compreensão e transformação do modo de produção vigente (p.03); ao afirmar que a educação está inserida num contexto social e analisar a relação educação/sociedade como fundamental para entender a escola na sociedade capitalista (p.08); e, quando reforça a ideia que a produção da vida material do homem advém do trabalho (p.08). Continuando, percebemos acordo com a premissa que versa sobre o papel da

educação no processo geral da produção social na assertiva sobre o conhecimento científico não ser neutro e

estar configurado como força produtiva e ideológica numa sociedade de classes (p.03); ao afirmar a necessidade de se estabelecer nexos, relações, mediações e contradições da avaliação da aprendizagem na escola capitalista (p.05); na afirmativa acerca da produção do conhecimento sobre a categoria avaliação e seu distanciamento com a categoria projeto-histórico, ou seja a sociedade que temos e a que queremos construir que se efetiva no projeto político-pedagógico (p.08); bem como, na assertiva sobre o modelo liberal, o individualismo e as condições objetivas ofertadas em desequilíbrio numa sociedade marcada pelas contradições sociais se torna fundamental uma discussão crítica acerca da escola sob o modelo liberal (p.09). Ainda acerca da constatação da mesma premissa, o texto enuncia a escola capitalista com fortes vocações elitistas, como uma escola de classes, portanto, não é para todos (p.10); apoiado em Mészaros (1981) afirma que a escola capitalista possui duas funções principais: produção de qualificação para o mercado e elaboração de métodos para um controle político (p.10); a avaliação como instrumento perverso da ideologia dominante (p.;10); e se referindo a função social da educação e da escola. Numa sociedade de classes, os trabalhadores para acesso e permanência no aparato escolar terá de empreender uma luta (p.11).

PHC: Contatamos aproximações com a noção de clássicos, na afirmação sobre acerca da utilização de critérios

para selecionar e sistematizar o conhecimento e organizar o trabalho escolar (p.13).

ACS: podemos aproximar essa assertiva à noção de ciclos: a necessidade de se valer de abordagens

metodológicas e programas específicos para cada um dos graus de ensino (p.13). Seguindo a mesma lógica, notamos aproximações com a relevância social dos conteúdos ao fazer menção ao singular de cada tema da cultura corporal e o geral que é a expressão corporal como linguagem social e historicamente construída (p.12-13)

ELEMENTOS CONTRADITÓRIOS: não encontrados

CONCLUSÕES: [...] a resolução ou superação dessa contradição na escola numa sociedade capitalista se dará

pela superação da luta entre os contrários capital/trabalho (p.11); [...] o reconhecimento de contradições e a implementação de possibilidades superadoras devem ser intensificadas (p.13) [...] as práticas avaliativas são problemáticas de alta relevância e seu estudo científico podem contribuir na modulação das possibilidades de alteração na cultura pedagógica da escola (p.13); [...] um fazer pedagógico voltado para a aptidão física refletem práticas avaliativas discriminatórias, seletivas, autoritárias e excludentes (p.13).

Mediante as constatações realizadas no texto 05 verificamos que os elementos estruturantes que configuram uma crítica marxista da educação (Enguita,) se fazem presentes e se articulam a discussão proposta no objetivo inicial do texto, intencionalmente, fundamentam e caracterizam a crítica tecida a avaliação e seus desdobramentos no interior escolar que contribuem para o esvaziamento da função social da escola, em especial nas aulas de educação física. Seguindo essa lógica, pensamos que a menção a outras práticas

avaliativas e suas intencionalidades, contemplaria mais um ponto estruturante da própria crítica marxista, referimo-nos a premissa da localização de

tendências existentes.

Dialogando com os princípios curriculares tanto da PHC quanto da ACS, observamos que as categorias localizadas aproximam esta elaboração com tais premissas, no entanto, consideramos que o aprofundamento nos conceitos que regem os princípios curriculares destas dadas teorias, fortaleceriam a compreensão em sua totalidade do par dialético objetivos/avaliação pautados coerência metodológica adotada no texto não verificamos quaisquer contradições ou margem a críticas que distanciassem esta elaboração da teoria que o fundamenta.

Com relação aos objetivos preteridos e as conclusões elencadas, notamos que houve êxito no entendimento e constatação da avaliação e seu caráter perverso na escola capitalista. Continuando a análise, se referindo a proposição por uma avaliação que se distancie da lógica foral pudemos verificar que o trabalho em questão aponta possibilidades a partir da própria problemática da avaliação diante das atuais condições históricas, mas necessariamente não se efetiva uma proposta para a avaliação.

Pensando na contribuição do referido texto para o grau de desenvolvimento da PHC e ACS na efetivação da função social da educação e da escola, notamos que ao tecer uma crítica marxista ao caráter discriminatório, seletivo, autoritário e excludente das práticas avaliativas formais e, apontar possibilidades superadoras para a avaliação fundamentadas na ACS e PHC contribui significativamente para efetivação da função social da educação e da escola e, concomitantemente, fornece elementos para a elevação do grau de desenvolvimento dessas duas teorias. A crítica realizada tem suas bases apoiadas nas premissas e princípios curriculares da PHC e na ACS e sugere-as como uma possibilidade real e concreta de atuar nas contradições da escola capitalista.

QUADRO 6. GRAU DE DESENVOLVIMENTO DA PHC E NA ACS NOS ANAIS DO CONBRACE (2009-2013) -

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