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CARACTERIZAÇÃO

Objeto: perspectiva curricular com o eixo corpo e movimento. Metodologia: Revisão bibliográfica.

Objetivo: Estabelecer um diálogo com a perspectiva curricular posta para a educação infantil no livro “Com a Pré-

escola nas Mãos”.

ELEMENTOS SUPERADORES

Crítica Marxista da Educação: O sentindo de totalidade explicitado na assertiva sobre a aproximação entre

educação física e ensino infantil perpassando por seus limites e contradições (p.02), contempla a premissa da

totalidade histórica e social; Corroborando com esta ideia constatamos menção a premissa que discute a relação entre os valores educativos e as condições materiais subjacentes quando discute as condições materiais

geradas pelos avanço do capitalismo, bem como os problemas sociais advindos dele (p.02). Tal fato, também é verificado ao colocar a influência do ideário liberal na educação, sobretudo para o desenvolvimento social através da adequação de crianças a uma nova lógica (p.03).Isso se repete ao perceber que esta dada sociedade se estrutura pautada na produtividade e no tecnicismo e, nesse sentido, a infância é somente uma fase de preparação para a vida adulta (p.05); A premissa acerca da localização de tendências da educação existentes é notada na crítica direcionada a influência da Psicomotricidade na Educação Física no ensino infantil. A presente discussão localiza esta tendência pedagógica como idealista por possuir uma visão fragmentada de corpo-mente, por não considerar os aspectos sócio-culturais, por tomar somente o movimento como via de desenvolvimento e, por entender o desenvolvimento por um viés que não supera o biologicismo (p.04).

cuidar e educar, e nesse mesmo sentido, a escola como indispensável ao acesso dos conhecimentos historicamente acumulados numa perspectiva de interdisciplinaridade objetivando formar sujeitos críticos e autônomos (p.07) tem total acordo com a noção de projeto histórico da PHC.

ACS: Identificamos concordância com os princípios da relevância social de conteúdos e das possibilidades sociocognoscitivas no tocante a reflexão sobre os temas da cultura que se expressam através de uma linguagem

corporal, sendo seu objeto de estudo e ensino a cultura corporal (p.07). Na assertiva que defende a interdisciplinaridade como um dos caminhos para a legitimação da educação física como componente curricular (p.08) notamos aproximações com o princípio da simultaneidade de conteúdos.

ELEMENTOS CONTRADITÓRIOS: Do mesmo modo que enxergamos o acordo com o princípio de simultaneidade

de conteúdos um avanço na apropriação e entendimento de uma reflexão pedagógica ampliada (COLETIVO DE AUTORES 1992). Consideramos incoerência teórica aproximar tal entendimento com a perspectiva da pedagogia de projetos (p.08) e, se afastar da compreensão de que a educação física é uma área de conhecimento que, entre outros motivos, se justifica no interior da escola por se valer de conteúdos clássicos (SAVIANI, 2003) e ter um objeto de estudo definido, a cultura corporal (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

CONCLUSÕES: Historicamente, o trabalho como o corpo serviu ao disciplinamento e às perspectivas reducionistas

de educação Infantil. Neste mesmo sentido histórico, a formação de professores de educação física não prepararam os docentes para atuarem na educação de zero a seis anos (p.11). Existe uma contradição ao tratar do eixo corpo- movimento na Educação Infantil uma vez que dialoga com uma concepção pedagógica que desconsidera as crianças com sujeitos históricos (Idem). Sugere-se aproximações entre Educação Física e Pedagogia, objetivando avançar no debate sobre o currículo da Educação Infantil a partir de uma dada teoria que considera a cultura corporal como linguagem (Idem).

Acerca dos elementos analisados nesta elaboração percebemos avanços ao articular a crítica Marxista da Educação à discussão proposta, no tocante a discussão empreendida não se afasta, em nenhum momento, da noção de totalidade histórica e social que se insere a Educação, educação infantil e Educação Física. De forma análoga, consideramos a localização de tendências existentes como um avanço teórico, no sentido de que se desenvolve uma crítica à psicomotricidade situando-a como idealista, fragmentada e distante de uma concepção sócio-cultural de humanização. Aliado à crítica também é passível de verificação a aproximação com uma noção de projeto histórico que se relaciona ao projeto histórico defendido nos pressupostos da PHC, tal fato consubstancia esta análise com elementos para a compreensão do avanço teórico desta dada teoria pedagógica. Na análise em questão nota-se a importância direcionada ao ensino de conteúdos culturais abordando várias dimensões e áreas do conhecimento humano objetivando à formação humana de crianças e jovens. Esta mesma lógica de elevação do grau de desenvolvimento de uma dada teoria, em especial a ACS, constata-se a apreensão do princípios curriculares da ACS como possibilidade

de critério para seleção de conteúdos clássicos da Cultura Corporal nas aulas de Educação Física. Tal assertiva pode ser tomada como comprovação teórico/prática da atualidade e relevância destas teorias para a efetivação da função social da educação e da escola.

Apesar de reconhecer neste texto contribuições ao avanço e consolidação da PHC e ACS não poderíamos deixar de notar elementos que se contradizem às teorias empregadas na elaboração, à guisa de exemplo quando faz menção a Pedagogia de Projetos como caminho possível a legitimação da Educação Física no contexto escolar. Sabe-se que a Educação Física, como área do conhecimento historicamente elaborado pela humanidade, possui os elementos pedagógicos que a justifica como componente curricular obrigatório nas aulas de Educação Física (BRASIL, 1996). Caso essa prerrogativa não fosse suficiente, outro aspecto relevante desta ciência é que esta possui um objeto de estudo definido, a Cultura Corporal (COLETIVO DE AUTORES, 1992) e, seguindo essa lógica, o conteúdo/trato com o conhecimento no interior da escola, a partir de uma dada abordagem pedagógica da Educação e Educação Física, tem por critério de seleção de conteúdos a noção de clássicos (SAVIANI, 2008).

Diante disso, podemos afirmar que os elementos estruturantes da PHC e da ACS verificados nesta elaboração foram fundamentais para ampliar as referências acerca da necessidade de maior aproximação entre Pedagogia e Educação Física no que tange ao debate sobre o currículo da educação infantil balizada por uma teoria crítica (SAVIANI, 2003).

QUADRO 5. GRAU DE DESENVOLVIMENTO DA PHC E NA ACS NOS ANAIS DO CONBRACE (2009-2013) -

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