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CARACTERIZAÇÃO

Objeto: perspectivas críticas da Educação Física Metodologia: análise de conteúdo

Objetivo: explicitar as reflexões e propostas teórico-metodológicas da Educação Físca para auxiliar no processo de

orientação do fazer pedagógico escolar

ELEMENTOS SUPERADORES

Crítica Marxista da Educação: No tocante à localização de tendências existentes, percebemos esta premissa

ao abordar as perspectivas críticas da educação física; ao fazer menção a concepção humanista tradicional e moderna, elencando, em especial, as alicerçadas no modelo moderno, aproximando-as da perspectiva interacionista piagetiana; Do mesmo modo, verifica-se a explicitação da concepção analítica de filosofia em educação e sua respectiva visão de homem, para então chegar a concepção dialética que compreende o homem como síntese de múltiplas determinações (p.02-04); Ao fazer uso das teorias críticas e, em princípio da concepção crítico emancipatória (p.08). O mesmo ocorre com a perspectiva crítico-superadora na p.10. A premissa sobre papel da

educação no processo geral da produção social, figura no excerto que discorre sobre o objetivismo como uma

tendência que compreende o sujeito como algo observável, analisando-os conforme seus comportamentos, base da concepção tecnicista da educação que orienta para adaptar os indivíduos a normas regras e princípios ... (p.05); Na discussão que discorre sobre as diferenças entre as propostas críticas da Educação Física, especificando que uma defende a ideia da centralidade das ações dos indivíduos e suas intencionalidades, enquanto que outra parte segue a ideia de um a produção histórico-social, o conjunto das relações sociais é indispensável ao indivíduos para desenvolver-se sem plenitudes (p.10). O excerto que discorre sobre a categoria trabalho como criador de instrumentos mediados pela ação humana afirma esta elaboração com o uma crítica materialista (p.11). Sobre os

que menciona a perspectiva histórico-cultural...levando em conta as condições culturais, sociais e individuais do homem (p.07). Situação análoga é constatada na assertiva sobre o papel da escola na perspectiva da abordagem crítico superadora contribuindo para o processo de produção em cada indivíduo singular a humanidade produzida historicamente e coletivamente pelo conjunto dos homens (p.11);

PHC: Notamos aproximação com um projeto histórico quando discorre sobre uma formação que perspectiva a

emancipação como no caso das teorias críticas (p.04).

ELEMENTOS CONTRADITÓRIOS: Não foram constatados.

CONCLUSÕES: ...na análise das mesmas podemos concluir que a crítico-superadora aproxima-se mais da

probabilidade de transformação social para efetiva emancipação (p.11). Observamos que a crítico emancipatória sustenta sua perspectiva de emancipação humana nas ações individuais, ou seja, compreende que os atos dos indivíduos ganham efetividade no pensamento, na racionalidade humana (p.12). A tendência crítico-superadora deixa claramente em evidência em sua própria nomenclatura que a mesma tenta apontar para uma perspectiva de emancipação que transcenda o atual modelo de sociabilidade. Mas a sociabilidade se objetiva como conjunto de relações sociais que os indivíduos estabelecem historicamente. Logo, somente com a transformação de tal conjunto é concebível a emancipação (p.12).

A análise do texto 12 parte do estudo das concepções de formação humana e de educação nas formulações pedagógicas da Educação Física para auxiliar a compreensão do fazer pedagógico escolar. Nesse sentido realiza uma exposição das correntes filosóficas que orientam as proposições da educação brasileira articulado a princípios que regem a Crítica da Educação Marxista proposta por Enguita (1993), principalmente, as premissas da crítica materialista, a localização e tendências pedagógicas existentes, sobre o papel da educação no processo social da produção global e do valores educativos disseminados diante das condições materiais subjacentes. Valer-se desses princípios possibilitou relacionar essas correntes teórico/filosóficas e as propostas pedagógicas da Educação Física ao contexto mais geral do modo de produção e seus determinantes para a educação.

Diante disso, nota-se que as orientações filosóficas citadas sustentam concepções de formação humana presentes nas propostas para a educação física escolar do cenário educacional brasileiro, em especial, a concepção dialética para a ACS e a concepção humanista moderna a proposta Critico Emancipatória. Estas ideias pedagógicas no campo da Educação Física também apontam para a necessidade de aproximação com teorias da aprendizagem, fato explicitado em forma de síntese com as principais tendências da área: o objetivismo; o subjetivismo; o interacionismo; e a perspectiva histórico-cultural. As duas últimas edificam a concepção sobre formação humana presentes nas duas propostas críticas em questão que,

concomitantemente, norteiam as bases teóricas que balizam projetos históricos distintos.

Diante da análise realizada nesta elaboração e mediante as conclusões a que chegaram os autores sobre as duas abordagens e suas influências ao nível da teoria do conhecimento, teoria da aprendizagem e noção de projeto histórico verifica-se as respectivas reflexões pedagógicas e propostas teórico- metodológicas pressupõem aproximação com uma concepção acerca da aprendizagem e desenvolvimento do ser humano.

Sabendo que esta noção de formação humana pode ser direcionada para acomodação ou transformação social, entendemos que uma proposta verdadeiramente crítica que almeja a emancipação humana deve articular-se a uma concepção de ser humano e desenvolvimento cognitivo considerando as dimensões histórica e social. Desse modo, existem disparidades entre as duas abordagens críticas da Educação Física mencionadas. Na proposta Crítico- emancipatória a noção de desenvolvimento humano possui uma orientação pedagógica cuja centralidade reside nas ações dos indivíduos e suas intencionalidades e não na produção histórica. Já na ACS esta concepção se apoia na ideia de que a produção histórica-social é condição imprescindível, ou seja, é pela via das múltiplas determinações das relações sociais que cada indivíduo singular apreende o necessário para desenvolver-se de modo pleno.

Assim, notamos uma clara definição pelo direcionamento da ACS com o projeto histórico das classes laboriosas (SAVIANI, 2008), uma vez que, a perspectiva de emancipação desta transcende o atual modelo de sociabilidade, que efetivamente se objetiva na totalidade das relações historicamente estabelecidas entre os indivíduos.

A contribuição deste trabalho para a elevação do grau teórico de PHC e ACS se torna efetivamente a constatação, análise e compreensão das bases teóricas, pedagógicas e de formação humana que edificam estas dadas teorias críticas da Educação Física. O estudo permitiu identificar as teorias da aprendizagem e desenvolvimento que se articulam a estas propostas e necessariamente denotam o direcionamento político pedagógico seguido por elas, ou seja, qual o projeto histórico defendido em suas formulações. Pensamos que estas afirmações comprovam o caráter de relevância social, o

forte embasamento teórico e a atualidade dos princípios balizadores da PHC e ACS na efetivação da função social da educação e da escola. Diante das atuais condições históricas, considerando as carências educacionais de última ordem da classe trabalhadora, compreendemos estas como teorias revolucionárias elaboradas sob o mais elevado grau de desenvolvimento do pensamento científico, intencionalmente, construídas para o trabalho pedagógico na escola pública, laica e gratuita.

QUADRO 13. GRAU DE DESENVOLVIMENTO DA PHC E NA ACS NOS ANAIS DO CONBRACE (2009-20013) -

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