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6.4 Os resultados da Avaliação Institucional do Centro Paula Souza (de 1997 a 2007)

QUADRO SÍNTESE DA QUALIFICAÇÃO DOCENTE DA ETE “ X “

Graduados 19 - todos os docentes possuem graduação

Bacharelado 1 - apenas um docente não possui licenciatura ou

programa de formação/complementação pedagógica

Licenciados 18 – que possuem graduação em cursos de

licenciatura ( sendo 4 bacharéis em Engenharia Agronômica com curso de complementação/formação pedagógica- considerados também como licenciados) Pós-graduação: Lato Sensu (Especialiação) 6

Pós-graduação : Mestrado 1

Pós-graduação : Doutorado 2

Número Total de Docentes 19

Quadro 12 – Quadro Síntese da Qualificação Docente da ETE X

Fonte: Elaborado com base nos dados extraídos dos Documentos Escolares da ETE X

Encontra-se no Apêndice A o Quadro Detalhado de Qualificação Docente da ETE “X”. Para a realização desta pesquisa foram entrevistados os Professores Coordenadores de Cursos Técnicos e o Professor responsável pelo Projeto Cooperativa-Escola, que compõem a equipe de direção escolar, num total de quatro docentes, e mais o diretor da ETE.

Outro diferencial desta Escola no que concerne à área de agropecuária refere- se à experiência profissional no magistério e no setor produtivo da área agrícola. Os docentes ingressaram no magistério a partir de 1969 e puderem vivenciar todas as transições e reformas

que foram submetidos o Ensino Técnico Agrícola e as Escolas Técnicas da Área Agropecuária.

Tais docentes contam com mais de 25 anos de magistério, tendo ingressado nesta Escola quando estava iniciando a implantação do Curso Técnico em Agropecuária, nos moldes do sistema pedagógico-organizacional denominado Escola-Fazenda, (expressão usada pelo seu idealizador, Engenheiro Agrônomo e Professor Mizogushi)25.Todos, além das

atividades de magistério nesta Escola Técnica, atuam ainda como docentes nas escolas da rede estadual e exercem atividades do setor agropecuário. Isso evidencia uma ampla vivência no setor produtivo e grande interação junto à comunidade local e regional.

Ressalta-se que dos treze docentes da área de agropecuária, atualmente restam apenas quatro que foram entrevistados. Isto se deve ao fato de que esses docentes ministravam aulas na Habilitação Profissional Plena de Técnico em Agropecuária, oferecida na modalidade médio profissionalizante sob a vigência da LDB 5692/71, que estabelecia um currículo integrado e o oferecimento do curso em período integral. Com a publicação do Decreto Federal 2208/97 não foi mais permitido o oferecimento do referido Curso nos moldes anteriores acarretando uma drástica redução de carga horária e conseqüentemente dispensa de docentes.

Cabe lembrar que em substituição ao Curso Técnico em Agropecuária (na modalidade médio profissionalizante) que contemplava uma carga horária total do currículo integrado, inicialmente, de 5000 horas, reduzindo-se para 3000 horas e com a implementação dos Cursos Técnicos, na vigência do Decreto Federal 2208/97, a carga horária mínima para a área de agropecuária é de 1200 horas(os cursos de técnico em agricultura, técnico em pecuária e técnico em administração rural contemplavam em torno de no máximo 1500 horas).

No contexto da reforma da educação profissional pós LDB 9394/96, e em observância às determinações do Decreto Federal 2208/97 (de desvinculação das matrículas entre ensino técnico e médio a dissolução do currículo integrado), o Curso Técnico em Agropecuária, naquela modalidade foi então extinto não sendo mais autorizado o seu oferecimento pelo Centro Paula Souza nas Escolas Técnicas Agrícolas a que pertenciam.

Assim, uma das alterações e impactos ocorridos no processo de reforma, neste caso foi a redução de carga horária pela não autorização do Curso Técnico em Agropecuária e pela dissolução do então modelo pedagógico denominado Sistema Escola-Fazenda,

25 Ver Silva (2002), na dissertação de mestrado intitulada :A reforma da educação profissional de nível técnico:

impactos e impasses sobre o Ensino Técnico Agrícola no Estado de São Paulo apresentando um histórico sobre o ensino técnico agrícola no Estado de São Paulo, bem como dos impactos e impasses da reforma sobre a estrutura e funcionamento do Ensino Técnico Agrícola e sobre a gestão das ETAEs.

caracterizado pelo: a) oferecimento do currículo integrado (que demandava a existência de residência/alojamento e de refeição, uma vez que esse curso técnico era oferecido em período integral); pelo desenvolvimento dos projetos agropecuários; pela sistemática de aulas práticas e estágio supervisionado; pela sistemática e existência da Cooperativa-Escola.

Em decorrência dessas mudanças e com o fim do Sistema Escola-Fazenda, foi implantado nas Escolas Técnicas Agrícolas o Curso Técnico em Administração Rural em período parcial, com organização curricular sob a égide do Decreto Federal 2208/97 que contemplava carga horária total de 1500 horas aulas, sem estágio e sem aulas práticas, oferecido no período noturno, sem registro junto aos órgãos de representatividade profissional (como o CREA).

Na percepção dos entrevistados, esta Unidade Escolar apresenta altos níveis de interação com a comunidade local e regional. Ela foi criada mediante a implantação inicial do Curso de Iniciação Agrícola e posteriormente implanta-se o Curso Técnico em Agropecuária, acontecendo a conclusão da última turma em 1997 (antes da vigência do Decreto Federal 2208/97). Na ótica dos entrevistados, esta Unidade Escolar tradicionalmente era conhecida como Escola Técnica Agrícola Estadual, a qual oferecia o Curso da Área Agropecuária, sendo reconhecida como uma das mais bem avaliadas e estruturadas, mesmo antes da existência do SAI-ETE, cuja avaliação junto à comunidade local e regional dada em termos de referência e aceitação já existia em função exclusiva da área de agropecuária, considerada sua vocação institucional por essência.

As críticas proferidas pelos sujeitos escolares e expressas na dissertação de mestrado intitulada “A Reforma da educação profissional de nível técnico: impactos e impasses sobre o Ensino Técnico Agrícola no Estado de São Paulo” apresentada por SILVA (2002) são também ressaltadas nesta pesquisa, conforme pode-se observar nos pareceres dos educadores entrevistados na Escola Técnica da Área de Agropecuária (ETE X). Na presente pesquisa são novamente pontuados e confirmados os equívocos da política educacional implementada pelo Centro Paula Souza para as Escolas Técnicas da Área de Agropecuária. Tal proposição é justificada na medida em que o próprio Centro Paula Souza, no ano de 2006, busca revitalizar a área de agropecuária nestas escolas através de política de resgate e com projeção de investimento para recuperação e incremento no setor agropecuário destas escolas, na infra-estrutura (alojamentos, prédios e instalações dos laboratórios didático-pedagógicos) e nos materiais pedagógicos, nos termos do Plano Diretor de cada Unidade Escolar.

Para tanto, todos os diretores e Coordenadores de Cursos Técnicos das ETEs da Agropecuária foram submetidos a um curso de capacitação ministrado por docentes da

Faculdade de Economia da Universidade Federal do Paraná (Curitiba) para que pudessem elaborar, nos termos do Planejamento Estratégico, um Plano Diretor, com duração plurianual de cinco anos, aos quais está vinculada a liberação de recursos financeiros para a revitalização e resgate da estrutura agropecuária, e de residencial estudantil (os alojamentos na maioria das Escolas, em desuso e em precárias condições, atualmente inadequados para moradia) e dos laboratórios didático-pedagógicos destas Escolas Agrícolas.

A aplicação de recursos financeiros para as ETEs Agropecuárias está condicionada às condições de exeqüibilidade do próprio Plano Diretor, sendo obrigatório que todas as Escolas Agrícolas participem dos cursos de capacitação e realizem junto à comunidade escolar a elaboração dos projetos específicos para cada Unidade Escolar.

Nesse sentido, abaixo são especificadas as Metas sínteses resultantes da elaboração do Plano Diretor elaborado no ano de 2006, e que se constituíram em objetivos institucionais do Centro Paula Souza para aplicação de recursos nos próximos anos.

O Documento Institucional elaborado pelo Centro Paula Souza apresenta os seguintes itens: missão, objetivos, analisa fofa26 (pontes fortes e fracos), projetos específicos pedagógico-organizacionais de cada ETE, e quadro sínteses de investimentos.

O Quadro 13 traz referências de ações e projetos prioritários elecandos pelas Escolas Técnicas Estaduais a serem viabilizados no âmbito do Centro Paula Souza no que diz respeito à gestão e infra-estrutura geral e estrutura produtiva.

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