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O QUE UMA PESSOA PRECISA SABER ANTES DE INVESTIR

TÓPICO 2 — INVESTIMENTO E POUPANÇA

2.2 O QUE UMA PESSOA PRECISA SABER ANTES DE INVESTIR

Segundo a Comissão de Valores Imobiliários (CVM, 2020), no Portal do Investidor, há alguns aspectos que uma pessoa precisa saber antes de investir, sendo que alguns deles são: o seu perfil de investidor, o objetivo do investimento e o prazo de aplicação.

TÓPICO 2 — INVESTIMENTO E POUPANÇA

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 7 de dezembro de 1976 pela Lei n° 6.385/76, com o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil.

FONTE: <http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/institucional/sobre/cvm.html>.

Acesso em: 23 mar. 2020.

IMPORTANTE

2.2.1 O seu perfil de investidor

Quando uma pessoa decide investir, primeiramente é importante que ela conheça algumas características dos investimentos que estão disponíveis para que a sua escolha seja adequada, visto que nem sempre o investimento que é melhor para mim é o melhor para você.

É importante termos consciência que as pessoas são diferentes umas das outras, e isso também vale para o perfil da pessoa que está investindo.

De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o investidor pode ser classificado em três perfis diferentes: conservador, moderado ou arrojado. Ao descobrir o seu perfil, isso pode ajudá-lo na escolha da aplicação mais adequada.

• Conservador: o conservador privilegia a segurança e faz todo o possível para diminuir o risco de perdas, e, por isso, aceita até uma rentabilidade menor.

• Moderado: o moderado procura um equilíbrio entre a segurança e a rentabilidade, e também está disposto a correr um certo risco para que o seu dinheiro renda um pouco mais do que as aplicações que são mais seguras.

• Arrojado: o arrojado privilegia a rentabilidade e é capaz de correr grandes riscos para que o seu investimento renda o máximo possível.

Como foi comentado anteriormente, ao descobrir o seu perfil, isso pode ajudá-lo na escolha da aplicação mais adequada, porém, isso só pode acontecer, desde que a informação seja utilizada apenas como orientação (e não como verdade absoluta), e que também sejam tomadas as precauções necessárias (antes, e ao longo do investimento), como, por exemplo:

• Verificar se há registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Prospecto é um documento que apresenta de forma destacada as principais informações relevantes (que estão contidas no regulamento) para o investidor.

NOTA

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a título de orientação, os investimentos como Poupança, Títulos Públicos e Fundos de Curto Prazo, são mais compatíveis com investidores com perfil conservador.

Já os Fundos Multimercado são exemplos de investimentos que são mais compatíveis com investidores que tem o perfil arrojado, visto que há uma liberdade na composição de suas carteiras (que é uma cesta de ativos quaisquer dentro de uma mesma estrutura, sendo que essa estrutura pode ser um fundo, o seu patrimônio pessoal ou mesmo a tesouraria de um banco) e mais exposição (parcela de uma carteira cujo valor financeiro está sujeito às oscilações de um determinado ativo, índice ou mercado) ao risco em busca de maior rentabilidade.

Alguns investimentos como Fundos Cambiais, Fundos de Renda Fixa, Ações e Debêntures, poderão ser considerados moderados ou arrojados, dependendo, entre outros fatores, da política de investimento constante do regulamento e do risco do emissor do título.

As Debêntures são títulos de dívidas. Basicamente, você empresta o seu dinheiro para uma empresa e, em troca, recebe em rendimento anual acertado no momento da compra.

NOTA

Acadêmico, antes de qualquer aplicação, é importante a pessoa saber que é essencial verificar a solidez das instituições envolvidas, e pesquisar nos documentos correspondentes qual o perfil de risco assumido.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em seu portal do investidor, também destaca que, para qualquer investimento escolhido, é preciso ter em mente duas afirmações:

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• Aplicações em valores imobiliários sempre têm risco de perda do capital investido.

• Se a quantia a ser investida é parte essencial do seu patrimônio, não arrisque.

Lembre-se, acadêmico, que a análise do perfil do investidor é fundamental para que os seus investimentos sejam realizados de forma consciente, e, também, é importante que sejam compatíveis com os seus objetivos.

Marcos Silvestre (2016, p. 41) em seu livro Tesouro Direto: a nova poupança apresenta que, ao traçar seu perfil de investidor, a pessoa deve prestar atenção às seguintes possibilidades, ou seja, dimensões que o aplicador tem a oferecer (em maior ou menor grau) como pontos fortes para sua estratégia de investimentos:

Disponibilidade de acompanhamento: é o nível de interesse por gerenciar ativamente sua estratégia investidora, incluindo a quantidade de tempo e energia disponível para concentrar-se nessa atividade. É sabido que a maior parte das pessoas tem pouco interesse efetivo pelos meandros do mercado financeiro. Sem falar no ponto tempo disponível para acompanhar dezenas de gráficos, centenas de tendências, relatórios disso e aquilo, e se dedicar a comprar e vender ativos financeiros, várias vezes ao dia.

Capacidade de poupança mensal: é aquele valor que o aplicador consegue economizar todos os meses para direcionar a determinada aplicação escolhida, com o objetivo de acumular dinheiro, ganhar juros sobre juros e bater sua meta de acumulação.

2.2.2 Objetivos do investimento (meta de acumulação)

Outro aspecto que uma pessoa precisa saber antes de investir são os objetivos do investimento. O que você pretende fazer com o seu dinheiro?

Comprar uma casa? Comprar um carro novo? Formar uma poupança para utilizar futuramente? Saber como você pretende utilizar o seu dinheiro no futuro é um passo muito importante para a escolha do tipo de investimento.

A meta de acumulação trata-se do valor que o investidor precisa acumular para atender a determinado desejo ou realizar certo sonho de compra e consumo.

É aquele grande objetivo financeiro que motiva a pessoa a poupar e a aplicar todos os meses regularmente, empreendendo esse sacrifício de forma disciplinada durante um certo período. Por exemplo, uma pessoa tem como meta de acumular R$20.000,00 para trocar de carro ou a meta de acumular R$1.000.000,00 para sua aposentadoria (SILVESTRE, 2016).

Na realidade, todo nós, planejadores financeiros, deveríamos traçar com clareza um conjunto completo de metas de acumulação – uma

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Acadêmico, também é importante ressaltar que objetivos diferentes podem implicar em modalidades diferentes de investimentos, aceitar ou não riscos diferentes e necessidades diferentes de liquidez.

2.2.3 Prazo de aplicação/realização

A partir do momento que a pessoa define o seu objetivo, fica muito mais fácil saber em quanto tempo ela irá precisar dele, ou seja, sua necessidade de liquidez.

O prazo de realização, segundo Silvestre (2016, p. 42), “é quantidade de meses ou anos entre o ponto de partida da acumulação e aquele momento futuro no qual você pretende realizar seu sonho”. Ou seja, em outras palavras, é o tempo total (medido em meses) que uma pessoa leva para conseguir bater sua meta de acumulação.

Por exemplo, supondo que você esteja começando a formar sua poupança, e o seu objetivo é comprar uma casa, então é muito provável que serão necessários alguns anos para você juntar o dinheiro para comprar a casa. Agora, por outro lado, se o seu objetivo é comprar um carro novo daqui a seis meses, então, dependendo do valor do carro, você precisa de investimentos de maior liquidez.

Nesse caso, é muito provável que você não irá tolerar investimentos com alta volatilidade (maior risco) que possam colocar em risco os seus objetivos, certo?

Acadêmico, é importante também destacar que o horizonte da aplicação é um fator decisivo na definição do investimento mais apropriado, visto que o tempo em que o recurso ficará aplicado poderá influenciar na rentabilidade e até na tributação.

A pessoa que reserva seus recursos sem saber exatamente como funciona seu produto financeiro, sem noção do quanto poderá ter dentro de alguns meses, ou anos, ou até sem objetivos claros a alcançar, está seriamente correndo o risco de estar apenas reservando dinheiro para algum impulso de consumo, que deve ocorrer em breve, ou seja, essa pessoa está poupando, e não investindo. Mais precisamente, essa pessoa está apenas postergando seu consumo, enquanto o investidor multiplica riquezas para consumir muito mais em algum momento futuro. Ou seja, sem bons planos, não há conquistas (CERBASI, 2012).