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No início desta semana, nos dias 11, 12 e 13 de outubro realizei mais uma semana da Prática Pedagógica em contexto de creche na instituição “O Ninho”,. Esta semana foi a primeira semana de intervenção, e nesta semana conjunta com a colega Sara, sendo que todas semanas seguintes também serão de intervenção mas individuais.

No primeiro dia da semana, quando chegámos à Sala das Borboletas deparámo-nos com uma mudança na rotina das crianças, a educadora tinha inserido um quadro de presenças. Este quadro - "Hoje vim à creche” – consiste em que cada criança identifique a sua fotografia e que a cole no quadro, onde também a educadora e as ajudantes de ação educativa também têm a sua fotografia. Nós estagiárias, nesta primeira semana não tínhamos fotografia mas na próxima semana já contamos ter, pois também fazemos parte das rotinas deste grupo de crianças. Segundo Zabalza (1992), citado por Bairos 2015 (p. 12):

a segurança sentida ao conhecerem a estrutura da rotina proporciona às crianças autonomia e libertação da necessidade de aprender, constantemente, como se processa cada momento da rotina, permitindo-lhes assim sentirem-se mais donos do seu tempo e mais seguros, pois sabem o que fazer.

Para a primeira semana o grupo optou por fazer uma exploração de elementos naturais: folhas de plantas. Nesta exploração decidimos fazê-la em dois momentos ocupando os três dias da semana. Assim, no primeiro dia fizemos uma exploração em grande grupo no tapete e nos outros dois dias, terça e quarta-feira fizemos a exploração em pequenos grupos, de quatro e cinco elementos na área da mesa.

O grupo escolheu iniciar a exploração de folhas de plantas em grande grupo para que todas as crianças tivessem a oportunidade de contactar com os elementos naturais todos ao mesmo tempo. Iniciámos a atividade com as folhas dentro de uma caixa de papel, para que estas fossem um elemento surpresa, sendo uma mais-valia pois conseguíamos facilmente cativar o grupo de crianças cada vez que tirávamos folhas de dentro da caixa. Nesta exploração as crianças utilizaram os cinco sentidos, identificaram a cor das folhas, cheiraram as folhas, algumas das crianças mais novas levaram as folhas à boca, incentivadas pelas estagiárias puderam ouvir o som das folhas a cair depois de lançadas ao ar, e ainda puderam tatear e ver as diferentes texturas das folhas.

Nesta exploração em grande grupo pudemos constatar diferentes comportamentos entre as crianças que vão fazer três anos a partir de novembro e nas crianças que ainda têm um ano, ou quase dois (quatro crianças com esta faixa etária). As crianças mais velhas conseguiam estar mais tempo concentradas na exploração das folhas, enquanto as crianças mais novas dispersavam da atividade planeada mais facilmente. No início desta atividade, quando disponibilizámos as folhas para que as crianças explorassem livremente, uma das crianças não queria mexer nas folhas, mas depois por imitação e pelo incentivo das restantes crianças começou a explorar.

Nos dois dias restantes da semana o grupo optou por dividir o grande grupo em quatro pequenos grupos: três grupos de quatro crianças e um grupo de cinco crianças, visto que uma criança não foi à creche nos três primeiros dias da semana. O grupo foi dividido de forma heterogénea, ou seja, colocámos as crianças mais novas em grupos distintos como também as crianças que falam pouco e ainda as que são mais extrovertidas.

As explorações destes dois dias foram realizadas na área do trabalho, onde as crianças se sentavam nas cadeiras, e depois de introduzidas as folhas das plantas, com mais ou menos cheiro, introduzimos também elementos não naturais como taças de plástico transparentes e opacas de cores. Nas explorações, apesar de o grupo ter os mesmos objetivos e intencionalidades não houve nenhum dos grupos que realizassem explorações iguais.

O primeiro grupo de crianças consideramos que foi o grupo teste pois nesta exploração tivemos logo consciência que algumas abordagens que fizemos não seriam as melhores. Um exemplo disto é que neste primeiro grupo não demos a cheirar às crianças as diferentes folhas aromatizadas individualmente, assim as crianças não conseguiam cheirar os diferentes tipos de cheiros que tínhamos. Nos restantes grupos já demos a oportunidade de as crianças se aperceberem dos vários tipos de folhas com cheiro que tínhamos (salsa, hortelã, erva cidreira, eucalipto, alecrim). Ainda no primeiro grupo, apesar das cinco primeiras crianças estarem a explorar tendo a possibilidade de ver o que os colegas estavam a fazer, houve explorações diferentes de crianças para crianças. Uma criança (J) agarrou logo três folhas amarelas, as únicas folhas que não tinham a cor verde; esta mesma criança quando as taças foram introduzidas usou uma taça para colocar folhas e uma outra taça como tampa, levando a que por imitação as outras crianças fizessem o mesmo. O segundo grupo de crianças era constituído por quatro crianças. Umas das crianças (R) não queria cheirar as folhas dadas pela estagiária mas depois de ver os colegas a cheirarem as folhas e de ser incentivado por uma outra criança (B) já quis cheirar as folhas.

Nestes dois primeiros grupos, as explorações que as crianças realizaram não foram iguais mas houve conteúdos acontecimentos e conceitos abordados comuns a ambos: os conceitos “grande” vs “pequeno” associados ao tamanho das folhas; o “cheio” vs “vazio” e “dentro” vs “fora” associados ao colorarem as folhas dentro das taças; o “picar” relacionado aos ramos do alecrim por ter muitas folhas e pontiagudas e ainda o conceito de “muitas” relacionado com a quantidade de folhas que havia na mesa. Ainda comum aos dois grupos foi o facto de a maioria das crianças direcionar as suas explorações para o jogo simbólico e dizerem que estavam a fazer “papa” e comida.

No segundo dia de exploração em pequenos grupos, ou seja, na quarta-feira, no primeiro grupo uma criança (L) usou termos como “pica” referindo-se ao alecrim; o termo “sujo” relacionado também aos ramos do alecrim por ter algumas flores secas e ao mexerem nelas caírem sobre a mesa; e ainda esta criança enchia uma taça com folhas e depois passava estas folhas para uma outra taça; uma outra criança (M) agarrou numa folha amarela e apontando para o dossier amarelo da educadora cooperante disse “igual”, estando a comparar as cores dos dois objetos; outra criança (E) agarrava com a mão algumas folhas e dizia “cheio” e também utilizou o termo “sujo” como a criança (L); a criança mais nova do grupo (S) durante grande parte da exploração rasgou diversas folhas. Já o segundo grupo e último do dia voltou a fazer explorações diferentes das dos outros grupos. Uma criança (Sr) deu a cheirar as folhas a outra criança (A); esta mesma criança (Sr) foi à área da casinha buscar um boneco, sentou-o na cadeira e fez de conta que dava comida ao boneco, a criança (A) e (Si) por imitação também o fizeram; uma criança (A) usou a expressão “grande, grande” querendo dizer que haviam folhas maiores que outras; a criança (S) usou o termo “pica” também relativo ao alecrim e a criança (Si) rasgou algumas folhas.

Apesar de todas as explorações terem tido acontecimentos comuns, utilização dos cinco sentidos, terem sido mencionados conteúdos e conceitos iguais às explorações do dia anterior, como as cores, os tamanhos, foram feitas contagens, vazio vs cheio, grande vs pequeno entre outros, e da maioria das crianças ter usado as explorações para o jogo simbólico (faz de conta) levando os elementos naturais para a área da casinha, nestes dois últimos grupos as crianças explorarem em conjunto e realizaram trabalho em equipa, ou seja, em ambos os grupos da quarta-feira as crianças enchiam uma taça individualmente e depois todas iam encher uma taça em conjunto. Neste acontecimento as crianças não ficavam sentadas nas cadeiras e houve necessidade de arrumarmos as cadeiras pois só estavam a ocupar espaço para as crianças.

Para terminar as explorações em pequenos grupos, o grupo aproveitava o facto de estarem a brincar ao faz de conta e aproveitando a caixa de papel, que fazia de elemento surpresa, dizíamos que era o forno para fazer a comida que as crianças estavam a preparar e as crianças transportavam as folhas e colocavam-nas dentro da caixa.

Apesar de não termos tido uma exploração igual todas as crianças interagiam tanto com as estagiárias como com a educadora cooperante e correspondiam aos estímulos e perguntas que íamos dando e realizando.

Relativamente a mudanças a realizar para as próximas semanas será a organização da planificação, o que já tentámos alterar da semana passada para a nova intervenção, que se prendia com o facto de ser uma planificação extensa, assim o grupo optou por colocar as intencionalidades educativas e recursos físicos e humanos no início da planificação. Penso que o grupo também tem de escolher outras estratégias para cativarmos facilmente a atenção das crianças, o que algumas vezes é difícil, pois perdem facilmente o entusiasmo e concentração. Para realizarmos estas melhorias de estratégias e métodos a utilizar nas nossas intervenções futuras é necessário irmos pesquisando e experimentando novas estratégias e métodos sem termos medo de “se vai correr bem”, “se vai resultar” pois não devemos ter medo de errar pois é através das nossas experiências que podemos encontrar a melhor estratégia e é a partir das estratégias não tão bem conseguidas que vamos aprender e melhorar a cada dia.

Ao longo destas explorações, o grupo não realizou grelhas de registo sobre os comportamentos das crianças, no entanto tínhamos sempre um bloco de folhas à mão e íamos realizando algumas notas, para mais tarde refletirmos. “Os professores e cuidadores que realizam um trabalho efetivo observam as crianças e refletem cuidadosamente sobre o que elas fazem e dizem” (Jablon, Dombro & Dichtelmiller, 2009, p. 23).

Em suma, desta primeira semana de intervenção, já levo diversas aprendizagens que ocorreram ao longo destes três dias e que vou certamente utilizar ao longo das próximas semanas de intervenção. “A aprendizagem, uma construção pessoal, que só o próprio indivíduo pode fazer, resulta de processos de interação, de atividades colaborativas e comunicativas com o ambiente que envolve a criança/sujeito de ação (Bruner, 1996; Carrara, 2004; Dalberg, Moss & Pence, 2003 citado por Dias & Correia, 2012, p. 2). As estratégias e métodos utilizados podem, em alguma situação, não terem sido bem aplicadas, muito eficazes ou adequados, no entanto é a partir destas experiências boas e menos boas que nos fazem querer melhorar e cada dia sermos melhores naquilo que fazemos.

Referências bibliográficas:

Bairos, A. (2015). Organização das rotinas em contexto de creche e jardim-de-infância (Relatório de Estágio Mestrado em Educação Pré-Escolar). Setúbal: Instituto Politécnico de Setúbal. Obtido em 18 de outubro de 2015, de http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/8539/1/Relatorio VFinal%20AnaBairos.pdf

Dias, I. & Correia, S. (2012). Processos de aprendizagem dos 0 aos 3anos: Contributos do sócio-construtivismo. Leiria.

Jablon, J.; Dombro, A. & Dichtelmiller, M. (2009). O poder da observação - Do nascimento aos 8 anos (2.ª ed.). São Paulo: Artmed.

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Reflexão 3.ª Semana

No decorrer da terceira semana da Prática Pedagógica em contexto de creche, a decorrer na instituição Creche, Jardim de Infância e CATL “O Ninho” sei que é necessário refletir sobre o trabalho e as aprendizagens desenvolvidas, quer com a educadora cooperante, professora supervisora, com a colega ou individualmente.

Refletir é “a capacidade de se voltar sobre si mesmo, sobre as construções sociais, sobre as intenções, representações e estratégias de intervenção, supõe a inevitabilidade de utilizar o conhecimento à medida que vai sendo produzido, para enriquecer e modificar a realidade e suas representações, as próprias intenções e o próprio processo de conhecer” (Júnior, 2010, p. 581), isto é, é importante refletir para melhorar e enriquecer os nossas vivências e conhecimentos.

Ao longo desta terceira semana na instituição saliento a constante interação com todas as crianças do grupo que nos permitirão ganhar confiança com cada uma individualmente e conhecê-las melhor de dia para dia. Estas interações ocorrem em qualquer que seja o momento do dia, ou seja, em todos os momentos da rotina na instituição. As rotinas são importante nas crianças, uma vez que as ajudam a começar a perceber a sucessão das atividades, dando-lhes segurança, pois vão conhecendo as suas próprias rotinas. “A sucessão de cada dia ou sessão tem um determinado ritmo existindo, deste modo, uma rotina que é educativa porque é intencionalmente planeada pelo educador e porque é conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão” (Ministério da Educação, 1997, p. 40).

Além das interações com as crianças, também valorizo as interações com a minha colega, onde conseguimos trabalhar em sintonia ajudando-nos mutuamente como também as interações tanto com a educadora cooperante tanto com as duas auxiliares da Sala das Borboletas pois assim conseguimos conhecer melhor o grupo e cada uma das suas particularidades como seres únicos e individuais.

A par das nossas participações nos três primeiros dias da semana nas rotinas do grupo, o grupo tinha de concluir a caracterização do contexto educativo, que englobava a caracterização do meio envolvente, da instituição, da sala de atividades, do grupo de crianças e também da rotina diária do grupo de crianças, as características do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças nesta faixa etária, e ainda a planificação da próxima semana de atividades na sala de atividades. Ao longo desta semana, e devido aos prazos a cumprir para a entrega dos trabalhos, o grupo teve algumas dificuldades na realização de algumas partes dos mesmos.

A caracterização do contexto educativo conseguimos elaborar através das observações que o grupo realizou, nestas três semanas, com conversas tanto com a educadora cooperante como a educadora pedagógica da instituição e ainda através dos documentos facultados, nomeadamente o projeto pedagógico (creche) e o projeto educativo.

Onde o grupo teve maior dificuldade foi na elaboração da planificação para a nossa intervenção conjunta. Para mim, não é uma novidade a planificação em contexto de creche, no entanto tenho sempre mais dificuldades nas intencionalidades educativas referentes aos momentos de atividades planeadas, não planeadas e rotina, de modo a que as intencionalidades vão ao encontro de estímulos e desafios para as crianças. “O educador deve focalizar a sua atenção na criança, ajudando-a a desenvolver sentimentos de confiança e de competência” (Dias & Correia, 2012, p. 4). Assim, “enquanto a criança viver num ambiente razoavelmente previsível e acolhedor, marcado por estímulos, ou por desafios, os seus poderes intelectuais crescerão” (Katz, 2006, citado por Dias & Correia, 2012, p. 4). Para a realização desta planificação, e de modo a que as atividades planeadas sejam interligadas e contínuas, o grupo optou por realizar uma exploração de folhas de árvores, no primeiro dia, em grande grupo, e nos restantes em pequenos grupos, onde as crianças possam explorar as propriedades físicas destes elementos naturais.

Também ao longo desta semana, o grupo sentiu dificuldades no trabalho sobre as características do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças nesta faixa etária. No entanto, com este trabalho podemos melhor compreender que “a aprendizagem e o desenvolvimento ocorrem de forma integrada, assumindo o risco de incidir sobre uma fase da vida caracterizada por mudanças constantes e rápidas em nível motor, cognitivo, linguístico, social e afetivo” (Dias & Correia, 2012, p. 1).

Com o iniciar de uma nova semana de Prática Pedagógica em contexto de creche tenho alguns receios, por ser a semana em que vamos começar a realizar as intervenções, no entanto tenho uma segurança acrescida nesta semana devido a esta intervenção ser conjunta com a colega Sara. Espero que o nervosismo e a ansiedade não se façam notar perante as crianças, e que, com estas intervenções venha a prender muito a nível pessoal e profissional. Referências bibliográficas:

Dias, I. & Correia, S. (2012). Processos de aprendizagem dos 0 aos 3anos: Contributos do sócio-construtivismo. Leiria.

Júnior, V. (2010). Rever, pensar e (re)significar: A importância da reflexão sobre a prática na profissão docente. (U. d. Amaro, Ed.) Revista Brasileira de Educação Médica, 34 (4), pp. 580-586. Obtido em 11 de outubro de 2015, de http://www.scielo.br/pdf/rbem/v34n4/v34n4a14.pdf

Ministério da Educação (1997). Orientações curriculares para a educação pré-escolar. Lisboa: Ministério da Educação.

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Reflexão 5.ª Semana

Na 5.ª semana da Prática Pedagógica em contexto de creche, na instituição Creche, Jardim de Infância e CATL “O Ninho”, ocorreu mais uma semana de intervenção. No entanto iniciaram-se as intervenções individuais. Assim, o

grupo decidiu que a primeira a iniciar as suas intervenções seria a Sara, sendo que eu, Patrícia, ficaria nesta semana como aluna observante.

Nesta 5.ª semana de Prática Pedagógica penso que já estou habituada ao funcionamento da Sala das Borboletas, bem como aos horários das rotinas. Como esta semana não era a minha semana de observação não me senti nervosa nem ansiosa, e até agora ainda não o senti para a semana que se avizinha que será a minha primeira intervenção sozinha nos três dias. No entanto, como tenho sempre a minha colega para me auxiliar torna-se mais fácil.

Para esta semana o grupo optou por realizar a exploração de espigas de milho e da planta que dá as espigas – o milheiro uma vez que são elementos naturais. Este trabalho desenvolvido por nós vai ao encontro do que tem sido desenvolvido pela educadora cooperante ao longo deste ano letivo: dar importância às explorações de elementos naturais. “Bebés ou crianças muito pequenas necessitam de (…) liberdade para explorar e descobrir o mundo, a experiência de um ambiente seguro e saudável” (Portugal, 2011, p. 7). Os conteúdos trabalhados ao longo desta semana de intervenção, bem como da semana anterior, foram pensados além do nosso grupo, Sara e Patrícia, pelo grupo de estagiárias da sala dos peixinhos, a Leonor e a Anne-Sophie. Decidimos então realizar, desde início, explorações de elementos naturais, sendo comuns às duas salas de atividades. Apesar de podermos usar estratégias diferentes e abordar conteúdos distintos podemos assim partilhar experiências, aprendizagens e aprender com a partilha destas informações.

Para o primeiro dia da semana, segunda-feira, decidimos ainda no momento da canção do bom dia, da entrega da fruta e da água fazer uma pequena representação onde o milheiro pudesse interagir com o grupo de crianças. Assim, antes de as crianças irem fazer a higiene a estagiária atuante, a Sara, personificando o milheiro, conversou com as crianças e com ela própria, deixando que as crianças tocassem nas suas folhas. Neste momento ela abordou diversos conteúdos como a cor das folhas, o seu tamanho, textura… onde pude observar que as crianças estavam entusiasmadas mostrando interesse por poderem tocar no milheiro.

Além da introdução do milheiro, no momento da atividade planeada decidimos dar a explorar às crianças a espiga do milho. Esta exploração foi realizada em pares para que as crianças pudessem livremente explorar este elemento natural, sem que fossem muito influenciados pelas explorações do restante grupo de crianças. Assim, para a divisão dos pares o grupo optou por juntar crianças com energias opostas, ou seja, agrupar crianças mais tímidas ou mais caladas com crianças que já falam muito e que são mais extrovertidas.

Ao longo das explorações pude observar que não houve explorações iguais, tendo cada grupo feito explorações diversificadas. No entanto, houve aspetos comuns abordados pelas crianças e também pelas estagiárias e a educadora. No primeiro contacto com a espiga do milho algumas crianças retiraram logo as camisas à espiga e também as barbas, mas ainda houve crianças que só o fizeram incentivadas pelo par. Observei também que algumas crianças pediam ajuda para puxar as folhas ou retirar bagos de milho quando não conseguiam, dizendo “não consigo” Muitas crianças cheiraram e provaram o milho, e duas delas comeram bagos de milho. Em alguns casos, crianças conseguiram comparar a sua espiga de milho com a do ser par e diziam qual era maior e qual a mais pequena. Foram abordados a cor dos bagos de milho, podendo ser amarela ou cor de laranja, foram realizadas contagens a partir dos bagos de milho e das folhas das espigas. Também se abordou o conceito de quantidade havendo crianças a dizerem “mais uma”, ao colocarem bagos de milho sucessivamente na mão da estagiária. Ao longo das explorações as crianças esboçavam sorrisos, e caras de surpresa quando retiravam as camisas às espigas do milho, interagiam tanto com as estagiárias como com a educadora cooperante, com o par ou até mesmo com a professora supervisora, e também usaram mais uma vez, o jogo simbólico nesta exploração, usando expressões e palavras como “apanha a bola”, “é um bolo”, “papa”, “foguetão” e “avião”. “O jogo dramático (também chamado de jogo de faz de conta, jogo de fantasia ou jogo imaginativo) envolve objetos, ações ou papéis imaginários” (Papalia & Feldman, 2013, p. 297).

Por ser a semana de intervenção da Sara, optamos que durante a exploração da espiga do milho, eu ficaria encarregue