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5.4 Regimes especiais federais

5.4.1 REIDI

O regime especial para o desenvolvimento da infraestrutura (REIDI) foi instituído pela Lei n. 11.488, de 15 de junho de 2007. Como exemplo de norma concessiva de incentivo fiscal, o REIDI tem como critério material a contribuição para o PIS/Pasep e a COFINS, desonerando desses tributos as operações especificadas em lei. Como critério temporal tem-se o momento da locação ou da venda ou da importação de bens, ocasião em que haveria a incidência das contribuições se não fosse a opção pelo regime tributário favorecido. E, como critério espacial tem-se qualquer localidade no território nacional em que for realizada obra de infraestrutura. No consequente da norma concessiva de incentivo fiscal estão os critérios pessoal e quantitativo. No caso do REIDI, o critério pessoal se constitui pelo contribuinte de PIS/Pasep e da COFINS que adquirir bens para emprego em obras de infraestrutura habilitadas no regime (sujeito ativo), e pela União Federal (sujeito passivo). Por fim, o critério quantitativo ou procedimental se constitui pela a suspensão dos tributos convertendo tal favor fiscal em alíquota zero após os bens terem sido efetivamente empregados nas obras habilitadas.

Para que o contribuinte possa se habilitar no REIDI é necessária a aprovação da obra de infraestrutura pelos órgãos públicos competentes nos setores de transportes, portos, energia, saneamento básico, e irrigação. De

acordo com o artigo 6o do Regulamento do REIDI (Decreto n. 6.144, de 3 de

julho de 200795), cada Ministério competente deverá especificar em Portaria

os projetos que serão qualificáveis ao regime. Como critério qualificador do sujeito ativo do direito de requerer a aplicação do regime também há que se provar a regularidade fiscal da pessoa jurídica bem como que essa pessoa não é optante pelo Simples Nacional como regime de recolhimento de tributos.

Ao adquirir, alugar ou importar o bem com suspensão de tributos, o sujeito ativo do direito de requerer a aplicação do regime tem o dever de

                                                                                                                         

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empregá-lo de imediato nas obras de infraestrutura sob pena de recolher os

tributos suspensos acrescidos de juros e multa de mora nos termos do art. 3o,

parágrafo 3o da Lei n. 11.488/2007.

5.4.2 RET

Instituído pela Lei n. 10.931, de 2 de agosto de 200496, o regime

especial tributário do patrimônio de afetação (RET) é um incentivo fiscal destinado às incorporações imobiliárias em geral organizadas em patrimônio de afetação nos termos dos artigos 31-A a 31-E da Lei n. 4.591, de 16 de

dezembro de 196497. Esse incentivo fiscal tem por objetivo a tutela do direito

à moradia, à dignidade da pessoa humana, à proteção da família e ao desenvolvimento social do país. É um regime bastante eficiente na desoneração da carga tributária vez que o critério material da norma concessiva de incentivo fiscal, nesse caso, trata dos principais tributos federais: IRPJ, CSLL, Contribuição ao PIS/Pasep e COFINS. Como critério espacial a norma abrange todo território nacional e como critério temporal o momento do recebimento das receitas advindas das vendas nos imóveis pertencentes ao patrimônio de afetação. Já no consequente normativo, o critério pessoal constitui-se de um lado pela União Federal (sujeito passivo) e de outro lado o contribuinte que desenvolve a atividade de incorporação imobiliária e se enquadra nas qualificações previstas pela legislação que o torna apto à opção pelo regime. Por fim, o critério quantitativo compõe-se da receita advinda das vendas relacionadas ao patrimônio de afetação sobre as quais incidirão os percentuais unificados em 4% ou 1% de acordo com

características dos projetos de incorporação. Esses percentuais

correspondem, no caso da alíquota de 4%, a 1,71% de COFINS, 0,37% de Contribuição para o PIS, 1,26% de IRPJ e 0,66% de CSLL. No caso da alíquota de 1% correspondem a 0,44% de COFINS, 0,09% de Contribuição para o PIS, 0,31% de IRPJ e 0,16% de CSLL.

                                                                                                                         

96 BRASIL. Lei n. 10.931, de 2 de agosto de 2004. Brasília: D.O.U., 3 de agosto de 2004. 97

Os projetos de incorporação imobiliária sujeitos à menor alíquota do RET são aqueles destinados à construção de unidades residenciais de valor de até R$ 100.000,00 (cem mil reais) no âmbito do programa social do Governo Federal denominado “Minha Casa, Minha Vida”, de que trata a Lei n.

11.977, de 7 de julho de 200998. Tendo em vista o interesse social nesses

projetos de acesso à casa própria pelo cidadão de baixa renda no Brasil, o percentual devido a título de IRPJ, CSLL, Contribuição ao PIS e COFINS é de apenas 1% favorecendo a redução de preços nas ofertas dos imóveis.

Além de realizar a opção pelo regime mediante declaração expressa de vontade, a adesão ao RET fica condicionada à prévia preparação do patrimônio de afetação nos termos da lei específica bem como à manutenção de escrita fiscal segregada relacionada ao patrimônio afetado.

5.4.3 RECAP

O regime especial de aquisição de bens de capital para empresas exportadoras (RECAP) foi instituído pela Lei n. 11.196/05 entre as medidas que passaram a incentivar o desenvolvimento da competitividade da indústria nacional diante do mercado internacional. De acordo com o regime especial previsto entre os artigos 12 a 16 da lei, o critério material da norma concessiva de incentivos fiscais é a contribuição para o PIS/Pasep e a COFINS. O critério temporal é o momento da aquisição ou da importação dos bens destinados ao ativo imobilizado da pessoa jurídica habilitada no RECAP. Ainda no antecedente normativo, o critério espacial compreende todo o território nacional. No consequente, o critério pessoal tem de um lado a União Federal como sujeito passivo que tem o dever jurídico de conceder a habilitação ao regime, e de outro lado, a pessoa jurídica preponderantemente exportadora nos termos da lei como sujeito ativo do direito de pleitear a adesão ao regime. Já o critério quantitativo ou procedimental consiste na suspensão das contribuições até a incorporação bem ao ativo imobilizado da entidade e a comprovação de que se atingiu os percentuais legais que

                                                                                                                         

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qualificam a pessoa jurídica como preponderantemente exportadora. Após o cumprimento desses requisitos, a suspensão de tributos converte-se em

alíquota zero. Caso contrário, nos termos do artigo 14, parágrafo 4o da lei:

§ 4o A pessoa jurídica que não incorporar o bem ao ativo imobilizado, revender o bem antes da conversão da alíquota a 0 (zero), na forma do § 8o deste artigo, ou não atender às demais condições de que trata o art. 13 desta Lei fica obrigada a recolher juros e multa de mora, na forma da lei, contados a partir da data da aquisição ou do registro da Declaração de Importação – DI, referentes às contribuições não pagas em decorrência da suspensão de que trata este artigo, na condição:

I - de contribuinte, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e à Cofins-Importação;

II - de responsável, em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins.

As condições de que tratam o artigo 13 da lei refere-se à qualificação da pessoa jurídica apta à opção pelo RECAP. Isto é, para ser considerada pessoa jurídica preponderantemente exportadora é necessário que se comprove que a receita bruta decorrente de exportação no ano-calendário anterior à adesão ao regime tenha sido igual ou superior a cinquenta por cento da receita bruta total de venda de bens e serviços. Além disso, a pessoa jurídica deve se comprometer a manter esse percentual de exportação mínimo de cinquenta por cento pelo período de dois anos subsequentes à adesão. A pessoa jurídica em início de suas atividades deverá se comprometer à manutenção o percentual de exportação pelo período de três anos subsequentes à adesão. Não poderão optar pelo RECAP as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional ou que tenham suas receitas tributadas no todo ou em parte pelas referidas contribuições pela sistemática cumulativa de recolhimento.

Ainda como requisito à adesão ao RECAP, a pessoa jurídica deverá comprovar regularidade fiscal perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil. Além disso, a lei que institui o regime delega ao regulamento (Decreto

n. 5.649, de 29 de dezembro de 200599) o estabelecimento da relação de

                                                                                                                         

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bens sujeitos à suspensão da Contribuição ao PIS/Pasep e da COFINS. Em síntese, as suspensões ficam condicionadas: (i) à adesão ao RECAP, (ii) à qualificação do bem diante do regulamento, (iii) à efetiva destinação do bem ao ativo imobilizado e (iv) à comprovação de que a sociedade é mesmo preponderantemente exportadora e que pretende manter-se nessa condição por dois ou três anos.

5.4.4 REPES

O regime especial de tributação para a plataforma de exportação de serviços de tecnologia da informação (REPES) também instituído pela Lei n. 11.196/05 tem por objetivo incentivar as empresas exportadoras de serviços relacionados à tecnologia da informação desenvolvidos no território nacional. Assim como do REIDI, o critério material do REPES é a contribuição para o PIS/Pasep, a COFINS e o IPI. O critério temporal é o momento da importação ou aquisição de bens e serviços especificados na lei e o critério espacial é o território nacional. Além disso, no consequente da norma concessiva de incentivo fiscal tem-se o critério quantitativo ou procedimental com suspensão das contribuições sobre a venda ou importação de bens ou de serviços destinados ao desenvolvimento de software ou serviços e tecnologia no

Brasil. Nos termos do artigo 6o da Lei n. 11.196/05, a suspensão das

contribuições convertem-se em alíquota zero após o cumprimento do requisito relativo à exportação dos bens e serviços desenvolvidos em território nacional. Além disso, há também suspensão de IPI para a importação de bens sem similar nacional destinados ao ativo imobilizado da pessoa jurídica habilitada no regime. Tal suspensão converte-se em isenção após a incorporação do bem ao ativo imobilizado da entidade bem como após a comprovação de cumprimento dos requisitos legais. O critério pessoal tem como sujeito ativo a pessoa jurídica preponderantemente exportadora nos termos da lei e tenha como principal objetivo o desenvolvimento de software ou prestação de serviços de tecnologia da informação e como sujeito passivo a União Federal vez que é o ente competente para instituição e cobrança das contribuições e do IPI.

Regulamentado pelo Decreto n. 5.712, de 2 de março de 2006100, a pessoa jurídica somente fará jus às referidas suspensões e isenções (i) mediante requerimento de adesão prévio, (ii) se não for optante pelo Simples Nacional como regime geral de tributação, (iii) se não tiver irregularidades fiscais pendentes junto à Secretaria da Receita Federal e (iv) caso comprove o volume de exportações necessário à adesão ao regime. Com efeito, a adesão ao regime poderá ser cancelada de ofício pela fiscalização caso a pessoa jurídica deixe de realizar ou de cumprir quaisquer dos requisitos dispostos na legislação que orientaram o seu requerimento.

5.4.5 REPNBL

O regime especial de tributação do Programa Nacional de Banda Larga (REPNBL) é um incentivo fiscal que tem por objetivo estimular investimentos na área de telecomunicações no Brasil. O incentivo prevê a desoneração de IPI, Contribuição para o PIS/Pasep e COFINS, tributos que constituem o critério material da norma concessiva de incentivo fiscal. O principal valor tutelado nesse incentivo é a popularização e disseminação do acesso à informação digital pelo cidadão brasileiro através do estímulo à colocação de novas redes de internet banda larga em funcionamento. Esses valores tutelados por essa norma podem ser percebidos no disposto no artigo 29, parágrafo primeiro, inciso I, alíneas a, b e c da lei que institui o regime:

Art. 29. (…) § 1o O Poder Executivo disciplinará o procedimento e os critérios de aprovação do projeto de que trata o caput, observadas as seguintes diretrizes:

I - os critérios de aprovação deverão ser estabelecidos tendo em vista o objetivo de:

a) reduzir as diferenças regionais;

b) modernizar as redes de telecomunicações e elevar os padrões de qualidade propiciados aos usuários; e

c) massificar o acesso às redes e aos serviços de telecomunicações que suportam acesso à internet em banda larga101;

                                                                                                                         

100 BRASIL. Decreto n. 5.712, de 2 de marco de 2006. Brasília, D.O.U., 3 de março de 2006. 101

Instituído pela Lei n. 12.715, de 17 de setembro de 2012, entre os artigos 28 e 33, o REPNBL tem como critério espacial todo território nacional e temporal o momento da aquisição de bens e serviços utilizados ou incorporados nas obras civis abrangidas nos projetos aprovados pelo Ministério das Comunicações. No consequente, o critério pessoal é formado pela União Federal e pela pessoa jurídica não optante pelo Simples Nacional que exerça a atividade de comunicação ou que auxilie a execução dos projetos. Por fim, o critério quantitativo ou procedimental consiste na suspensão dos tributos na aquisição dos bens ou serviços convertendo-se em alíquota zero a partir da incorporação desses nas obras aprovadas.

Os projetos que atualmente são realizados no âmbito do REPNBL referem-se aos projetos apresentados até 30 de junho de 2015, prazo em que foi encerrada a possibilidade de adesão ao regime.

Ademais, assim como nos demais regimes especiais federais, caso a pessoa jurídica habilitada no REPNBL não comprove a efetiva incorporação do bem na obra previamente aprovada pelo Ministério das Comunicações, os tributos suspensos serão devidos com acréscimo de juros e multa de mora à partir da data de aquisição dos bens e serviços.

A grande maioria dos regimes especiais federais adotam o procedimento de suspensão de tributos no critério quantitativo ou procedimental da norma concessiva de incentivo fiscal como forma de garantir que a pessoa jurídica habilitada venha a cumprir as contrapartidas necessárias ao gozo do favorecimento. Tais contrapartidas são as ações incentivadas que dão eficácia aos princípios e valores tutelados por essas normas jurídicas. Nesse sentido é que se afirma que o critério não é apenas quantitativo, mas procedimental. A adoção do procedimento de suspensão de tributos consiste em um favor fiscal suficiente à sua classificação enquanto norma concessiva de incentivo fiscal.

Espera-se que esses exemplos sejam suficientes ao entendimento da teoria que se adotou ao longo desse trabalho no empenho de se explicar o

fenômeno das normas jurídicas concessivas de incentivos fiscais diante daquelas tributárias que formam a regra-matriz de incidência dos tributos.

 

6 CONCLUSÃO

O estudo do direito e da estrutura das normas jurídicas evoluiu muito ao longo dos anos e por influência de diferentes escolas no mundo todo. Em todas as situações em que o cientista do direito partiu de análises filosóficas do conhecimento passou-se a compreender que o direito não é uma disciplina isolada do homem ou do contexto social. Admitir o direito não apenas como objeto social mas como linguagem é o ponto de partida para a adoção de premissas filosóficas e metodológicas para o desenvolvimento de um estudo sólido, coerente e útil diante do ordenamento jurídico atual. Foram essas premissas pautadas na filosofia da linguagem que possibilitaram reflexões tão profundas acerca do direito tributário e, mais especificamente, acerca das normas concessivas de incentivos fiscais.

Conforme visto, não apenas a filosofia mas a lógica deôntico-jurídica e a teoria da norma jurídica tiveram papel essencial na definição do objeto da investigação científica realizada. A partir da estrutura lógica da norma jurídica, dividida em antecedente e consequente, e do modal deôntico modalizado pela permissão foi possível entender a autonomia da norma concessiva de incentivo fiscal diante da regra-matriz de incidência tributária tão estudada e desenvolvida por Paulo de Barros Carvalho. A comparação também assistiu na caracterização da norma como de aplicação alternativa em relação à regra de observância compulsória. Tal fato, por si só já foi suficiente para que as facultatividades no direito tributário fossem melhor avaliadas pela ciência do direito. Assim, tomando-se como instrumento de trabalho essas premissas, traçaram-se as características de ordens sintática, semântica e pragmática das normas concessivas de incentivos fiscais num movimento investigativo das suas particularidades.

Assim, verificou-se que a norma concessiva de incentivo fiscal é uma espécie de exoneração fiscal já que produz o efeito de desonerar a carga tributária do contribuinte. Analisando a espécie verificou-se também que a norma concessiva de incentivo fiscal possui dois aspectos qualificadores essenciais. O primeiro diz respeito à facultatividade inerente a essas normas,

dispondo ao contribuinte a opção pelo regime mais benéfico como alternativa à aplicação da tributação ordinária. O segundo aspecto refere-se às contrapartidas exigidas do contribuinte para que ele possa fazer jus à exoneração fiscal promovida pelo incentivo. As contrapartidas exigidas pela norma jurídica podem consistir em obrigações de fazer ou de não fazer, tal como prescreve o texto normativo, no intuito de tutelar princípios jurídicos presentes no nosso ordenamento positivo.

Os valores tutelados pelas normas de incentivos fiscais dão verdadeiro fundamento de conformidade às leis e consolidam a constitucionalidade da renúncia fiscal do ente político diante do sistema de direito positivo. Nesse sentido é que os princípios constitucionais tributários tais como segurança jurídica, capacidade contributiva e legalidade estrita conversam com as normas de incentivos fiscais. São os princípios jurídicos que dão legitimidade à regra jurídica que pretende impulsionar condutas no ambiente social e permitem ao contribuinte a opção por um regime de tributação mais benéfico em comparação as normas tributárias eminentemente compulsórias.

Para que os valores tutelados pelas normas concessivas de incentivos fiscais possam ser realizados é fundamental reconhecer a importância do exercício das competências dos entes públicos e privados. Apenas com a edição de normas incentivadoras pelos entes políticos e com a opção do contribuinte é que as normas concessivas de incentivos fiscais chegam ao plano da individualidade e da concretude. Isto porque, se de um lado o Poder Legislativo é quem detém a competência para editar normas dessa espécie, de outro, as competências privadas também são essenciais na formalização da opção necessária a aplicação do regime mais favorável bem como na realização das contrapartidas exigidas pela legislação.

Por fim, partindo de alguns exemplos pontuais, o presente trabalho pretendeu demonstrar a utilidade das classificações adotadas e do pensamento estruturado acerca das normas concessivas de incentivos fiscais. Uma análise mais aprofundada principalmente dos aspectos sintáticos e semânticos dessa espécie de norma, que se mostrava escassa na literatura

atual, torna a avaliação de sua constitucionalidade ou legalidade muito mais clara e eficiente. Em outras palavras, o estudo estrutural das normas concessivas de incentivos fiscais ante à regra-matriz de incidência tributária favorecem conclusões pragmáticas sobre norma concessiva de incentivo fiscal que tem por objetivo a desoneração fiscal diante de certas contrapartidas do contribuinte. Com efeito, há situações concretas em que o incentivo fiscal inverte os valores que pretende tutelar, o que invoca a competência do Poder Judiciário na apreciação em concreto da incidência da norma jurídica concessiva de incentivo fiscal tal como ela se dá: através de seus critérios material, temporal, espacial, pessoal e quantitativo ou procedimental. Uma vez observado que o contribuinte está sendo lesado com a aplicação da norma tributária alternativa, essa aplicação deve ser questionada e avaliada judicialmente diante das potenciais consequências que seriam levadas ao contribuinte pela aplicação da norma compulsória.

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