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LITERATURA INFANTIL

4.7 Resultados e Análises da Pesquisa

Responderam aos questionários da pesquisa 23 (vinte e três) pais, sendo 13 (treze) da escola pública e 10 (dez) da escola particular. Com relação as professoras, 17 (dezessete) participaram na resposta dos questionários e no grupo focal, sendo 7 (sete) da escola pública e 10 (dez) da escola particular.

Em relação a participação das professoras na pesquisa, pode-se observar que, em ambas escolas, teve-se uma boa colaboração tanto nos questionários como no grupo focal. Apesar das professoras da escola pública demonstrarem uma certa resistência ao trabalho de pesquisa, foi possível realizar as atividades propostas, não tanto com a profundidade desejada, mas conseguiu-se boas reflexões ao tema. Com relação a participação dos pais, esperava-se um maior número de questionários devolvidos. Na

escola pública, dos 28 (vinte e oito) questionários entregues, 13 (treze) devolveram; e na escola particular, dos 22 (vinte e dois) questionários entregues, 10(dez) devolveram.

Em seguida, apresenta-se os resultados e análises obtidos pela coleta de dados sucedidos dos questionários aplicados aos pais e professoras, associando-os as respostas advindas do grupo focal realizado com as professoras. As atividades do grupo focal foram registradas num roteiro (p.130), auxiliadas pelo uso do gravador e também , a cada encontro, fazia-se uma atividade escrita (p. 127,128 e 129) relacionada ao tema proposto, com o objetivo de suscitar reflexões sobre a temática.

Quando perguntados sobre quais os três sentimentos que a palavra morte desperta, obteve-se um amplo resultado, destacando-se apenas os três mais citados pelos grupos de participantes. Como se pode visualizar no Gráfico 1, a morte, no geral, desperta sentimentos ligados ao sofrimento. A saudade foi o sentimento mais apontado entre os participantes, sendo seguido da tristeza e medo.

Nos encontros com o grupo focal, o sentimento da saudade ligado à morte sempre foi presente nas participantes, deixando claro como o ser humano tem dificuldade de lidar com essa falta. Principalmente, na escola particular, quando aprofundada algumas reflexões sobre a vivência das professoras com a morte, houve momentos de grande emoção. O sentimento de tristeza também esteve presente, como uma consequência dessa saudade que não se pode mais suprir, e o medo do que vem ser a morte, do desconhecido ou mesmo da certeza do fim, do inevitável. Algumas falas para ilustrar:

“Quando a pessoa morre deixa uma vaga muito grande, nossa! Até acostumar é muito difícil. Aquela saudade no peito”; “Por mais que o homem tente e queira investigar, não sabe”.

Analisando os resultados, fica muito presente o conteúdo da parte teórica desse trabalho. Os sentimentos de saudade e tristeza ligados a morte, a dificuldade que o ser humano da nossa sociedade possui em lidar com as perdas. O medo, outro sentimento muito testemunhado na nossa história, que vem justificado pelo que a religião pregava do que viria a ser o pós-morte, o céu/inferno, o dia do juízo final. De acordo com Blank (2007), no catolicismo tradicional dos séculos passados, os ritos fúnebres possuíam

elementos de ameaças, como o dia da ira, dia da vingança... Sendo assim esses sentimentos ainda estão muito arraigados na nossa cultura, mesmo com toda a mudança que houve após o Concílio Vaticano II, o qual supera esses elementos de ameaça. Gráfico 1. Sentimentos que a palavra morte desperta mais frequentemente nos indivíduos.

16

20

13

Saudade Tristeza Medo

Quando perguntados, pais e professoras, sobre quem já conviveu com uma criança a perda de uma pessoa querida, foram obtidos os resultados mostrados no Gráfico 2. Como pode ser observado, o percentual de pais de escola pública que já conviveram com uma criança a perda de uma pessoa querida é maior (54%) do que os pais da escola particular (30%). Com relação as professoras , houve uma maior convivência das professoras da escola particular (30%) do que as professoras da escola pública (14%).

Quando trabalhada essa questão com as professoras no grupo focal, percebeu-se que elas tiveram poucas experiências em sala e que como não consideram um assunto fácil, preferiam ignorar a situação, apesar da criança trazer questões relevantes a serem aprofundadas, como no relato de uma das professoras da escola particular que percebeu que não estava claro para a criança a questão da morte ser definitiva, e em alguns momentos essa confusão ficava nítida na fala da criança, mas não houve um trabalho com a criança e a família nesse sentido.

Na escola pública, houve também, apenas, um relato de uma professora, a qual percebeu que a mãe estava com um comportamento inadequado com a criança a respeito

da morte do pai da criança, e nesse caso conversou com a mãe, mas também, como no caso da professora da escola particular, não houve um acompanhamento à criança e à família.

Nos questionários, os pais da escola particular relatam que o que mais conversaram com os filhos quando conviveram com o fato da morte foi sobre o que estavam sentindo com a perda, enquanto que os da escola pública falaram da partida, para onde foram, sustentando-se em explicações religiosas.

Na parte teórica do trabalho, Kroen (1996) relata que as crianças vivenciam a morte seja por meio de programas de TV, falecimento de pessoas e animais de estimação, e outros. Que, por exemplo, quando a criança presencia a morte de um animal de estimação ela está vivenciando a realidade da perda. Dessa forma, o autor defende a importância de aproveitar esses momentos para fornecer informações exatas e o apoio que a criança necessita.

Quando abordado o Luto das Crianças nesse trabalho, cita-se Kovács (2003) que afirma que ao não falar sobre o assunto morte com a criança, o adulto acredita estar protegendo-a, e o que ocorre é que a criança se sente confusa e desamparada sem ter com quem compartilhar suas dúvidas.

Gráfico 2. Adultos que conviveram com uma criança a perda de uma pessoa querida

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Pais Pública Pais Particular Professoras Pública Professoras Particular

Quando perguntados: “ Você se sente a vontade em falar sobre morte com alunos/filhos? Foram obtidos os resultados mostrados na Tabela 1. Conclui-se que os pais da escola particular se sentem mais a vontade em falar sobre morte com seus filhos (80%) do que os da escola pública (39%). No entanto as professoras da escola pública (72%) se sentem mais a vontade de falar do assunto morte com os alunos, do que as professoras da escola particular (60%).

Analisando o resultado quantitativo com a justificativa dos pais e as respostas obtidas no grupo focal, pode-se perceber que apesar de a maioria dizer que se sente a vontade em abordar o assunto morte com crianças sentem falta de um conhecimento maior sobre o tema para que possa falar com mais segurança, como cita um dos participantes: “ Sim, mas temos também de estarmos preparados”.

Na parte teórica do trabalho, cita-se Bigheto e Incontri (2007) que relatam que nas suas experiências em sala de aula com crianças, puderam perceber que diferentemente do que os adultos pensam as crianças não consideram a morte tão trágica como o adulto. O que se leva a afirmar a importância de um diálogo aberto e honesto entre pais e filhos, professoras e crianças sobre o assunto, para que elas possam ter informações adequadas do fato, favorecendo a um possível enfrentamento. Pois do contrário, sabe-se que, por meio de desenhos, contos e o que vêem na televisão, pode-se adquirir informações banalizadas que nada ajudam , podendo até mesmo complicar num processo de enfrentamento da morte pela criança.

Aberastury (1984) também afirma a importância de falar sobre a morte com a criança que perdeu alguém querido, dando também a permissão para que ela fale dos seus sentimentos, ajudando assim a superar e enfrentar a morte, aliviando-a do sofrimento que esse fato ocasiona.

TABELA1. Adultos que se sentem a vontade ou não em falar sobre morte com crianças.

PARTICIPANTES PÚBLICA PARTICULAR

Pais

- sim, apesar de doloroso todos

iremos morrer um dia.

- não, por ter medo de não saber explicar de forma adequada. - depende, se estão fazendo algo perigoso falo que mata.

SIM NÃO DEPENDE 39% 46 % 15%

SIM NÃO DEPENDE 80 % 20% -

Professoras

- sim, temos que aprender a viver com as fases da vida: nascer, viver e morrer.

- não, porque não sei como abordar.

SIM NÃO NR* 72% 14% 14%

SIM NÃO NR* 60% 40% -

* Não responderam.

Quando perguntados “O que você diria a seu filho/aluno se ele perguntasse o que acontece a uma pessoa quando ela morre? Foram obtidos os resultados mostrado na Tabela 2. Nessa Tabela, nota-se que 80% dos pais e 80% das professoras da escola particular, ao explicarem às crianças sobre o que acontece após a morte, ancoram-se nas explicações religiosas, enquanto que na escola pública as explicações ficam divididas, apesar de um percentual significativo – 54% dos pais e 43% das professoras, ancorarem- se também nas explicações religiosas.

Nessa questão, nos questionários, evidenciou-se o uso de metáforas nas explicações religiosas dadas às crianças sobre morte. Nas respostas dos pais, das duas escolas, foram muito utilizados os termos: papai do céu, estrelinha e anjinho. No grupo focal, discutindo-se a questão do uso de metáforas para explicar o fato da morte para crianças, as professoras foram unânimes em concordar com a autora Kovács que aconselha a nunca se utilizar desse recurso, no entanto nas respostas dos questionários da escola particular, evidencia-se a presença de metáforas, nas explicações religiosas, do tipo: “Foi dormir com Deus”; “Que a pessoa foi descansar...”. Uma das professoras dessa escola, afirma: “É melhor dizer a verdade, o que realmente aconteceu, mas a metáfora serve para confortar de alguma maneira”.

Pode-se perceber, que mesmo depois de discutido o uso indevido de metáforas para explicação da morte, podendo causar confusão para crianças, ainda fica difícil para os adultos abrirem mão desse auxílio. Acredita-se que isso se deve em grande parte, a um uso que é historicamente utilizado pela sociedade, como também aceito e defendido por algumas religiões. Conforme Rodrigues (2007), a humanidade no passar dos anos produziu uma variedade de simbolismo e imagens que representam a morte, dentre algumas a imagem do sono, a morte sendo repouso, sono definitivo. E cita que o cemitério, por exemplo, em sua origem grega significa “lugar onde se dorme” (aspas do autor).

TABELA 2. Explicações sobre o que acontece após a morte.

EXPLICAÇÕES PÚBLICA

Pais Professoras

PARTICULAR

Pais Professoras TOTAL

RELIGIOSA

- vai para um lugar de descanso ou tormento.

54% 43 % 80% 80% 65% REALISTA

- que vai embora e nunca

mais volta.

8 % 29% 20% - 13% FANTASIOSA

- que chegou sua hora e a

pessoa vai dormir.

23% - - 10% 10% NÃO SE ENCONTRA PREPARADO - não sei. - 14% - - 2% NÃO RESPONDERAM 15% 14% - 10% 10% TOTAL 100% 100% 100% 100% 100%

Quando perguntados “Você já utilizou algum livro que abordasse o tema morte para conversar com seu filho/aluno?” Obteve-se os seguintes resultados mostrados na Tabela 3. Pode-se concluir que a utilização desse recurso, tão significativo na educação infantil, é pouco explorado por pais (13%) e professoras (12%) das duas instituições. Na escola particular, apesar de 30% das professoras já terem convivido com uma criança que enfrentou o fato da morte, nunca utilizaram esse recurso.

Os pais, ambas escolas, que afirmaram o uso do livro no trato com seus filhos, refere-se a livros religiosos.

TABELA 3. Utilização de livros infantis que abordem o tema morte.

UTILIZAÇÃO DE LIVROS PÚBLICA Pais Professoras N=13 N=7 PARTICULAR Pais Professoras N=10 N=10 TOTAL Pais Professoras N=23 N=17 SIM 15% 29% 10% - 13% 12% NÃO 85% 57% 80% 100 % 83% 82% NÃO RESPONDERAM - 14% 10% - 4% 6% TOTAL 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Com relação as professoras, teve-se a oportunidade no grupo focal de apresentar e discutir alguns livros infantis existentes, como também a leitura de um texto que aborda a importância da utilização da literatura infantil na temática da morte. Nesse momento, percebeu-se que havia um desconhecimento, nas duas escolas, da existência da variedade de livros sobre o assunto. Nessa ocasião participaram 4 (quatro) professoras da escola pública e 8 (oito) da escola particular.

Na escola particular, houve a oportunidade de refletir algumas questões sobre a literatura infantil como um recurso possível a tratar de temas existenciais na educação infantil, o que foi bastante proveitoso, podendo-se perceber como esse recurso instiga as pessoas a falarem das suas experiências vividas. Vale salientar um trecho da declaração de uma professora a respeito do uso desse recurso em sala de aula: “.... na minha opinião para esse tema, contar uma história na educação infantil precisa estar preparado, porque pode surgir cada pergunta!”. Na escola pública, não houve a possibilidade da discussão.

No entanto, nesse encontro, elaborou-se umas questões escritas para aprofundar discussões sobre esse recurso, as quais serão apresentadas nos quadros abaixo, as perguntas e algumas respostas das professoras das escolas pública e particular:

QUADRO 5. Opinião sobre a literatura infantil como recurso para abordar a morte.

Respostas das Professoras Pergunta Geradora

Escola Pública Escola Particular

No texto, a autora defende a literatura infantil como um recurso para ajudar a criança a lidar com as dificuldades e

perdas que acontecem no decorrer de suas vidas. Qual a

sua opinião sobre isso?

“Histórias são sempre um meio eficaz para

atingir os objetivos pretendidos em relação

à criança, porque são repletas de fantasias, inerente ao mundo

infantil”.

“É uma boa estratégia, pois as crianças não sabem

falar claramente sobre seus sentimentos e os livros

permitem que elas de alguma maneira se

encontrem”.

Na questão do Quadro 5, as professoras, de ambas escolas, foram de comum acordo da importância da literatura infantil na abordagem do tema morte. Nas suas falas, como também no que escreveram, encontram-se justificatitivas que se pode relacionar com a parte teórica do trabalho onde é feito o link entre a literatura infantil e as quatro funções indispensáveis nas representações sociais, de acordo com Abric, como nas citações: “As histórias ajudam a criança a entender e a imaginar, pois com os outros personagens (livro) ela sentirá que outras pessoas também já passaram por isso” (função identitária); “As histórias ajudam a criança a superar perdas ou dificuldades, através da imaginação” (função de orientação); “Ótimo, através de histórias verdadeiras ou não, a criança vai perceber que a vida é assim mesmo” ( função de saber).

Na questão do Quadro 6, sobre a utilização de livros que abordem o tema de morte e perdas, apenas uma professora da escola pública já tinha utilizado esse recurso em sala de aula, mas não ficou claro com qual objetivo foi feito essa leitura. A pesquisadora aproveitou a questão e citou sua experiência com sua filha, quando da morte de seu pai usou o livro Menina Nina (Ziraldo) para abordar o tema e falarem dos seus sentimentos. Sendo assim, mostrou-se a riqueza desse recurso no trato de questões tão dificeis a serem abordadas.

No capítulo II desse trabalho, cita-se Jovchelovitch e Bauer (2003), que ressaltam a importância do contar histórias, as quais possibilitam à criança reproduzir as

fantasias e os conflitos emocionais que elas vivenciam no seu dia-a-dia, ajudando-a a entender e superar com mais facilidade suas angústias.

QUADRO 6. Utilização de livros infantis que abordam o tema morte e perdas.

Respostas das Professoras Perguntas Geradoras

Escola Pública Escola Particular

Você já utilizou algum livro que abordasse o tema de morte e perdas?

Qual foi o livro?

Como foi a experiência?

Apenas uma professora já tinha utilizado esse recurso. Livro: Quando vovó morreu.

“Foi ótima, falamos da morte de forma

natural”.

Nenhuma professora teve essa experiência.

Na questão do Quadro 7 “Você conhece outros livros que abordem esses assuntos (perdas, mortes)? Cite-os”, apenas duas professoras, da escola pública, disseram conhecer a existência de livros nessa temática. De acordo com Abramovich (2006), o tema morte é ainda pouco explorado na nossa literatura infantil, e enfatiza a importância de se compreender a morte como algo natural, do ciclo da vida, e que gera dor, sofrimento, saudade, sentimento de perda e outros.

No entanto, tem-se percebido um crescente interesse por esse tipo de literatura, tanto pela existência de obras de autores nacionais como de obras traduzidas que abordam o tema de perdas e mortes para crianças. Daí o interesse desse trabalho, em deixar uma contribuição para os educadores e pais, que é uma sugestões de livros nesse sentido ( p.114 ).

Na escola particular, onde houve a discussão das questões, aproveitou-se para questionar a respeito dos contos clássicos, tão utilizados por elas, e que , na maioria, abordam o tema da morte, só que não há um aprofundamento da questão. Nesse sentido, a criança recebe a informação, mas não lhe é dada a chance de falar sobre o que pensa e o que já conhece sobre o fato, perdendo-se uma oportunidade de aprofundar o assunto.

QUADRO 7. Conhecimento de livros infantis que abordem o tema morte e perdas.

Respostas das Professoras Pergunta Geradora

Escola Pública Escola Particular

Você conhece outros livros que abordem esses assuntos (perdas, mortes) ? Cite-os.

Apenas duas professoras conheciam: A história

de uma folha (Leo Buscaglia), e a citada no

quadro anterior.

Nenhuma professora conhecia.

Na questão do Quadro 8, apesar de 83% das professoras terem afirmado que se sentem a vontade em ler livros que abordem a temática de perdas e mortes, fica-se uma dúvida pois em questões anteriores, como demonstrado no Quadro 6 (p.84), apenas uma professora usou esse recurso em sala de aula, como também em outros momentos que se verificou da presença do fato na escola, elas preferiram não aprofundar a questão. No entanto, com a reflexão que houve na pesquisa, pode-se ter possibilitado uma outra atitude, como cita uma delas, nessa questão: “Sim, depois de ter tido um certo conhecimento que tivemos aqui”.

Nessa citação, percebeu-se a relevância das discussões, fazendo as professoras repensarem suas atitudes em sala, indo além da disciplinaridade, passando a valorizar cada momento vivido do aluno e reconhecendo a importância e influência do seu papel enquanto educadora.

QUADRO 8. Sentimento das professoras com relação a contarem histórias que abordem perdas e morte.

Respostas das Professoras Perguntas Geradoras

Escola Pública Escola Particular

Você se sente à vontade em ler um livro que aborde os assuntos de perdas e morte

com as crianças ? Por quê?

“Sim, porque acho que a morte é algo comum em nossas vidas, apesar de sofrida e dramática”. “Mais ou menos, devido a falta de conhecimento.”

“Não muito, não me sinto tão preparada para falar esse assunto”.

“Tento ser mais natural do que tudo para poder conseguir transmitir uma boa mensagem para as crianças”.

QUADRO 9. Livro escolhido

Respostas das Professoras Perguntas Geradoras

Escola Pública Escola Particular

Dos livros que mostramos hoje, qual o que você escolheria para usar em sala de aula, no intuito de ajudar a uma criança numa

situação de enfrentamento da perda de alguém

querido? Por quê?

“Menina Nina (Ziraldo), é acima de tudo uma

história de amor e admiração...”

“ Quando seu animal de estimação morre” (Victoria Ryan).

“Conversando sobre a morte(Carla Hisatugo). Adorei as ilustrações e a maneira como é passada para as crianças”.

“Quando alguém muito especial morre (Marge Heegaard), pois este livro

trabalha por etapa até chegar no assunto morte.

Na questão do Quadro 9, a intenção era que elas manuseassem e conhecessem o material exposto, percebendo a variedade de opções que existem para se trabalhar a temática da morte, tendo-se o cuidado de ler a história antes para adequar a cada situação proposta. Como confirma Abramovich, é preciso ler o livro antes para sentir como ele nos toca, para quando se for ler para as crianças conseguir passar toda a emoção que a leitura pode proporcionar. Nessa ocasião, percebeu-se um interesse das professoras por esse recurso, questionando as ilustrações e a diversidade dos textos.

Voltando-se as questões dos questionários, quando perguntados “Você acha que a escola deve ter uma abordagem sobre o tema morte?” Foram obtidos os resultados mostrados na Tabela 4. Nessa Tabela, verifica-se que a maioria dos participantes, de ambas as escolas, acham importante a escola ter uma abordagem sobre o tema morte. Na escola particular, 50% dos pais acham que o tema deve ser abordado como um ciclo natural da vida, e dos 30% que não concordam com abordagem do tema na escola, justificam-se pela pouca idade da criança e por acharem que a escola não saberá lidar com o assunto. As professoras, apesar de 80% demonstrarem concordância da abordagem do tema na escola, não conseguiram deixar claro qual seria essa abordagem.

TABELA 4. Abordagem do tema morte nas escolas.

PÚBLICA PARTICULAR

PARTICIPANTES

SIM NÃO NR* SIM NÃO NR*