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As Reuniões de Agrupamento Dos Documentos Orientadores às Orientações para as Práticas

Profissional de Futuros Professores

3. A Relação entre a Escola e a Universidade no MEEF

3.2. As Práticas de Formação

3.2.1. As Reuniões de Agrupamento Dos Documentos Orientadores às Orientações para as Práticas

Os agrupamentos são estruturas constituintes da forma organizativa do Estágio Pedagógico do MEEF. O número e quais as escolas que pertencem a cada uma destas estruturas são definidos anualmente, no final de cada ano letivo anterior ao ano em que devem funcionar, depois de definidas aquelas que farão parte da rede de escolas cooperantes no ano letivo seguinte. Desde o ano letivo 2009/10, altura em que o MEEF se iniciou, que o trabalho no seio dos agrupamentos se efetua em dois grupos. Esta divisão decorre do elevado número de núcleos de estágio, aproximadamente duas dezenas, o que equivale um total de quinze a dezoito elementos presentes nas reuniões; esta fórmula organizativa tem o propósito de tornar as reuniões mais funcionais e profícuas. Aquando da definição da composição dos agrupamentos, a coordenação procura respeitar os critérios de proximidade geográfica dos núcleos e, sempre que a conjugação entre orientadores com diferentes níveis de experiência em supervisão de estágios pedagógicos é possível procura, igualmente, ter essa situação em conta.

Do conjunto de atribuições que se encontram definidas no guia de estágio pedagógico para orientadores de faculdade e professores cooperantes consta a participação “...nas reuniões da Comissão de Estágio e de Agrupamento” (FMH, 2015, p. 29). De modo a salvaguardar a efetiva possibilidade de participação, quer dos orientadores de faculdade, quer dos professores cooperantes, o protocolo com as direções dos agrupamentos de escolas e/ou escolas cooperantes contempla a necessidade de libertação de um dia (normalmente a meio da semana) para que os professores cooperantes possam tomar parte das reuniões O cumprimento destes pressupostos é considerado como fundamental para a viabilização do trabalho colaborativo entre os elementos da universidade e dos agrupamentos e/ou escolas.

As reuniões de agrupamento são definidas anualmente com a aprovação do ‘calendário anual do estágio pedagógico’ na primeira reunião da comissão de estágio que decorre até ao final da primeira quinzena de setembro de cada ano letivo. Essas reuniões têm caráter de obrigatoriedade e, de um modo geral, “...nelas são analisados os relatórios de núcleo em relação às atividades que foram previstas desenvolver em cada um com base na calendarização apresentada na primeira reunião de agrupamento” (FMH, 2015, p. 29). O número mínimo de reuniões que podem ocorrer durante um ano letivo é de três: a primeira, onde são apresentados os planos de atividades dos núcleos de estágio e as duas restantes, onde se efetua um balanço e discussão em torno das

avaliações das primeiras e segundas etapas de formação dos estagiários. Além destas reuniões de agrupamento obrigatórias - organização e avaliação -, existe a possibilidade de se efetuar uma outra tipologia de reuniões de agrupamento, para as quais são convocados todos os orientadores e professores cooperantes, e que têm como propósito principal a formação destes intervenientes. E se as reuniões de agrupamento figuram nos documentos organizadores das atividades de orientadores de faculdade e professores cooperantes, é também nessa perspetiva que ambos percecionam a sua tipologia:

Basicamente,...há a reunião geral de início de ano, depois as reuniões de apresentação das avaliações, discussões das mesmas, daí que deriva o acompanhamento do processo dos estagiários, aqueles que necessitam de maior acompanhamento, que tem avaliações baixas ou de excelência, e as reuniões de formação, quer dizer, formações com temas de acordo com as necessidades que têm sido diagnosticadas ao longo deste processo... (OE-SH)

Do mesmo modo, é possível encontrar uma complementaridade de opiniões acerca do valor das reuniões de agrupamento para o desenvolvimento das atividades do Estágio Pedagógico:

As reuniões de avaliação acho que são fundamentais porque os orientadores partilham, não só os resultados, o trabalho com os estagiários, mas também a forma como foram feitas as avaliações, as dificuldades que tiveram, portanto estas reuniões são, digamos, imprescindíveis; há também a vertente de organização em que planeamos as atividades que é necessário fazer: as reuniões conjuntas, as visitas interescolas, apresentações do plano de atividades, portanto essas atividades que fazemos têm também de ser planeadas nas reuniões. E pronto, depois há também a dimensão da formação, e que também considero que se deve manter como um dos assuntos das RA. (OF-SF)

Ou, como refere um outro orientador de escola, as reuniões de agrupamento servem para se estabelecer uma plataforma de entendimento comum entre todos os orientadores (os de faculdade e os de escola):

...numa situação de aferição de critérios e tentarmos ter, no meio de pessoas tão diferentes, ter um tronco comum de atuação, um tronco comum de avaliação, um tronco comum de intervenção com os estagiários (...). (OE-RJ)

As reuniões de agrupamento no Estágio Pedagógico do MEEF surgem então com o propósito de se constituírem como momentos em que se efetuam quer as aferições sobre os modos de organização e concretização das diferentes atividades dos orientadores de faculdade e professores cooperantes das escolas (e.g. orientação e enquadramento dos estagiários), quer a análise e discussão dos processos relativos à avaliação dos estagiários (e.g. aferição de critérios e de práticas), quer ainda a valorização do próprio processo formativo de todos os intervenientes (e.g.

discussão e análise dos processos supervisão e de casos de estagiários passíveis de terem um acompanhamento mais próximo).

3.2.2. A Imperiosa Necessidade - O Labor Organizativo do Estágio Pedagógico

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