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4 RESULTADOS

4.8 Relação estatística entre lesão musculoesquelética do membro superior e fatores de risco

4.8.1 Sintomatologia e fatores de risco

A análise da associação de variáveis através do teste do qui-quadrado, foi realizada conforme a estrutura do teste apresentado no subcapítulo 3.3.4, pelo que foi relacionada a sintomatologia geral (LME), a sintomatologia do membro superior (LME MS) e a sintomatologia por região anatómica, com as diferentes variáveis consideradas nos fatores de risco individuais e físicos, em ambos os momentos de avaliação. Assim, considerando a presença ou ausência de sintomas, e para o primeiro momento de avaliação, verificou-se a existência de relações estatisticamente significativas com as seguintes variáveis, incluídas nos fatores de risco individuais (Tabela 67):

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Resultados “sexo” - verificou-se uma forte associação positiva com o sexo feminino sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR18 = 4,3 e 4,7 respetivamente).

“Altura” – observou-se uma forte associação positiva com os trabalhadores de altura inferior a 160 cm, contudo, o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores foi superior ao esperado (AR = 3,8 e 3,7 respetivamente).

“Tarefas Domésticas” – a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas associadas positivamente com a realização diária de tarefas domésticas, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores superior ao esperado (AR = 2,2 e 2,6 respetivamente).

“Trabalhos Manuais” – neste caso, verificou-se uma associação, ainda que com tendência negativa sendo o número de ocorrências de sintomas apresentados pelos trabalhadores que afirmaram realizar trabalhos manuais diariamente inferior ao que seria esperado (AR = -2,5 e -2,6).

“Atividade Desportiva diária” – tal como no caso anterior, verificou-se uma forte associação, ainda que com tendência negativa, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentados pelos trabalhadores que afirmaram praticar desporto diariamente, inferior ao que seria esperado (AR = - 2,7 e -2,4).

“Utilização de PC” - verificou-se que a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas associadas com a utilização diária de computadores, contudo, o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores foi inferior ao esperado (AR = - 2,7 e - 3,0 respetivamente).

No que concerne às variáveis incluídas nos fatores de risco físicos, verificou-se a existência de relações estatisticamente significativas com (Tabela 67):

“Posto de Trabalho” - a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas associadas positivamente com o posto de trabalho “Embalamento”, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelos trabalhadores daquela secção superior ao esperado (AR = 4,7 e 5,0 respetivamente).

“Avaliação OCRA” – verificou-se uma forte associação positiva com os níveis considerados no método OCRA sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas superior ao esperado (AR = 3,4 e 2,5 respetivamente).

Analisando agora a Tabela 67, tendo em conta as regiões anatómicas do membro superior, verifica- se que, na primeira avaliação, existem relações estatisticamente significativas entre a sintomatologia e os seguintes fatores de risco:

18AR - Standardized Ajusted Residual (Resíduo ajustado normalizado). Sempre que seja superior a 1,96 ou inferior a -1,96, considera-se que existe uma evidência de forte associação entre as variáveis. No primeiro caso o nº de ocorrências (n) é superior ao esperado, e no segundo é inferior ao esperado.

141 Ombro:

- “sexo” – observou-se forte associação positiva com o sexo feminino sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR= 3,6).

- “Altura” - observou-se uma forte associação positiva com os trabalhadores de altura inferior a 160 cm, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR= 2,7).

- “Tarefas Domésticas” – todos os trabalhadores que apresentaram queixas musculoesqueléticas no ombro, realizavam diariamente tarefas domésticas, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores superior ao esperado (AR = 2,5).

- “Trabalhos Manuais” - verifica-se uma associação forte, ainda que com tendência negativa. - “Utilização de PC” – tal como no caso anterior, verifica-se uma associação forte, ainda que com tendência negativa.

- “Antiguidade na empresa” – a maioria dos trabalhadores que apresentaram queixas ao nível do ombro trabalhava há 3 anos na empresa, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por estes trabalhadores superior ao esperado (AR= 2,7).

- “Antiguidade no setor do queijo” – de forma similar à antiguidade na empresa, a maioria dos trabalhadores que apresentaram queixas ao nível do ombro trabalhava há 3 anos no setor do queijo, ainda que a relação seja significativa estatisticamente, não evidencia forte associação (AR < 1,96).

- “Posto de Trabalho” – verificou-se que, a maioria dos trabalhadores que apresentou queixas musculoesqueléticas para a região do ombro estavam associadas positivamente com o posto de trabalho “Embalamento”, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelos trabalhadores daquela secção superior ao esperado (AR = 3,2).

- “Avaliação OCRA” - verificou-se uma forte associação positiva com os níveis considerados no método OCRA sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por estes trabalhadores, superior ao esperado (AR = 3,0).

Cotovelo:

- “sexo” - verificou-se uma forte associação positiva com o sexo feminino, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR= 2,1).

- “Idade” - Verificou-se que o escalão dos 41-50 anos apresentou a maior percentagem de trabalhadores com sintomas musculoesqueléticos ao nível do cotovelo, observando-se uma associação estatística positiva sendo o número de ocorrências de sintomas apresentados pelos trabalhadores daquela faixa etária superior ao que seria esperado (AR = 3,0).

- “Atividade Desportiva regular” - verifica-se uma forte associação, ainda que com tendência negativa, uma vez que todos os trabalhadores que apresentaram sintomas de lesão musculoesquelética no cotovelo, não realizavam atividade desportiva regular, ainda que o número seja superior ao esperado (AR = 2,3).

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Resultados - “Atividade Desportiva diária” - tal como no caso anterior, verificou-se que todos os trabalhadores que apresentaram queixas musculoesqueléticas no cotovelo, não realizavam atividade desportiva diariamente, ainda que o número seja superior ao esperado ( AR = 2,2).

- “Trabalhos Manuais” - verificou-se uma associação forte (AR = -2,5), com tendência negativa, sendo o número de ocorrências de sintomas inferior ao esperado.

- “Utilização de PC” - verifica-se uma associação forte (AR=-3,5), ainda que com tendência negativa, sendo o número de ocorrências de sintomas inferior ao esperado.

Punho e Mão:

- “sexo” – verificou-se forte associação positiva com o sexo feminino, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR= 3,4).

- “Altura” - observou-se uma forte associação positiva com os trabalhadores de altura inferior a 160 cm, sendo o número de ocorrências de sintomas superior ao esperado (AR= 2,9).

- “Medicação regular” - neste caso, verificou-se uma associação forte, ainda que com tendência negativa sendo ainda o número de ocorrências de sintomas apresentados superior ao que seria esperado (AR = 2,6).

- “Posto de Trabalho” - verificou-se que a maioria dos trabalhadores que apresentou queixas musculoesqueléticas para a região do punho/mão estavam fortemente associadas com o posto de trabalho “Embalamento”, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelos trabalhadores daquela secção superior ao esperado (AR = 4,6).

- “Avaliação OCRA” - apesar do teste do qui-quadrado revelar relação estatística significativa entre a sintomatologia e os níveis do método OCRA, analisando os resíduos ajustados, não se verifica associação forte entre os vários níveis de OCRA e a sintomatologia (AR < 1,96).

143 Tabela 67 – Testes estatísticos para sintomatologia – 1ª avaliação

Significância (p) – Teste do qui-quadrado (ꭓ2 )

Variáveis Fator de Risco Sintomatologia

Geral (LME) Membro Superior (LME MS)

Região Anatómica

Ombro Cotovelo Punho/mão

Fa to re s d e Ri sc o In d ivi d u ai s Sexo <0,001* <0,001* 0,001* 0,037* 0,001* Idade 0,463 0,298 0,152 0,007* 0,937 Características Antropométricas Peso 0,162 0,418 0,264 0,657 0,295 Altura <0,001* <0,001* 0,006* 0,239 <0,001* Membro Dominante 0,466 0,710 0,162 0,597 0,939 Estado de Saúde Hábitos tabágicos 0,497 0,832 0,654 0,760 0,598 IMC 0,630 0,622 0,894 0,274 0,812 Tensão Arterial 0,116 0,304 0,717 0,450 0,362 Atividade Desportiva 0,059 0,119 0,614 0,021* 0,435 Medicação Regular 0,604 0,192 0,201 0,743 0,012* Tarefas Diárias Domésticas 0,027* 0,010* 0,012* 0,467 0,061 Instrumentos Musicais 0,907 0,433 0,937 0,418 0,338 Trabalhos Manuais 0,012* 0,010* 0,004* 0,024* 0,567 Atividade Desportiva diária 0,007* 0,015* 0,448 0,041* 0,053

Utilização de PC 0,007* 0,003* 0,001* 0,001* 0,282

Cuidar de crianças 0,362 0,381 0,391 0,353 0,785

Atividades fora da empresa 0,516 0,746 0,687 0,901 0,451 Antiguidade na empresa 0,284 0,847 0,021* 0,298 0,512 Antiguidade no setor do queijo 0,379 0,345 0,017* 0,879 0,809

Tipo de Turno 0,394 0,652 0,937 0,453 0,338 Fa to re s d e Ri sc o F ísi co s Posto de Trabalho <0,001* <0,001* 0,013* 0,447 <0,001* Avaliação RULA 0,440 0,359 0,251 0,481 0,136 Avaliação OCRA <0,001* 0,003* 0,003* 0,730 0,002*

No que se refere à sintomatologia geral de LME e à sintomatologia de LME MS, no segundo momento de avaliação, verificou-se que existiam relações estatisticamente significativas com os seguintes fatores de risco (Tabela 68):

“Sexo” - verificou-se uma forte associação positiva com o sexo feminino, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR = 3,5 e 3,5 respetivamente).

“Altura” – observou-se uma forte associação positiva com o escalão de altura inferior a 160 cm, contudo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores foi superior ao esperado (AR = 3,8 e 2,7 respetivamente).

“Idade” – Verificou-se que o escalão dos 19-30 anos apresentava a maior percentagem de trabalhadores com sintomas musculoesqueléticos observando-se uma associação estatística negativa sendo o número de ocorrências de sintomas apresentados pelos trabalhadores daquela faixa etária inferior ao que seria esperado (AR = -2,9).

“Tarefas Domésticas” – a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas associadas positivamente com a realização diária de tarefas domésticas, sendo o número de

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Resultados ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores superior ao esperado (AR = 2,2 e 2,6 respetivamente).

“Medicação Regular” – a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas associadas positivamente com a utilização de medicação regular sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores superior ao esperado (AR = 3,9 e 3,7 respetivamente).

“Utilização de PC” - verificou-se que a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas associadas com a utilização diária de computadores, contudo, o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores foi inferior ao esperado (AR = - 2,8 e - 2,9 respetivamente).

No que concerne às variáveis incluídas nos fatores de risco físicos, verificou-se a existência de relações estatisticamente significativas com (Tabela 68):

“Posto de Trabalho” - a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas associadas positivamente com o posto de trabalho “Embalamento”, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelos trabalhadores daquela secção superior ao esperado (AR = 4,2 e 5,0 respetivamente).

“Avaliação RULA” – verificou-se uma forte associação positiva com os níveis considerados no método RULA, sendo o número de ocorrências de sintomas superior ao esperado (AR = 2,6 e 2,5 respetivamente).

“Avaliação OCRA” – apesar do teste do qui-quadrado revelar relação estatística significativa entre a sintomatologia e os níveis do método OCRA, analisando os resíduos ajustados, não se verifica associação forte entre os vários níveis de OCRA e a sintomatologia (AR < 1,96).

Analisando agora a Tabela 68,, considerando as regiões anatómicas do membro superior, verifica- se que, na segunda avaliação, existem relações estatisticamente significativas entre a sintomatologia e as seguintes variáveis, incluídas nos fatores de risco:

145 Tabela 68 – Testes estatísticos para sintomatologia – 2ª avaliação

Significância (p) – Teste do qui-quadrado (ꭓ2 )

Variáveis Fator de Risco Sintomatologia

Geral (LME) Membro Superior (LME MS)

Região Anatómica Ombro Cotovelo Punho/mão

Fa to re s d e ri sc o in d ivi d u ai s Sexo <0,001* <0,001* 0,003* 0,022* 0,007* Idade 0,027* 0,06 0,029* 0,051 0,045* Características Antropométricas Peso 0,816 0,571 0,720 0,871 0,776 Altura 0,017* 0,010* 0,010* 0,070 0,006* Membro Dominante 0,519 0,383 0,544 0,383 0,635 Estado de Saúde Hábitos tabágicos 0,925 0,960 0,857 0,465 0,962 IMC 0,506 0,705 0,642 0,364 0,443 Tensão Arterial 0,477 0,325 0,851 0,607 0,717 Atividade Desportiva 0,411 0,659 0,650 0,458 0,225 Medicação Regular <0,001* <0,001* <0,001 * 0,485 0,002* Tarefas Diárias Domésticas 0,040* 0,070 0,045* 0,358 0,195 Instrumentos Musicais 0,823 0,723 0,425 0,600 0,465 Trabalhos Manuais 0,736 0,975 0,451 0,256 0,853

Atividade Desportiva diária 0,411 0,659 0,783 0,458 0,225 Utilização de PC 0,005* 0,004* <0,001

*

0,035* 0,006*

Cuidar de crianças 0,793 0,500 0,408 0,694 0,028*

Atividades fora da empresa 0,411 0,659 0,783 0,458 0,225 Antiguidade na empresa 0,339 0,231 0,024* 0,531 0,363 Antiguidade no setor do queijo 0,339 0,231 0,023* 0,531 0,363

Fa to re s d e Ri sc o Fí si co s Posto de Trabalho <0,001* 0,001* 0,083 0,124 <0,001* Avaliação RULA 0,010* 0,012* 0,519 0,797 0,013* Avaliação OCRA 0,034* 0,025* 0,034* 0,620 0,016* Ombro:

- “Sexo” - observou-se forte associação positiva com o sexo feminino, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR= 3,0).

- “Altura” - observou-se uma forte associação positiva com os trabalhadores de altura inferior a 160 cm, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR= 2,6).

- “Medicação Regular” – tal como no caso anterior, observou-se uma forte associação positiva, sendo o número de ocorrências de sintomas superior ao esperado (AR= 4,0).

- “Tarefas Domésticas” - todos os trabalhadores que apresentaram queixas musculoesqueléticas no ombro, realizavam diariamente tarefas domésticas, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores superior ao esperado (AR = 2,0).

- “Utilização de PC” - verificou-se uma associação forte (AR = -3,6), ainda que com tendência negativa.

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Resultados - “Antiguidade na empresa” - todos os trabalhadores que apresentaram queixas na região do ombro, trabalhavam há pelo menos 5 anos na empresa, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores superior ao esperado (AR = 2,3).

- “Antiguidade no setor do queijo” – tal como no caso anterior, todos os trabalhadores que apresentaram queixas na região do ombro, trabalhavam há pelo menos 5 anos no setor do queijo, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores superior ao esperado (AR = 2,3).

- “Avaliação OCRA” - verificou-se uma associação positiva com os níveis considerados no método OCRA, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por estes trabalhadores, superior ao esperado (AR = 2,6).

Cotovelo:

- “Sexo” - verificou-se que todos os trabalhadores que apresentaram queixas na região do cotovelo, estavam forte e positivamente associados com o sexo feminino, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR= 2,3).

- “Utilização de PC” - verifica-se uma associação forte (AR=-2,2), ainda que com tendência negativa. Punho e Mão:

- “Sexo” - verificou-se associação positiva forte com o sexo feminino, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelo sexo feminino superior ao esperado (AR= 2,7).

- “Idade” - Verificou-se que os escalões dos 31-40 anos e dos 41-50 anos apresentaram a maior percentagem de trabalhadores com sintomas musculoesqueléticos ao nível do punho/mão. No entanto não se conclui sobre forte evidencia de associação, uma vez que os AR são ambos menores que 1,96.

- “Altura” - observou-se uma forte associação positiva com os trabalhadores de altura inferior a 160 cm, sendo o número de ocorrências de sintomas superior ao esperado (AR= 3,2).

- “Medicação regular” - a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas na região do punho/mão associadas positivamente com a utilização de medicação regular, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores superior ao esperado (AR = 3,1).

- “Utilização de PC” - verificou-se que a maioria dos trabalhadores apresentou queixas musculoesqueléticas do punho/mão, associadas com a utilização diária de computadores, contudo, o número de ocorrências de sintomas apresentadas por aqueles trabalhadores foi inferior ao esperado (AR = -2,8 ).

- “Cuidar de crianças” - verificou-se uma associação forte (AR = -2,2), ainda que com tendência negativa.

- “Posto de Trabalho” - verificou-se que a maioria dos trabalhadores que apresentou queixas musculoesqueléticas para a região do punho/mão estavam fortemente associadas com o posto de

147 trabalho “Embalamento”, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas pelos trabalhadores daquela secção superior ao esperado (AR = 4,8).

- “Avaliação RULA” - verificou-se uma forte associação positiva com os níveis considerados no método RULA, sendo o número de ocorrências de sintomas apresentadas por estes trabalhadores, superior ao esperado (AR = 2,5).

- “Avaliação OCRA” - apesar do teste do qui-quadrado revelar relação estatística significativa entre a sintomatologia e os níveis do método OCRA, analisando os resíduos ajustados, não se verifica associação forte entre os vários níveis de OCRA e a sintomatologia (AR < 1,96).