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Sistematização dos resultados de Teses e Dissertação (Banco CAPES) sobre Ergonomia e Educação

ERGONOMIA: COMPREENDENDO A COMPLEXIDADE DAS SITUAÇÕES DO TRABALHO DOCENTE

3.2. A ergonomia e suas aproximações com a pesquisa na área da educação

3.2.1. Sistematização dos resultados de Teses e Dissertação (Banco CAPES) sobre Ergonomia e Educação

Na área da educação, localizamos dez pesquisas em nível de doutorado. A primeira tese foi finalizada no ano de 1998, na área de lingüística.

Com relação à concentração em instituições, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP contribui com um total de sete das dez teses localizadas. Das outras três teses, duas são da Universidade de São Paulo – USP e uma da Universidade Federal do Ceará - UFCE.

Das sete pesquisas da PUCSP, seis se concentram nas áreas de linguística, e linguística aplicada, e uma na área de ciência e matemática. Na USP encontramos uma pesquisa na área de educação e uma na área de teoria e análise linguística. Na UFCE a pesquisa foi desenvolvida na área de educação, ensino, aprendizagem, métodos e técnicas de ensino.

Na área de lingüística, os trabalhos se caracterizam por investigar o trabalho do professor por meio da análise das representações e aspectos representativos do prescrito, das atividades e do trabalho realizado. Também encontramos um trabalho que utiliza a abordagem ergonômica no estudo de modelos lingüísticos e ensino e aprendizagem das línguas.

Na área de educação o trabalho encontrado objetivou compreender a constituição das relações entre a qualificação, o trabalho docente e a formação.

Na área de currículo, a pesquisa visou desenvolver estratégias de sistematização para o acompanhamento metodológico de ensino com o uso do computador, pelo professor, de forma autônoma e critica. Neste trabalho, assim como no anterior, não conseguimos identificar como a abordagem ergonômica fundamentou o estudo, ou seja, quais as categorias, conceitos e aportes foram utilizados. Mais uma vez, diferenciando-se da lingüística, que tem explicitado claramente as categorias de análise do trabalho propostas pela ergonomia.

Com relação às dissertações, o montante de trabalhos encontrados ficou distribuído em diferentes áreas, a saber: (1) Engenharia de produção – 16 dissertações; (2) Educação – 12 dissertações; (3) Desenho industrial – 7 dissertações; (4) Linguística e Linguística aplicada – 7 dissertações; (5) Ciência da computação – 6 dissertações; (6) Psicologia social – 5 dissertações; (7) Saúde

pública – 4 dissertações; (8) Ensino de Ciência e matemática – 1 dissertação; (9) Tecnologia de produtos florestais – 1 dissertação; (10) Psicologia da educação – 1 dissertação; (11) Engenharia de software – 1 dissertação; (12) Ciência florestal – 1 dissertação.

Gráfico 3 – Distribuição dos trabalhos finalizados nas três ultimas décadas

O gráfico evidencia um crescimento de 92%, de 1990 a 2000. Isso indica um reconhecimento da ergonomia como disciplina importante à compreensão do trabalho no campo educacional.

O primeiro trabalho disponibilizado no banco de dados da CAPES, de 1989, foi realizado na UFRJ, em um curso de pós-graduação em ciência da computação. Esta pesquisa relacionou informática educativa e ergonomia cognitiva, a fim de apresentar um método para a geração de programas educativos baseados em imagens.

Podemos dizer que a ergonomia teve sua inserção no contexto educacional em razão da preocupação com os processos de ensino e aprendizagem, com ênfase no uso de computadores como recurso didático-pedagógico.

A produção disponível da década de 1980 é relativamente pequena, pelo fato de o banco de teses e dissertações ter se constituído a partir de 1987, o que reduz em sete anos a possibilidade de um apanhado em trabalhos desenvolvidos nessa década. Contudo, ainda que conseguíssemos fazer um mapeamento nos programas de pós–graduação, chegaríamos a um reduzido número de trabalhos em educação

com aportes teóricos da ergonomia, tendo em vista que nesse período esta disciplina estava se organizando e começando os estudos em áreas como engenharia e psicologia.

Na década de 1990, foram encontrados quatro trabalhos concluídos: em 1998 e 1999. Todos eles na área de engenharia de produção. Esses trabalhos apresentam como característica teórica a busca por qualidade e melhoria nos ambientes de trabalho na interface humanos-objetos, em especial, o computador e a leiturabilidade de imagens e textos. A aproximação com a educação não se diferencia com a aproximação que a ergonomia teve com outras áreas de estudo sobre o trabalho.

A ergonomia estava mais próxima de uma disciplina aplicada do que uma base teórica para investigar especificidades e particularidades do trabalho escolar e do trabalho dos profissionais que atuam nesses contextos.

Dessa forma, podemos dizer que a pesquisa começa a relacionar a ergonomia com a educação como conhecimento que possibilita a adequação dos espaços e materiais diversos aos processos educativos escolares. Fica evidente que há uma preocupação latente com a aprendizagem. Contudo, esta preocupação se sustenta na concepção de que o aprimoramento e a melhoria do conjunto de objetos e de artifícios que compõem o espaço escolar e a sala de aulas resolverão os problemas de ensino e de aprendizagem. A ergonomia, nesses casos, está a serviço da compreensão daquilo que é externo ao sujeito, ou seja, das condições de trabalho. Não há uma preocupação, ao menos aparente, com o que acontece internamente ao sujeito, com sua atividade de trabalho.

As linhas de pesquisa que desenvolvem estes estudos são: (1) ergonomia em projetos: ergonomia corretiva e prospectiva. A aplicação da ergonomia em projetos de postos de trabalho, projetos de máquinas e veículos, projetos de equipamentos e ferramentas, projetos de comandos e controles; (2) conforto e qualidade no ambiente construído: avaliação de desempenho e desenvolvimento de instrumentos e metodologias projetivas, voltadas para o conforto lumínico, acústico e térmico do ambiente construído; (3) ergonomia da informática: melhorar os sistemas de trabalho, otimizando as condições de execução e os resultados dos processos envolvidos. Essa vertente da ergonomia tem sua preocupação centrada na execução, parece-nos estar muito relacionada à produção.

Nos parágrafos em tela, procuramos explicar como se deu a aproximação da disciplina da ergonomia com os contextos educacionais. A área da engenharia de produção possui seus méritos, pois foi a pioneira a buscar a associação entre a ergonomia e a educação. Percebemos que esta área do conhecimento continua ampliando suas contribuições até o momento atual, como veremos no decorrer desse texto. Ressaltamos que nestes casos, como em outros tantos que mostraremos à frente, o objetivo não era estudar, propriamente, os fenômenos educacionais, mas os fenômenos ergométricos em contextos escolares.

Existem, hoje, no Brasil, dois grandes centros que vêm investido em pesquisas com foco na educação. Um localiza-se na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC e outro na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Estas duas instituições somam um total de doze dos dezesseis trabalhos encontrados, sendo sete da UFSC e cinco da UFMG. Os restantes estão distribuídos na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, na Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, na Universidade Federal da Paraíba - UFPB e na Universidade Federal Fluminense – UFF.

Como já antecipamos, a área da engenharia de produção continua investindo em pesquisas sobre os contextos escolares. Contudo, é visível certo decréscimo no número de trabalhos concluídos nos anos 2000, ao mesmo tempo em que percebemos o crescimento do uso da ergonomia em outras áreas como base teórica para estudos sobre a educação, como: educação, desenho industrial, linguística e linguística aplicada, saúde pública, psicologia social, psicologia da educação, ensino de ciência e matemática, tecnologia de produtos florestais, ciência da computação, engenharia de software. Cresceram as áreas com interesse na interação dessas duas temáticas – ergonomia e educação – aumentando os enfoques dados à ergonomia como pano de fundo.

As pesquisas tomam como fontes de informações, especialmente, alunos e professores, sujeitos de diferentes níveis de ensino, assim como as salas de aula, a escola e os laboratórios de informática.

A seguir, apresentaremos uma breve análise das características das pesquisas realizadas em cada área de conhecimento citada. Diante de nossos interesses e objetivos daremos ênfase às áreas que têm como foco os estudos

sobre o trabalho docente, as quais deixaremos por último e procuraremos aprofundar um pouco mais as análises.

Ressaltamos que nossa intenção nesta parte do texto não é fazer uma análise exaustiva da produção nacional que tem se utilizado da ergonomia como disciplina para análise de deferentes contextos, situações e aspectos do trabalho, mas sim, disponibilizar um panorama da inserção deste campo teórico nas pesquisas em nosso país, bem como mapear seus avanços e demandas para estudos futuros.

Apesar dessa introdução sobre a trajetória da pesquisa sobre ergonomia com interesse na educação, nosso foco principal é compreender como esta disciplina começou e está se tornando uma importante metodologia à compreensão do trabalho docente. Logo, faremos nossas análises procurando encaminhar evidências a esse respeito, aproveitando-nos desse esforço para apontar como esta disciplina tem contribuído na produção de conhecimentos sobre a temática.

A engenharia de produção - ergonomia – educação

A ergonomia traz suas contribuições para o campo educacional com estudos que a associam a temáticas como: problemas de saúde, estruturação do ambiente físico, postura, aprendizagem, interface homem-máquina, estruturação do ensino, avaliação de projetos, ergonomia da informática.

A maioria das pesquisas investigou o ensino superior e deu ênfase à melhoria do desempenho dos alunos e dos professores com a adequação das condições de trabalho. Foi com esse enfoque que a ergonomia se aproximou do contexto educacional, procurando sinalizar os impactos das condições do trabalho na saúde de alunos e professores. Em alguns trabalhos também se evidencia a preocupação dos textos de proporem sistemas ergonômicos de avaliação frente a elementos como máquinas, ambientes, computadores e demais produtos da informática.

Com exceção de uma pesquisa que tem como objeto de análise a atividade de professores universitários, mas que também busca uma melhor compreensão das características cognitivas do trabalho - ou seja, o foco é o trabalho e sua organização e não o sujeito - todas as outras pesquisas utilizam os conceitos da ergonomia para entender a interação entre os sujeitos, os espaços e os materiais.

Desenho industrial – ergonomia – educação

A área de desenho industrial segue na mesma linha da engenharia de produção, ou seja, foca de maneira geral a relação do homem com seu ambiente de trabalho, na interface dos artefatos (documentos gráficos, analógicos e digitais, móveis, produtos, hipermídia), os professores e alunos. A ergonomia, nessa área, possui linhas próprias de pesquisa, mesmo servindo como base para estudos em outras linhas de pesquisa.

Esta área dá ênfase à adequação dos produtos às necessidades mercadológicas, buscando identificar tanto a durabilidade e aparência deles, como a relação de seus designs com a saúde dos usuários.

Nos trabalhos realizados em contextos educacionais, foram encontrados trabalhos com foco na avaliação de software para os ensinos médio e fundamental, o design ergonômico a diferentes espaços como as salas de aula, os laboratórios de informática e a relação desses designs com as tarefas e ações realizadas. A análise ergonômica se dá por meio da compreensão do trabalho realizado em função do ambiente e de suas características ergonômicas.

Ciências da computação e engenharia de softwares – ergonomia - educação

As áreas das ciências da computação e da engenharia de softwares trazem suas contribuições com estudos que visam à produção de software e técnicas de aplicação da informática em situações de ensino e aprendizagem, para a pesquisa e o desenvolvimento de métodos, sistemas e ferramentas que possam automatizar a solução de problemas no uso de ferramentas computacionais. Nas dissertações coletadas, encontramos contribuições à educação, pois realizam pesquisas que visam desenvolver e recomendar projetos, materiais, metodologias de software, ferramentas digitais à educação distância (EAD) e a atividades presenciais em escolas da educação básica. Estes estudos, assim como os anteriores, já comentados, também têm o foco na adequação do ambiente às situações de ensino, em especial o ambiente virtual, sem objetivarem a atividade e o sujeito no processo.

Saúde pública – ergonomia - educação

Esta área de conhecimento tem todas as dissertações analisadas com foco no professor, desenvolvidas no âmbito de linhas de pesquisa que visam estudar as condições e os meios de trabalho, os aspectos do ambiente ocupacional e da organização do trabalho e o desenvolvimento de projetos de investigação epidemiológica, considerando duas direções principais: a) a indústria petroquímica e as condições de saúde dos trabalhadores; b) as condições de trabalho das mulheres, a estrutura familiar e os aspectos de risco. As principais temáticas estudadas foram: a relação entre as condições de trabalho e a saúde dos professores, a interação entre professores e alunos e suas relações com a saúde do professor e ainda o uso da voz e a readaptação de professores com disfonia.

Psicologia social e psicologia da educação – ergonomia - educação

Nesta área, as pesquisas, num total de quatro, buscaram compreender as relações entre as situações de trabalho e a saúde mental dos professores, o trabalho dos professores com alunos cegos, a adequação postural, o rendimento escolar dos alunos, os aparatos tecnológicos e a atividade do tutor de EAD. As linhas de pesquisa que acolheram estes trabalhos estão focadas nos estudos dos processos psicossociais das relações do homem com diferentes contextos sociais: nas dinâmicas políticas, sociais, culturais, comunicacionais e nos processos de subjetivação em instituições como o trabalho, a educação, a saúde e a justiça; a inter-relação entre as exigências do trabalho e as conseqüências para o bem-estar e à produtividade, com ênfase na análise de situações reais que permitem compreender, de forma mais esclarecedora, os desafios do mundo do trabalho na atualidade.

Tecnologia de produtos florestais e ciência florestal – ergonomia - educação

Encontramos um trabalho desenvolvido dentro desta área do conhecimento, que teve como foco de pesquisa avaliar ergonomicamente conjuntos de mesas e cadeiras escolares utilizadas em classes do ensino fundamental, com o objetivo de definir critérios de padronização para este mobiliário.

Ensino de ciência e matemática – ergonomia - educação

Também identificamos um trabalho realizado nesta área do conhecimento, dentro de uma linha pesquisa que investiga a tecnologia da informação e comunicação (TIC) na educação em ciências e a criação de ambientes virtuais e colaborativos de aprendizagem. O trabalho em questão procurou discutir o ambiente virtual de aprendizagem (AVA), identificando suas potencialidades e fragilidades no que diz respeito às contribuições que oferece à aprendizagem de alunos do ensino médio. Este trabalho aproxima-se daqueles desenvolvidos nas áreas das ciências da computação e da engenharia de softwares, que visam investigar o potencial dos softwares na aprendizagem dos alunos. Neste caso, a ênfase foi para os conteúdos da matemática, contudo, poderia ser classificado como um trabalho naquelas áreas do conhecimento.

A lingüística e a lingüística aplicada – ergonomia – educação

Encontramos sete trabalhos desenvolvidos nesta área do conhecimento, que tiveram início em 2006. Logo percebemos que há uma tendência em ascensão. Encontramos pesquisas realizadas no ensino fundamental e médio, na modalidade de educação de jovens e adultos (EJA) e nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Neste mesmo grupo, também encontramos trabalhos que objetivaram compreender as representações do trabalho do professor e do trabalho educacional contidas em textos oficiais.

Percebe-se claramente que o principal foco de estudo destas pesquisas é a atividade dos professores. Estudos que tanto procuraram compreender a atividade profissional dos professores, por meio da análise da linguagem e discursividade, como a representação que os professores têm de seu próprio agir profissional.

As pesquisas realizadas nesta área do conhecimento evidenciam que os trabalhos apoiados na ergonomia começam a deslocar o foco das condições de trabalho a dois aspectos externos condicionantes do trabalho docente: às condições pessoais e profissionais dos professores, e à sua atividade de trabalho. Ou seja, passam a olhar o trabalho do professor em contextos, e a atividade como um elemento que organiza os componentes da situação de trabalho.

Educação – ergonomia – educação

Nesta área de conhecimento localizamos doze trabalhos. O que se percebe, ao analisar os trabalhos deste grupo, é uma dispersão dos focos de investigação e dos fenômenos observados. Encontramos trabalhos com o objetivo de analisar as questões ambientais e suas influências no trabalho educacional e na aprendizagem dos alunos. Portanto, trabalhos com ênfase na relação saúde e bem estar por meio da adequação do espaço físico.

Também encontramos trabalhos com o objetivo de analisar as questões posturais dos alunos como condicionantes da aprendizagem. Nesses casos, a ergonomia é utilizada como fonte de critérios para adequação física, tanto do mobiliário como da postura dos próprios alunos. Um trabalho tem ênfase na aprendizagem e busca construir critérios de escolha para os ambientes virtuais de ensino e aprendizagem da educação à distância e outro analisa os objetivos de avaliação utilizados em contextos educacionais. As informações disponibilizadas sobre estes dois trabalhos foram insuficientes para que entendêssemos, ainda que superficialmente, como a disciplina da ergonomia foi utilizada, uma vez que foi citada nas palavras-chaves. Acreditamos que alguns conceitos foram utilizados às análises de seus objetos e fenômenos pesquisados.

Com relação ao trabalho docente, esta área do conhecimento foi pouco contemplada com trabalhos com este foco. Localizamos dois, que deram ênfase aos professores. Não chegam, contudo, a tratar do trabalho docente propriamente dito. Um deles analisa a relação entre a organização do trabalho docente e o comportamento vocal adotado pelos professores em sala de aula. O outro examina os saberes, as interações e as competências mobilizadas pelos professores no ensino profissional.

Do ponto de vista dos componentes do trabalho na ergonomia, percebe-se que neles pouco esta disciplina é explorada do ponto de vista conceitual. Parece-nos que nesta área do conhecimento a ergonomia é mais utilizada como uma referência teórica que tem interface com o foco em questão, mas não chega a se configurar em aportes teórico-conceituais de base para os estudos. Chegamos a estes resultados baseados nos termos e expressões utilizados quando inserida a temática, contrariamente às áreas de linguística e linguística aplicada que utilizam em seus

títulos, objetivos, palavras-chaves e resumos conceitos da ergonomia de forma clara e como critérios às suas análises.

Portanto, do ponto de vista das produções encontradas, podemos dizer, com relação à análise do trabalho de uma maneira geral e do trabalho docente de forma mais específica: a área da linguística se apresenta com consideráveis avanços, pois tem utilizado os diferentes componentes do trabalho – condições de trabalho, tarefa, atividade e resultado trabalho – não se limitando nunca a somente um deles. Estes estudos se aproximam em muitos aspectos da forma como utilizaremos nesta pesquisa este campo teórico.

Sinalizamos, com este breve levantamento, o quanto esta disciplina se apresenta como um campo teórico fértil para os estudos do campo educacional, assim como também alertamos para a necessidade de aprofundamentos e esclarecimentos, tendo em vista a recente produção.