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Técnica de Associação Livre de Palavras: procedimentos e participantes

PARTE II – SABERES EM MOVIMENTO

6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: RETRATANDO OS MOVIMENTOS REPRESENTACIONAIS

6.1 Técnica de Associação Livre de Palavras: procedimentos e participantes

A Técnica de Associação Livre de Palavras teve um caráter exploratório, posto que seu intuito foi permitir as primeiras aproximações com o objeto de estudo e seu contexto, fornecendo as bases para o grupo focal. Segundo Oliveira et al. (2005), a utilização da associação livre em pequisas ocorre tanto por proporcionar a apreensão de objetos mentais de forma livre e espontânea, como por propiciar a obtenção do conteúdo semântico de modo rápido e objetivo. Sua pertinência ao estudo deve-se ao fato de acessar ao campo semântico da palavra psicólogo, contribuindo no acesso às representações sociais em foco, assim como de subsidiar os encontros nos grupos focais.

A TALP é realizada através de evocações de palavras provocadas pela audição de um termo indutor, suscitando ideias da forma mais espontânea possível. Em nosso caso, realizamos o procedimento com o termo “psicólogo”. Considera-se que tais evocações são realizadas em um contexto que possibilita reduzir as racionalizações e trazer à tona conteúdos latentes, aproximando-se das representações sociais e de seu campo semântico (OLIVEIRA et al., 2005).

Assim, nesse primeiro momento, realizou-se a TALP com discentes do curso de Psicologia, visitando as turmas de cada ano. Ocorrida ao longo do mês de setembro de 2014, a técnica foi realizada no espaço do próprio curso, nas salas de aula de cada período, de forma coletiva, ou individualmente em lugar apropriado, especialmente para os graduandos do quinto ano. Em cada sala visitada, explicou-se o trabalho, apresentou-se o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE - (Apêndice A) para assinatura e os procedimentos foram realizados com a entrega do formulário da TALP (Apêndice B). Os estudantes receberam bem a pesquisa e se mostraram instigados a participar.

Para minorar possíveis erros com o preenchimento dos formulários da TALP, a pesquisadora leu em conjunto com o grupo e explicou cada tópico do formulário. Este é

composto por uma parte inicial para compreensão do perfil dos estudantes e, em seguida, há a seção da TALP em si, em que se orienta a questão central do procedimento: “Escreva rapidamente as primeiras palavras (somente palavras, um por espaço) que vêm a sua cabeça quando você escuta o termo 'psicólogo'”, com o espaço para a escrita das palavras evocadas (limite de três palavras) e outro espaço para inserir a justificativa para cada uma das três evocações.

Para a realização da TALP, contamos com 169 estudantes do curso de Psicologia da UFAL/Unidade Educacional de Palmeira dos Índios, distribuídos em todos os cinco anos de graduação, visando contemplar todas as etapas do processo formativo. Como possui cinco anos e tem entrada anual, o curso conta com cinco turmas. No caso, salientamos que, no momento de realização da TALP, as turmas participantes referiam-se ao 1º, 3º, 5º, 7º e 9º período, correspondentes ao 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ano de curso, respectivamente. A participação deu-se pela disponibilidade de colaborar com a pesquisa. A pesquisadora visitou as salas de cada turma, expôs informações sobre o trabalho e convidou todos a participar. Ninguém recusou colaboração, então, todos aqueles que estavam em sala de aula no momento da visita participaram da TALP.

Em relação aos estudantes do quinto ano – nono período -, o procedimento foi ligeiramente diferente: como no último ano não há mais disciplinas a serem cursadas, há somente a responsabilidade com o TCC e o Estágio Específico, não havia sala de aula a ser visitada. A abordagem deu-se de forma individual ou em pequenos grupos, encontrando-os pelos corredores da Unidade ou no momento em que iriam iniciar a orientação com um docente. Desse modo, o graduando recebia informações sobre o projeto, o convite era feito e havia a participação. Também não houve recusas à realização da TALP com o quinto ano.

Considerando que uma representação social é sempre representação de alguém e de algo (MOSCOVICI, 1978; JODELET, 2001), torna-se fundante para essa investigação compreender quem são os sujeitos que estão produzindo representações. Assim, apresentamos os participantes que realizaram a TALP.

De forma geral, os participantes seguem alguns perfis existentes em outros cursos universitários de Psicologia: é um grupo hegemonicamente feminino e jovem, em que a maioria possui pouco mais de 20 anos. Apesar dessa semelhança, alguns dados nos chamam atenção e indicam características não tão facilmente encontradas antes, o que pode ser eco das políticas de expansão universitária, conforme discussão anterior. Há um maior número de

estudantes provenientes de escolas públicas, do que de escolas da rede privada, mesmo considerando que a proporção é quase a mesma. Outro dado que se realçou foi a diversidade de cidades em que residem nossos participantes, com a presença de pessoas, inclusive, de outros Estados. A maior parte vem de Arapiraca, que está a 39 quilômetros de distância de Palmeira dos Índios e é a segunda maior cidade de Alagoas, com 229.329 habitantes, nas estimativas do IBGE de 2014 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2015b). Contudo, há vários estudantes que vêm de cidades que se distribuem por quase todo interior alagoano. Por último, percebe-se que os discentes de Psicologia são engajados em projetos para além da sala de aula à medida em que avançam no curso, tendo em vários casos participação em mais de um projeto de pesquisa, extensão, monitoria, grupo de estudo, entre outros.

Os 169 estudantes participantes desse procedimento estão distribuídos entre as cinco turmas da graduação, conforme o quadro 08. Em relação ao gênero, observa-se que, embora com uma proporção menor, os dados seguem uma tendência histórica (LHULLIER; ROSLINDO, 2013), na qual o feminino é predominante entre os participantes: são 127 pessoas identificadas como tal gênero e outros 42 participantes identificados com o masculino (ver Quadro 09). Com efeito, trata-se de um dado recorrente no âmbito nacional e internacional, contudo, concordamos com Bonassi e Müller (2013) que isso deve ser problematizado, no sentido de buscar explicações para além de argumentos que naturalizam essa feminização, relacionando-a meramente com o fato de uma maior quantidade de mulheres na população. Isso não é suficiente para entender esse panorama e pouco contribui nos debates sobre o trabalho do psicólogo.

Quadro 08 – Distribuição dos participantes segundo o período de curso

Período F F (%) Primeiro 38 22,49 Terceiro 39 23,08 Quinto 28 16,56 Sétimo 36 21,30 Nono 28 16,56 Total 169 100 Fonte: a autora

Em pesquisa de 2012 acerca do perfil do psicólogo brasileiro, o Conselho Federal de Psicologia constatou que 89% da amostra era composta por mulheres (LHULLIER; ROSLINDO, 2013). Sobre isso, Bonassi e Müller (2013) comentam que a análise não deve ser linear, já que a Psicologia como ciência e profissão não é homogênea. As mulheres são maioria, porém as autoras ponderam sobre as diversas incidências da divisão sexual do trabalho, que sinalizam uma distribuição social e simbólica na Psicologia que implica diferenças entre o tipo de trabalho e seu espaço de atuação.

De fato, Bastos, Gondim e Rodrigues (2010, p. 39) consideram tal traço como relevante especialmente “quando se examinam muitas das fragilidades do mercado de trabalho, inclusive rendimentos, face às marcantes diferenças de gênero na inserção no mercado de trabalho”. Nessa direção, há que se pensar que espaços ocupam as psicólogas, como atuam, suas condições de trabalho e de formação, dentre outras.

Quadro 09 – Distribuição dos participantes segundo o gênero

Gênero F F (%)

Feminino 127 75,15

Masculino 42 24,85

Total 169 100

Fonte: a autora

Diante dos dados do CFP, Yamamoto, Oliveira e Costa (2013) propõem-se apontar algumas relações entre as psicólogas e o mundo do trabalho em reestruturação devido à crise do capital. Em suas pontuações, ponderam que, apesar da Psicologia ser considerada uma profissão intelectual superior, ela parece carregar características de precarizações oriundas das transformações no mundo do trabalho, como o número relativamente pequeno de psicólogas que se dedicam à Psicologia como atividade principal, trabalhando em tempo integral; a precarização a partir da remuneração; a duplicidade de esforços diante do trabalho doméstico e da maternidade, etc.

Além disso, os autores expõem dados que refletem sobre a natureza da profissão, os quais coadunam com a trajetória da Psicologia que abordamos no segundo capítulo e com os dados que discutiremos a seguir. Como uma ciência e uma profissão, a Psicologia tem maior desenvolvimento no campo profissional do que no científico, tendo uma ampla representação feminina. Nesta perspectiva, as práticas psicológicas assumidas tradicionalmente estão

vinculadas a esse caráter feminino, tanto com relação à dupla jornada, à maternidade e ao cuidado com os filhos, como em termos de haver uma competência técnica ligada à ideia do cuidado, o que influencia o entendimento profissional, caracterizado “pelo trabalho parcial e/ou voluntário; pela formação em Psicologia não com o objetivo do exercício profissional, mas de autoconhecimento ou para ajudar ao outro; pelo fato de o exercício profissional em Psicologia não ser a fonte primordial da renda familiar, entre outros fatores” (YAMAMOTO; OLIVEIRA; COSTA, 2013, p. 118, grifos nossos). Os grifos são nossos para atentar para elementos que compõem discussões já mencionadas na primeira parte do trabalho e outras que iremos explicitar quando enfocarmos os resultados da TALP e do grupo focal.

No tocante à idade, cujos dados estão ilustrados no quadro 10, percebe-se que, em sua maioria, são jovens entre 15 e 20 anos e 21 e 25 anos. As demais faixas etárias possuem um número menor de participantes.

Quadro 10 – Distribuição dos participantes segundo a idade

Idade F F (%) 15 a 20 anos 61 36,09 21 a 25 anos 76 44,97 26 a 30 anos 18 10,65 31 a 35 anos 6 3,55 36 a 40 anos 4 2,37 Mais de 40 anos 4 2,37 Total 169 100 Fonte: a autora

Sublinhamos a informação acerca da proveniência escolar dos participantes no Ensino Médio, na qual a maioria dos estudantes é proveniente de escola pública, como explicita o quadro 11. Embora a diferença numérica seja pequena, consideramos esse dado relevante para traçar o perfil desses alunos, uma vez que, em geral, há um predomínio daqueles que estudaram nas escolas privadas. No relatório do ENADE da área de Psicologia, realizado em 2012, os estudantes concluintes de cursos de Psicologia públicos e que cursaram todo o Ensino Médio em escola pública foi de 35,2%. Já o percentual daqueles que cursaram o Ensino Médio todo em escola privada foi de 55,4%. Quando se observa o percentual de graduandos de IES privadas, a relação se inverte: 51,9% cursaram todo Ensino Médio em

escola pública e 34,9% concluíram em escola privada (BRASIL, 2015f).

Esse quadro corrobora com a histórica desigualdade de acesso ao ensino superior público, o qual, de forma consistente e persistente vem atendendo especialmente às demandas das classes dominantes, restando aos filhos das classes exploradas o acesso pago ao ensino privado. Mont’Alvão Neto (2014) e Carvalho (2014) discorrem sobre essa desigualdade de acesso ao ensino superior e apontam mudanças significativas a partir do início do século XXI, com o incentivo do governo federal à expansão de vagas e à criação de políticas afirmativas. É nesse contexto que a UFAL iniciou sua Política de Ações Afirmativas para negros com a Resolução nº 09/2004 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFAL, de 10 de maio de 2004, que estabelece: “uma cota de 20% (vinte por cento) das vagas dos cursos de graduação de graduação da UFAL para a população negra segundo a metodologia do IBGE, oriunda exclusivamente e integralmente de escolas de ensino médio públicas, durante dez anos consecutivos” (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, 2015d, p. 1).

Quadro 11 – Distribuição dos participantes segundo a escola em cursou o Ensino Médio

Escola F F (%) Pública 91 53,85 Privada 71 41,01 Ambas 5 2,96 Não informou 2 1,18 Total 169 100 Fonte: a autora

Com efeito, como consideramos anteriormente, essa realidade é um avanço no acesso ao ensino superior público àqueles grupos que historicamente estiveram alijados desse âmbito. Entretanto, mantemo-nos acompanhadas por Dias Sobrinho (2010) e suas problematizações sobre esse processo, já que nossas vivências cotidianas, corroboradas pelos dados analisados, expõem que ainda não se pode falar de democratização desse nível de ensino, na medida em que é preciso consolidar ações de inserção e de acompanhamento desses discentes, visando sua permanência e conclusão da graduação.

Também perguntamos, no formulário, se Psicologia havia sido a primeira opção dos participantes (Quadro 12), ao que 121 deles responderam que sim (71,60%), enquanto que para 48 (28,40%) pessoas houve uma opção anterior. Destes 48, as opções por outros cursos concentraram-se em Direito (09), Medicina (06) e Arquitetura (04).

Quadro 12 – Distribuição dos participantes segundo escolha de outro curso como primeira opção Outro curso F Direito 9 Medicina 6 Arquitetura 4 Enfermagem 3 Ciências da Computação 3 Turismo 3 Administração 2 Serviço Social 2 Letras 2 Pedagogia 2 Fisioterapia 2 Publicidade 1 Geografia 1 Engenharia Civil 1 Moda 1 Engenharia de Pesca 1 Farmácia 1 Odontologia 1 História 1 Biomedicina 1 Matemática 1 Dança 1 Física 1 Não informou 1 Fonte: a autora

Faz-se relevante, ainda, discutir o envolvimento dos estudantes com projetos para além das atividades em salas de aula. Os números se equiparam entre aqueles que não desenvolvem projeto e aqueles que estão engajados em atividades complementares (ver Quadro 13). À primeira vista, pode parecer que não há um grande envolvimento dos estudantes, porém, quando avaliamos a relação entre os períodos do curso e o engajamento em atividades, verificamos que a maior parte dos estudantes que não participam de atividades

complementares estão nos primeiros anos do curso. Já aqueles que seguem em períodos mais adiantados estão em sua maioria engajados em mais de uma atividade, inclusive, acumulando ações em extensão, monitoria, pesquisa, grupos de estudos, Centro Acadêmico, entre outros. Quadro 13 – Distribuição dos participantes segundo a participação em atividades complementares

Atividades complementares F F (%)

Não 87 51,48

Sim 82 48,52

Total 169 100

Fonte: a autora

Tal informação expõe um perfil ativo e fortemente implicado, principalmente, com a extensão universitária, na qual cerca de 55 discentes já desenvolveram alguma atividade, o que confirma o perfil extensionista encontrado na Unidade de Palmeira dos Índios, explicitado no terceiro capítulo.

Colocamos em relevo essas informações por considerá-las necessárias para o processo formativo do estudante de Psicologia. Este requer a apropriação de conhecimentos e de uma instrumentalidade que possibilite ao discente tecer reflexões críticas sobre a realidade, apreciando diferentes caminhos interventivos que observem as condições sociais, históricas, políticas e econômicas que produziram tal realidade. Trata-se de um importante caminho quando consideramos a necessidade de reinventar práticas em Psicologia.

Retomando as análises do PPC, vale registrar que os dados do perfil dos participantes têm relação com um dos objetivos gerais do curso de graduação em Psicologia: “Formar profissionais de Psicologia, capazes de compreender a conjuntura atual do país e, desta forma, inserir-se na sua estrutura sócio-econômica [sic] e política, a fim de interferir nas questões psicológicas nas diversas instâncias sociais” (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, 2009a, p. 7). Segundo esse objetivo, o profissional de Psicologia deve estar apto a analisar a conjuntura do país e intervir a partir dos aspectos psicológicos presentes nela. Ainda, as ações devem desdobrar reflexões acerca do compromisso político e social da profissão, conforme preconiza o PPC, que, ao elencar os componentes do perfil do egresso, destaca seu compromisso político-social (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, 2009a). Com efeito, a informação do engajamento estudantil em diversas atividades ratifica o PPC, porém, cabe-nos atentar para uma maior inserção dessas ações na matriz curricular, especialmente nas

ementas, com a finalidade de inseri-las como parte estruturante do curso e não complementar. Quadro 14 – Distribuição dos participantes segundo a cidade de origem

Cidade F F (%)

Arapiraca 91 53,85

Palmeira dos Índios 33 19,53

Maribondo 05 2,97 Taquarana 04 2,37 Santana do Ipanema 04 2,37 Lagoa da Canoa 04 2,37 Coité do Nóia 03 1,78 Igaci 03 1,78 Feira Grande 02 1,18 Bom Conselho/PE 02 1,18 Quebrangulo 02 1,18

Jacaré dos Homens 02 1,18

Limoeiro de Anadia 02 1,18

Estrela de Alagoas 01 0,59

Major Izidoro 01 0,59

Craíbas 01 0,59

Olho d'Água das Flores 01 0,59

Senhor do Bonfim/BA 01 0,59

Campo Alegre 01 0,59

Penedo 01 0,59

Junqueiro 01 0,59

São Sebastião 01 0,59

Poço das Trincheiras 01 0,59

Não informou 02 1,18

Total 100 169

Fonte: a autora

Por fim, um outro dado que consideramos pertinente diz respeito à cidade de residência desses estudantes (Quadro 14). Pelas respostas, percebe-se que o curso de Psicologia de Palmeira dos Índios recebe pessoas de várias cidades, inclusive de Estados vizinhos, como Pernambuco e Bahia. A possibilidade de estudar próximo de sua cidade é um

dos principais aspectos que compõem os discursos em defesa da interiorização universitária. Quando olhamos a diversidade de localidades, podemos vislumbrar, mesmo que de forma superficial, o impacto do ensino superior no interior alagoano.

Como dissemos anteriormente, o ensino superior no interior de Alagoas foi marcado fortemente pela iniciativa privada (VERÇOSA; TAVARES, 2006; CORAL, 2017), tal realidade só se modifica com a estadualização da Fundação Educacional do Agreste Alagoano, em 1990 - hoje, Universidade Estadual de Alagoas – (TAVARES; VERÇOSA, 2007; CORAL, 2017) e, posteriormente, com a expansão da UFAL, já em 2006. Antes, os estudantes interioranos que quisessem ou pudessem cursar um ensino superior no próprio interior precisavam matricular-se na rede privada. Não causa, pois, espanto, quando se constata que a representação social de interiorização universitária para estudantes de Palmeira dos Índios seja oportunidade, mesmo com todos os poréns que o discurso desses estudantes revela depois (LIMA, 2012).

Os dados dos participantes da TALP são profícuos não só por delinearem o perfil desses estudantes, mas porque dão mais consistência aos resultados da TALP, sobretudo, quando os articulamos às discussões acerca da formação do psicólogo e do atual processo de interiorização da UFAL. Tais articulações tornam a realidade mais tangível e permitem uma maior compreensão da tríade dialógica Alter-Ego-Objeto que fomenta e movimenta a representação em tela. Na próxima seção, abordaremos o grupo focal e sua pertinência em estudos em representações sociais.

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