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4. A terceirização e a precarização do trabalho nos governos do PT

4.4 A terceirização no setor bancário

No ano de 1995, sob o governo FHC, o Banco Central editou a Resolução n. 2.166, que ampliou de maneira significativa as hipóteses de terceirização no setor financeiro146.

Naquele então, além dos Bancos Múltiplos e das Financeiras, os bancos comerciais e a Caixa Econômica Federal também poderiam contratar empresas interpostas para a função de correspondente bancário. Além disso, houve um expressivo alargamento das áreas e funções que poderiam ser terceirizadas: I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança; II - recebimentos e pagamentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento; III - recebimentos e pagamentos decorrentes de convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante na forma da regulamentação em vigor; IV - execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante; V - recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de financiamentos; VI - análise de crédito e cadastro; VII - execução de cobrança de títulos; VIII - outros serviços de controle, inclusive processamento de dados, das operações pactuadas; IX - outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.

Em 2002, em mais uma ampliação das funções que poderiam ser delegadas aos terceirizados, permitiu a atuação dos correspondentes bancários aos “Serviços Notariais e de Registro”, incrementando as possibilidades de terceirização no setor147. Jinkings148(2002) faz

uma abordagem desde a década de 1980 para dar um panorama do caminho da precarização, passando pelo governo de FHC:

“De 85 a 97, nesses 12 anos, se dá uma mudança drástica. Uma mudança não só de perfil, mas da forma como os bancos atuavam no mercado. Em 1985, tínhamos algo em torno de 800 mil bancários no país e agências com 300 funcionários, [...] agências com baterias de caixas enormes. [...] era o perfil dos bancos atuar no varejo, de atender do pequeno ao grande cliente. De lá para cá, as coisas mudaram muito. Inclusive o perfil dos funcionários. Entre

146OLMO, Felipe. “Terceirização no setor bancário”, maio de 2016.

147“Art. 2º - Ficam os bancos múltiplos com carteira comercial ou de crédito, financiamento e investimento, os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal e as sociedades de crédito, financiamento e investimento autorizados a contratar os serviços notariais e de registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994, para o desempenho das funções de correspondentes no País, observadas as condições estabelecidas na Resolução 2.707, de 30 de março de 2000.” Cf. http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/2002/pdf/res_2953_v2_P.pdf.

148JINKINGS, Nise. Trabalho e resistência na “fonte misteriosa” : os bancários no mundo da

os bancários daquela época, tinha um número muito grande de escriturário e caixa, era a maioria. Pessoas jovens: 18, 19, 20 anos, solteiros e que viam o banco apenas como trampolim. Utilizavam o banco para pagar o estudo, mas pensando em fazer qualquer coisa na vida, menos serem bancários. De lá para cá, as agências mudaram, os bancos também mudaram seu perfil. [...] são agências muito mais informatizadas, uma parte grande do serviço é feita pelo auto-atendimento. O número de caixas está muito mais reduzido, a clientela elitizando-se cada vez mais, os bancos criando mecanismos para poder expulsar de dentro da agência os pequenos correntistas, que não interessam a eles. Manter apenas as grandes contas e jogar o máximo possível para fazer as operações através da Internet, através de formas alternativas à agência bancária” (JINKINGS; 2002, 91)

Grijalbo Coutinho, em sua abordagem sobre a terceirização bancária durante os governos FHC149, diz que:

É inegável o alargamento da terceirização bancária durante a gestão de FHC, não apenas no que tange aos estabelecimentos autorizados a contratar empresas prestadoras de serviços para as funções inerentes ao desempenho de “correspondentes”, mas também quanto ao rol de atividades inscritas como delegáveis pela via da intermediação de mão de obra […] Assim como havia acontecido durante os “desgovernos militares”, em FHC, repetiu-se: a terceirização bancária ganhou impulso com a existência de uma crise econômica internacional e com a fragilidade do Poder Executivo frente ao mercado financeiro. Nas duas ocasiões, a fatura pelo custo da crise foi deixada para os bancários brasileiros (formais e terceirizados), em lugar de destaque. (COUTINHO, 2011, p. 110)

Como em outros setores da economia, a essa política de deterioração estratégica das condições de trabalho e avanço na informalização estrutural da vida operado pelos governos neoliberais, o governo do PT, desde a primeira gestão de Lula na presidência em 2003, manteve de pé este pilar da política econômica neoliberal.

Entre os anos de 2003 e 2010, sob o governo Lula, diversas outras resoluções foram editadas com o intuito de ampliar a terceirização no setor financeiro, em especial a de número 3.110, de 31 de julho de 2003150, que ampliou mais uma vez os sujeitos que poderiam contratar os serviços de correspondente. Agora, as associações de poupança e empréstimo e as empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, também poderiam se utilizar destes serviços.

É de particular interesse uma análise breve deste dispositivo, no quesito da permissividade à terceirização das atividades no sistema financeiro já no início do primeiro 149COUTINHO, Grijalbo Fernandes. Terceirização bancária no Brasil: direitos humanos violados pelo Banco Central. São Paulo: Ltr, 2011.

150Resolução 3.110, de 31 de julho de 2003 do banco Central do Brasil:

https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?

governo Lula. Assinada por Henrique Meirelles, Ministro da Fazendo do governo Temer e que à época era presidente do Banco Central no governo Lula, a Resolução 3.110 afirmava, quanto à contratação de serviços:

§ 2º A contratação de empresa para a prestação dos serviços referidos no caput deve ser objeto de comunicação ao Banco Central do Brasil. (Redação dada pela Resolução 3.654, de 17/12/2008.)

§ 3º As funções de correspondente podem ser desempenhadas por serviços notariais e de registro, de que trata a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.

Nestes primeiros parágrafos da resolução se referenda o estipulado em resoluções anteriores, na década de 1990, sobre o temário da possibilidade de contratação de terceiros para prestação de serviços. Note-se que a resolução é atualizada, sem modificações, em dezembro de 2008, já no auge do segundo mandato de Lula. Seguindo:

Art. 3º Depende de prévia autorização do Banco Central do Brasil a contratação, por parte de instituição financeira, para a prestação de qualquer dos serviços referidos no art. 1º, de empresa que utilize o termo -banco- em sua denominação social ou no respectivo nome de fantasia.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à hipótese de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente.

Art. 4º Os contratos referentes à prestação de serviços de correspondente nos termos desta Resolução devem incluir cláusulas prevendo:

4.I - a total responsabilidade da instituição financeira contratante sobre os serviços prestados pela empresa contratada, inclusive na hipótese de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente;

4.II - o integral e irrestrito acesso do Banco Central do Brasil, por intermédio da instituição financeira contratante, a todas as informações, dados e documentos relativos à empresa contratada, ao terceiro substabelecido e aos serviços por esses prestados;

4.III - que, na hipótese de substabelecimento do contrato a terceiros, total ou parcialmente, a empresa contratada deverá obter a prévia anuência da instituição financeira contratante;

4.IV - a vedação, à empresa contratada, de:

a) efetuar adiantamento por conta de recursos a serem liberados pela instituição financeira contratante;

b) emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às operações intermediadas;

c) cobrar, por iniciativa própria, qualquer tarifa relacionada com a prestação dos serviços a que se refere o contrato;

d) prestar qualquer tipo de garantia nas operações a que se refere o contrato;

4.V - que os acertos financeiros entre a instituição financeira contratante e a empresa contratada devem ocorrer, no máximo, a cada dois dias úteis; 4.VI - que, nos contratos de empréstimos e de financiamentos, a liberação de recursos deve ser efetuada mediante cheque nominativo, cruzado e intransferível, de emissão da instituição financeira contratante a favor do beneficiário ou da empresa comercial vendedora, ou crédito em conta de depósitos à vista do beneficiário ou da empresa comercial vendedora; 4.VII - a obrigatoriedade de divulgação, pela empresa contratada, em painel afixado em local visível ao público, de informação que explicite, de forma

inequívoca, a sua condição de simples prestadora de serviços à instituição financeira contratante.

§ 1º Na hipótese de substabelecimento do contrato a terceiros, devem ser observadas as disposições do art. 1º, § 2º.

§ 2º Alternativamente ao esquema de pagamento previsto no inciso VI, a liberação de recursos poderá ser processada mediante cheque nominativo, cruzado e intransferível, de emissão da empresa contratada, atuando por conta e ordem da instituição financeira contratante, a favor do beneficiário ou da empresa comercial vendedora, desde que, diariamente, o valor total dos cheques emitidos seja idêntico ao dos recursos recebidos da instituição financeira contratante para tal fim.

Art. 5º As empresas contratadas para a prestação de serviços de correspondente nos termos desta Resolução estão sujeitas às penalidades previstas no art. 44, § 7º, da Lei 4.595, de 1964, caso venham a praticar, por sua própria conta e ordem, operações privativas de instituição financeira. Art. 6º Fica o Banco Central do Brasil autorizado a baixar as normas e a adotar as medidas julgadas necessárias à execução do disposto nesta Resolução.

Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º Ficam revogados a Resolução 2.707, de 30 de março de 2000, e o art. 2º da Resolução 2.953, de 25 de abril de 2002, passando a base regulamentar e as citações à norma ora revogada, constantes de normativos editados pelo Banco Central do Brasil, a ter como referência esta resolução. (BACEN,

Resolução 3110)

Apesar da ambiguidade do documento, em nenhum momento se estabelecem as responsabilidades da instituição financeira ligada ao Banco Central frente ao contrato de trabalho dos funcionários contratados, caso a empresa terceirizada deixe de cumprir o acordo, ou venha à falência prévia à quitação do débito (um procedimento tão comum que por vezes é utilizado como modus operandi das empresas para não pagar seus próprios trabalhadores). Ao longo dos parágrafos e incisos, a preocupação se limita a precaver a empresa terceirizadora de qualquer operação indevida de natureza financeira contra a instituição contratante – uma preocupação, além do mais, natural – mas brilha pela ausência qualquer reparo contra a informalização e a precarização das condições de trabalho – que o documento, de fato, ratifica.

Sobre esse tópico, Campello (2004)151 frisa o amplo segmento de terceirizados que inundou o setor bancário, englobando sem dúvida o setor privado também.

Os empregados terceirizados são recrutados, com grande frequência, entre bancários demitidos, sendo a experiência na atividade bancária e preferencialmente na própria tarefa, uma condição valorizada pelas empresas contratantes. Os trabalhos realizados por terceirizados, comparativamente aos realizados por empregados do próprio banco, em setores como de

151CAMPELLO, Jaqueline Cunha. “Cargas de trabalho e evidências de seu impacto sobre a

saúde dos trabalhadores em bancos: estudo de caso em quatro instituições financeiras de Porto Alegre”. Tese defendida em 2004 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

compensação de cheques, telemarketing, desenvolvimento de softwares, segundo Segnini (1999), têm índices de produtividade mais elevados. As jornadas são mais longas, tendo sua duração contratual frequentemente desrespeitada, sendo feitas muitas horas extras. Quanto aos salários, em um exemplo de caso relatado pela autora, os vencimentos de terceirizados eram iguais a apenas um terço daqueles praticados em um banco público para a mesma função. Contribui para a caracterização da precarização do trabalho terceirizado, além da sua intensificação com menor salário, a incerteza permanente sobre a manutenção do emprego. (CAMPELLO; 2004, p. 51).

Assim como demais setores da economia, um traço específico e marcante da terceirização do trabalho surge novamente: a ausência de qualquer responsabilidade, por parte da instituição, pública ou privada, frente aos contratos estabelecidos com funcionários, sempre considerados “alheios” ao local de trabalho, neste caso, em primeiro lugar, na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil.

Na Resolução 3.954, de 24 de fevereiro de 2011 (portanto, na primeira gestão Dilma Rousseff), o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, se apoia na resolução anterior para implementar algumas modificações, nenhuma das quais se refere ao problema da subcontratação ou da terceirização do trabalho. Apoia-se sobre ela como uma prerrogativa “natural”.

Art. 4º A instituição contratante, para celebração ou renovação de contrato de correspondente, deve verificar a existência de fatos que, a seu critério, desabonem a entidade contratada ou seus administradores, estabelecendo medidas de caráter preventivo e corretivo a serem adotadas na hipótese de constatação, a qualquer tempo, desses fatos, abrangendo, inclusive, a suspensão do atendimento prestado ao público e o encerramento do contrato (BACEN, Resolução 3.954).

O ovo, que devia dar uma águia, não chegou a dar um frango152. A “suspensão do

atendimento prestado e o encerramento do contrato” não preveem – em qualquer cláusula – a proteção do emprego, ou a efetivação imediata do funcionário terceirizado. Consta que, em 1815, Talleyrand teria dito que os Bourbon não tinham aprendido nada nem esquecido nada. Mas a julgar pelo caso brasileiro, o PT não sacou grandes lições da década neoliberal dos 1990, ou mesmo de sua retórica a “serviço dos trabalhadores”.

Ainda na Resolução de 2011, estabelece-se:

Art. 10. O contrato de correspondente deve estabelecer:

I - exigência de que o contratado mantenha relação formalizada mediante vínculo empregatício ou vínculo contratual de outra espécie com as pessoas naturais integrantes da sua equipe, envolvidas no atendimento a clientes e usuários;

II - vedação à utilização, pelo contratado, de instalações cuja configuração arquitetônica, logomarca e placas indicativas sejam similares às adotadas pela instituição contratante em suas agências e postos de atendimento;

III - divulgação ao público, pelo contratado, de sua condição de prestador de serviços à instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no mercado, com descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de atendimento e de ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível mantido nos locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários, e por outras formas caso necessário para esclarecimento do público;

IV - realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o correspondente, no máximo, a cada dois dias úteis;

V - utilização, pelo correspondente, exclusivamente de padrões, normas operacionais e tabelas definidas pela instituição contratante, inclusive na proposição ou aplicação de tarifas, taxas de juros, taxas de câmbio, cálculo de Custo Efetivo Total (CET) e quaisquer quantias auferidas ou devidas pelo cliente, inerentes aos produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante;

VI - vedação ao contratado de emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às operações realizadas, ou cobrar por conta própria, a qualquer título, valor relacionado com os produtos e serviços de fornecimento da instituição contratante;

VII - vedação à realização de adiantamento a cliente, pelo correspondente, por conta de recursos a serem liberados pela instituição contratante;

VIII - vedação à prestação de garantia, inclusive coobrigação, pelo correspondente nas operações a que se refere o contrato;

IX - realização, pelo contratado, de atendimento aos clientes e usuários relativo a demandas envolvendo esclarecimentos, obtenção de documentos, liberações, reclamações e outros referentes aos produtos e serviços fornecidos, as quais serão encaminhadas de imediato à instituição contratante, quando não forem resolvidas pelo correspondente;

X - permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos firmados ao amparo desta resolução, à documentação e informações referentes aos produtos e serviços fornecidos, bem como às dependências do contratado e respectiva documentação relativa aos atos constitutivos, registros, cadastros e licenças requeridos pela legislação;

XI - possibilidade de adoção de medidas pela instituição contratante, por sua iniciativa, nos termos do art. 4º, ou por determinação do Banco Central do Brasil;

XII - observância do plano de controle de qualidade do atendimento, estabelecido pela instituição contratante nos termos do art. 14, § 1º, e das medidas administrativas nele previstas; e

XIII - declaração de que o contratado tem pleno conhecimento de que a realização, por sua própria conta, das operações consideradas privativas das instituições financeiras ou de outras operações vedadas pela legislação vigente sujeita o infrator às penalidades previstas nas Leis nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e nº 7.492, de 16 de junho de 1986 (BACEN, Resolução 3954).

Esse conjunto de incisos na Resolução de 2011 aprofunda o caráter de “várias empresas dentro de uma empresa” ou instituição pública, em que os trabalhadores subcontratados têm demarcações delimitadas sobre onde podem atuar dentro dos bancos, quais encargos lhes são

permitidos, e quais limites intransponíveis os detêm. O “vínculo empregatício ou vínculo contratual de outra espécie” deixa vago o suficiente o caráter da empregabilidade, e constituem a base jurídica sobre a qual se fundam as diferenças nos direitos trabalhistas de funcionários que perfazem tarefas de mesma natureza, mas têm contratos distintos.

Esses exemplos acima ilustram alguns dos principais aspectos da permanência das bases da terceirização herdadas da década de 1990. Ainda segundo Campello:

Os bancos também utilizam, especialmente os estatais, a mão-de-obra de um relativamente grande número de estagiários, sendo que os mesmos realizam desde tarefas eminentemente simples até a substituição do conjunto de tarefas realizadas por empregados dos bancos. Nos bancos estatais, com alto déficit de funcionários, decorrente de aposentadorias e planos de demissão, os estagiários são frequentemente encontrados assumindo as mesmas atividades e funções dos bancários, sem, no entanto, terem vínculo empregatício e os direitos daí decorrentes (CAMPELLO, 2004, p. 52).

Por outro lado, é também comum serem alocados na realização de tarefas manuais das mais desqualificadas e pobres. Estas formas de treinamento, na medida em que não lhes permitem um aperfeiçoamento técnico em relação a conhecimentos teóricos adquiridos, no sentido como foi concebida a lei dos estágios, têm sido caracterizadas como uma burla à lei, reduzindo-se a uma forma de obter mão-de-obra barata (Jinkings, 2002; Druck e Figueiras, 2000).

De conjunto, este elo de continuidade entre as décadas de 90 e 2000 representou uma combinação de precarização crescente do trabalho bancário, redução salarial e informalização, baixo aperfeiçoamento técnico e múltiplos casos de adoecimento ocupacional (CAMPELLO, 2004).

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