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4.2 ANÁLISE DOS TEXTOS

4.2.8 Texto 8 (8, F, 5º ano)

TEMA: Adolescentes ou aborrecentes ?

A Nova Geração

É de conhecimento geral, a precocidade dos adolescentes, pois eles vão crescendo e ficando cada vez mais moderninhos, usando a tecnologia avançada, alimentos com vitaminas, o que faz o corpo

deles se desenvolver mais rápido, usando roupas ousadas, como saias curtas, mini-blusas e outras coisas “teen”.

Ninguém desconhece a personalidade dos adolescentes do passado: todos santinhos e certinhos, mas hoje em dia isso não existe, tudo é novo na nova geração. O vocabulário é mais

moderno, com palavras diferentes. Antes, era “sim senhor”,

“entendi senhor”, agora é “sacation”, ‘véio’, “na boa”, etc. Convém lembrar também, a inteligência que se desenvolve cada vez mais com a ajuda dos aparelhos eletrônicos e virtuais, como exemplo o computador que chegou e arrasou, pois oferece lazer, e é um grande apoio nos estudos.

Todos sabem que no passado, os pais é que decidiam sobre as roupas, os lugares onde ir, os gostos etc... essas eram as preocupações dos pais, e agora no presente, são os própios adolescentes que se preocupam com eles mesmos: “Mãe, cadê minha calça jeans? E o meu top?” “Hoje eu vou a uma festa”, E é assim que acontece, eles querem conhecer mais os hábitos e gostos, decidir sobre suas roupas, sobre a pele, o cabelo, enfim, eles têm mais poder de decisão e os pais não estão sabendo lidar com isso. Tem um autor que diz “adolescência é igual a computador, todo mundo quer, mas ninguém sabe mexer.” São coisas da nova geração.

Pelos fatores já expostos, sabemos que os adolescentes estão totalmente na geração “teen”, a mais moderna e a mais atraente das fases, e cada vez mais o modernismo e a tecnologia contribuem para isso.

O título dado ao texto, com todos os inícios de palavras em maiúsculas, já chama a atenção do leitor. Parece que a autora quer mostrar que algo novo está surgindo, A Nova Geração , como se fosse um fenômeno. Dessa forma, ela utiliza-se da relação retória de preparação para antecipar o assunto que será alvo de sua argumentação.

Ao iniciar o texto, ela usa uma expressão usual na argumentação que pressupõe que todo mundo sabe que os adolescentes são precoces. É de conhecimento geral, a precocidade dos adolescentes [...] . Na mesma oração ela faz uso da relação retórica de explicação, explicitada pelo o operador pois , ao justificar,segundo ela, os fatores que levam a essa precocidade, [...] pois eles vão crescendo e ficando cada vez mais moderninhos, usando a tecnologia avançada, alimentos com vitaminas, o que faz o corpo deles se desenvolver mais rápido, usando roupas ousadas,como saias curtas, mini-blusas e outras coisas teen .

As justificativas que ela apresenta no primeiro parágrafo quanto à precocidade dos adolescentes são atuais. Para desenvolver a sua argumentação ela faz uma comparação da personalidade dos adolescentes do passado com os atuais. Ninguém desconhece a personalidade dos adolescentes do passado: todos santinhos e certinhos [...] , e, através do operador mas , numa estratégia de comparação por contraste, ela afirma o fato de tudo hoje ser novo, mas hoje em dia isso não existe, tudo é novo na nova geração. , além de fazer um jogo de palavras com os adjetivos novo e nova para reforçar a tese de que é uma nova geração. E, mais uma vez, fazendo uma volta ao passado, ela apresenta um novo fato do passado comparando-o, através de uma relação de contraste, ao tempo presente; O vocabulário é mais moderno, com palavras diferentes. Antes, era sim senhor , entendi senhor , agora é sacation , véio, na boa , etc. Utilizando-se de uma expressão mais refinada – convém lembrar – para introduzir um novo argumento, ela mostra um outro fato para defender a sua tese: Convém lembrar também, a inteligência que se desenvolve cada vez mais com a ajuda dos aparelhos eletrônicos e virtuais, como exemplo o computador que chegou e arrasou, pois oferece lazer, e é um grande apoio nos estudos. Nessa porção textual, além de apresentar um novo argumento com a devida justificativa, ela cita o surgimento do computador fazendo uso de uma expressão informal e atual, bem característica da fala dos adolescentes, [...] o computador que chegou e arrasou [...] , para frisar o quanto a tecnologia pode ser usada para o desenvolvimento da inteligência dos adolescentes, através de relação retórica explicativa. E surge aí uma relação retórica de explicação.

Apoiando-se novamente aos fatos passados para construir a sua argumentação, a autora mostra como era o comportamento dos pais em relação aos do presente: Todos sabem que no passado, os pais é que decidiam sobre as roupas, os lugares onde ir, os gostos etc... , através do verbo saber , na primeira pessoa do plural do presente, dando a entender que esse é um fato que todo mundo sabe, que faz parte do mundo comentado, é o tipo de expressão cristalizada como uma forma modalizadora. Através do referente sequencial essas ela responde ao que antes era visto como preocupação, [...] essas eram as preocupações dos pais, [...] , depois retoma os dias atuais com um a expressão adverbial temporal [...] e agora no presente, [...] e chega à conclusão de que agora são os adolescentes que sabem de si, [...] são os próprios adolescentes que se preocupam com eles mesmos: . Para isso, ela cita exemplos do dia a dia com expressões que revelam os desejos deles: Mãe, cadê minha calça jeans? E o meu top? Hoje eu vou a uma festa .

Para dar sequência ao seu raciocínio, ela introduz uma nova frase com o conectivo e , e com uma simples expressão, ela sintetiza o comportamento de hoje: E é assim que acontece, [...] , mais uma vez fazendo uso do tempo presente como se assumisse totalmente o que afirma, ou seja, compromete-se com aquilo que enuncia. Mas a explicação do que acontece é feita através de uma explicação que o que chama atenção é o uso do infinitivo cujo uso pode indicar como um enunciado interpretável, e aqui, no caso, ele pode ser visto como um desejo, um conselho, uma ordem. [...] conhecer mais os hábitos e gostos, decidir sobre suas roupas, sobre a pele, escolher o tipo de cabelo, [...] Para finalizar este parágrafo, ela lança mão de uma palavra de fechamento enfim que dá ideia de conclusão ao dito anteriormente, usando o referente eles (adolescentes), verbo ter no presente, marcando bem o seu fato-comentário, principalmente pela escolha da palavra poder , já que ela fala de uma nova geração, e algo novo quando chega tem poder: [...] enfim, eles têm mais poder de decisão e os pais não estão sabendo lidar com isso.

Em seguida, ela dá a voz a alguém , recurso da polifonia, que demonstra uma mesma perspectiva que a dela, mas no sentido de um certo conformismo, dirigido aos pais, usada pela autora num tom irônico, mas com habilidade: Tem um autor que diz adolescência é igual a computador, todo mundo quer, mas ninguém sabe mexer. São coisas da nova geração é a frase que utiliza para fechar o penúltimo parágrafo, iniciando pelo verbo ser no presente, com o pronome indefinido coisas que refletem uma expressão bem típica do mundo comentado, do senso comum,mas que se instaura habilmente em um texto explicitamente opinativo.

E, retomando tudo o que foi dito no texto, ela faz um final com a expressão indicadora de conclusão Pelos fatores já expostos [...] fazendo uso novamente do verbo saber no presente, persuadindo o leitor, numa estratégia de convencimento: Todo mundo concordou com o que ela disse. Usa a palavra teen em inglês, entre aspas, como se já fosse uma expressão coloquial, dita por todos, e fazendo uso dos adjetivos moderna e atraente para caracterizar a adolescência, sem contar com a citação do modernismo e da tecnologia que ela apresenta como fortes argumentos durante todo o texto.