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4 CAPÍTULO O PERCURSO PARA A REALIZAÇÃO DE UMA PESQUISA JUNTO AOS MORADORES DE RUA DA CIDADE DE

4.5 Encontro com a realidade: relato de moradores de rua da cidade de João Pessoa-PB

4.5.3 Tiago: vida consumida pelas drogas, rua como espaço para sobreviver

Em um dos diversos momentos de visita da instituição filantrópica para distribuição de comida junto às pessoas que se encontravam nas ruas da cidade de João Pessoa-PB, foi possível conhecer a vida de um jovem que retrata a realidade de um dos principais motivos que provoca o rompimento de um indivíduo da sua teia de relações sociais, construídas ao longo da sua história. O jovem Tiago, 23 anos, foi abordado junto a um grupo que estava sob o teto de uma loja próxima ao Mercado Central da cidade. Aparentava um bom senso de humor, era um rapaz interativo e demonstrava uma alegria própria de sua juventude.

O momento oportuno para a aproximação a esse jovem foi durante a distribuição da quentinha, em que foi possível perguntar seu nome e se ele era da cidade de João Pessoa-PB. Tais perguntas pareciam ser mesmo a porta de entrada para conhecer o universo da vida dessas pessoas, e com Tiago não foi diferente: informou que é de Pernambuco, mas que mora em João Pessoa há dois anos e que sobrevive da atividade de flanelinha na praia (não informou de qual praia se tratava), com um “ponto fixo” de trabalho. Afirmou ter apenas o 5º ano de escolaridade, sendo difícil conseguir trabalho formal. Afirmava, com certo orgulho, que era descendente direto de índios, atribuindo a esse fato a beleza que dizia ter, em um momento de brincadeira com os demais colegas “da rua” que ali se encontravam. Disse ter duas filhas, mas que não moram com ele: uma mora em São Paulo e outra em Recife, ambas com as mães (são filhas de mães diferentes); ao falar nas crianças, demonstrou estar emocionado e disse sentir muito a falta delas. Esse desabafo foi oportuno para perguntar o motivo de estar nas ruas hoje; ele se referiu à sua última separação, dizendo que chegou a se casar, e que até “frequentavam a igreja”– esse fato foi citado como forma de demonstrar o quanto viviam de maneira harmoniosa; mas depois que deixou de ir ao local, começaram os problemas. Nesse momento, outros jovens passaram por ele, fizeram acenos, interrompendo o assunto; mas como ele estava começando a falar sobre sua história e aquele momento não poderia ser perdido, houve a tentativa de retomar a conversa do ponto onde ela parou, colocando até mesmo em risco a continuidade desse primeiro momento de aproximação, pelo temor de que ele se irritasse e fosse embora. Mas, ao contrário, Tiago continuou a conversa, como se tivesse percebido o interesse pelo assunto. Nesse momento, admitiu que sua separação ocorreu, na verdade, pelo uso

constante de drogas; falou até que tivera três terrenos de sua posse e que precisou vender dois deles para pagar dívidas com drogas e o terceiro deixou para sua ex-mulher, após a separação.

Tiago disse também ter parentes em João Pessoa, mas que esses não sabem da sua situação nas ruas, nem mesmo sua mãe, que mora em Recife. Ao se questionar sobre seu pai, ele disse que se suicidou ao pilotar uma moto e provocar um acidente, e Tiago tinha 9 anos de idade. O jovem atribui o início do seu uso de drogas à ausência do pai, do qual era muito próximo, e utilizava o entorpecente como “fuga” dessa dor (mas não chegou a mencionar a idade do início do uso da droga). No momento, ele interrompeu com essa reflexão de que não sabia por que estava contando essa história, fazendo entender que eram fatos de sua vida que talvez ele não contasse para qualquer pessoa, muito menos em um primeiro encontro. Mesmo afirmando isso, não parou de conversar, e tal fato foi surpreendente, considerado como uma aceitação satisfatória do diálogo que se seguia naquele instante.

Tiago afirmou também que atualmente faz uso de crack, apesar de ter feito por algum tempo o tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)15. Esse jovem, ao descrever sua situação atual, pareceu “conformado” com o fato de morar na rua – talvez pelo uso de drogas –, não demonstrando em suas palavras ou gestos acreditar que sairá um dia dessa situação. Parece não mais consumir, mas ter sido consumido pela droga e suas consequências, que acarretaram na destruição de sua perspectiva de vida, na projeção de planos e na separação daquilo que considerava seu maior bem: seus filhos.

Conhecer um pouco das vidas que permeiam as ruas da capital paraibana é desvendar a riqueza e o drama de histórias, é conhecer de perto as necessidades constantes dessas pessoas. Significa também ver que a apropriação do espaço rua feitos por elas não é algo apenas exterior, na ocupação dos bancos das praças e das portas das lojas para dormir, do uso das mangueiras de estabelecimentos e da busca das casas e restaurantes para conseguir comida. É, sobretudo, uma busca por continuar de alguma forma a viver, mesmo que de uma maneira mais precária que antes, já que essas pessoas que se encontram nas ruas foram destituídas, por diversos motivos, de suas relações.

15 Os CAPS são um dispositivo de atenção à Saúde Mental. São serviços de saúde municipais, abertos

comunitários, que oferecem atendimento diário (Fonte: ministério da Saúde. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=29797&janela=1>)

CONCLUSÃO

Realizar uma pesquisa é de fato uma tarefa que exige um olhar minucioso por parte daquele que investe nessa atividade, junto ao que se pretende pesquisar. A pesquisa com moradores de rua não se deu de maneira diferente, visto que o próprio sujeito traz consigo marcas, experiências que seriam impossíveis de se constatar apenas com uma observação superficial por parte daquele que deseja conhecer melhor essa realidade.

O objetivo da pesquisa empreendida partiu da observação de que havia um número cada vez maior de pessoas que utilizam o espaço da rua para garantir a sobrevivência, além da inferência de que nem todos aqueles que se faziam presentes naquele espaço se caracterizariam como moradores de rua. Tal pressuposto foi tomado a partir do contato anterior ao início da pesquisa com esse público, em um Programa Social da Prefeitura da cidade de Natal-RN. Investigar quem seria de fato morador de rua, quais são as suas características em meio a tantos personagens existentes que atuam nesse espaço passou a ser a indagação e o objetivo do estudo. Durante a pesquisa, através das consultas bibliográficas e das observações contínuas e detalhadas dos moradores de rua nesses locais, foi possível constatar aquilo que inicialmente ainda se tinha como ideia sobre o morador de rua. Pode-se inferir que o morador de rua se trata daquele que se apropria do espaço público da cidade não apenas para conseguir algum tipo de renda para subsistência diária, mas também para dormir, realizar hábitos de alimentação, higiene e instalação com os poucos objetos que possui.

Conhecer o contexto no qual está inserida a relação homem/rua tornava-se imperativo para uma maior clareza do caminho o qual se pretendia percorrer. Estudar sobre a formação das cidades, desde seu surgimento e desenvolvimento até a contemporaneidade, é esclarecedor para que se compreendam os significados atribuídos à formação e uso da rua. Historicamente foi se formando a acepção do que é esse espaço, a partir da atribuição desse como sendo um espaço público, de acesso a todos. Tanto em sua formação como na atualidade, a rua é vista como espaço reservado para a passagem, para a transitoriedade e para o desenvolvimento de atividades comerciais, além de se tornar o local da superficialidade das relações, da ausência de privacidade, assim descaracterizando esse local de qualquer possibilidade de ser referência para se morar ou construir algum tipo de referência pessoal.

Mas a rua também guarda em suas esquinas, praças, portas de estabelecimentos, dentre tantos outros espaços, a presença de pessoas que adaptam, no dia a dia, suas vidas àquele local que agora lhes resta como única possibilidade de sobrevivência. Marcados por um contexto de sucessivas perdas – sejam elas profissionais, afetivas, familiares – os moradores de rua perderam até mesmo o seu local privado a passaram a se apropriar da rua de uma forma mais específica do que as demais pessoas. Sabe-se que esse não é um problema recente na sociedade: destaca-se desde a Antiguidade, com a presença dos escravos e estrangeiros que perambulavam pelas ruas, chegando a situação a se intensificar no período da industrialização, com a massificação da classe operária. Aqueles que não estavam inseridos nesse tipo de atividade e buscavam sua sobrevivência nas ruas eram vistos como os sem-classe, lumpen, ou sobrantes, pois não estavam inseridos na dinâmica social da época. E até na contemporaneidade, ainda não se verifica uma estratégia eficaz para o enfrentamento de tal problemática, cujos sujeitos são alvo de rejeição por parte das demais pessoas que vivem nas cidades. No Brasil, mesmo com aprovação de decreto que estabelece uma Política Nacional para favorecer a população em situação de rua, o que se vê é ainda uma falta de adesão consistente por parte do Governo, no intuito de pôr em prática tal legislação.

Dessa forma, a alternativa existente para as pessoas que se encontram nas ruas é a de procurar, a cada dia, locais e situações que possam satisfazer suas necessidades imediatas, em “[...] um mundo social que não é criado ou escolhido pela grande maioria dos moradores de rua, pelo menos não inicialmente, mas para o qual a maioria foi empurrada por circunstâncias além do seu controle” (SNOW e ANDERSON, 1998, p.77-78).

A apresentação de dados da Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua é um dado considerado importante, no que diz respeito a ser esse um instrumento que dá maior clareza quanto à identificação, de uma maneira geral, de quem é aquele visto como morador de rua nas principais cidades brasileiras. É possível nesta pesquisa, por exemplo, perceber que o uso de álcool/drogas, a perda de trabalho e desavenças familiares são os principais motivos pelos quais as pessoas vão parar nas ruas, atribuindo a questão da moradia de rua a uma “síntese de múltiplas determinações” (SILVA, 2009, p.91). Também é possível notar que o desenvolvimento de estratégias para sobrevivência não se dá apenas através da mendicância – apesar de tal prática ainda

se dar de maneira constante –, mas também através de serviços prestados nas ruas, como o de flanelinha e o de catador de materiais recicláveis.

A Pesquisa Nacional também revela que as pessoas entrevistadas nas ruas não estão nesse espaço apenas para o sustento, mas também se adaptam e satisfazem necessidades como dormir (a maioria dorme nas ruas, mas existem aqueles que buscam albergues noturnos), tomar banho, fazer necessidades e alimentar-se. Tais foram os aspectos citados na referida pesquisa como estratégias de adaptação realizadas pelos moradores de rua.

Cabe também considerar que a identificação do morador de rua – objetivo deste estudo –, na cidade de João Pessoa-PB, não se constituiu tarefa fácil. Ao contrário, as observações iniciais durante o dia não garantiam que essas eram feitas ao real sujeito da pesquisa, diante de tantos personagens que se encontravam no espaço da rua. Também foi revelado neste percurso que uma aproximação para o diálogo com os sujeitos não era uma tarefa simples – pelo menos com o grupo o qual se pretendia fazer essa primeira abordagem, pois eles sempre estavam fazendo uso de drogas nos momentos de observação, o que também causava incerteza do sucesso em um encontro, pois não haveria condições de se travar um diálogo com as pessoas no estado do uso dos entorpecentes.

Dessa forma, foi preciso pensar em uma estratégia de aproximação respaldada por uma instituição, a qual facilitaria o acesso ao sujeito a ser observado. A busca de albergues que atendessem a esse público foi uma das alternativas sem sucesso, uma vez que durante o período da pesquisa não foi encontrado o albergue existente da prefeitura nos endereços indicados. O percurso para encontrar um meio de aproximação ao morador de rua chegava ao fim a partir do acesso à instituição filantrópica “Comunidade Católica Filhos da Misericórdia”, a qual realiza trabalho voluntário diariamente junto ao segmento da população de rua. Acompanhar frequentemente o desenvolvimento das atividades dessa instituição, tendo a possibilidade de ver o morador de rua dentro de sua realidade – abrigado sob tetos de lojas, deitados sobre papelões, cobrindo-se com lençóis velhos ou até mesmo sacos plásticos – foi o início de uma nova etapa no percurso da pesquisa. O que antes era a busca de uma posição melhor para observação agora passava a ser uma busca por fazer o trabalho de observação de maneira mais detalhada possível da realidade e dos hábitos dos moradores de rua da capital paraibana. Daí foi encontrado não somente o modo de viver

nos espaços públicos, mas histórias, trajetórias de vida que na verdade dão vida aos lugares cinzentos e sem dinamicidade que contornam a cidade.

O fato de se trazer alguns relatos ouvidos ao longo da pesquisa é considerado como um item que ilustra toda a perspectiva teórica estudada, no sentido de tornar concreto na realidade local aquilo que se verifica tanto nas acepções teóricas quanto na pesquisa de cunho nacional, anteriormente citada. E já no trajeto de encontros diários com moradores de rua, foi igualmente difícil admitir o término do período das observações. É uma etapa que exige o reconhecimento não só da repetição de situações – no caso, do encontro com as mesmas pessoas nos mesmos lugares “criados” como abrigo e da percepção de hábitos que os moradores de rua realizavam de maneira constante –, mas também de reconhecer que já era o momento de se afastar para prosseguir com a conclusão da pesquisa, a qual resulta neste trabalho.

Destarte, evidenciar a realidade de que o espaço público da rua é constantemente apropriado por uma quantidade cada vez maior de pessoas no país e também na cidade de João Pessoa-PB não é, de modo algum, denunciar tais pessoas por essas práticas, colocando-as ainda mais como autores voluntários desse modo de viver, como parece fazer a maior parte da sociedade, demonstrando culpar os moradores de rua pela situação em que vivem. Mostrar como se dá a apropriação do espaço público pelo morador de rua e destacar que essa é a sua forma de não perecer é, antes de tudo, descortinar uma dinâmica à qual se submetem milhares de brasileiros, em meio ao corre-corre e à indiferença disseminados e vividos pelos demais cidadãos. Estes parecem insistir em tratar como invisíveis aqueles que estão buscando, de maneira precária e indigna para qualquer ser humano, não sucumbir diante das intempéries já sofridas e vividas dia após dia. E como afirma o compositor Fernando Anitelli, em uma música que retrata o cotidiano do morador de rua, este “não habita, se habitua” ao local que lhe resta: a rua.

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