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CAPÍTULO II- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

1. Trajeto da investigação

O trajeto seguido na presente investigação teve início no mês de Maio de 2016, quando recorri ao gabinete de ação social e saúde do município onde se encontrava a técnica superior de Serviço Social, com o propósito de obter informações em relação à consulta de informação documental relativa à UMS e ao acompanhamento da equipa da UMS. A respetiva técnica alertou me então para a necessidade de elaboração de um requerimento dirigido ao presidente do município. Posteriormente, no mês de Junho, após a elaboração do requerimento, procedi à entrega do mesmo no gabinete de apoio ao munícipe, tendo sido encaminhada para o gabinete de apoio ao presidente para articulação com a respetiva secretária. Após a explicitação dos objetivos representados no requerimento, nomeadamente a consulta de informação documental relativa à UMS e o acompanhamento da equipa da UMS no período de um mês, às freguesias e povoações do Concelho, a secretária demonstrou recetividade ao objeto da investigação. No entanto, alertou me para a situação do seguro de acidente de trabalho no acompanhamento da UMS, havendo duas possibilidades: a deslocação às freguesias e respetivas povoações através do meu transporte próprio ou a celebração de um protocolo de cooperação entre a Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD) e o município que formalizasse e autorizasse o acompanhamento da UMS.

Efetuada a articulação com o orientador sobre as duas possibilidades recomendadas, optou-se pela celebração de um protocolo de colaboração. Neste sentido o orientador procedeu à articulação com a responsável do Gabinete de Apoio à Inserção na Vida Ativa (GAIVA) da UTAD, no sentido de dar conhecimento do assunto e andamento ao processo. Seguidamente, a mesma orientou-me no sentido do preenchimento do formulário de candidatura de modo a dar início ao processo de solicitação da respetiva colocação na UMS e proposta de parceria ao município, tendo referido também que em relação ao seguro, eu estaria abrangida pelo seguro escolar desde que (devidamente inscritos e com a situação escolar regularizada), sendo apenas necessário a solicitação nos serviços académicos da declaração de seguro escolar, de modo a proceder à sua entrega no município. Após o envio do formulário de candidatura na data de 17 de junho para o GAIVA, a responsável da GAIVA-UTAD providenciou o protocolo e submeteu-o para análise e decisão ao município na data de 8 de Julho. No entanto, desde o mês de Julho

até ao mês de Setembro de 2016, o município não facultou ao GAIVA-UTAD qualquer resposta/decisão sobre o protocolo.

Posto isto, na data de 6 de Setembro, o GAIVA-UTAD contatou telefonicamente a técnica de Serviço Social da autarquia, no sentido de saber em que situação se encontrava o processo, pelo que constatou que a mesma até ao momento não tinha conhecimento de nada oficialmente a não ser o contato e diligências que inicialmente eu própria efetuei. Tendo em conta a situação, a técnica procedeu à obtenção de informações sobre a resposta/decisão sobre o protocolo junto da sua chefe de gabinete, que lhe referiu que devido à formatação do respetivo computador, alguns emails foram eliminados automaticamente não tendo conseguindo ter acesso ao email enviado pela UTAD no mês de Julho. A par disto e a pedido da técnica, estabeleci contato com o GAIVA-UTAD no sentido de reenviar novamente o protocolo de colaboração, quer para o município quer para a própria técnica. Tal aconteceu no dia de 8 de Setembro de 2016.

Na data de 24 de Outubro, devido à ausência de informação sobre o protocolo entre o mês de Setembro e o respetivo mês de Outubro procedi por um lado, ao contato telefónico com técnica superior de Serviço Social, que referiu que o Presidente do município aproximadamente na data de 26 de Setembro deferiu, assinou e reenviou o protocolo para o departamento do GAIVA-UTAD e que apenas restava aguardar o envio do protocolo deferido e assinado por parte da UTAD. Por outro lado, procedi também ao contato telefónico com a responsável do GAIVA-UTAD que me alertou que recebeu no seu departamento o protocolo deferido e assinado pelo município e que o mesmo foi aprovado e assinado pelo reitor da UTAD na data de 11 de Outubro e na data seguinte foi enviado através de carta registada para o município e recebido pelo mesmo aproximadamente na data de 14 de Outubro. Na data de 26 de Outubro, recorri ao gabinete de ação Social e saúde do município onde se encontrava a técnica de Serviço Social, de modo a compreender a origem do problema. A informação que me foi transmitida foi que o município até à respetiva data ainda não tinha recebido o protocolo aprovado e assinado pela UTAD. Contrariamente, de acordo com a responsável do GAIVA-UTAD o protocolo foi aprovado e assinado pela UTAD e foi recebido pelo município aproximadamente na data de 14 de Outubro. No decorrer da respetiva articulação com a técnica de Serviço Social, constatou-se que o protocolo recebido pelo município aproximadamente na data de 14 de Outubro tinha sido arquivado sem ninguém ter tido conhecimento. Tendo em conta a situação, a técnica disponibilizou de imediato o meu

acesso ao protocolo, itinerário e à informação documental relativa à UMS. Em suma, esta fase inicial do trajeto de investigação evidenciou que os procedimentos para a celebração de protocolos de cooperação para investigações efetuados por parte dos organismos locais, ainda padecem de uma elevada dimensão burocrática e de demoras que dificultam o desenvolvimento das investigações em curso.

Em relação ao trajeto da investigação percorrido até às entidades relacionadas com a UMS, nomeadamente o diretor do CS de Lago; o antecedente Presidente; o anterior enfermeiro; a coordenadora da UCC; a técnica de Serviço Social e a enfermeira chefe da UCSP de Lago, o objetivo principal que esteve presente, foi o estabelecimento dos contactos com as mesmas o mais breve possível, para assim obter informações para a investigação. Posto isto, no mês de Maio de 2016 recorri ao CS de Lago na tentativa de realizar a primeira entrevista semidirigida ao Diretor do CS de Lago, responsável pelo funcionamento da UMS. Após o consentimento da entrevista, a mesma foi concretizada no seu gabinete sem a presença de outras pessoas. No mês de Setembro de 2016, na tentativa de realizar a segunda entrevista semidirigida, recorri à residência do antecedente Exmo. Presidente do Concelho que foi responsável pela implementação da UMS no Concelho. Após o consentimento da entrevista, a mesma foi concretizada no interior da sua residência sem a presença de outras pessoas. Posteriormente, no mês de Novembro de 2016 tendo em conta a aprovação prévia para a realização da entrevista por parte do anterior enfermeiro da UMS, recorri a um local público para a realização da terceira entrevista semidirigida. No mês de Dezembro de 2016, recorri ao CS de Lago na tentativa de realizar a quarta entrevista semidirigida nomeadamente à coordenadora da UCC de Lago. Tendo em conta a aprovação da entrevista pela Coordenadora da UCC, a mesma foi realizada no seu gabinete sem a presença de outras pessoas.

No mês de Março de 2017 recorri ao gabinete de ação social e saúde do município de Lago na tentativa de realizar a quinta entrevista semidirigida à técnica de Serviço Social que integra a equipa de profissionais da UMS. Após o consentimento da entrevista, a mesma foi concretizada no seu gabinete com a presença de outras pessoas, devido à impossibilidade de disponibilização de outro local mais adequado. Para finalizar, no mês de Março de 2017 recorri ao CS de Lago na tentativa de realizar a sexta entrevista semidirigida a uma das entidades que em anos anteriores também esteve envolvida na UMS, nomeadamente a enfermeira chefe da UCSP de Lago. Após a aprovação da entrevista, a mesma foi concretizada no seu gabinete sem a presença de outras pessoas.