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CAPÍTULO IV- ETNOGRAFIA DA UMS

5. Os utentes da UMS

No mês de outubro de 2016 (ver figura nº 6, em baixo) compareceram na UMS 297 utentes, sendo 296 do sexo feminino 206 (69%) e 91 (31%) do sexo masculino. No mês seguinte, como se pode constatar na figura nº 7 (em baixo) compareceram 319 utentes: 223 do sexo feminino (69,9%) e apenas 96 (30,1%) utentes do sexo masculino.

Figura 6- Sexo dos Utentes no Mês de outubro Figura 7-Sexo dos Utentes no Mês de novembro

Fonte: Relatório de Atividades da UMS, 2016a Fonte: Relatório de Atividades da UMS, 2016b

No mês de outubro de 2016, o total de utentes que compareceram na UMS foi menor em relação ao mês que se seguiu devido ao desconhecimento por parte dos mesmos da data da intervenção da UMS nas freguesias e respetivas povoações. Em termos comparativos, no que concerne ao mês de Outubro a freguesia que revelou a menor adesão de utentes à UMS foi a freguesia de G.N com apenas 11 utentes. Distintamente, a freguesia que revelou a maior adesão de utentes foi a freguesia de S. J. T com 58 utentes. Já no mês de Novembro, a freguesia que registou a menor adesão de utentes à UMS em relação ao mês de Outubro foi igualmente a freguesia de G.N, com apenas 9 utentes. Contrariamente, a freguesia que registou a maior adesão em relação ao mês de Outubro foi a freguesia de T, com 55 utentes.

No mês de novembro, em resultado do maior conhecimento por parte dos utentes da data e hora de intervenção da UMS, compareceram 121 utentes novos. Apesar disso, a diferença do nº de utentes do mês de Novembro para o mês de Outubro foi de apenas 22 utentes.

Em relação à faixa etária dos utentes que compareceram nos meses de outubro e novembro de 2016, constata-se, de acordo com a figura 8, que as idades predominantes se encontram entre os 65 e 80 anos de idade (48%) e a percentagem de utentes com menos

de 65 anos ou com mais de 80 anos de idade é a mesma (26%). É importante salientar que comparecem na UMS utentes desde os 25 anos aos 98 anos de idade.

Figura 8- Faixa Etária dos Utentes Fonte: Relatório de Atividades da UMS, 2016b

No mês de outubro, no que corresponde à monitorização da tensão arterial, do total de utentes, 99 apresentaram valores de tensão arterial considerados elevados e a povoação que apresentou o maior número de utentes com valores de hipertensão foi a povoação de Va, pertencente à união de freguesias de T e D. Aliás, somente 2 dos 14 utentes desta povoação apresentaram valores de tensão arterial dentro da média. Em relação à monotorização da glicemia, a mesma foi realizada a diabéticos e a utentes que não faziam análise de glicémia há mais de 6 meses, tendo em vista uma alegada racionalização de recursos por parte do serviço. Deste modo, a monitorização da glicemia foi efetuada a 62 utentes, sendo que 21 deles apresentaram valores acima do recomendado. Assim, como na tensão arterial, a enfermeira teve a preocupação de prestar informações sobre a monitorização da glicemia, com o objetivo de, por um lado, a diminuição das complicações que possam surgir com a diabetes e por outro lado, a sensibilização dos utentes.

O principal problema de saúde dos utentes no respetivo mês de outubro residia na patologia de hipertensão arterial. Apesar de os mesmos realizarem o tratamento para esta tipologia, 33,3% dos utentes ainda apresentam valores de tensão arterial acima da média, podendo originar hipertrofia do coração (aumento do coração) e seguidamente arritmias,

insuficiência cardíaca e deterioração das paredes das artérias (Câmara Municipal de Lago, 2016a).

No mês de novembro no que concerne à monitorização da tensão arterial, dos 319 utentes 142 deles apresentaram valores de tensão arterial considerados hipertensão, aumentando assim em relação ao mês de outubro. A freguesia que registou o maior nº de utentes com valores de tensão arterial considerados hipertensão foi a freguesia de S. J.T, uma vez que, dos 50 utentes, 30 têm os valores de tensão arterial acima da média. Face à monitorização da glicemia, o método adotado no mês de outubro não foi suficiente para controlar o gasto em material clínico no mês de novembro, perante isto, a enfermeira decidiu a partir do meio do mês de novembro realizar a monitorização da glicemia apenas aos utentes diabéticos. Deste modo, a monitorização da glicemia foi efetuada a 118 utentes, sendo que 29 deles apresentaram valores acima do recomendado. A freguesia que registou o maior número de utentes diabéticos foi a freguesia de S. Assim, como na tensão arterial, a enfermeira teve a preocupação de realizar ensinos de monitorização da glicemia aos utentes, tendo em vista, por um lado, a diminuição das complicações que possam surgir com a diabetes e, por outro, a divulgação de conhecimentos e a sensibilização.

A adesão dos utentes à UMS entre 2013 e 2016 registou um significativo decréscimo. À semelhança do mês de outubro, também o respetivo mês de novembro registou que o principal problema de saúde dos utentes reside na patologia de hipertensão arterial, apesar de os mesmos realizarem o tratamento para esta tipologia, 44, 5% dos utentes ainda apresentam valores de tensão arterial acima da média (Câmara Municipal

de Lago, 2016b). As razões que justificam esta diminuição são diversas e estão relacionadas com os

seguintes acontecimentos: diminuição da quantidade e, por vezes, ausência de material clínico para a monitorização da glicemia; a extinção da avaliação do colesterol; a desmotivação e desinteresse dos utentes; esquecimento da data e hora da intervenção da UMS; falecimento de utentes; integração dos mesmos em IPSS e a emigração. Os primeiros dois motivos potenciaram a deslocação dos utentes ao CS para efetuarem as monitorizações da tensão arterial e glicemia e receberem maior acompanhamento clínico, a deslocação dos mesmos às farmácias no centro do concelho para aí realizarem as monitorizações de rotina e a compra do aparelho de medição da glicémia para terem controlo sobre esse indicador ou, ainda, a aquisição gratuita do aparelho da monotorização da glicemia no CS.