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Trauma, neurose atual e violência psíquica: além do princípio do prazer

No documento A PSICOSSOMÁTICA NOS CONFINS DO SENTIDO (páginas 71-80)

CAPÍTULO II – A NEUROSE ATUAL: UMA RELEITURA

2.5 Trauma, neurose atual e violência psíquica: além do princípio do prazer

Podemos então, partindo dos delineamentos estabelecidos segundo o discurso freudiano, fazer uma articulação entre a idéia de “trauma” em Freud e o conceito de “neurose atual”, colocando em pauta a questão da “atualidade”, no sentido de reinserir nossa problemática.

A idéia de trauma aparece nos primeiros escritos de Freud (1893/1996), quando este tecia investigações clínicas sobre os fenômenos histéricos. O trauma aparecia, contudo, de maneira articulada à histeria, referenciadamente a acontecimentos dos quais as histéricas seriam vítimas. Conforme já apontamos no presente trabalho, os sintomas histéricos eram para Freud, nessa época, uma conversão “somática” do “afeto estrangulado” de um trauma supostamente vivido na infância, sendo este caracterizado

por um abuso de natureza sexual realizado por parte de um adulto. A inferência de que as histéricas sofriam de reminiscências atestava que Freud se situava, desde o início, numa linha de investigação psíquica, e não neurológica. Desse feito, o autor se referia a um “corpo” atravessado pelas representações psíquicas. O corpo histérico é, assim, um corpo inserido num universo de sentido, de linguagem, e os sintomas corporais histéricos, não estando ligados a nenhuma implicação fisiológica, constituem expressões simbólicas de conflitos intrapsíquicos, ligados à experiência infantil.

O “trauma” na histeria é constituído segundo uma rede de significações, e Freud propôs que ele se dá em dois tempos, introduzindo a idéia de posteridade: o segundo tempo do trauma é a resignificação do primeiro (FREUD, 1895a/1996). Assim, o trauma, para se inscrever psiquicamente, necessita de um segundo tempo, posterior, que dá significação à ocorrência traumática, ou seja, o trauma é inserido num universo de sentido.

A questão do trauma em Freud passou, contudo, por abordagens diferenciadas, sobretudo quando o autor introduziu o “além do princípio do prazer” na teoria psicanalítica, produzindo indubitavelmente um campo frutífero de retificações teóricas.

O trauma propriamente dito não seria mais abordado da mesma forma que no sintoma histérico. O campo do trauma se definiu em sua especificidade na complexificação das constatações de Freud. A psicanálise, tanto no desenvolvimento de sua teoria quanto no de sua práxis, foi atingindo, nesse sentido, a dimensão do “inefável”, dos pontos mais obscuros que ultrapassam a apreensão do inconsciente e trazem sua característica mais inassimilável – aquela que concerne ao campo da pulsão de morte. E foi nesse mesmo campo que Freud localizou sua idéia sobre o trauma propriamente dito, não mais do ponto de vista de uma “traumatologia” suposta que se faz notar no discurso histérico.

Assim, ao deparar-se com situações clínicas que não correspondiam à organização do princípio de prazer, pontos que não abarcavam qualquer possibilidade de ligação com as inclinações do sujeito à satisfação sexual, Freud (1920/1996) concluiu que algo de uma natureza distinta da prevalência do princípio do prazer no funcionamento psíquico se apresentava, o que o levou a curvar-se à idéia de que a libido sexual não é a única corrente pulsional a ter privilégio sobre o psiquismo. Um impulso mortífero, manifestado principalmente no que Freud denominou compulsão à repetição,

impunha-se às suas concepções acerca do humano. Isso levou-o a reorganizar sua teoria de acordo com esse dualismo pulsional – caracterizado por ele (ibid.) como pulsão de vida e pulsão de morte. A pulsão de morte se acha nos termos do excesso pulsional que não se ligou à trama das representações e permaneceu como energia não ligada que insiste e repete.

Verifica-se que, na abordagem das ‘neuroses traumáticas’, Freud (1920/1996) localizou o campo do trauma como sendo o eixo da compulsão à repetição, considerando que o excesso não vinculado psiquicamente se repete no sonho de maneira irredutível, não distorcida e maciça. O traumático apresenta-se nesse texto como algo que não passou pela elaboração simbólica, e a pulsão de morte, princípio fundamental da repetição, é então introduzida por Freud e colocada como distinta da pulsão de vida, que é da ordem do princípio do prazer.

Freud esbarrou assim, nas razões fronteiriças da representação, em que se verifica algo de disruptivo, daquilo que não entra no jogo das associações psíquicas. O trauma é abordado por Freud como algo da ordem do excesso, que rompe qualquer mecanismo de antecipação ou de proteção no aparelho psíquico. Essa idéia de excesso reinsere-se como elemento fundamental para discutirmos questões anteriormente colocadas no nosso trabalho, visto que ela constitui sem dúvida tema central para as “neuroses atuais”. É importante que se coloque em relevo a articulação entre neurose traumática e neurose atual, para que se estabeleça um parâmetro mais consistente na abordagem da última.

Freud considerou que, no caso das neuroses traumáticas (resultado de acidentes que envolvem risco de vida), o excesso traumático não vinculado psiquicamente produz um estado sintomático que se diferencia da histeria, na medida em que dá sinais de uma “indisposição subjetiva”, assemelhada à melancolia. Adiante, no avanço de suas considerações sobre o traumático, Freud (1920/1996, p. 43-44) afirma: “(...) um grande dano físico causado simultaneamente pelo trauma diminui as possibilidades de que uma neurose se desenvolva (...)”.

Essa afirmação, relativa à corporeidade, apresenta-se como eixo de toda uma série de conclusões. Em primeira instância, Freud aponta para a dimensão do excesso traumático articulado a um ‘dano físico’, frisando a relação entre a corporeidade e a psicopatologia. As conclusões referidas a essa afirmação estão relacionadas à nossa

pesquisa sobre as neuroses atuais, e nos remete aos efeitos da sintomatologia orgânica na vida psíquica.

Tomando aqui o primeiro ponto, o estudo das neuroses atuais levou-nos a pensar o problema dos excessos em justaposição aos avanços do pensamento de Freud. Procura-se conceber, diante de tal evolução teórica, a questão do fator “atual” como um

excesso não vinculado, traumático, ao lado das patologias e dos movimentos clínicos

circunscritos ao campo da repetição. Concebemos, nesse contexto, o excesso traumático como o fator atual por excelência, onde se localiza o campo da pulsão de morte e dos efeitos a ela subjugados.

Essa leitura está condicionada pelas perspectivas de recontextualização do termo “atual”, visto que sua caracterização inicial, colada simplesmente à idéia de um presente sexual e objetivo, vai sendo revista, conforme procuramos demonstrar anteriormente. Nesse contexto, a neurose “atual” se revela não mais como algo simplesmente do “presente”, conforme se pensou a respeito do coito interrompido, mas como uma

presentificação, ligada a fatores que se afirmam pela categoria do traumático, do ponto

de vista do além do princípio do prazer. O corpo aparece aqui, nesse contexto, como reduto primordial do traumático, onde se desdobrariam possivelmente patologias orgânicas, essencialmente vinculadas com essa questão do além do princípio de prazer, conforme se verifica na neurose atual.

Cardoso (2002), no trabalho “Violência, domínio e transgressão” introduz o termo “transgressão pulsional”, o qual parece-nos importante na abordagem dessas questões. A palavra transgressão é utilizada por Cardoso (ibid.) num sentido que se encontra no campo da pulsão. Cardoso assinala que, nos casos de passagem ao ato e nos casos de estados-limite – nos quais se observam quadros melancólicos, angústia de separação, angústia de intrusão – o que há é uma transgressão pulsional. A angústia de intrusão, referida ao objeto, aponta para uma ameaça de desvanecimento das fronteiras

egóicas, no “(...) risco de não se poder ligar o excesso pulsional” (ibid., p. 162).

Cardoso (ibid.) coloca: “A existência dessas vias de passagem incide diretamente nos limites entre as duas dimensões do pulsional: a exterioridade e a interioridade, fronteira na qual se constitui a própria pulsão” (p. 166). A autora demonstra ainda que a transgressão pulsional no terreno egóico se dá num momento específico quando o ego se vê num ‘estado de desamparo’ diante da angústia de intrusão ou separação, relativa

ao objeto: “Diante da ameaça de separação, de perda do amor, há o risco de desamparo, de passividade ante a invasão do outro interno (...)” (p. 162).

Freud aponta para esse desvanecimento das fronteiras egóicas ao tratar das neuroses atuais: “Constitui ainda um fato inegável que (...), na interferência imprópria no curso da excitação sexual, ou se esta for desviada de ser elaborada psiquicamente (...), o ego fica reduzido a um estado de desamparo em face de uma tensão excessiva (...)”. (ibid., p. 139). Transgressão e trauma assumem, assim, uma relação direta, em que se verifica fenômenos de desvanecimento psíquico frente ao excesso pulsional que desponta, podendo-se identificar lesões de ordem orgânica ligadas a essa questão do traumático.

A questão da neurose atual toma, nessa perspectiva, uma configuração remetida essencialmente ao além do princípio do prazer. O que se apreende do arranjo teórico da neurose atual é que, lá onde se “cristaliza” a passagem da energia libidinal, o princípio de prazer passa a não exercer sua dominância, visto que, ao invés de ser escoada psiquicamente, a excitação aumenta, ou seja, há um represamento excessivo de excitação. O traumático, assim, se articula com o “atual”, de acordo com a seguinte afirmação do próprio Freud (1920/1996): “(...) a violência mecânica do trauma liberaria uma quantidade de excitação sexual que, devido à falta de preparação para a ansiedade, teria um efeito traumático” (p.44).

Esta inferência nos remete à teoria dos ‘neurônios-chave’ no “Projeto para uma psicologia científica”, bem como às considerações delineadas a partir de estudos relativos às neuroses atuais. Na articulação desta inferência com os “neurônios-chave”, podemos concluir que a liberação excessiva da energia – quando da lembrança do

objeto hostil na experiência da dor20– não sendo abarcada pelo trabalho de elaboração e

escoamento psíquico, ou da satisfação pelo princípio de prazer, é então descarregada no sistema somático, justamente por seu caráter excessivo, ligado ao traumático, comprometendo as diversas funções orgânicas, como se os órgãos internos fossem os únicos meios de “descarga” das excitações. Aponta-se assim o problema da dor e do

trauma como elementos cruciais para o entendimento dessas questões.

20FREUD, S. (1895a/1996). Projeto para uma psicologia científica. In: Obras Completas, vol. I. Rio de

O traumático na dinâmica psíquica produz ainda outros efeitos quando do surgimento de uma lesão corporal. Retomando a frase de que “(...) um grande dano físico causado simultaneamente pelo trauma diminui as possibilidades de que uma neurose se desenvolva (...)”, percebe-se que Freud aponta para o fato de que o dano físico ligado ao trauma promove, em contrapartida, um efeito na distribuição da libido, levando-a a um investimento narcísico a partir do corpo doente, produzindo um rearranjo das organizações egóicas e afastando contingencialmente o sujeito de um quadro psiconeurótico, ou melancólico. Freud (ibid.) então conclui:

“(...) por outro lado, o dano físico simultâneo, exigindo uma hipercatexia narcisista sobre o órgão prejudicado, sujeitaria o excesso de excitação. É também bem conhecido, embora a teoria da libido ainda não tenha feito uso suficiente do fato, que distúrbios graves na distribuição da libido, tal como a melancolia, são temporariamente interrompidos por uma moléstia orgânica intercorrente (...)” (p. 44).

Freud está, sob esses termos, no terreno do além do princípio do prazer, em que se localizam excessos de excitação que não se vinculam, assumindo por um lado um caráter traumático e, por outro lado produzindo, a partir de uma doença física, uma sujeição desse excesso e uma redistribuição da libido por meio de um investimento narcísico a partir do corpo doente. Em meio aos efeitos do trauma, o sujeito está momentaneamente afastado de uma sintomatologia psiconeurótica, bem como de características que a ela competem.

Também na abordagem das neuroses de guerra e sua relação com a neurose traumática, Freud aponta esse efeito de recomposição subjetiva. Demonstra que uma neurose de guerra é uma neurose traumática que inclui um conflito no ego e que coloca o sujeito num quadro de adoecimento psíquico. Quando há um dano físico, o sujeito não desenvolve a neurose, o que coloca contingencialmente em segundo plano a sintomatologia psiconeurótica, mas não exclui a psiconeurose em si. Isso reverbera a afirmação de Valentim e Mattos (1999) a respeito de que o ser humano troca sem demora um sofrimento psíquico por um sofrimento físico.

Retomando a questão da articulação entre neurose atual e psiconeurose, podemos entender que o aparecimento de distúrbios somáticos reais não significa a impossibilidade de existência da sintomatologia psiconeurótica, ou da associação dos sintomas somáticos com fatores efetivamente psiconeuróticos. O simples fato de num dado momento uma sintomatologia psiconeurótica não se apresentar não exclui

necessariamente a existência de suas características potenciais. Visto que a neurose atual aparece associada à psiconeurose, podemos hipotetizar a existência de atividade psíquica nos fenômenos psicossomáticos, o que nos leva ao distanciamento definitivo do modelo de déficit psíquico tal qual nos é apresentado pelas principais teorias que abordam esse tema na atualidade (Cf. MARTY, 1993).

Diante dessa problemática, remetemo-nos aos delineamentos aqui estabelecidos a respeito da imbricação historicidade/atualidade e da superposição neurose atual/psiconeurose, trazendo a termo as especificações a respeito da relação entre a cadeia associativa e as quantidades a elas articuladas. Nesse plano, enfoca-se o caráter determinante do movimento das Vorstellungen freudianas a partir das considerações do autor, no sentido de desdobrá-las em hipóteses que talvez possam nos direcionar a novas conclusões para o avanço da investigação sobre fenômenos hoje denominados “psicossomáticos”.

Como vimos, segundo Freud (1895a/1996), não se pode pensar o campo das excitações, da energia que se impõe como exigência de trabalho psíquico, de maneira separada do campo do trilhamento (Bahnung), das conexões representativas e da própria linguagem. Essa excitação é o condicionante da constituição do aparelho de memória pensado por Freud, visto que é ela que produz o trilhamento. Da mesma forma, o campo da energia deve ser tomado como intrínseco às inscrições de que ela mesma é capaz, ou seja, os trilhamentos. A idéia de um funcionamento puramente baseado na descarga de excitações é abandonada pelo próprio Freud quando o mesmo coloca que o aparelho de memória é um aparelho de retardo do estímulo, e não simplesmente de resposta reflexa. Isso será confirmado nos escritos da segunda tópica, onde Freud não mais se refere ao psíquico do ponto de vista simplista e econômico da descarga, mas do ponto de vista de um campo plural de instâncias psíquicas (isso, eu e supereu), condicionado por um universo de sentido, de linguagem.

O que se coloca em pauta é algo de peculiar nesse trilhamento que impede o escoamento da excitação ao nível da simbolização efetuada pelo trabalho psíquico. Esse é o motivo pelo qual insistimos na ênfase de uma apreensão do fenômeno “atual” ligado à idéia de impedimento no escoamento da libido: a neurose “atual” se localiza num ponto da cadeia associativa em que a libido foi impedida de escoamento, ou de elaboração simbólica.

Saindo, assim, de uma leitura eminentemente economicista da neurose atual, convém refletir sobre a importância de sua aglutinação com a psiconeurose e pensar que algo de muito peculiar deve ocorrer na cadeia associativa para que a excitação não prossiga na passagem das Vorstellungen, acarretando, num determinado ponto, aumento da tensão corporal, o que poderia resultar em respostas de nível somático vinculadas essencialmente ao caráter patológico desta conjuntura. Levando em consideração que a excitação não encontraria nesses termos escoamento e elaboração simbólica, cabe então indagar que peculiaridade é essa na articulação da cadeia associativa, dimensionando a relação do sujeito com o outro nessas manifestações. Caberia questionar que pontos da história do sujeito não entram na ordem da condensação e do deslocamento quando da incidência de uma neurose “atual”. A partir disso, frisa-se a importância de se pensar que tipo de relação de alteridade estaria implicada na ocorrência de fenômenos “psicossomáticos”, ao invés de se tomar pelo negativo tal problemática21.

O pensamento freudiano parece constantemente aberto a novas possibilidades de compreensão, o que permite a renovação teórica no campo de estudo da psicopatologia humana. No desenvolvimento da teoria psicanalítica percebe-se, portanto, que as concepções freudianas podem se reconstituir positivamente, aparecendo como campo fecundo de reflexões e teorizações. Podemos concluir nosso capítulo frisando que a idéia daquilo que se refere como sendo da ordem do ‘atual’ nas articulações freudianas é irremediavelmente reconfigurado ao plano do além do princípio do prazer. Nele se localiza o campo do trauma ligado aos excessos de excitação, à impossibilidade de ligação no campo das conexões representativas bem como à questão da produção excessiva de excitação que aparece no fenômeno da neurose ‘atual’. O traumático na neurose atual constitui justamente esse ponto de irrupção pulsional, que está além do princípio do prazer, no desvanecimento das fronteiras egóicas e na impossibilidade do aparelho psíquico sujeitar o excesso. Parafraseando Cardoso, os fenômenos da neurose atual não seriam da ordem daquilo que se representa, mas daquilo que se apresenta. Nessa direção, nos inclinamos a conceber o fenômeno da ‘neurose atual’ como um

21Esse último comentário faz referência ao modelo de déficit do plano representativo, que toma como

eixo fundamental para a explicação da eclosão psicossomática o ponto de vista econômico (Cf. MARTY, 1993).

excesso não vinculado que convoca o corpo a responder em determinadas condições com alterações concretas e lesões observáveis22.

A questão da peculiaridade psíquica que promove uma “cristalização” e aumento da excitação, será articulada no próximo capítulo, onde abordaremos o problema sob o ponto de vista do avanço da teoria psicanalítica, bem como de perspectivas teóricas que concernem ao estudo aqui proposto.

22

Esses remanejamentos teóricos se entrecruzam ainda com a questão relacionada ao ato sexual vinculado segundo Freud à neurose atual. Caberia pensar, levando-se em consideração a existência de tais atividades sexuais tomadas inicialmente por Freud como “inapropriadas” (coito interrompido, masturbação excessiva), se não estaria aí presente um ato dito compulsivo, caracterizado especialmente pela repetição de uma questão fundamentalmente desprazerosa, em que se localizaria algo que escapa ao princípio do prazer. Nesse sentido, a pulsão de morte estaria previamente entrelaçada aos sintomas somáticos, e nós tenderíamos a localizar o ato compulsivo da atividade sexual “insatisfatória” como um simples co-participante das liberações excessivas de excitação, e não como causa fundamental deste fenômeno. Essas considerações serão ainda retomadas posteriormente, onde procuraremos introduzir o pensamento de outros autores, como Ferenczi, Lacan e Torok.

CAPÍTULO III – PERSPECTIVAS E PROBLEMATIZAÇÕES: A “PSICOSSOMÁTICA” EM QUESTÃO

No documento A PSICOSSOMÁTICA NOS CONFINS DO SENTIDO (páginas 71-80)