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PPA/UFRJ-A CONTRIBUIÇÃO DO COACHING E PNL PARA O PLANEJAMENTO DO BEM ESTAR NO PÓS-CARREIRA

COMUNICAÇÃO ORAL

PPA/UFRJ-A CONTRIBUIÇÃO DO COACHING E PNL PARA O PLANEJAMENTO DO BEM ESTAR NO PÓS-CARREIRA

Ivaneide Nunes Paulino Grizente

ivaneide@sr4.ufrj.br Adilson Couto de Souza Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 1 INTRODUÇÃO

De acordo com as últimas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros cresceu seis anos na última década, e atualmente, atinge 73,4 anos. Uma projeção do próprio IBGE prevê que, até o ano de 2050, aproximadamente 25% da população do Brasil, seja constituída por idosos, com idade superior a 65 anos.

Entretanto, houve um tempo, em que envelhecer era obrigatoriamente sinônimo de inatividade no pior sentido da palavra. Com o envelhecimento vem a aposentadoria e tudo que a constitui sobretudo sob o prisma do estigma da vida inútil. Porém, a sociedade como um todo vem se esforçando para modificar esse quadro melhorando a qualidade de vida das pessoas em idade mais avançada e dentre as providências, salienta-se aqui, os Programas desenvolvidos pelo governo como por exemplo, a gratuidade nas passagens de ônibus, os Programas voltados para a qualidade de vida com atividades física orientadas por profissionais em espaços públicos como praças de bairros, além de leis que visam benefício e respeito ao idoso.

No entanto, assume-se aqui que, um dos aspectos mais difíceis para quem atinge a idade avançada é o processo de aposentadoria e o rompimento com o vínculo de trabalho. Nesse sentido, o portal da terceira idade, cita o que eles recomendam como alguns princípios para uma aposentadoria tranquila, dentre eles: “Não esquecer os exames médicos; realizar atividades físicas regularmente; evitar o cigarro e não se esquecer da vacinação. ”

Contudo, entende-se que tais providências, atendem ao idoso visando apenas sua condição de idoso. Porém, acredita-se que é preciso ir além. É necessário, considerar o processo de transição e entender como se dá o rompimento com o vínculo de trabalho, e para que ele aconteça de forma menos traumática, faz-se indispensável ações que, aliadas aos princípios do Estatuto do Idoso, possam contribuir de forma efetiva com esse processo.

Dessa forma, o presente trabalho se justifica primeiro obedecendo ao previsto na Lei 10741/2003 que dispõe sobre o Estatuto do Idoso especificamente em seu artigo 28: Capítulo IV, artigo 10 inciso IV alínea C e o que consta na Lei 8842, e considerando também a motivação estatística que atualmente a UFRJ apresenta um quadro de potenciais candidatos a aposentadoria altamente elevado com um total de 2.734 servidores, e ainda, a condição emocional desses, percebida no cotidiano da Pro Reitoria de Pessoal – PR4, além de se antevê que, em consequência do cenário político e econômico do país, as aposentadorias terão seus índices numéricos aumentados significativamente, a PR-4 não se furta em desenvolver ações cujo objetivo primeiro é o bem estar de seus servidores.

Alinhado a essa perspectiva, e tomando como base teorias consolidadas como as de Zanelli (2010), o Programa de Preparação para Aposentadoria - PPA/UFRJ, ora ainda em construção está sendo elaborado considerando o enfoque biopsicossocial que é constituído pelas esferas biológica, psicológica e social. Isto significa preparar o aposentando de forma integral utilizando ferramentas orientadas por teorias científicas que visam a qualidade de vida, a vida plena e a saúde integral, constituídas por ações de orientação, informação,

reflexão, conscientização e cuidados com o processo de transição para a aposentadoria e a nova fase da vida do servidor.

Nesse sentido, recorre-se a Goleman (1995), que pontua a Inteligência Emocional como a habilidade de cada ser humano em identificar primeiro os nossos próprios sentimentos e também os dos outros, ou seja: a automotivação de gerir bem as emoções tanto intrinsecamente quanto nos nossos relacionamentos. Isso, categoricamente se alinha ao que se pensa em termos de elaboração de ações para a constituição do PPA/UFRJ.

A técnica de Coaching também se coloca aqui, como pilar de sustentação da pesquisa, porque de acordo com a Sociedade Brasileira de Coaching, trata-se de um processo que visa elevar a atuação de um indivíduo, aumentando os resultados positivos, e para isso requer a atuação de profissional devidamente e legalmente habilitado. Ou seja: O processo visa tirar o indivíduo de um determinado estado atual e conduzi-lo ao estado desejado da melhor forma possível. Nesse sentido o Instituto Brasileiro de Coaching afirma que o processo de coaching é uma ocasião altamente propícia ao autoconhecimento e conscientização para o aumento da autoconfiança, do despertar das habilidades e atitudes na transição para a nova fase da vida, para que o indivíduo alcance seu potencial e suas metas de forma objetiva e, sobretudo de forma correta.

Assim, toma-se também como fio condutor do Projeto de PPA/UFRJ, muito intimamente o aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação uma vez que se pretende modificar comportamentos, quebrar paradigmas ultrapassar barreiras e conceitos de vida.

Outra ferramenta da qual o PPA/UFRJ se valerá será a Programação Neurolinguistica – PNL, que segundo O’Connor e Seymour (1995), é um modelo de como as pessoas estruturam sua experiência pessoal. “É apenas uma maneira de entender e organizar a fantástica e bela complexidade do pensamento e da comunicação do ser humano (...) A PNL representa uma atitude mental. (...) O objetivo da PNL é ser útil, oferecer mais opção de escolha e melhorar a qualidade de vida.”

Dessa forma, não se pode dispensar os princípios da PNL, uma vez que a essência do PPA é exatamente melhorar a qualidade de vida dos indivíduos que a priori, sofrem com seu estado atual, e reconhecendo que modificar esse estado de coisas não é exatamente tarefa fácil, necessita-se de uma atitude mental que auxilie na transformação desse estado, considerando que trata-se de seres humanos, e é condição destes, oferecer alto grau de complexidade. Ou melhor: onde existem seres humanos, existem complexidades, e parafraseando o filósofo Jean Paul Satre “O homem tem de se inventar todos os dias. ”

Pensando nisso, e em consonância com os princípios acima, emerge o objetivo geral do presente estudo - Preparar as pessoas na fase de pré-aposentadoria para uma nova realidade que é o mundo fora do trabalho. Para tanto, adota os seguintes objetivos específicos: Elaborar um Plano de Ação constituído por temas que contemplem os aspetos jurídicos e econômicos, o mundo do trabalho, aspectos psicológicos, de saúde e nutricionais, esporte cultura e lazer, orientação/educação financeira, através de cursos, palestras, oficinas, seminários, outros; Promover a adesão do público alvo ao Programa, através de ações motivadoras, atrativas e esclarecedoras.

2 METODOLOGIA

O PPA/UFRJ teoricamente orientado por Vergara (2013), adota a seguinte metodologia:

Quanto aos fins: é uma pesquisa aplicada, pois refere-se à necessidade de resolver problemas concretos, tem portanto, finalidade prática.

Quanto aos meios e também baseada em Vergara (2013), trata-se de uma pesquisa de campo uma vez que se pretende fazer a investigação empírica no local, o que ocorrerá através de entrevistas e/ou aplicação de questionário.

Os sujeitos da Pesquisa são prioritariamente os servidores que recebem Abono de Permanência (incentivo, criado pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, pago ao servidor que já preencheu todos os requisitos para se aposentar, mas opta por permanecer na ativa. Portanto, para requerer tal benefício o servidor não pode estar aposentado), pois são potenciais candidatos a aposentadoria. Porém, não serão excluídos os já aposentados.

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