• Nenhum resultado encontrado

Percepções de alunas de graduação em enfermagem sobre parcerias sorodiscordantes para o HIV/AIDS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Percepções de alunas de graduação em enfermagem sobre parcerias sorodiscordantes para o HIV/AIDS"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

PERCEPÇÕES DE ALUNAS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM SOBRE

PARCERI AS SORODI SCORDANTES PARA O HI V/ AI DS

1

Hugo Fernandes2 Ana Lúcia de Moraes Hort a3

Fernandes H, Hort a ALM. Percepções de alunas de graduação em enferm agem sobre parcerias sorodiscordant es par a o HI V/ aids. Rev Lat ino- am Enfer m agem 2005 j ulho- agost o; 13( 4) : 522- 9.

Trata- se de pesquisa qualitativa que teve por obj etivo identificar as percepções de alunas de graduação em enferm agem sobre parcerias sorodiscordant es para o HI V/ aids. Ut ilizou- se para o desenvolvim ent o dest e est udo a Teoria das Represent ações Sociais, buscando o sent ir, o pensar e o agir das alunas de enferm agem frent e à sorodiscordância para o HI V/ aids. Part iciparam seis ent revist adas com idades ent re 20 e 26 anos, r egular m ent e m at r iculadas no quar t o ano do cur so de gr aduação em enfer m agem da UNI FESP. Os dados foram colet ados pela “ Técnica de Desenho Proj et ivo com Tem a” e um a ent revist a com rot eiro est rut urado. Foi r ealizad a a an álise com o u so d a “ An álise d e Con t eú d o t ip o Tem át ica” . Os d ad os ob t id os lev ar am às represent ações que as alunas de enferm agem possuem sobre parcerias discordant es para o HI V/ aids. Cont udo este estudo m ostrou- se com o disparador para m aiores reflexões/ discussões futuras sobre processos de educação em saúde a casais que vivenciam a sorodiscordância e a at uação de enferm agem frent e a t em át ica.

DESCRI TORES: HI V; síndrom e da im unodeficiência adquirida; educação em saúde; enferm agem

NURSI NG STUDENTS’ PERCEPTI ONS ON HI V SERODI SCORDANT PARTNERSHI PS

This qualit at ive research aim ed t o ident ify undergraduat e nursing st udent s’ percept ions on m ixed- HI V-st at us couples. Social Represent at ion Theory was used t o get t o know how t he V-st udent s feel, t hink and act towards HI V/ aids serodiscordance. Six fourth- year nursing students were interviewed. Participants were between 20 and 26 years old. The “ Proj ective Them atic Drawing” and a structure interview were used for data collection. Dat a w er e analy zed by m eans of “ Them at ic Cont ent Analy sis” . The obt ained dat a r ev ealed t he st udent s’ percept ions on serodiscordant couples. This st udy t riggered fut ure reflect ions/ discussions on healt h educat ion for m ixed- HI V- st at us couples and nursing care.

DESCRI PTORS: HI V; acquired im m unodeficiency syndrom e; healt h educat ion; nursing

PERCEPCI ONES DE ALUMNOS DE ENFERMERÍ A SOBRE PAREJAS

SERODI SCORDANTES PARA EL VI H/ SI DA

La finalidad de est a invest igación cualit at iva fue ident ificar com o alum nos de pregrado en enferm ería per ciben par ej as ser odiscor dant es. Se usó la Teor ía de las Repr esent aciones Sociales par a el desar r ollo de este estudio, buscando el sentir, pensar y act uar de los alum nos ant e la serodiscordancia para el VI H/ sida. Se ent r ev ist ó a seis alum nos del cuar t o año con edad ent r e 20 y 26 años. La t écnica pr oy ect iv a de dibuj os tem áticos y la entrevista estructurada fueron utilizadas para recopilar los datos, que fueron analizados m ediante el análisis de contenido tem ático. Los datos obtenidos m ostraron las representaciones de los alum nos sobre las par ej as ser odiscor dant es. Est e est udio dispar ó m ayor es discusiones/ discusiones fut ur as sobr e pr ocesos de educación en salud para parej as serodiscordant es y la act uación de los enferm eros ant e el t em a.

DESCRI PTORES: VI H; síndrom e de la inm unodeficiencia adquirida; educación en salud; enferm ería

1

(2)

I NTRODUÇÃO

P

o r d ef i n i çã o p a r é o “ co n j u n t o d e d u a s p essoas ( . . . ) u m casal”( 1 ). Essas p essoas, q u an d o u n id as af et iv am en t e, p ossu em elos, sen t im en t os e v iv ências ím par es, aceit áv eis e significant es ent r e si. Todas as pessoas ao at ingirem a idade adult a com eçam a t om ar con t at o com m aior n ecessid ad e d e i n t i m i d a d e s e x u a l e d e s c o b r e m n o s r elacionam ent os a possibilidade da r ealização de sua v i d a s e x u a l , n e c e s s i d a d e h u m a n a d e i n e g á v e l i m p o r t ân ci a e q u e n ão en v ol v e som en t e asp ect os físicos, com o t am bém em ocion ais.

Com o surgim ent o da aids a hum anidade t em so f r i d o g r a n d es m u d a n ça s em su a sex u a l i d a d e e m esm o m u d an ças em con ceit os sob r e or ien t ações sex u ais, qu e at é en t ão er am pou co abor dados, por

t abus, insegur anças e ignor ância.

Po n t o s d e r e f l e x ã o , c o m o a p r e v e n ç ã o , com eçar am a sur gir ent r e as pessoas, m as ainda se esb ar r a em m u it os p r econ ceit os e m ed os f r en t e a um a doença que t em sua corporalidade est igm at izada, a s s u s t a d o r a , e s e n d o a s s i m , p o r v e z e s , p o u c o discut ida fr ancam ent e ent r e alguns casais, com isso m u i t o s d e l e s p o d e m s e r a c o m e t i d o s p o r e s s a in f ecção.

Den t r o d essa d in âm ica se in ser em m u it os par es, onde, por v ezes, ex per ienciam o fat o de um dos m em br os dessa or gan ização ser sor ocon v er t ido para HI V, m as seu par ceir o não, for m ando por t ant o os pares discordant es ou sorodivergent es.

Na en f er m ag em , p ou co se t em d iscu t id o a esse r espeit o, pois se t r at a de assunt o novo, r eplet o d e i n t e r r o g a çõ e s e p o r e sse m o t i v o p o d e g e r a r insegur ança e m edo pelo cuidador, m esm o os alunos de gr adu ação ex per ien ciam gr an des dificu ldades ao lidar com o por t ador de HI V/ aids, dif icu ldades qu e levam a m udanças em sua form a de pensar, sent ir e r ealizar os cuidados de Enfer m agem( 2 ).

A Sín d r om e d a I m u n od ef iciên cia Ad q u ir id a ( aids) su scit ou em t odos os pr of ission ais da saú de um a gam a de sent im ent os, em sua m aioria negat ivos. Nas ú l t i m as d u as d écad as, co n v i v eu - se co m essa r e a l i d a d e e m u i t o s d e s a f i o s c o n t i n u a m , n ã o s ó r el at i v o s à ep i d em i a, m as à so b r ev i v ên ci a d o ser h u m a n o . N ã o h á m e r o s e s p e c t a d o r e s , m a s a v e l o ci d a d e d a v i d a co n t e m p o r â n e a e a f a l t a d e perspect ivas faz com que t odos sint am , m uit as vezes, dessa for m a( 3 ).

A p a r t i r d o e x p o s t o , n e s t e e s t u d o h á a

n e c e s s i d a d e d e i d e n t i f i c a r q u a i s s ã o a s r e a i s in t er p r et ações f eit as p or alu n as d e g r ad u ação em en f er m ag em sob r e a sor od iscor d ân cia p ar a o HI V/ aids e as relações de gênero nela cont ida, para gerar m aior con h ecim en t o sob r e o assu n t o e ad eq u ação do ensino dir ecionado à t em át ica.

OBJETI VO

I dent ificar quais as per cepções de alunas de g r a d u a ç ã o e m e n f e r m a g e m s o b r e a s p a r c e r i a s sor odiscor dan t es par a o HI V/ aids.

PERCURSO TEÓRI CO-METODOLÓGI CO

A e sco l h a d a Te o r i a d a s Re p r e se n t a çõ e s Sociais nest e t r abalho v eio do ent endim ent o de que a aids é um a epidem ia ainda que present e há alguns an o s em n o ssa so ci ed ad e, r ep l et a d e si g n i f i cad o s sim bólicos, e m uit as das descober t as cient íficas não foram com part ilhadas, e m esm o ent re os profissionais d a s a ú d e p e r m a n e c e m i d é i a s p r e c o n c e i t u o s a s , per sist indo sent im ent os de am eaça e m edo( 3).

Co m a Teo r i a d as Rep r esen t açõ es So ci ai s b u sca- se a d im en são d o im ag in ár io e d o u n iv er so afet iv o, t r anscendendo a dicot om ia ent r e cognição e em oção( 4 ).

Na v er d ad e, Rep r esen t ações Sociais é u m t er m o f ilosóf ico q u e sig n if ica a r ep r od u ção d e u m co n t e ú d o d o p e n sa m e n t o o u d e u m a p e r ce p çã o an t er i o r. Nas Ci ên ci as So ci ai s são d ef i n i d as co m o cat egor ias de pensam ent o, de ação e de sent im ent o que expressam a realidade, explicam - na, j ust ificando-a ou quest ionificando-ando- ificando-a ( 5).

A Te o r i a d a s Re p r e s e n t a ç õ e s S o c i a i s é r efer encial t eór ico- m et odológico que busca um saber i n f o r m a l , o r i g i n a d o d o co t i d i a n o , p a r a l i d a r co m det erm inado assunt o, pessoa ou obj et o a fim de t orná-lo fam iliar e gar an t ir com u n icação ú n ica n o in t er ior do gr upo e int er agir com out r os indiv íduos e gr upos ex t er n os( 6 ).

(3)

princípios ét icos da pesquisa com seres hum anos, foi solicit ad o aos su j eit os su a p ar t icip ação v olu n t ár ia a t r a v é s d o Te r m o d e Co n s e n t i m e n t o Li v r e e Esclar ecid o.

Par a pr oceder a colet a de dados ut ilizou- se t r ês m om ent os. O pr im e ir o m om e nt o ocor r eu com o uso da “ Técnica de Desenho Proj et ivo com Tem a”( 7). Onde as alunas puderam expressar as represent ações acer ca d a sor od iscor d ân cia p ar a o HI V/ aid s com o uso do desenho com canet as coloridas em papel sulfit e A4 branco. Após a execução do desenho, solicit ou- se a r e a l i za çã o d e u m a e st ó r i a e scr i t a n o v e r so d o d esen h o e p ed i u - se às al u n as q u e ex p l i cassem a a t i v i d a d e r e a l i z a d a , a f i m d e a p r o f u n d a r a s infor m ações obt idas ou m esm o afir m á- las. Todas as falas for am gr av adas e post er ior m ent e t r anscr it as.

A so l i ci t a çã o n o r t e a d o r a p a r a co l e t a d o s dados nesse m om ent o foi: por fa vor de se n h e u m ca sa l onde, nessa rela çã o, um é soroconvert ido e o out r o nã o.

Em n e n h u m m o m e n t o f o r a m u t i l i z a d a s p alav r as q u e p u d essem in d u zir a d et er m in ação d e gêner os t ais com o par ceir o/ par ceir a, hom em / m ulher ou m ar id o/ esp osa.

No se g u n d o m om e n t o u m a f it a d e v íd eo pr oduzida pela Secr et ar ia Est adual de Saúde de São Paulo( 8), foi ex ibida.

O film e ex ibido t ev e dur ação de 28 m inut os e t i n h a c o m o c o n t e ú d o v i v ê n c i a s d e p a r c e r i a s sorodiscordant es, ou sej a, casais onde um dos suj eit os er a so r o co n v er t i d o p ar a o HI V e seu p ar cei r o o u par ceir a n ão.

Resu m idam en t e o film e con t a, sob a for m a de t ram a, a vivência de t rês pares discordant es, onde cada um possui desfecho difer ent e.

O t erceiro m om ent o foi a volt a ao suj eit o. Com o m at er ial desenhado, a est ór ia escr it a e a ex ib ição d o f ilm e, v olt ou - se às g r ad u an d as n a in t en ção de con h ecer qu e r ef lex ões f izer am após a com p ar ação en t r e o u n iv er so id eal, im ag in ad o p or elas e ex pr esso nos desenhos e est ór ia, com o r eal, ex ibido no film e.

Ap ós d i scu ssões, f oi l ev an t ad a a seg u i n t e quest ão nort eadora: em sua opinião, qual o papel d a e n f e r m a g e m f r e n t e à s p a r c e r i a s d isco r d a n t e s? Pr o cu r an d o , d esse m o d o , at en d er plenam ent e o obj et iv o do est udo.

O t er ceir o m om en t o t am bém f oi gr av ado e t od os os d ad os t r an scr it os f or am en t ão an alisad os a t r a v é s d a t é cn i ca d e “ An á l i se d e Co n t e ú d o t i p o

Tem át ica”, que pode ser definida com o um conj unt o d e t é c n i c a s , p o r p r o c e d i m e n t o s s i s t e m á t i c o s e obj et iv os de descr ição do cont eúdo das m ensagens, i n d i c a d o r e s q u e p e r m i t a m a i n f e r ê n c i a d e conhecim ent os r elat iv os às condições de pr odução e r ecepção dessas m en sagen s( 9 ).

Dent ro da Análise de Cont eúdo, a t écnica de An á l i se Te m á t i ca é m a i s a d e q u a d a p a r a e st u d o s qualit at ivos, onde o t em a é a unidade de significação que se liber t a nat ur alm ent e de um t ex t o analisado, segu n do cr it ér ios r elat iv os à t eor ia gu iador a. Ao se efet uar um a análise t em át ica, obj et iv a- se encont r ar o s n ú c l e o s d e s e n t i d o q u e c o m p õ e m u m a c o m u n i c a ç ã o , c u j a p r e s e n ç a , o u f r e q ü ê n c i a , si g n i f i q u e m a l g o p a r a a a n á l i se q u a n t i t a t i v a . Na abordagem qualit at iva o obj et ivo, ao se encont rar os núcleos de sent ido, é est abelecer a presença de t em as q u e t r a ze m v a l o r e s d e r e f e r ê n ci a e m o d e l o s d e com por t am ent o pr esent es no discur so( 5 ).

Par a p r o ced er à an ál i se d o s d esen h o s f o i n ecessár io pen sar em “ com o en x er gam os, sen t im os e com pr een dem os” cada “ obr a” r ealizada. Par a isso foi seguido o pensam ent o em que o pesquisador, por t er par t icipado int im am ent e do pr ocesso de pesquisa j unt o aos suj eit os, possa ser capaz de int er pr et ar as m ensagens for necidas pelos desenhos e pela est ór ia, dest acando sua for m a de “ v er ” os dados( 10).

Seguindo os passos de leit ura flut uant e ( pré-análise) , exploração do m at erial obt ido e int erpret ação d o s r e s u l t a d o s , f o i p o s s ív e l c h e g a r a t e m a s o u cat egor ias capazes de ilust r ar as r epr esent ações que os suj eit os dest e est udo possuíam sobre as parcerias discor dant es. Na análise dos discur sos v ár ios t em as em er g i r am n as f al as d o s at o r es, co n t u d o , q u at r o t o r n ar am - se esp eci al m en t e i m p o r t an t es, t r azen d o m aior sent ido ao obj et iv o pr opost o.

ANÁLI SE DO CONTEÚDO DESENHADO E DA

ESTÓRI A TEMÁTI CA

Con j u galidade e aids: o est igm a social do HI V/ aids fr ent e às r elações conj ugais

O prim eiro t em a ou cat egoria encont rado leva a a l g u m a s co n si d er a çõ es so b r e d o en ça cr ô n i ca e f am ília.

(4)

f oi m ar cad o p or u m a sér ie g ig an t esca d e d ú v id as, seg u id as d e p r econ ceit os e m ed os ir r acion ais q u e m esm o hoj e ainda per sist em .

Vist a at ualm ent e com o doença crônica, status ob t id o g r aças ao av an ço sen sív el d a t er ap ia an t i-ret roviral com binada ( coquet el) , a aids ainda carrega co n si g o u m a t i p o l o g i a m escl ad a en t r e o “ p seu d o -cont r ole” e o “ caos”. O pseudo- -cont r ole v em at rav és das cam pan h as de v eicu lação n acion al ou r egion al, além da ex pansão da t ecnologia far m acológica sobr e os ant i- ret rovirais. O caos surge em out ros aspect os, sendo sua form a de t ransm issão e a ausência de cura os pr in cipais fat or es desen cadean t es.

O m edo do con t ágio e a v isão pr econ izada s o b r e o s p o s s ív e i s c o n f l i t o s f r e n t e a u m r e l a c i o n a m e n t o s o r o d i s c o r d a n t e t r a z e m , p er cep t iv elm en t e, à t on a con f u são d e sen t im en t os qu e r ef let em dir et am en t e n a decisão de u n ir - se ou sep ar ar - se.

Mas gostar de alguém , am ar alguém , não quer dizer

que dá pra correr o risco de ficar j unto e sei lá... pegar ou passar

a doença. Tico

Acho que tem m uito conflito por gostar de outra pessoa.

Por ter envolvim ento, porque eles se gostam fica m ais difícil. Est evan

Com o ou t r a d oen ça cr ôn ica, a aid s p ossu i in ício, cu r so e con seq ü ên cias, p od en d o ap r esen t ar ou não incapacit ações fut ur as.

A ext ensão em que um a doença crônica pode pr ov ocar a m or t e e o gr au em que pode encur t ar a v ida de alguém são aspect os cr ít icos car act er íst icos, co m p r o f u n d o i m p a ct o p si co sso ci a l . O f a t o r m a i s cr ucial é a ex pect at iv a inicial quant o à possibilidade de um a doença pr ov ocar a m or t e( 11).

Essa expect at iva aguda de m or t e é bast ant e present e nos indivíduos port adores do HI V/ aids e suas f am ílias, ex p er ien cian d o, p or v ezes, im p act o en t r e su a s ex p ect a t i v a s d e v i d a e o d ep a r a r - se co m a finit ude hum ana( 12- 13).

A p essoa d oen t e t em e q u e a v id a t er m in e ant es de ex ecut ar seu “ plano de v ida” e t em e est ar sozinha na m ort e. Os m em bros da fam ília, incluindo-s e a q u i o c ô n j u g e o u p a r c e i r o , t e m e m incluindo-s e r sobr ev iv ent es sozinhos no fut ur o. Par a am bos ex ist e t endência à t rist eza e à separação ant ecipat órias que per m eiam t odas as fases da adapt ação. As fam ílias ou pessoas, r epr esen t at iv as com o t al, f icam pr esas en t r e u m d esej o d e in t im id ad e e u m im p u lso p ar a afast ar - se do doent e( 11).

( ....) Separar ou cont inuar? Separar é ruim m as e se ficar e pegar ou passar aids? Maria

As doenças gr aves que ocor r em no início do r e l a ci o n a m e n t o d e u m ca sa l sã o p a r t i cu l a r m e n t e e s t r e s s a n t e s , p o r q u e o s p a r c e i r o s a i n d a e s t ã o const ruindo os alicerces de sua relação a longo prazo. Par a casais de bom funcionam ent o, as per t ur bações c a u s a d a s p o r u m a d o e n ç a c r ô n i c a s ã o c o n t r a b a l a n c e a d a s p e l a b a s e m a i s f i r m e d o r elacion am en t o( 1 4 ).

A p o s s i b i l i d a d e d a p e r d a d o o u t r o , e m d e c o r r ê n c i a d a s o r o p o s i t i v i d a d e , é t a m b é m d e dest aque, vist o os conflit os despert ados nas est órias.

Falar o resultado da sorologia para quase todos pareceu

difícil. Tico

Acho que é difícil falar porque dá m edo de dizer e acabar

perdendo a pessoa que você gosta. João Pedro

Ou t r o t ó p i c o i m p o r t a n t e d e n t r o d a conj ugalidade e aids é a cor por alidade que a doença p ossu i.

Re p e t t o r e a l i zo u e st u d o cu j o o b j e t i v o f o i saber qual a im agem corporal que o port ador do HI V/ a i d s e o e n f e r m e i r o p o s s u e m s o b r e a d o e n ç a , u t i l i z a n d o o m é t o d o d e d i f e r e n c i a l s e m â n t i c o . Ob ser v ou q u e h ou v e con g r u ên cia en t r e a im ag em descrit a pelos port adores e pelos enferm eiros. Am bos d e f i n i r a m a i m a g e m c o r p o r a l d a a i d s c o m o assust ador a, r uim , negat iv a e desagr adáv el( 15).

Nos últ im os anos a cor por alidade do doent e de aids t em sido m udada. Ant es, pessoas caquét icas, ent regues à sort e em leit os hospit alares, aguardando a m o r t e d e f o r m a s o f r e d o r a e s u b m i s s a , h o j e , a ssi n t o m á t i ca s, p e sso a s t r a b a l h a n d o , e st u d a n d o , vivendo a vida com qualidade superior a m eados dos anos oit ent a e início da década de nov ent a.

(....) porque a gente não vê a cara da aids. Marco Antônio

A im agem cor por al do por t ador do HI V/ aids m u dou r ealm en t e, m as a im agem da doen ça ain da não. Por vezes há confusão nas duas cor por alidades. Se a im agem cor por al da doença não fosse t ão negat iv a( 15), por que t em ger ado t ant os conflit os nas par cer ias discor dant es? Tant o m edo para r evelar a sor op osit iv id ad e? Tan t a an g ú st ia p or p en sar em per der o out r o em decor r ência da sor oposit iv idade? Por vezes a r evelação do st at us sor oposit iv o p o d e r e p r e se n t a r a r u p t u r a d e r e l a ci o n a m e n t o s t r adicionais, um a r edefinição dos papéis de gêner o e a assu n ção de iden t idades con sider adas pelo gr u po d e r ef er ê n ci a co m o so ci a l m en t e d e sv i a n t e , co m o t r a i d o r / i n f i e l , h o m o s s e x u a l , u s u á r i o d e d r o g a s , pr ofissional do sex o et c( 16).

(5)

Fam ília ideal

Para m uit os, quando se fala em fam ília, pode su r g ir n a m en t e a im ag em d e u m ag lom er ad o d e pessoas j unt as, com o em um a fot o. Quando se pensa em f am ília, p en sa- se em ciclo. Den t r o d o ciclo d e v ida fam iliar ex ist em , obv iam ent e, alguns m om ent os d e “ a g l o m er a d o s d e g en t e”, m a s, a l ém d i sso, h á int er ação ent r e os ser es que a com põem .

Co n s i d e r a n d o a f a m íl i a c o m o s e n d o a u n id ad e em ocion al op er at iv a d esd e o b er ço at é o t ú m u l o , v ê - s e u m n o v o c i c l o d e v i d a f a m i l i a r co m e ça n d o n o e st á g i o d e “ j o v e n s a d u l t o s”, cu j o en cer r am en t o d a t ar ef a p r i m ár i a d e ch eg ar a u m a c o r d o c o m s u a f a m íl i a d e o r i g e m i n f l u e n c i a pr of u n dam en t e qu em , qu an do, com o e se eles v ão casar, e com o execu t ar ão t odos os ou t r os est ágios seguint es do ciclo de vida fam iliar( 11).

A in f lu ên cia dos elem en t os da f am ília pode ser clar a e dir et a ou m esm o cam uflada ou indir et a, co n t u d o , t a l i n f l u ên ci a é m a r ca n t e n o est á g i o d e lançam ent o do j ov em e cr iação dos nov os casais ou p ar es.

Par a as m u lh er es j ov en s qu e ex per ien ciam esse m om ent o do ciclo de v ida fam iliar ( per fil et ár io o n d e se en co n t r am o s su j ei t o s d est e est u d o ) , o s p r ob lem as n or m alm en t e cen t r am - se em d eix ar d e lado suas aut odefinições em fav or de encont r ar um com panheiro. Os hom ens, com m aior freqüência, t êm m a i o r d i f i c u l d a d e e m c o m p r o m e t e r - s e n o s r elacionam ent os, est abelecendo, em v ez disso, um a i d e n t i d a d e p s e u d o - i n d e p e n d e n t e c e n t r a d a n o t r abalho( 11).

Nesse novo m om ent o do ciclo de vida fam iliar, ca d a p e sso a p r o cu r a r á e n co n t r a r n o p a r ce i r o a s car act er íst icas qu e a sat isf aça af et iv o- sex u alm en t e. Nesse inst ant e, alguns m it os t ornam - se m ais ou m enos ev ident es com o o m it o da união ou pr opr iedade e o m it o de “ casal ideal”.

O assum ir do novo papel ocorrerá de acordo n ã o só co m a o r i e n t a çã o se x u a l r e ce b i d a co m o t a m b é m d a f o r m a c o m o o s u j e i t o s e a c e i t a af et iv am en t e.

D u r a n t e a co l et a d e d a d o s d est e est u d o , not ou- se que t odos os ent r ev ist ados r ealizar am nos desenhos casais het er ossex uais. O m esm o coincidiu com as est ór ias, que som ent e cont av am r elações de par ceir os de gên er os difer en t es.

Ao perceber esse fat o quest ionou- se o m ot ivo do acont ecido. A r espost a v eio pr ont am ent e:

É que quando você fala em casal vêm à m ente hom em e

m ulher. Difícil pensar em m ulherXm ulher ou hom em Xhom em ,

quando se fala em casal... fica estranho! Lucius

Ain d a en con t r a- se en r aizad o o con ceit o d e que o “ casal ideal” ou o “ casal nor m al” é som ent e o h e t e r o sse x u a l , e x cl u i n d o - se , d e a l g u m m o d o , o s c a s a i s h o m o s s e x u a i s o u a s p a r c e r i a s n ã o e n q u a d r á v e i s n o p a d r ã o su p r a ci t a d o d e u n i ã o . A h et er o ssex u a l i d a d e é m o st r a d a co m a d m i r a çã o e beleza nos r om ances, cinem a, t ev ê e dem ais for m as d e d iv u lg ação d a m íd ia. Casais h et er ossex u ais são vist os em t oda part e. Muit os ao observarem um j ovem c a s a l d e s s a o r i e n t a ç ã o s e x u a l a d m i r a m e c o m p l e m e n t a m d i z e n d o : “ Qu e b el o ca sa l ! ” Ca s a i s h om ossex u ais ex per ien ciam , por in ú m er as v ezes, o op ost o.

U n i õ e s a f e t i v o - s e x u a i s d i f e r e n t e s d a h et er ossex u al são, qu ase sem pr e, pr econ ceit u adas, i g n o r ad as, r ep u d i ad as o u t em i d as p el a so ci ed ad e global ou m esm o por m uit as fam ílias. Dessa for m a, as pessoas que se unem diferent em ent e dos padrões conv encionais, podem ex per im ent ar t ais sent im ent os sociais ar d u am en t e, sen d o, p or v ezes, v ít im as d e ag r av o s f ísi co s, em o ci o n ai s, so ci ai s e at é m esm o polít icos( 17).

O i d e á r i o s o c i a l d e f a m íl i a é , p o r t a n t o , h et er ossex u al, m esm o n a con t em por an eidade, on de h om em e m u lh er assu m em papéis ger alm en t e bem definidos e onde am bos devem t er com prom et im ent o com o n ov o sist em a, on d e p er d u r am os m it os d a f i d el i d a d e e p r o p r i ed a d e, d a j u n t i t u d e e d a t o t a l co n f i an ça. Há a f o r m ação d o si st em a m ar i t al e o al i n h am en t o d os r el aci on am en t os com as f am íl i as am pliadas e am igos par a incluir o cônj uge no int uit o de ser em aceit os e r espeit ados no gr upo( 11).

Mas com o “ casais ideais”, “ per feit os” podem um dia ex per ienciar a sor odiscor dância par a o HI V/ aid s?

Eu desenhei um casal hétero porque este tem sido o

perfil da aids nos últim os anos, né? Num é m ais aquela doença de

gays, prostitutas. São estes casais que pegam m ais a doença

hoj e em dia. Marco Antônio

(6)

en f er m id ad es, in d ep en d en t e d o g ên er o, or ien t ação sex ual, ou t ipo de união afet iv o- sex ual.

Most r an do r elações de pr oj eção

Eu fiquei desenhando e im aginei com o se fosse com igo!

Tipo, com o seria?...Lúcius

Ao se t r ab alh ar com a t écn ica d o d esen h o proj et ivo com t em a é esperado que se consiga obt er os principais pont os congruent es do que sent e, pensa e com o age o suj eit o fr ent e à t em át ica abor dada.

Os e n t r e v i s t a d o s , p o r v á r i a s v e z e s , m ost r ar am com ev idên cia as r elações de pr oj eção, dest acan do pr in cipalm en t e as per das, ex ist en t es ou p o ssív e i s, e m t o r n o d e r e l a ci o n a m e n t o s a f e t i v o -sex uais em que a aids ex ist a ou, m ais que isso, em que ex ist a som ent e em um dos par ceir os.

O q u e se n ot a n os d iscu r sos é a seg u in t e pergunt a: o que ident ifico no out ro que pode acont ecer ou não quer o que acont eça com igo?

Nesse sent ido, a saúde, sua m anut enção, a p o s s i b i l i d a d e d e p e r d a d a m e s m a o u , a i n d a , a possibilidade de f azer o ou t r o per dê- la m ost r am - se com o os pr incipais eix os t em át icos fr ent e à pr oj eção do “ v ir - a- ser ” sor odiscor dan t e.

M a s n ã o s ó a s p e r d a s r e l a c i o n a d a s à sorodiscordância para o HI V/ aids são evident es, com o a própria doença é t em ida, independent e de relações af et iv o- sex u ais ex ist en t es.

Mi st u r a m - se o eu co m o o u t r o , i n ú m er a s v ezes.

Out ro fat o im port ant e na relação de proj eção dem on st r ada é o m edo do con t ágio ou t r an sm issão da doen ça.

Em m uit os relacionam ent os afet ivos onde um dos parceiros é sabidam ent e soroposit ivo para o HI V, m esm o que haj a grande int eração ent re eles, haverá, por vezes, o m edo de cont am inar- se ou de t ransm it ir o v ír us.

Os e n t r e v i s t a d o s m o s t r a m e s s e m e d o c l a r a m e n t e q u a n d o s e i m a g i n a r a m v i v e n t e s d a m esm a sit uação, com o é m ost r ado a seguir :

Tipo: você deve gostar m ais de você ou do outro, m eu?!

Sei lá... é m uito difícil isso. Tico

Mas gostar de alguém , am ar alguém , não quer dizer

que dá pra correr o risco de ficar j unto e sei lá... pegar ou passar

a doença. Tico

O m ed o d a co n t a m i n a çã o / t r a n sm i ssã o d o v ír u s est á in t im am en t e r elacion ado com o m edo da m or t e.

O p en sam en t o d ir et o a r esp eit o d a m or t e, ou o p en sam en t o in d ir et o a r esp eit o d e m an t er - se v i v o e ev i t ar a m o r t e, o cu p a m ai s t em p o d o q u e q u alq u er ou t r o t em a . . . O p r in cip al en t r e t od os os t em as t abus é a m ort e( 18).

O pr econceit o ex ist ent e em t or no da aids é, por v ezes, um dos pr incipais fat or es desencadeant es d o m e d o d a m o r t e e , c o n s e q ü e n t e m e n t e , d o af ast am en t o do par ceir o.

Percebendo o papel e a im port ância da educação em sa ú d e

É o papel da prevenção... do soropositivo não ficar

transm itindo para outras pessoas. Acho que é educação em saúde isso, né!? Maria

Em e r g e n a s f a l a s d o s e n t r e v i s t a d o s a im por t ância do papel de educação par a a pr om oção d a sa ú d e . Co n t u d o , h o u v e n i t i d a m e n t e r e f l e x õ e s “ com o edu car ”.

Tais r eflex ões são im por t ant es pois m ost r am que o educador deve est ender seu papel, ir além do “ t er que fazer ”, com m ais env olv im ent o e int eração.

A gent e num t em só que dar cam isinha, não é só conhecim ent o é valorização, é consciência... A gent e, com o

profissional, tem que fazer algum a coisa em term os de educação, só que eu não sei o quê? Não sei com o! Não é só palestrinha que

resolve, entendeu? Porque eles j á sabem ... A palavra chave é: Educação em Saúde. Mas, m eu!... Sei lá com o! João Pedro

Prim eiro a gente tem que ter m ais contato com quem tá com este problem a... não adianta só chegar para um a pessoa que

não quer escutar e abordar o assunto sem antes saber m ais

dela... e já ir falando em prevenção, e você falar que ela não pode contam inar ninguém , que o sexo com o parceiro dela tem que ser

com preservativo, m as a pessoa não quer nem acreditar que ela tem a doença. Prim eiro é estabelecer um vínculo, saber com o a

pessoa tá aceitando... Estevan

Os ent r ev ist ados m ost r ar am per ceber que o e n f e r m e i r o p o ssu i , e m m a i o r g r a u , o s r e q u i si t o s necessár ios ao desenvolvim ent o da t ar efa de ensinar quest ões r elat iv as à saúde. Os cur sos de gr aduação em enfer m agem t êm , ent r e seus obj et ivos, capacit á-los para t al( 19). E a valorização das ciências hum anas n o cu r r ícu lo, b em com o a ab or d ag em d e asp ect os pedagógicos, v êm facilit ar sua capacidade de educar par a pr om ov er a saú de.

A gente fala, fala isso de abordagem , de conhecer o

outro m as não é fácil assim , sabe? A gente não sabe fazer isso direito. É Educação em Saúde, m as é difícil para gente... falta

algum a coisa. João Pedro

(7)

c o m o e s t á s e n d o r e a l i z a d a a f o r m a ç ã o d o s enferm eiros nos bancos universit ários at ualm ent e, de m o d o q u e su a p r o f i ssã o p o ssa se r e x e r ci d a co m plenit ude e at enda as necessidades at uais do cuidado hum ano. Mas nem sem pr e o enfer m eir o é capaz de r ealizar isso sozinho ( e nem dev e acr edit ar em sua o n i p o t ên ci a) , sen d o i m p o r t an t e a p ar t i ci p ação d e out ros profissionais de saúde, de m odo int erdisciplinar, par a m inim izar os pr oblem as r esult ant es da aids nas esfer as biológicas, psíquicas e/ ou sociais.

Per ceb e- se essa p r eo cu p ação n a seg u i n t e f r ase:

De repente precisa fazer acom panham ento psicológico

porque vai da cabeça da pessoa... De repente ela só faz coisa

errada porque tá na fase de negação. Tico

As p ar cer ias sor od iscor d an t es p ar a o HI V/ aids é u m n ov o pr oblem a de saú de pú blica. Desse m odo, n ov as in qu iet ações su r gem e t am bém n ov os d esaf ios.

Nem bem se adapt a à realidade da exist ência d o HI V/ aid s, m u it o m en os n as r elações f am iliar es, q u i çá co n se g u i r co m p r e e n d e r a co m p l e x i d a d e d a difer ença sor ológica na vida afet ivo- sexual de casais.

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Pe r ce b e - se n o s o l h a r e s, n a s f a l a s e n o s

gest os da sociedade m edos, preconceit os, dificuldades de enfr ent am ent o, dúv idas, segr edos, per das, m it os e cr enças que t om am for m a e em er gem ao se falar dessa sín dr om e.

A s s i m t a m b é m a c o n t e c e u c o m o s e n t r e v i st a d o s d e st e e st u d o q u e , a n t e s d e se r e m est udant es ou fut ur os pr ofissionais de enfer m agem , são ser es sociais que não pensam , sent em ou agem n o v a zi o . Po ssu em v i v ên ci a s e i n t er p r et a çõ es d a r ealidade social sob pr ism as difer ent es, pois t r azem consigo suas hist ór ias const r uídas ao longo da v ida. Cada qu al t em per cepções dif er en t es sobr e o HI V/ a i d s, m a s d u r a n t e a a n á l i se d o s d i scu r so s o b t i d o s n o t a - se q u e p e n sa m a i n d a co m a l g u n s p r e c o n c e i t o s , s e n t e m m e d o f r e n t e a a l g o r el at i v am en t e co n h eci d o , m as, ao m esm o t em p o , “ est r an h o”, “ d ist an t e” e n ão sab em ao cer t o com o

agir frent e à sorodiscordância para o HI V/ aids, devido à s s u a s l i m i t a ç õ e s p e s s o a i s c o m o t a m b é m acad êm i cas. Ap esar d i sso , acr ed i t am q u e p o ssam con t r ibu ir n a ger ação da m elh or ia n a qu alidade de v i d a d a s p a r ce r i a s so r o d i sco r d a n t e s, a t r a v é s d a edu cação par a pr om oção de saú de.

O o b j e t i v o d e st e t r a b a l h o f o i a l ca n ça d o , con t u do, desper t a a n ecessidade de n ov os est u dos q u e com p lem en t em o con h ecim en t o q u e ex ist e n a at u alid ad e sob r e as p ar cer ias sor od iscor d an t es n a esfer a social, em ocional e educat iv a.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

1. Fer r eir a ABH. Minidicionár io da língua por t uguesa. Rio de Janeir o ( RJ) : Nov a Fr ont eir a; 1999.

2. Piqueira LS. O sent ir, pensar e agir do aluno de Enferm agem fr ent e ao HI V/ aids. [ disser t ação] . São Paulo ( SP) : Escola de En f er m ag em / USP; 1 9 9 8 .

3. Pequeno MLR. As Repr esent ações Sociais dos enfer m eir os s o b r e o t r a b a l h o c o m o s p o r t a d o r e s d o H I V / a i d s . [ disser t ação] . São Paulo ( SP) : Escola de Enfer m agem / USP; 1 9 9 8 .

4. Tr iv inos ANS. I nt r odução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualit at iv a em educação. São Paulo ( SP) : At las; 1 9 9 0 .

5. Minayo MCS. Pesquisa social: t eoria m ét odo e criat ividade. Rio de Janeir o ( RJ) : Vozes; 1992.

6 . Moscov ici S. A r ep r esen t ação social d a p sican álise. Rio de Janeir o ( RJ) : Zahar ; 1978.

7 . Vaisb er g TMJA. O u so d e p r oced im en t os p r oj et iv os n a p e s q u i s a d e Re p r e s e n t a ç õ e s S o c i a i s : p r o j e ç ã o e t r an sicion alid ad e. Rev Psicol USP 1 9 9 5 ; 6 ( 2 ) : 1 0 3 - 2 7 . 8 . D i f e r e n ç a s : p a r c e r i a s d i s c o r d a n t e s [ v i d e o c a s s e t e ] . Se cr e t a r i a Est a d u a l d e Sa ú d e d e Sã o Pa u l o : Pr o g r a m a Est adual de DST/ aids de São Paulo ( SP) : Três Laranj as; 1997.

9. Bar din L. Análise de cont eúdo. Lisboa: Edições 70; 1977. 10. Tr inca W. For m as de inv est igação clínica em psicologia. São Paulo ( SP) : Vet or ; 1997.

11. Car t er BC, McGoldr ick M. As m udanças no ciclo de v ida fam iliar : um a est r ut ura para a t erapia fam iliar. Por t o Alegr e ( RS) : Ar t es Médicas; 1 9 9 5 .

12. Fernandes H. Deparando- se com a finit ude: o im pact o do diagn óst ico HI V+ par a a pessoa. 5 2 º Con gr esso Br asileir o de Enfer m agem ; 2000. out ubr o 21- 26; . Recife, Per nam buco. Recif e: ABEN- PE; 2 0 0 0 . p . 2 0 .

1 3 . Fer nandes H. A ( r e) or ganização do quer er v iv er social/ f a m i l i a r : h i s t ó r i a o r a l d e p o r t a d o r d e a i d s . Re v Pa u l En f er m ag em 2 0 0 2 m aio/ ag ost o; 2 1 ( 2 ) : 1 2 6 - 3 2 .

1 4 . Rolland JS. Aj udando fam ílias com per das ant ecipadas. I n: Walsh F, McGoldrick M. Mort e na fam ília: sobrevivendo às per das. Por t o Alegr e ( RS) : Ar t m ed; 1998.

15. Repet t o MA. Congruência ent re o enferm eiro e o pacient e com Sín d r om e d a I m u n od ef iciên cia Ad q u ir id a q u an t o aos c o n c e i t o s : p e r c e p ç ã o d a d o e n ç a e i m a g e m c o r p o r a l . [ dissert ação] . São Paulo ( SP) : Depart am ent o de Enferm agem / UN I FESP; 1 9 9 8 .

(8)

17. Garcia JC. Problem át icas da ident idade sexual. São Paulo ( SP) : Casa do Psicólogo; 2 0 0 1 .

1 8 . Walsh F, McGoldr ick M. Mor t e n a fam ília: sobr ev iv en do às per das. Por t o Alegr e ( RS) : Ar t m ed; 1998.

1 9 . D i l l y CM L; Je s u s M CP. Pr o c e s s o Ed u c a t i v o e m En f e r m a g e m : d a s c o n c e p ç õ e s p e d a g ó g i c a s à p r á t i c a pr ofissional. São Paulo ( SP) : Robel; 1995.

Referências

Documentos relacionados

1 Trabalho ext raído Proj et o de Pesquisa “ Verbalização de enferm eiros do m unicípio de Ribeirão Pret o sobre os riscos ocupacionais quím icos present es no am bient e hospit

1 Trabalho ext raído da Dissert ação de Mest rado; 2 Mest re em Enferm agem , Enferm eira da Com issão de Cont role de I nfecção Hospit alar do Hospit al.. Universit ário

1 Enferm eiro, Mestrando da Escola de Enferm agem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Bolsista CAPES, e- m ail: luccasm @ibestvip.com .br; 2 Mestre em Enferm agem

1 Tranalho ext raído da dissert ação de m est rado int it ulada “ Punção venosa períférica: avaliação de desem penho dos profissionais de enferm agem de um hospit al geral

2 Enferm eira, Dout oranda do Program a de Pós- Graduação em Enferm agem Fundam ent al da Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, e- m ail: m

1 Enferm eiro, Coordenador do Grupo I nt egrado de Transplant e de Fígado do Hospit al das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Pret o, da Universidade.. de São Paulo, e-

1 Trabalho ext raído da dissert ação de m est rado; 2 Enferm eira do Hospit al de Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília, at uando no Program a I nt erdisciplinar de I

1 Enferm eira do Hospit al das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Pret o da Universidade de São Paulo, Especialist a em Enferm agem Psiquiát rica.. e Saúde Mental, e-