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Tempo de permanência de enfermeiros em um hospital-escola e valores monetários despendidos nos processos de admissão, desligamento e provimento de novo profissional

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TEMPO DE PERMANÊNCI A DE ENFERMEI ROS EM UM HOSPI TAL- ESCOLA E VALORES

MONETÁRI OS DESPENDI DOS NOS PROCESSOS DE ADMI SSÃO, DESLI GAMENTO E

PROVI MENTO DE NOVO PROFI SSI ONAL¹

Fláv ia Lilalv a de Holanda² I sabel Cr ist ina Kow al Olm Cunha³

Holanda FL, Cunha I CKO. Tem po de perm anência de enferm eiros em um hospit al- escola e valores m onet ários despendidos nos pr ocessos de adm issão, desligam ent o e pr ov im ent o de nov o pr ofissional. Rev Lat ino- am Enferm agem 2005 set em bro- out ubro; 13( 5) : 642- 7.

Est e est udo descr it iv o t ev e com o obj et iv o conhecer o t em po de per m anência dos enfer m eir os num a inst it uição hospit alar e sua r elação com o v alor m onet ár io em hor as/ salár io, r efer ent e à adm issão, à saída e ao provim ent o de novo enferm eiro. Foram analisados os regist ros de saída de 109 enferm eiros de um hospit al na zona lest e da cidade de São Paulo, no período de 2000 a 2002, fornecidos pelo Depart am ent o de Recursos Hum anos em 2003, bem com o os v alor es m onet ár ios em hor as/ salár io do pessoal env olv ido no pr ocesso de seleção, adm issão, t reinam ent o e dem issão. O est udo m ost rou que o t em po de perm anência do enferm eiro na inst it uição foi cur t o ( m édia de 20 m eses e m ediana 18) ; 30, 53% dos enfer m eir os deix ar am o hospit al com m enos de 1 ano; o v alor m onet ár io m édio par a adm issão e desligam ent o de enfer m eir os foi de R$ 881,43 o t em po de per m anência br ev e duplicou o cust o par a a cont r at ação de nov o pr ofissional.

DESCRI TORES: r ecur sos hum anos de enfer m agem no hospit al; adm inist r ação de ser viços de saúde; econom ia

TI ME OF PERMANENCE OF NURSES AT A SCHOOL- HOSPI TAL AND EXPENSES RELATED

TO ADMI SSI ON, RESI GNATI ON AND HI RI NG OF A NEW PROFESSI ONAL

This descript ive st udy aim ed t o find out how long nurses st ay at a hospit al inst it ut ion and t he relat ionship wit h expenses in t erm s of hours/ salary regarding adm ission, resignat ion and hiring of a new nurse. We analyzed t he resignat ion records of 109 nurses ( 2000- 2002) from a hospit al in t he east ern region of São Paulo, provided by t he Hum an Resour ce Depar t m ent in 2003, as w ell as t he am ount s spent on hour s/ salar y of t he per sonnel involved in t he select ion process, adm ission, t raining and resignat ion. The st udy showed t hat t he nurses st ayed for a short period ( average of 20 m ont hs and m edian 18) . 30.53% of t he nurses left t he hospit al in less t han one year. R$ 881.43 was spent on hours/ salary for adm ission and resignat ion. This short t im e of perm anence doubled t he cost for hiring a new professional.

DESCRI PTORS: nur sing st aff, hospit al; healt h ser v ices adm inist r at ion; sav ings

TI EMPO DE PERMANENCI A DE ENFERMERAS EN UN HOSPI TAL- ESCUELA Y

SU RELACI ÓN CON EL MONTO GASTO EN LA ADMI SI ÓN, SALI DA Y

PROVI SI ÓN DE NUEVO PROFESI ONAL

Est e est udio descr ipt iv o t uv o com o obj et iv o conocer el t iem po de per m anencia de los enfer m er os en un hospit al y su r elación con el m ont o gast o en hor a/ sueldo r efer ent e a la adm isión, salida y pr ov isión de nuev o enfer m er o. Se analizó los r egist r os de salida de 109 enfer m er os de un hospit al en la zona lest e de la ciudad de São Paulo, en el periodo de 2000 a 2002, fornecidos por el Depart am ent o de Recursos Hum anos en 2 0 0 3 , bien com o los m on t os gast os en h or as/ su eldo del per son al in v olu cr ado en el pr oceso de selección , adm isión capacit ación y dem isión . El est u dio dem ost r ó qu e el t iem po de per m an en cia del en fer m er o en la inst it ución fue cort o ( prom edio de 20 m eces y m ediana de 18) ; el 30,53% de los enferm eros dej ó el hospit al con m enos de 1 año; el m ont o pr om edio gast o par a adm isión y salida de los enfer m er os fue R$ 881, 43; el t iem po de per m anencia cor t o duplicó el cost o par a la cont r at ación de nuev o pr ofesional.

DESCRI PTORES: per sonal de enfer m er ía en hospit al; adm inist r ación de los ser v icios de salud; econom ía

1 Trabalho apresent ado ao Curso de Especialização em Gerenciam ento de Serviços de Enferm agem do Departam ento de Enferm agem da Universidade

Federal de São Paulo, em agosto de 2003; 2 Enferm eira, Mest re em Ciências Nefrológicas, Enferm eira do Set or de Educação Cont inuada do Hospit al Sant a

Marcelina, e- m ail: dhm acedo@uol.com .br; 3 Enferm eira, Doutor em Saúde Pública, Professor Adj unto da Universidade Federal de São Paulo, Diretor da

(2)

I NTRODUÇÃO

A

t r av és do desenv olv im ent o de at iv idades na ár ea de Recur sos Hum anos, em um a inst it uição hospit alar de port e especial e dest inada a servir de cam po de prática a estudantes e profissionais da área d e saú d e, u m a d as au t or as, com o en f er m eir a d e Edu cação Con t in u ada, apr im or ou su a v isão cr ít ica quant o à rot at ividade do enferm eiro. Na observação do cotidiano, percebeu que a troca do enferm eiro em espaço de t em po m enor que um ano m odifica, ent re out r as coisas, o cust o do pr ocesso adm issional. A cu r t a p er m an ên ci a d o p r of i ssi on al n a i n st i t u i ção im plica em du plicidade da ação de t r ein am en t o e det erm ina adm issão, desligam ent o, e nova adm issão den t r o de pr azo in f er ior a 3 6 5 dias. Tam bém , h á aum ento do núm ero de horas dedicadas à introdução do novo enferm eiro com o consum o de horas/ salário dos ser v iços env olv idos, quer sej am dos Recur sos Hum anos ( RH) ou da Educação Cont inuada ( SEC) .

Í n d i ce r ed u zi d o d e en t r ad as e saíd as d e r ecur sos hum anos nas or ganizações é consider ado sa u d á v e l , p o i s o ca si o n a r o t a çã o m e r a m e n t e vegetativa e de sim ples m anutenção do sistem a. “ Esta rot ação pode ser orient ada no sent ido de incent ivar as operações e am pliar os result ados ou, ent ão, no se n t i d o d e e sv a zi a r o si st e m a , d i m i n u i n d o a s operações e, conseqüent em ent e os result ados”( 1). É

um m ovim ent o im port ant e na dinâm ica do m ercado de t rabalho em saúde( 2). A represent at ividade desse

m o v i m e n t o é i d e n t i f i ca d a p e l a a p l i ca çã o d e in d icad or es ap r op r iad os q u e in f or m am o n ív el d e rot at ividade da força de t rabalho( 3). Todavia, há que

se d e st a ca r q u e , e m b o r a se j a i m p o r t a n t e , p o i s m a n t é m o q u a d r o d e p e sso a l e m p r o p o r çõ e s adequadas e perm it e o funcionam ent o do sist em a, a r o t a t i v i d a d e é u m a d a s p r e o cu p a çõ e s d o s responsáveis pela área de recursos hum anos, j á que im plica n a n ecessidade de r eposição por m eio de novas adm issões( 4).

A saíd a d e u m en f er m ei r o d a i n st i t u i ção h o sp i t a l a r, q u a n d o f r e q ü e n t e , é u m a g r a n d e d i f i cu l d a d e a ser en f r en t a d a p el o s p r o f i ssi o n a i s envolvidos em novo provim ent o, para a adm issão e a d a p t a çã o d e o u t r o p r o f i ssi o n a l é n e ce ssá r i a a realização de um processo selet ivo e de t reinam ent o t eór ico- pr át ico específico( 5). Tr anscor r e, assim , um

per íodo longo ent r e a cont r at ação e a capacit ação desse enferm eiro para at uar na unidade, int erferindo si g n i f i ca t i v a m e n t e n o d e se m p e n h o d e v á r i o s profissionais dent ro da organização, na qualidade do

cu idado pr est ado aos clien t es, com o t am bém n os custos de provim ento desse novo profissional. Alguns au t or es afir m am qu e, qu an do ocor r e flu t u ação de p e sso a l e m n ú m e r o e l e v a d o , i n d e p e n d e n t e d a s propost as de aum ent o ou dim inuição dos result ados, torna- se um problem a adm inistrativo que m erece ser analisado( 1).

Ao se l ev an t ar a l i t er at u r a ex i st en t e em biblioteca virtual de saúde, sobre o tem a em questão, const at a- se pequeno núm ero de t rabalhos realizados pela enferm agem , em especial, nos últ im os anos.

Durante o período de alguns anos de trabalho em Educação Cont inuada, obser v ou- se no hospit al estudado, que parte dos enferm eiros contratados, após um t em po cur t o de t r abalho, deix av a a inst it uição. Esse co m p o r t a m e n t o d e se n ca d e i a p r o ce sso s d e desligam ent o e adm issão envolvendo vários serviços e de m aneira especial o de Recursos Hum anos ( RH) e o de Educação Cont inuada ( SEC) .

Co n si d e r a n d o o s f a t o s e a s co n d i çõ e s expost as, algum as quest ões foram levant adas, ent re elas:

- Qual é o t em po de perm anência do enferm eiro na I nst it uição Hospit alar, na dat a do seu desligam ent o? - Qual é o tem po de perm anência do enferm eiro nas unidades hospit alares, na dat a do seu desligam ent o? - Qual é o núm ero de desligam ent os, cuj o t em po de per m anência do enfer m eir o no hospit al é infer ior a um ano?

- Qual é o valor m onetário m édio, em reais, referente às hor as/ salár io dos pr ofissionais de RH e do SEC par a desligam en t o do en f er m eir o e con t r at ação e t reinam ent o de novo profissional?

- O t em po de per m anência do enfer m eir o, quando infer ior a um ano, m odifica os v alor es m onet ár ios m é d i o s ( h o r a s/ sa l á r i o ) n o p r o v i m e n t o d o n o v o p r of ission al ( ad m issão/ t r ein am en t o/ d eslig am en t o/ nova adm issão e t reinam ent o) ?

Co m o i n t u i t o d e o b t e r r e sp o st a s a o s qu est ion am en t os f eit os, o pr esen t e est u do t ev e o pr opósit o de conhecer o t em po de per m anência do enferm eiro em um hospit al geral de port e especial e os valores m onet ários em horas/ salário referent es à adm issão, desligam ent o, pr ov im ent o e t r einam ent o de um novo profissional pelo de RH e pelo SEC.

OBJETI VOS

(3)

h o sp i t a l a r g e r a l e p r i v a d a , n a d a t a d o se u desligam ent o.

- Verificar o tem po de perm anência do enferm eiro na inst it uição, conform e a área de t rabalho, na dat a do seu desligam ent o.

- I dentificar o núm ero de desligam entos do enferm eiro com t em po de per m anência infer ior a um ano em um a inst it uição hospit alar.

- Av er i g u ar o v al o r m o n et ár i o m éd i o , em r eai s, referent e às horas/ salário dos profissionais do RH e do SEC para adm issão, t reinam ent o e desligam ent o de enfer m eir os.

- Verificar se o tem po de perm anência do enferm eiro em um a instituição hospitalar geral e privada, quando inferior a um ano, gera m udança de valor m onet ário m é d i o e m r e a i s r e f e r e n t e à s h o r a s/ sa l á r i o d o s profissionais do RH e do SEC no processo adm issional.

METODOLOGI A

Est a pesquisa, com abordagem quant it at iva, f o i d o t i p o d escr i t i v a , d e ca r á t er l o n g i t u d i n a l e r et r osp ect iv o, r ealizad a a p ar t ir d os r eg ist r os d e desligam en t os de en f er m eir os n o per íodo de t r ês anos, j aneiro de 2000 a dezem bro de 2002, e a partir do levant am ent o do valor m onet ário m édio referent e às horas/ salário dos profissionais nas áreas de RH e SEC. O proj eto foi subm etido à apreciação do Com itê d e Ét ica em Pesq u isa d a in st it u ição e ap r ov ad o. Real i zo u - se n o Ser v i ço d e Ed u cação Co n t i n u ad a ( SEC) e no Departam ento de Recursos Hum anos ( RH) de um a inst it uição hospit alar filant r ópica de por t e especial, localizada na zona lest e da cidade de São Paulo. O hospit al at ende pacient es do Sist em a Único d e Saú d e ( SUS) , em 8 3 , 1 1 % d o s seu s l ei t o s, e pacient es de div er sos conv ênios e par t icular es nos leit os rest ant es. Na área adm inist rat iva do hospit al, a chefia de enferm agem const it ui- se de Coordenação de Enferm agem , subordinada diret am ent e à Diret oria Assist encial. Seu quadro de pessoal congrega 1.376 profissionais de Enferm agem entre auxiliares, técnicos e enfer m eir os.

A população do estudo constituiu- se dos 109 r e g i st r o s d e e n f e r m e i r o s q u e se d e sl i g a r a m d a inst it uição. Foi r ealizado t am bém um r elat ór io dos v alor es m on et ár ios m éd ios d as h or as/ salár io d os profissionais de RH e do SEC, gerados pelo processo de adm issão, desligam ent o, provisão e t reinam ent o

de novo profissional.

A colet a de dados abr an geu a v er if icação desses regist ros no período de t rês anos, de j aneiro d e 2 0 0 0 a d e ze m b r o d e 2 0 0 2 , e m co n su l t a a o Cadast ro Geral de Em pregados e Desem pregados do Mi n i st é r i o d o Tr a b a l h o ( CAGED ) e x i st e n t e n o Depart am ent o de Recursos Hum anos da inst it uição, em j ulho de 2003. Os instrum entos usados para coleta dos dados for am um a planilha com cinco colunas, apresent ando ident ificação codificada do profissional, u n id ad e d e t r ab alh o, d at a d e ad m issão, d at a d e desligam ento e tem po de perm anência do enferm eiro n a i n st i t u i çã o e u m r e l a t ó r i o e n v i a d o p e l o Departam ento de RH contendo os valores m onetários horas/ salário do pessoal de RH e SEC para o processo adm issional e de desligam ent o nos anos de 2000, 2001, 2002.

Par a m elh or com p r een são d est e t r ab alh o houve necessidade de definir os seguint es t erm os:

1. t em po de perm anência é o núm ero de dias que

o enferm eiro perm aneceu em pregado na inst it uição;

2. h or a s/ sa lá r io correspondem ao valor m onet ário

m éd io, em r eais, r ef er en t es ao n ú m er o d e h or as d esp en d id as p elos p r of ission ais d o SEC e RH n o p r o ce sso d e a d m i ssã o , d e t r e i n a m e n t o e d e desligam ent o do enfer m eir o.

Os resultados obtidos foram apresentados em seu s v alor es ab solu t os e r elat iv os, ilu st r ad os em t abelas.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

Tem po de perm anência do enferm eiro desligado

(4)

per m anência do enfer m eir o, em núm er os de dias, houve variação de 3 a 4.762, correspondendo à m édia de 20 m eses e à m ediana de 18.

O h o sp i t al ad m i t e co m m ai o r f r eq ü ên ci a enferm eiros recém - form ados que est ão em busca da co n t i n u i d a d e d o se u a p r e n d i za d o t e ó r i co e n a consolidação de habilidades, a fim de obt er m elhor pr át ica e m ais segur ança par a enfr ent ar um out r o m er cad o d e t r ab al h o cap az d e o f er ecer m ai o r es b e n e f íci o s, co m o p l a n o d e ca r r e i r a , f a ci l i d a d e diferenciada de transporte, entre outros. Essa política de r ecur sos hum anos pode ser o fat or cont r ibuint e p a r a o a u m e n t o d a r o t a t i v i d a d e d o p e sso a l d e e n f e r m a g e m e d o n ú m e r o si g n i f i ca t i v o d e desligam ent os pr ecoces.

A p o l ít i ca sa l a r i a l d e se n v o l v i d a p e l a inst it uição é responsável m uit as vezes pelo núm ero de saídas( 6). A alta rotatividade traz consigo prej uízos

financeiros, de qualidade da assistência e do grau de sat isfação pessoal e profissional da equipe( 6).

Tem po de perm anência do enferm eiro na unidade de t rabalho na dat a do desligam ent o

Em r elação ao t em p o d e p er m an ên cia d o e n f e r m e i r o p o r á r e a d e t r a b a l h o ( se r v i ço s o u u n idades) , v er if icou - se qu e dos 4 2 desligam en t os ocorridos com m enos de 1 ano, 7 ( 16,6% ) ocorreram na UTI Adult o, 5 ( 11,9% ) na Hem at ologia, 4 ( 9,5% ) nas unidades de Pronto- Socorro, do Centro Cirúrgico, d e Ci r u r g i a Ger al e d e Mo l ést i a I n f ecci o sas e 3 ( 7 , 1 5 % ) n a á r ea d e Co n v ên i o e n a u n i d a d e d e at endim ent o conj unt o de Endocrinologia, Neuroclínica e Ur ologia. Out r as oit o unidades t iv er am um único desligam ent o de enferm eiro com o t em po de serviço aqui considerado ( Tabela 1) .

o h l a b a r t e d a e r

Á TempodepermanênciadosEnfermeiros ) s e d a d i n u e o ç i v r e s

( <1ano 1-|5anos 5-|10anos s10anos TOTAL

N % N % N % N % N %

o tl u d A s I T

U 7 16,60 9 20,00 2 11,75 18 16,51 o r r o c o S o t n o r

P 4 9,50 5 11,10 2 11,75 1 20 12 11,01 m e g a m r e f n E e d o ã s i v r e p u

S 3 6,67 3 17,60 3 60 9 8,26 o c i g r ú r i C o r t n e

C 4 9,50 3 6,67 1 5,90 8 7,35 o i n ê v n o

C 3 7,15 4 8,88 7 6,42

O M T e a i g o l o t a m e

H 5 11,90 2 11,75 7 6,42 a i g o l o r U e a c i n íl c o r u e N , o n ir c o d n

E 3 7,15 2 4,45 5 4,59

o c ir t é t s b O o r t n e

C 4 8,88 1 5,90 5 4,59

l a r e G a c i g r ú r i

C 4 9,50 4 3,67

a s o i c c e f n I a it s é l o

M 4 9,50 4 3,67

l a t a n o e N I T

U 2 4,45 2 11,75 4 3,67

a c i d é M a c i n íl

C 1 2,40 2 4,45 3 2,75

a ir t a i d e

P 1 2,40 1 2,22 1 5,90 3 2,75 e d a d i n r e t a

M 2 4,45 1 5,90 3 2,75

e s il á i D e a i g o l o r f e

N 3 6,67 3 2,75

a i d e p o t r O e a i g r u r i c o r u e

N 1 2,40 1 2,22 2 1,83

e u g n a S e d o c n a

B 1 2,40 1 5,90 2 1,83

a c ir t á i d e P I T

U 2 4,45 2 1,83

a i g o l o m u e n P e a i g o l o i d r a

C 1 2,22 1 5,90 2 1,83

a i g o l o c e n i G e r a l u c s a

V 1 2,40 1 0,92

a i p a r e t o i m i u

Q 1 2,40 1 0,92

o c s i R e d a i c n ê r e

G 1 2,40 1 0,92

o h l a b a r T o d a n i c i d e

M 1 2,40 1 0,92

s e d a d il a i c e p s E e d o ir ó t a l u b m

A 1 2,22 1 0,92

a d a u n it n o C o ã ç a c u d

E 1 20 1 0,92

l a t o

T 42 100 45 100 17 100 5 100 109 100

Tabela 1 – Tem po de Perm anência do Enferm eiro na I nst it uição, segundo Área de Trabalho. São Paulo, 2003

Na d i st r i b u i çã o d o s 4 5 e n f e r m e i r o s q u e saír am da in st it u ição com t em po de per m an ên cia ent r e 1 e 5 anos, pode- se const at ar que 9 ( 20% ) exerciam suas at ividades de t rabalho na Unidade de Terapia I ntensiva ( UTI ) Adulto e 5 ( 11,1% ) no Pronto-Socor r o ( PS) . Dessa m aneir a foi possív el per ceber que, no período m enor que 1 ano e entre 1 e 5 anos,

h o u v e o m a i o r n ú m e r o d e d e sl i g a m e n t o s d e enfer m eir os nas r efer idas unidades.

Quando o tem po de perm anência foi superior a 10 anos, 4 ( 80 % ) dos desligam ent os ocor r er am em áreas de t rabalho de Supervisão de Enferm agem e de Educação Cont inuada.

(5)

par a o ent endim ent o dos r esult ados obt idos nesse i t em , p o d e- se v er i f i car q u e a t ax a d e o cu p ação hospit alar m édia no período de 2000 a 2002 foi de 89, 83 e 80% , respectivam ente. Houve áreas onde a t axa de ocupação foi superior à m édia, com o a UTI ( ap r ox im ad am en t e 9 8 % ) e PS Ad u lt o ( m éd ia d e 2 5 0 % ) . Co n si d e r a n d o o u t r o a sp e ct o , co m o a com plexidade do t rabalho realizado por enferm eiros n essas u n idades, v er if ica- se qu e a qu an t idade de at ividades assist enciais relacionadas com a gravidade do client e é alt a, gerando sobrecarga de t rabalho e const ant e t ensão. Quando a quant idade de t rabalho d o p r of ission al é elev ad a, h á in sat isf ação com o conseqüente aum ento do nível de ansiedade. O st ress no trabalho, denom inado burnout, constitui- se em um co n j u n t o d e si n a i s e si n t o m a s d e ca n sa ço o u esgot am ent o físico e m ent al, acarret ando abandono, m u d an ça o u d esl i g am en t o d o em p r eg o( 7 ). Ou t r o

est udo m ost r a que, dos enfer m eir os de difer ent es set ores de um hospit al universit ário, aqueles lot ados e m UTI s a p r e se n t a r a m m a i o r n ú m e r o d e d i a s afast ados do t rabalho devido a doenças( 8) .

Valor m onet ário m édio horas/ salário dos profissionais do RH e do SEC par a adm issão e desligam ent o do en f er m eir o

Sabe- se que o desligam ent o, pr ov im ent o e treinam ento de um profissional determ inam um custo direto e indireto associados. Neste trabalho, analisou-se so m en t e o v al o r m o n et ár i o m éd i o , em r eai s, r ef er en t e às h o r as/ sal ár i o d o s p r o f i ssi o n ai s q u e t rabalham no RH e SEC e que est iveram envolvidos n o p r ocesso, ap esar d e ex ist ir a p ar t icip ação d e out ros serviços no conj unt o de at ividades.

Tabela 2 – Valores m onetários m édios ( com encargos) h o r a s/ sa l á r i o e m r e a i s, r e f e r e n t e s a o t e m p o d esp en d id o p elos p r of ission ais d e RH e SEC n os p r o ce sso s d e a d m i ssã o e d e sl i g a m e n t o d o s enferm eiros no período de 2000, 2001 e 2002. São Paulo, 2003

o s s e c o r P

a c it s ít a t s E C E

S RH

o p m e T

) o t u n i m / a r o h

( V(Ral$o)r (horTae/mmpinouto)V(Ral$o)r )

o t n e m a n i e rt o d n i u l c n i( o ã s s i m d

A 32:10 818,90 13:20 18,25 o

t n e m a g il s e

D 0:10 2,41 6:15 41,87 l

a t o

T 32:20 821,31 19:32 60,12

Pela Tabela 2, ficam evidenciados os valores m onetários m édios das horas/ salário dos profissionais

de RH e do SEC, t ant o na adm issão e t r einam ent o com o no desligam ent o do enfer m eir o na inst it uição ca m p o d e e st u d o . Po d e - se p e r ce b e r q u e h o u v e v ar iações dos v alor es m onet ár ios m édios e t em po despendido, segundo a fase do processo desenvolvido e o serviço em quest ão.

Para a adm issão do enferm eiro, o SEC utilizou 32 horas e 10 m inut os, correspondent e a R$ 818,90 e o RH precisou de 13 horas e 20 m inut os ao valor m onet ár io m édio de R$ 18,25 par a a r ealização de at ividades que lhe foram pert inent es. Para as ações de sua com pet ência no desligam ent o do profissional, av er i g u ou - se q u e, t an t o a q u an t i d ad e d e t em p o quanto os valores m onetários, ficaram reduzidos para o SEC ( 10 m inut os a R$ 2,41) e, em se t rat ando do RH, houve dim inuição do tem po despendido e aum ento dos valores m onet ários dist ribuídos aos profissionais participantes do processo ( 6 horas e 15 m inutos a R$ 441,87) . O v alor m onet ár io m édio aufer ido r ev elou q u e, p ar a con t r at ar u m en f er m eir o, a in st it u ição hospit alar inv est iu ex clusiv am ent e em pr ofissionais de RH e de SEC a quantia de R$ 837,15 e tem po de 4 5 h or as e 3 0 m in u t os, r elacion ados a at iv idades específicas de cont rat ação t ais com o: recrut am ent o, seleção ( aplicação e correção de provas, entrevistas) , acolhim ent o e t reinam ent o do enferm eiro cont rat ado. Par a o pr ocesso de desligam ent o o v alor foi de R$ 44, 28 e o consum o de t em po foi de 6 hor as e 25 m inut os, relacionados a at ividades específicas com o rot inas adm inist rat ivas e ent revist a de desligam ent o ( feita por psicólogo) . Os dois processos totalizaram o valor de R$ 881,43, correspondentes ao tem po de 51 horas e 55 m inut os de at ividades para a cont rat ação e desligam ent o de um enferm eiro.

Valor m onet ário m édio horas/ salário dos profissionais do SEC e do RH nos desligam ent os do enfer m eir o com t em po de perm anência inferior a um ano

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infer ior a um ano na inst it uição, o v alor m onet ár io m éd io r ef er en t e às h or as/ salár io d est in ad as aos pr ofissionais de SEC e do RH foi duas v ezes m aior que no processo habit ual.

Além da per da financeir a, est udos r efer em que há queda de produt ividade durant e o período de t r einam ent o, or ient ação e adapt ação do enfer m eir o e m e x p e r i ê n ci a . Ao f i n a l d o s t r ê s m e se s d e experiência, a porcentagem de produtividade do novo e n f e r m e i r o co n t r a t a d o é d e 2 7 , 6 8 , e 9 0 % , respect ivam ent e( 9- 10).

CONCLUSÕES

Os r e su l t a d o s o b t i d o s n e st e e st u d o perm itiram chegar às seguintes conclusões referentes aos obj et iv os est abelecidos:

- os en f er m eir os n a in st it u ição cam p o d e est u d o apr esent ar am t em po de per m anência cur t o ( m édia de 20 m eses, e m ediana de 18 m eses) ;

- o Pr on t o- Socor r o Ad u lt o e a UTI Ad u lt o f or am r esponsáv eis pelo m aior núm er o de desligam ent os nos prim eiros anos de serviços.

- da população est udada 38,53% desligar am - se no pr im eir o ano;

- o v alor m onet ár io m édio, em r eais, r efer ent e às horas/ salário dos profissionais do RH e do SEC para adm issão, treinam ento e desligam ento de enferm eiros

foi de R$ 881,43;

- quando ocorre o desligam ent o do enferm eiro num prazo inferior a um ano, o valor m édio sobe para, no m ínim o, R$ 1 . 7 1 8 , 5 8 ( adm issão e t r einam ent o do enferm eiro desligado + desligam ent o de enferm eiro + adm issão e t reinam ent o de novo enferm eiro) .

CONSI DERAÇÕES FI NAI S

Considerou- se que o t em po de perm anência do enferm eiro na instituição foi breve, todavia, a alta r ot at iv idade de en fer m eir os em h ospit ais- escola é fenôm eno conhecido. Percebe- se que out ros fat ores t alv ez t enham cont r ibuído par a esses r esult ados e surgem indagações com o: a saída do enferm eiro foi v olu n t ár ia ou in v olu n t ár ia? h ou v e u m a adapt ação adequada do funcionário à inst it uição? houve algum a insat isfação com a polít ica de recursos hum anos? foi det ect ada algum a deficiência no preparo acadêm ico r elacionado à pr át ica? as condições e a quant idade de t rabalho foram inadequadas?

Out ros est udos devem dar seqüência a est a invest igação, principalm ent e no sent ido de relacionar o s p o ssív e i s f a t o r e s ca u sa i s d o s a ch a d o s co m asp ect o s d o p r o cesso sel et i v o , d a ad ap t ação d o funcionário e principalm ent e da polít ica de recursos h u m an os desen v olv ida n a I n st it u ição, obj et iv an do busca de soluções.

REFERÊNCI AS BI BLI OGRÁFI CAS

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Tabela 1 – Tem po de Perm anência do Enferm eiro na I nst it uição, segundo Área de Trabalho
Tabela 2 – Valores m onetários m édios ( com  encargos) h o r a s/ sa l á r i o   e m   r e a i s,   r e f e r e n t e s  a o   t e m p o d esp en d id o  p elos  p r of ission ais  d e  RH  e  SEC  n os p r o ce sso s  d e   a d m i ssã o   e   d e sl i g

Referências

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