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Estratégias de reprodução do capital e as novas espacialidades urbanas: o comércio de auto-serviço em Uberlândia (MG)

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Academic year: 2017

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(1)

ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO DO CAPITAL E AS

NOVAS ESPACIALIDADES URBANAS: O COMÉRCIO

DE AUTO-SERVIÇO EM UBERLÂNDIA (MG)

Rio Claro (SP)

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Instituto de Geociências e Ciências Exatas

Campus de Rio Claro

ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO DO CAPITAL E AS

NOVAS ESPACIALIDADES URBANAS: O COMÉRCIO

DE AUTO-SERVIÇO EM UBERLÂNDIA (MG)

Geisa Daise Gumiero Cleps

Orientador: Prof. Dr. Pompeu Figueiredo de Carvalho

Tese de Doutorado elaborada junto ao Curso de Pós-Graduação em Geografia - Área de Concentração em Organização do Espaço, para obtenção do Título de Doutor em Geografia.

Rio Claro (SP)

(3)

G330.971681 Cleps, Geisa Daise Gumiero

C628c Estratégias de reprodução do capital e as novas espacialidades urbanas: o comércio de auto- serviço em Uberlândia – MG / Geisa Daise Gumiero Cleps. – Rio Claro : [s.n.], 2005

317 f. : il., gráfs., tabs., fots., mapas

Tese (doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas

Orientador: Pompeu Figueiredo de Carvalho

1. Geografia comercial – Brasil. 2. Comércio. 3. Hipermercados. 4. Novas centralidades. 5. Espaço urbano. 6. Cidades I. Título.

(4)

COMISSÃO EXAMINADORA

_________________________________________ Prof. Dr Pompeu Figueiredo de Carvalho

(Orientador)

_________________________________________ Profa. Dra. Beatriz Ribeiro Soares

___________________________________________ Profa. Dra. Silvia Aparecida Guarniere Ortigoza

___________________________________________ Prof. Dr. Roberto Braga

____________________________________________ Prof. Dr. José Francisco

___________________________________________ - aluno(a)- Geisa Daise Gumiero Cleps

Rio Claro, 05 de maio de 2005

(5)

Ao JOÃO, companheiro e amigo, com todo o meu carinho.

Ao meu querido e pequeno rapazinho, JOÃO GABRIEL, “presente do paizinho do céu”,

razão do meu viver que, na sua pureza de coração, ensinou-me a admirar o orvalho da manhã e o pôr- do- sol, fazendo-me acreditar num amanhã melhor do que hoje.

(6)

AGRADECIMENTOS

À minha família pela compreensão e paciência em todos os momentos em que me ausentei do lar enquanto mãe, mulher, filha e irmã.

Ao João, companheiro e amigo, que desde o mestrado incentivou-me e ajudou-me em todas as horas, especialmente nas mais difíceis. Mais do que companheiro de jornada, pai e colega de trabalho, ele sempre esteve presente nas pesquisas e na busca de materiais que pudessem me ser útil.

Aos meus pais, Antonio e Angelina, que sempre me apoiaram e que vêem na conclusão deste trabalho a realização de um sonho de infância. Obrigado pelo carinho, pelos constantes incentivos, pela formação e pelo amor com que vocês me criaram. Ao meu irmão José Luis que, durante todo este período, tem procurado suprir minha ausência junto aos nossos pais.

Em especial, quero agradecer ao Prof. Dr. Pompeu Figueiredo de Carvalho pelo estímulo intelectual, pela confiança depositada em nosso trabalho, pela compreensão demonstrada num momento de extrema dificuldade, quando nos ensinou um novo caminho: o da amizade e da tolerância, os quais nos proporcionaram um amadurecimento não só científico, mas, acima de tudo, de respeito ao próximo. Obrigada, professor, pelas importantes sugestões durante o exame de qualificação, pela eficiente e paciente orientação, pela sua dedicação e cavalheirismo tão difícieis de encontrar nos dias de hoje.

(7)

Ao Prof. Dr. Roberto Braga, do Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento, da Unesp de Rio Claro, pelas importantes sugestões durante a realização do exame de qualificação.

Aos colegas do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia que nos incentivaram, em especial à Profa. Dra. Beatriz Ribeiro Soares, pelas sugestões de leituras, pelas importantes discussões sobre o urbano e pelas longas conversas que tanto contribuíram para a realização do trabalho; ao Prof. Dr. Willian Rodrigues Ferreira pelos esclarecimentos sobre as políticas públicas praticadas no urbano de Uberlândia.

Ao Prof. Dr. Silvio Carlos Rodrigues, colega com o qual dividimos a sala de trabalho e que, por tantas vezes, ouviu lamentações, partilhou de dúvidas e, no final do trabalho, auxiliou-nos na impressão de mapas. Ao Prof. Ms. Sylvio Luiz Andreozzi pelas contribuições e o apoio prestado, principalmente durante sua estadia em Rio Claro.

À amiga, Profa. Dra. Silvia Aparecida Ortigoza, do Departamento de Geografia da Unesp de Rio Claro, que muito contribuiu nas discussões sobre o tema, sobretudo na indicação de leituras e obras.

À Universidade Federal de Uberlândia, na pessoa do pró-reitor de pós-graduação, Prof. Dr. Eduardo Nunes Guimarães, pelo auxílio na confecção dos exemplares do trabalho.

À Lúcia, Janete e Mizmar, do Instituto de Geografia, pelo carinho e atenção durante todos esses anos e, ainda, pela colaboração na realização de ligações telefônicas, envio de correspondências e fax, pelos cafezinhos e fornecimento de materiais de consumo que tanto nos ajudaram na realização da pesquisa.

(8)

Ao Rodrigo pela paciência demonstrada frente às nossas exigências no processo de confecção dos mapas, ao Guilherme (o Gui) que tantas vezes nos ajudou a resolver os problemas de informática e elaborou conosco as páginas iniciais de alguns capítulos; à Jureth e ao Eduardo pelo auxílio na montagem de várias figuras que ilustram o trabalho; e ao Eduardo Moraes, do setor de Divisão Gráfica da UFU, pela preciosa ajuda na montagem dos exemplares.

À Profa. Sonia Maria Guimarães de Oliveira que, desde o processo de qualificação do mestrado, tem contribuído com indispensáveis sugestões, correções gramaticais e ortográficas que auxiliam o entendimento e a leitura de nossos trabalhos.

A todos os empresários, gerentes de marketing, diretores executivos e funcionários das redes varejistas que atuam no Brasil, principalmente em Uberlândia, agradeço a atenção dispensada, os esclarecimentos e as informações prestadas. Quero destacar a preciosa colaboração da Rede Valor, pertencente ao Grupo Peixoto, especialmente ao Sr. Paulo Henrique Dini que, com extenso conhecimento e experiência, deu-nos uma “verdadeira aula” sobre o varejo brasileiro.

Ao Engenheiro Rogério, da Secretaria de Trânsito e Transporte, à Ivone, Maria Cristina e Gilmar, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano da Prefeitura Municipal de Uberlândia, pelos esclarecimentos e pelo fornecimento de mapas, fotos e figuras que tanto contribuíram para a análise das transformações do espaço urbano uberlandense. À Isabella que conosco partilha a paixão pelo tema.

(9)

O PO RTA L

O ho me m, a o e la b o ra r um o b je to a rq uite tô nic o ,

c o nfina -se c o m muro s e e sp a ç o s a té e ntã o ine xiste nte s: e nc e rra uma p a rc e la a b stra ta d o c o smo s infinito , c ria nd o um unive rso sig nific a nte e finito .

A so le ira d a p o rta é a fro nte ira q ue d e limita e ste s mund o s e re p re se nta o p o nto d e p a ssa g e m d o na tura l p a ra o p a rtic ula r. O p o rta l é um mo me nto e ne rg é tic o q ue c e le b ra o a to d e e ntra d a d o fo ra p a ra o d e ntro , d o va zio p a ra o c o ntid o e é o lo c a l má g ic o o nd e se c o njug a m o s misté rio s p ró p rio s d a na ture za e c o m a q ue le s p ro d uzid o s p e lo s se ntime nto s d o ho me m e m se us d o mínio s.

Sa b e -se q ue a e xc e lê nc ia d e a mb o s o s a mb ie nte s se rá se mp re um fa to r d e te rmina nte na fo rma ç ã o físic o / e sp iritua l d o se r huma no .

Q ua l d e le s influi, fund a me nta lme nte , na q ua lid a d e d a sua vid a ?

O e sp a ç o e xte rno , re p re se nta d o p e la na ture za , o u o e sp a ç o inte rno d a a rq uite tura , c ria d o p e lo ho me m?

A te nta tiva d e d a r uma re sp o sta a e sta ind a g a ç ã o se re ve la na o b se rva ç ã o se nsíve l d o p o e ta p e rsa Dija la l a l-Rumi, e sc rita no iníc io d o sé c ulo XIII.

Ele re la ta a histó ria d e uma p rinc e sa . É p rima ve ra . A no b re e sá b ia se nho ra , p a ra d a na so le ira d a p o rta d e se u p a lá c io , c o nte mp la o s se us ja rd ins. Um se rvo se a p ro xima re sp e ito sa me nte e e xc la ma : “ Alte za , o lhe lá fo ra a b e le za d a p a isa g e m, é um mila g re fe ito p o r De us!” Ela e ntã o re p lic a : “ Esto u d e a c o rd o , ma s o lhe p a ra d e ntro e ve rá s o nd e Ele mo ra .”

C a sé , Pa ulo . A c id a d e d e sve nd a d a: re fle xõ e s e p o lê mic a s so b re o e sp a ç o urb a no .Rio d e Ja ne iro : Ed io uro , 2000, p .18.

(10)

SUMÁ RIO

ÍNDIC E ... 09

ÍNDIC E DE TA BELA S ... 11

ÍNDIC E DE Q UA DRO S ... 12

ÍNDIC E DE G RÁ FIC O S ... 15

ÍNDIC E DE MA PA S ... 17

ÍNDIC E DE FIG URA S ... 19

RESUMO ... 21

A BSTRA C T ... 22

INTRO DUÇ Ã O ... 23

C A PÍTULO I – O C O MÉRC IO NO C O NTEXTO DA S C IDA DES E DA G LO BA LIZA Ç Ã O EC O NÔ MIC A ... 35

C A PÍTULO II - O C O MÉRC IO , O C O NSUMO E A DISTRIBUIÇ Ã O : A S RELA Ç Õ ES C O M A PRO DUÇ Ã O DO ESPA Ç O NO C A PITA LISMO ... 70

C A PÍTULO III – A S ESTRA TÉG IA S DA S PEQ UENA S REDES DE VAREJO FRENTE À EXPA NSÃ O E À C O NC ENTRAÇ ÃO DO S G RA NDES G RUPO S DE DISTRIBUIÇ Ã O NO BRA SIL ... 110

C A PÍTULO IV – UBERLÂ NDIA E A FO RMA Ç Ã O DA REDE URBA NA DO TRIÂ NG ULO MINEIRO ..... 160

C A PÍTULO V – O C O MÉRC IO DE UBERLÂ NDIA E A S NO VA S ESPA C IA LIDA DES URBA NA S ...... 195

C O NSIDERA Ç Õ ES FINA IS ... 272

REFERÊNC IA S ... 279

(11)

ÍN DIC E

INTRO DUÇ Ã O ... 23

C A PÍTULO I - O C O MÉRC IO NO C O NTEXTO DA S C IDA DES E DA G LO BA LIZA Ç Ã O EC O NÔ MIC A ... 35

1.1. A PRO DUÇ ÃO DA C IDADE: ALG UMAS REFLEXÕ ES ... 36

1.2. O ESPAÇ O URBANO E O PRO C ESSO DE G LO BALIZAÇ ÃO EC O NÔ MIC A ... 48

1.3. A APRO PRIAÇ ÃO DO ESPAÇ O URBANO E A ATIVIDADE C O MERC IAL NAS METRÓ PO LES ... 53

1.4. AS C IDADES E O S LUG ARES DO C O MÉRC IO ... 60

C A PÍTULO II - O C O MÉRC IO , O C O NSUMO E A DISTRIBUIÇ Ã O : A S RELA Ç Õ ES C O M A PRO DUÇ Ã O DO ESPA Ç O NO C A PITA LISMO ... 70

2.1. O DESENVO LVIMENTO DO C O MÉRC IO NAS C IDADES ... 72

2.2. A LÓ G IC A SO C IAL DO C O NSUMO ... 80

2.3. O C O MÉRC IO E A DISTRIBUIÇ ÃO ... 84

2.4. AS NO VAS FO RMAS DE DISTRIBUIÇ ÃO : O S SUPERMERC ADO S E O S HIPERMERC ADO S ... 86

2.5. A EXPANSÃO E A DINÂMIC A ATUAL DO S HIPERMERC ADO S NO BRASIL ... 92

C A PÍTULO III - A S ESTRA TÉG IA S DA S PEQ UENA S REDES DE VAREJO FRENTE À EXPA NSÃ O E À C O NC ENTRAÇ ÃO DO S G RA NDES G RUPO S DE DISTRIBUIÇ Ã O NO BRA SIL ... 110

3.1. AS PRINC IPAIS ESTRATÉG IAS C O MERC IAIS E EMPRESARIAIS DO S G RANDES G RUPO S DE AUTO -SERVIÇ O Q UE ATUAM NO BRASIL ... 112

3.2. OS PRINCIPAIS GRUPOS DE HIPERMERCADOS E A FORMAÇÃO DE REDES ... 130

3.2.1. Re d e Wa l-Ma rt ... 130

3.2.2. G rup o Pã o d e Aç úc a r ... 131

3.2.3. G rup o C a rre fo ur ... 137

3.2.4. Re d e So na e ... 143

3.2.5. Re d e Bo m p re ç o ... 147

3.2.6. Hip e rme rc a d o s Se nd a s ... 149

(12)

C A PÍTULO IV - UBERLÂ NDIA E A FO RMA Ç Ã O DA REDE URBA NA DO

TRIÂ NG ULO MINEIRO ... 160

4.1. A ATIVIDADE C O MERC IAL E A FO RMAÇ ÃO REG IO NAL DO TRIÂNG ULO

MINEIRO ... 161

4.1.1. O Ab a ste c ime nto d a s G e ra is e o Surg ime nto d o C o mé rc io ... 161

4.1.2. O De se nvo lvime nto d o C o mé rc io na Re g iã o d o Triâ ng ulo Mine iro 165

4.2. A INFLUÊNC IA DE UBERLÂNDIA NO DESENVO LVIMENTO DA REDE URBANA DO TRIÂNG ULO MINEIRO ... 171

4.3. A FO RMAÇ ÃO DE UBERLÂNDIA E A IMPO RTÂNC IA DO C O MÉRC IO

ATAC ADISTA ... 190

C A PÍTULO V - O C O MÉRC IO DE UBERLÂ NDIA E A S NO VA S

ESPA C IA LIDA DES URBA NA S ... 195

5.1. O SETO R TERC IÁRIO NA C IDADE DE UBERLÂNDIA: ALG UMAS

C O NSIDERAÇ Õ ES ... 196

5.2. A PRO DUÇ ÃO DO ESPAÇ O URBANO DE UBERLÂNDIA E AS PO LÍTIC AS

PÚBLIC AS DE PLANEJAMENTO ... 205

5.3. O DESENVO LVIMENTO ATUAL DO C O MÉRC IO DE UBERLÂNDIA E A

FO RMAÇ ÃO DE NO VAS ESPAC IALIDADES URBANAS ... 222

5.3.1. As Fo rma s d e Ab a ste c ime nto e o s Atua is Esta b e le c ime nto s d o

C o mé rc io Va re jista d a C id a d e d e Ub e rlâ nd ia ... 222

5.3.2. Sup e rme rc a d o s Irmã o s Bre ta s: Um Exe mp lo d e Lo c a liza ç ã o

Estra té g ic a ... 234

5.3.3. O Pra tic C e nte r, o G riff Sho p p ing e o C DN: Pre c urso re s d e No va s

Esp a c ia lid a d e s ... 239

5.4 AS REDES DE ASSO C IAÇ Õ ES DE SUPERMERC ADO S EM UBERLÂNDIA ...

243

5.4.1. A Re d e Sm a rt d e Sup e rme rc a d o s ... 246

5.6.2. A Re d e Va lo r d e Sup e rme rc a d o s ... 252

5.5 O C O MPLEXO C ENTER SHO PPING E A C O NC ENTRAÇ ÃO DO C O MÉRC IO E

DO S SERVIÇ O S EM UBERLÂNDIA ...

259

C O NSIDERA Ç Õ ES FINA IS ...

272

REFERÊNC IA S ...

279

A NEXO S ...

292

ANEXO I – PLANILHA DO S BAIRRO S INTEG RADO S PO R SETO RES, PMU – 2005 ... 293 ANEXO II – SEDUR: DIVISÃO DE PLANEJAMENTO SOCIAL; DADOS POPULACIONAIS

ESTIMATIVA/ 2003 – ZONA URBANA ... 295 ANEXO III – PLANO DIRETOR DE UBERLÂNDIA, LEI COMPLEMENTAR Nº 078 DE 27/04/1994 ... 301 ANEXO IV – NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULAM PELOS PRINCIPAIS CRUZAMENTOS

EXISTENTES NA AVENIDA JOÃO NAVES DE ÁVILA, NO ENTORNO DO

(13)

ÍNDIC E DE TA BELA S

TA BELA 1

BRASIL: PARTIC IPAÇ ÃO DO S ESTADO S NO FATURAMENTO DO AUTO -SERVIÇ O , 2002-2003 (%) ...

108

TA BELA 2

C LASSIFIC AÇ ÃO DAS DEZ MAIO RES EMPRESAS DO SETO R DE AUTO -SERVIÇ O Q UE ATUAM NO BRASIL – 2004 ... 119

TA BELA 3

BRASIL: LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS DO AUTO -SERVIÇ O PO R ESTADO S – 2004... 122

TA BELA 4

BRASIL: EVO LUÇ ÃO DAS REDES E ASSO C IAÇ Õ ES DE SUPERMERC ADO S, 2000-2003 ... 153

TA BELA 5

UBERLÂNDIA: PO PULAÇ ÃO ABSO LUTA, PO PULAÇ ÃO URBANA E PO PULAÇ ÃO RURAL, 1940-2000 ... 188

TA BELA 6

UBERLÂNDIA: RELAÇ ÃO PERC ENTUAL DAS TAXAS DE URBANIZAÇ ÃO , 1970-2000 ... 189

TA BELA 7

(14)

ÍNDIC E DE Q UA DRO S

Q UA DRO 1

BRASIL: PRIMEIRO S SUPERMERC ADO S IMPLANTADO S NAS UNIDADES FEDERATIVAS ... 95

Q UA DRO 2

BRASIL: EMPRESAS LÍDERES DO SETO R SUPERMERC ADISTA, PO R FATURAMENTO BRUTO – 2004 ... 107

Q UA DRO 3

PRINC IPAIS FUSÕ ES E AQ UISIÇ Õ ES EMPRESARIAIS DO AUTO -SERVIÇ O BRASILEIRO (1997 - 2004) ... 113

Q UA DRO 4

LO C ALIZAÇ ÃO DAS PRINC IPAIS REDES DE HIPERMERC ADO S Q UE ATUAM NO BRASIL, PO R ESTADO S – EM 2004 ... 116

Q UA DRO 5

C LASSIFIC AÇ ÃO DAS DEZ MAIO RES EMPRESAS DO SETO R DE AUTO -SERVIÇ O LO C ALIZADAS NA REG IÃO SUDESTE – 2003 ... 120

Q UA DRO 6

C LASSIFIC AÇ ÃO DAS DEZ MAIO RES EMPRESAS DO SETO R C O M SEDE EM MINAS G ERAIS – 2003 ... 123

Q UA DRO 7

TRIÂNG ULO MINEIRO – ALTO PARANAÍBA: C LASSIFIC AÇ ÃO DAS MELHO RES EMPRESAS SUPERMERC ADISTAS NO RANKING DA ABRAS, EM 2003 ...

124

Q UA DRO 8

LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS DA REDE WAL-MART – 2002 ... 131

Q UA DRO 9

LO C ALIZAÇ ÃO DAS LO JAS DA REDE PÃO DE AÇ ÚC AR NO ESTADO DE SÃO PAULO – 2004 ... 133

Q UA DRO 10

LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS DO G RUPO C ARREFO UR – 2004, PO R MO DALIDADE ... 139

Q UA DRO 11

LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE HIPERMERC ADO S C ARREFO UR NO BRASIL – 2004 ... 141

Q UA DRO 12

(15)

Q UA DRO 13

LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS BO MPREÇ O NO BRASIL – 2004, PO R MO DALIDADES... 147

Q UA DRO 14

C LASSIFIC AÇ ÃO DAS REDES E ASSO C IAÇ Õ ES DE NEG Ó C IO S, PO R FATURAMENTO BRUTO -2004 ... 154

Q UA DRO 15

IMPLANTAÇ ÃO DAS PRINC IPAIS REDES DE C IRC ULAÇ ÃO DO TRIÂNG ULO MINEIRO , 1958-2004 ... 169

Q UA DRO 16

MESO RREG IÃO G EO G RÁFIC A TRIÂNG ULO MINEIRO / ALTO PARANAÍBA - C LASSES DE C RESC IMENTO DA PO PULAÇ ÃO URBANA DO S MUNIC ÍPIO S C O M PO PULAÇ ÃO URBANA SUPERIO R A 10 MIL HABITANTES: 1980-1991/ 1991-2000 174

Q UA DRO 17

HIERARQ UIA URBANA DO TRIÂNG ULO MINEIRO : REG IÃO DE INFLUÊNC IA DE UBERLÂNDIA ... 180

Q UA DRO 18

REDE URBANA BRASILEIRA – 1999... 181

Q UA DRO 19

BRASIL: PO PULAÇ ÃO TO TAL, URBANA E RURAL, PO R ESTADO S DA REG IÃO SUDESTE, 1980/ 1991/ 2000 ... 184

Q UA DRO 20

C IDADES MINEIRAS: PARTIC IPAÇ ÃO DO S SETO RES EC O NÔ MIC O S NO

PIB PER C APITA – 2003 ... 190

Q UA DRO 21

BRASIL: MAIO RES EMPRESAS DO SETO R ATAC ADISTA, PO R FATURAMENTO BRUTO EM 2004 ... 193

Q UA DRO 22

UBERLÂNDIA: TO TAL DE EMPRESAS FO RMAIS PO R SUB-SETO RES DE ATIVIDADE EC O NÔ MIC A, 1997-2002 ... 197

Q UA DRO 23

UBERLÂNDIA: ESTRUTURA BANC ÁRIA EXISTENTE EM 2003 ... 200

Q UA DRO 24

UBERLÂNDIA: BAIRRO S INTEG RADO S, PO R SETO RES – 2004... 213

Q UA DRO 25

(16)

Q UA DRO 26

ZO NAS DE PLANEJAMENTO DA PREFEITURA MUNIC IPAL DE UBERLÂNDIA – 1991 219

Q UA DRO 27

PRINC IPAIS EMPRESAS VAREJISTAS DE UBERLÂNDIA (MG ), 2003-2004 ... 225

Q UA DRO 28

IRMÃO S BRETAS: LO C ALIZAÇ ÃO DAS REG IO NAIS E LO JAS DE ABRANG ÊNC IA – 2004 ... 236

Q UA DRO 29

PRATIC C ENTER – PRINC IPAIS ESTABELEC IMENTO S C O MERC IAIS E DE SERVIÇ O S – 2005 ... 239

Q UA DRO 30

NÚMERO DE LO JAS ASSO C IADAS Á REDE SMART, PO R ESTADO E PÓ LO S REG IO NAIS – 2004 ... 247

Q UA DRO 31

REDE SMART: LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS ASSO C IADAS, PÓ LO TRIÂNG ULO MINEIRO – 2004 ... 250

Q UA DRO 32

REG IO NAL MINAS G ERAIS: LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS ASSO C IADAS À REDE VALO R, EM 2004 ... 251

Q UA DRO 33

(17)

ÍNDIC E DE G RÁ FIC O S

G RÁ FIC O 1

PARTIC IPAÇ ÃO DAS REG IÕ ES SO BRE O FATURAMENTO DAS LO JAS, 2003 (EM %) ... 114

G RÁ FIC O 2

PARTIC IPAÇ ÃO DAS REG IÕ ES SO BRE O NÚMERO DE LO JAS - 2003 (EM %) ... 115

G RÁ FIC O 3

BRASIL: NÚMERO DE LO JAS DE AUTO -SERVIÇ O EM O PERAÇ ÃO , 1994-2003 (EM MIL UNIDADES) ... 125

G RÁ FIC O 4

BRASIL: EVO LUÇ ÃO DA ÁREA DE VENDAS DO SETO R DE AUTO -SERVIÇ O , 1994-2003 (EM MILHÕ ES DE M2) ... 125

G RÁ FIC O 5

BRASIL: FATURAMENTO DO SETO R DE AUTO -SERVIÇ O VAREJISTA – 1990- 2003 (EM BILHÕ ES DE DÓ LARES) ... 126

G RÁ FIC O 6

AUTO -SERVIÇ O : PRINC IPAIS FO RMAS DE PAG AMENTO , 2001-2003 (%) ... 127

G RÁ FIC O 7

BRASIL: EVO LUÇ ÃO DAS VENDAS DE PRO DUTO S DE MARC A PRÓ PRIA,1990-2003 (EM %) ... 127

G RÁ FIC O 8

BRASIL: C O MPARATIVO ENTRE O NÚMERO DE LO JAS DO AUTO -SERVIÇ O E DE SUPERMERC ADO S, 1990-2003 (EM MIL LO JAS) ... 128

G RÁ FIC O 9

BRASIL: EVO LUÇ ÃO DAS VENDAS DO S HIPERMERC ADO S, 1994-2003 (EM BILHÕ ES DE DÓ LARES) ... 129

G RÁ FIC O 10

BRASIL: LO C ALIZAÇ ÃO DAS SEDES DAS REDES E ASSO C IAÇ Õ ES DE AUTO -SERVIÇ O , PO R ESTADO S – 2004 (EM %) ... 156

G RÁ FIC O 11

REDES E ASSO C IAÇ Õ ES: PARTIC IPAÇ ÃO SO BRE AS VENDAS, PO R ESTADO S – 2003 (EM %) ... 157

G RÁ FIC O 12

BRASIL: NÚMERO DE LO JAS DE AUTO -SERVIÇ O ASSO C IADAS EM 2003, PO R ESTADO S (EM %) ... 157

G RÁ FIC O 13

(18)

G RÁ FIC O 14

EVO LUÇ ÃO DA PO PULAÇ ÃO DE UBERLÂNDIA (MG ), 1900-2004 (EM MILHÕ ES DE HABITANTES) ... 187

G RÁ FIC O 15

UBERLÂNDIA: PARTIC IPAÇ ÃO DO S SETO RES EC O NÔ MIC O S NO PIB 2000 (EM %) ... 197

G RÁ FIC O 16

UBERLÂNDIA: PARTIC IPAÇ ÃO DO PESSO AL O C UPADO PO R SETO RES DA EC O NO MIA, 1960-1999 (EM%) ... 198

G RÁ FIC O 17

PARTIC IPAÇ ÃO DO S SEG MENTO S EC O NÔ MIC O S NA ARREC ADAÇ ÃO DO IC MS – 2001 ... 199

G RÁ FIC O 18

(19)

ÍNDIC E DE MA PA S

MA PA 1

BRASIL: LO C ALIZAÇ ÃO DO S HIPERMERC ADO S DA REDE PÃO DE AÇ ÚC AR – 2004 ...

134

MA PA 2

LO C ALIZAÇ ÃO DO S HIPERMERC ADO S DA REDE PÃO DE AC ÚC AR NO ESTADO DE SÃO PAULO – 2004. ... 136

MA PA 3

BRASIL: LO C ALIZAÇ ÃO DO S HIPERMERC ADO S C ARREFO UR – 2004 ... 140

MA PA 4

BRASIL: LO C ALIZAÇ ÃO DAS LO JAS DO G RUPO SO NAE – 2004. ... 145

MA PA 5

BRASIL: LO C ALIZAÇ ÃO DAS LO JAS DA REDE BO MPREÇ O – 2004. ... 148

MA PA 6

MESO RREG IÃO G EO G RÁFIC A TRIÂNG ULO MINEIRO / ALTO PARANAÍBA ... 166

MA PA 7

MESO RREG IÕ ES G EO G RÁFIC AS TRIÂNG ULO MINEIRO / ALTO PARANAÍBA E SUL G O IANO : PRINC IPAIS EIXO S VIÁRIO S ...

170

MA PA 8

ÁREA DE INFLUÊNC IA DA C IDADE DE UBERLÂNDIA (MG ) E A HIERARQ UIA URBANA REG IO NAL – 2004 ... 177

MA PA 9

REG IÃO DO TRIÂNG ULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA: ÁREA SE INFLUÊNC IA DA C IDADE DE UBERLÂNDIA (MG ) – 2004 ... 189

MA PA 10

MINAS G ERAIS: LO C ALIZAÇ ÃO DAS C IDADES C O M PO PULAÇ ÃO SUPERIO R A 50 MIL HABITANTES, EM 2000 ... 186

MA PA 11

SETO R C ENTRAL DE UBERLÂNDIA: PRINC IPAIS EQ UIPAMENTO S URBANO S, DÉC ADA DE 1950 ... 208

MA PA 12

UBERLÂNDIA – MG : DIVISÃO EM SETO RES ... 212

MA PA 13

(20)

MA PA 14

IRMÃO S BRETAS FILHO S E C IA. LTDA.: LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS-2004 ... 235

MA PA 15

BRASIL: LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS ASSO C IADAS À REDE SMART – 2004 ... 248

MA PA 16

LO C ALIZAÇ ÃO DAS LO JAS ASSO C IADAS À REDE SMART, PÓ LO TRIÂNG ULO MINEIRO – 2004 ... 249

MA PA 17

BRASIL: LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS ASSO C IADAS À REDE VALO R- 2004 ... 253

MA PA 18

LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS ASSO C IADAS À REDE VALO R EM MINAS G ERAIS – 2004 ... 255

MA PA 19

UBERLÂNDIA: LO C ALIZAÇ ÃO E NÚMERO DE LO JAS ASSO C IADAS À REDE VALO R – 2004 ... 257

MA PA 20

UBERLÂNDIA – MG : MAPA DE USO E O C UPÇ ÃO DO SO LO – 1984 ... 260

MA PA 21

(21)

ÍNDIC E DE FIG URA S

FIG URA 1

HIPERMERC ADO C ARREFO UR DE UBERLÂNDIA (MG )-VISTA LATERAL ... 142

FIG URA 2

HIPERMERC ADO MERC ADO RAMA, AVENIDA SÃO PAULO – MARING Á (PR) ... 146

FIG URA 3

HIPERMERC ADO BIG , AVENIDA TUIUTI – MARING Á (PR) ... 146

FIG URA 4

REG IÃO DO ENTO RNO DO SHO PPING C ENTER– 2004 ... 202

FIG URA 5

FO TO AÉREA DA C IDADE DE UBERLÂNDIA EM 1940 ... 206

FIG URA 6

PRINC IPAIS EQ UIPAMENTO S URBANO S IMPLANTADO S NO SETO R C ENTRAL DA C IDADE ... 209

FIG URA 7

UBERLÂNDIA: ANTIG A ESTAÇ ÃO FERRO VIÁRIA DA MO G IANA C O NSTRUÍDA EM 1941... 210

FIG URA 8

ANTIG O LEITO DA ESTRADA DE FERRO MO G IANA AV. FLO RIANO PEIXO TO C O M JO ÃO NAVES DE ÁVILA ... 210

FIG URA 9

EIXO S DE ESTRUTURAÇ ÃO URBANA – PLANO DIRETO R DE UBERLÂNDIA – PMU, 1994 ... 216

FIG URA 10

ESTRUTURAÇ ÃO URBANA PRO PO STA PELO PLANO DIRETO R DE UBERLÂNDIA – PMU, 1994 ... 217

FIG URA 11

PLANTA DO PRO JETO DE IMPLANTAÇ ÃO DE NO VA VIA DE TRANSPO RTE SO BRE A AVENIDA RO NDO N PAC HEC O E AVENIDA JO ÃO NAVES – 2005 ... 221

FIG URA 12

VISTA PARC IAL DA LO JA MAKRO DE UBERLÂNDIA – 2004 ... 223

FIG URA 13

(22)

FIG URA 14

VISTA PARC IAL DO SHO PPING C ENTER SUL – LO C ALIZADO NA AVENIDA FERNANDO VILELA C O M A AVENIDA ARTHUR BERNARDES, BAIRRO MARTINS (SETO R C ENTRAL) ... 232

FIG URA 15

SHO PPING C ENTER SUL: VISTA LATERAL - AVENIDA ARTHUR BERNARDES ... 232

FIG URA 16

UBERLÂNDIA: LO JAS DA REDE SE SUPERMERC ADO S BRETAS ... 237

FIG URA 17

VISTA PARC IAL DO TERMINAL C ENTRAL ... 240

FIG URA 18

VISTA PARC IAL DO SHO PPING PO PULAR – AVENIDA JO ÃO PESSO A ... 240

FIG URA 19

ENTRADA PRINC IPAL DO PRATIC C ENTER – AVENDA JPÃO NAVES DE ÁVILA .... 240

FIG URA 20

ENTRADA PRINC IPAL DO G RIFF SHO PPING – AVENIDA RO NDO N PAC HEC O ... 242

FIG URA 21

VISTA PARC IAL DO C ENTRO DE NEG Ó C IO S – C DN (BUSINESS C ENTER ) ... 242

FIG URA 22

EMPÓ RIO VIDA: SUPERMERC ADO DE VIZINHANÇ A ASSO C IADO À REDE SMART, BAIRRO SANTA MÔ NIC A, SETO R LESTE, UBERLÂNDIA (MG ), 2004 ... 251

FIG URA 23

SUPERMERC ADO LISBO A: ASSO C IADO À REDE SMART, SANTO ANASTÁC IO (SP), 2005 ... 251

FIG URA 24

SUPERMERC ADO DANYELLA – ASSO C IADO À REDE VALO R (SETO R O ESTE) ... 256

FIG URA 25

VISTA AÉREA DA C IDADE DE UBERLÂNDIA – 1979 ... 263

FIG URA 26

VISTA AÉREA DA C IDADE DE UBERLÂNDIA – 2004 ... 264

FIG URA 27

C O MPLEXO C ENTER SHO PPING : HO TEL PLAZA SHO PPING , C ENTER C O NVENTIO N E O HIPERMERC ADO C ARREFO UR ……… 269

FIG URA 28

(23)

RESUMO

Estudando a história do comércio vemos que a localização sempre foi considerada como um pré-requisito para a sua instalação. Por isso, o comércio sempre ocupou um lugar estratégico no espaço das cidades. Atualmente, em função das importantes transformações que têm ocorrido com o sistema produtivo mundial, têm-se novas modalidades comerciais que necessitam de grandes áreas para se instalarem. Na busca de novos espaços, antes considerados periféricos, as grandes redes de comércio criam novas espacialidades urbanas, novas centralidades ligadas à natureza das trocas de mercadorias, valorizam áreas no seu entorno. Como manifestação das necessidades de diferentes sociedades e em diferentes momentos, o desenvolvimento do comércio varejista deu-se de forma espontânea. De uma função social a uma função econômica, o comércio foi inventando e adotando novas técnicas, expandindo, incorporando e promovendo mudanças nas relações de troca e, principalmente, no espaço onde elas ocorrem. Nesse sentido, este trabalho propõe-se a analisar as novas espacialidades urbanas criadas a partir da instalação de grandes superfícies comerciais, em especial dos hipermercados, no Brasil e na cidade de Uberlândia, Minas Gerais. Considerada como uma cidade média, com mais de 578 mil habitantes, no início de 2005, após a instalação do Hipermercado Carrefour e do Shopping

Center, a cidade passou a apresentar um “novo centro” comercial, de consumo, de

serviços, de idéias, de lazer, de valores sociais e culturais.

(24)

ABSTRACT

Studying the history of commerce, we note that the localization has invariably been a prerequisite for its installation. Because of this, commerce has always occupied a strategic place in city space. Nowadays, due to important changes that have taken place in the global production system, new commercial concepts have arisen that requires large areas for their installation. In search of new areas, previously considered as outlying, large commercial networks create new urban spaces, increase the value of surrounding land and new centers that are appropriate for the nature of the enterprise. Demonstrating the needs of different societies and on different occasions, the developments of retail commerce came about spontaneously. From social to economic functions, commerce invented and adopted new commercial techniques, expanding, incorporating and promoting changes in exchange relationship and principally, in the areas where these changes occur. Within this aspect, this study proposes to analyze the new urban spaces that have been created as a result of large commercial areas, especially the hypermarkets in Brazil and in the city of Uberlândia, Minas Gerais. Classified as a medium-sized town having more than 578.000 inhabitants. At the beginning of the year 2005, after the establishment of the Hypermarket

Carrefour and the Shopping Center, the town has presented a new ‘commercial center’ for

consumption, technical assistance, ideas, recreation and social and cultural values.

(25)

INTRODUÇÃO

A história atual das sociedades está vinculada à origem das inovações que, gradativamente, foram desenvolvendo-se para responder às necessidades sociais. As redes de informação, as ferrovias, as rodovias, os meios de transportes em geral, a telegrafia, a telefonia e a teleinformática permitiram que ocorresse a redução das distâncias possibilitando uma maior velocidade na circulação de mercadorias, de informações, bem como um maior fluxo de pessoas, de idéias e de consumo.

Ao satisfazer as necessidades mais imediatas, sejam elas de sobrevivência, reais ou imaginárias, criam-se outras tantas que se vão ampliando, resultantes de excedentes crescentes desigualmente distribuídos, à medida que as mesmas vão sendo supridas. Como resposta a essas necessidades, surgiram novas formas de organização sócio-econômicas e políticas que promovidos pelo desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção em que, os recursos técnico-científicos constituem uma demanda social que, ao serem introduzidos nas sociedades, transformam processos de interação entre os homens e os objetos.

Atualmente, a sociedade encontra-se envolvida num processo dinâmico em que os lugares vão adquirindo novas características e valores e, ao mesmo tempo, vão perdendo outros. Carlos (1996, p. 26) afirma que a produção espacial realiza-se no plano do cotidiano e aparece nas formas de apropriação, de utilização e de ocupação de um determinado lugar, num momento específico que, através de seu uso, revela-se como produto da divisão social e técnica do trabalho e “que produz uma morfologia espacial fragmentada e hierarquizada”. Sendo o lugar produto das relações entre os homens e a natureza as quais se realizam no plano vivido, torna-se fundamental analisar a sua produção, indissociável da produção da vida que se realiza através da acumulação da técnica. Portanto, a compreensão do lugar está vinculada à análise das relações espaço-tempo no mundo moderno.

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técnicas promovem importantes mudanças que (re)produzem e (re)organizam os espaços. As condições tecnológicas, sociais, culturais e científicas, criaram formas políticas e organizacionais que possibilitaram o desenvolvimento das sociedades, principalmente no mundo Ocidental. Mais recentemente, no período que muitos estudiosos denominam de “Terceira Revolução Industrial”, promoveu-se a implantação de uma nova organização da produção que tem como principais características a homogeneização de valores, de costumes, de hábitos, de padrões de consumo e de comportamento; e a dispersão geográfica da produção, onde as mercadorias passaram a ser produzidas em diferentes etapas e territórios e consumidas em nível mundial. Dessa maneira, a informação e a aceleração da reprodução do capital tornaram-se os principais mentores para o desenvolvimento de tal processo.

Harvey (1992) define as transformações na relação espaço-tempo de dinâmica de “compreensão espaço/tempo”. Segundo ele, o que se busca é a diminuição do tempo do percurso e não do espaço deste que continua sendo o mesmo. Harvey afirma ainda que, mesmo com a redução do tempo, os fluxos materiais e imateriais, ao se deslocarem, percorrem um espaço concreto. Reforça-se a idéia de que o processo de mundialização permitiu a eliminação das fronteiras e das barreiras geográficas para as atividades sócio-econômicas, numa escala mundial. Ou seja, a diminuição das distâncias promoveu o aumento da velocidade relativa da interação social na qual a aceleração dos ritmos econômicos diminuiu as barreiras espaciais através do uso de novas técnicas de informação.

A integração de diferentes pontos no território realiza-se por intermédio das novas redes de telecomunicações e se materializa através de estratégias de localização geográfica, promovendo o fortalecimento das vantagens locacionais e a diferenciação dos lugares pelo seu conteúdo, tais como os incentivos fiscais, os recursos naturais, a mão-de-obra, as redes de transportes, de energia, de telecomunicações, entre outros. Considerando que o meio técnico-científico é resultante da produção social, Santos (1997) afirma que a sociedade alcançou uma mudança de relação com a natureza onde o princípio unitário do mundo é a sociedade mundial. Assim, o espaço torna-se único à medida que os lugares mundializam-se. Por isso, o lugar revela a essência do mundo uma vez que todos os lugares são suscetíveis aos movimentos da totalidade.

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econômicos, sociais, políticos ou culturais, pois a produção do lugar materializa a lógica global.

A ampliação das formas de circulação e a redução do tempo necessário para sua realização, resultante da diversificação dos meios de deslocamentos e de comunicação, potencializaram a multiplicação dos vetores dos fluxos materiais e imateriais, gerando novas formas de estruturação sócio-espacial. Os espaços são requalificados para atenderem os interesses dos atores hegemônicos da economia, da cultura, da política e da produção sendo incorporados às orientações mundiais. Ainda de acordo com Santos (1997, p.191), os objetos modernos foram criados sob essa lógica e, por isso, estão subordinados às lógicas globais, pois “O meio técnico-científico-informacional é a cara da globalização”. Partindo dessa reflexão, uma nova dinâmica de diferenciação instala-se no território, onde os atores hegemônicos, dominando a informação, apropriam-se das redes e utilizam o território para reproduzir capital. Guiada pela criação de um espaço global fragmentado que promove a articulação de lugares e tempo, a nova divisão territorial do trabalho tem a sua apropriação em parcelas, na qual a lógica instrumental do capital cria as condições de um mercado unificado através dos fluxos.

Analisando o processo global da produção, Santos (1996, p.214) afirma que a circulação prevalece sobre a produção, visto que os fluxos tornaram-se mais importantes para explicar a organização espacial. O próprio padrão geográfico define-se pela circulação. Assim, graças “aos progressos técnicos e às formas atuais de realização da vida econômica, cada vez mais as redes são globais: redes produtivas, de comércio, de transporte de informação.” Cabe ressaltar que, devido à desmaterialização do dinheiro e ao seu uso instantâneo e generalizado, a forma mais eficaz das redes é representada pela atividade financeira. Porém, a existência das redes é inseparável da questão do poder onde a divisão territorial do trabalho acaba privilegiando alguns atores na organização dos espaços mundiais. De acordo com Martin Lu (1984, apud SANTOS, 1997, p. 215),

[...] esse papel de integração é funcional e territorial, sendo responsável pela intensificação das especializações, por novas divisões espaciais do trabalho, maior intensidade do capital, circulação mais ativa de mercadorias, mensagens, valores e pessoas, maior assimetria nas relações entre os autores.

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trabalho que apresentam. Assim, os lugares diferenciam-se e hierarquizam-se exatamente porque são todos mundiais e integram-se pelo processo de unificação do espaço de decisão, com todas as conseqüências em nível de mercado, de fatores e de produtos, sejam eles finais ou intermediários.

A sociedade contemporânea caracteriza-se pela concorrência e pela competitividade o que marca a transição para uma economia flexível que conduz à cientificização e à tecnificação da paisagem. Ao tratar da passagem do sistema de produção fordista para o do

pós-fordismo, à qual denominou de “produção flexível”, Harvey escreve que:

A mudança tecnológica, a automação, a busca de novas linhas de produtos e nichos de mercado, a dispersão geográfica para zonas de controle do trabalho mais fácil, as fusões e medidas para acelerar o tempo de giro do capital passaram ao primeiro plano das estratégias corporativas de sobrevivência em condições gerais de deflação. (HARVEY, 1992, p.137, 140)

E prossegue dizendo que:

A acumulação flexível parece implicar níveis relativamente altos de desemprego ‘estrutural’ (em oposição a ‘friccional’), rápida destruição e reconstrução de habilidades, ganhos modestos (quando há) de salários reais [...] e o retrocesso do poder sindical [...]. (HARVEY, 1992, p.141)

Frente a essas transformações surgiram novas formas de trabalho e os regimes e contratos tornaram-se mais flexíveis. O uso do trabalho em tempo parcial, temporário, a redução da jornada de trabalho e dos salários, a subcontratação e, até mesmo, a crescente terceirização dos serviços neste novo mercado, possibilitaram o desaparecimento de alguns direitos trabalhistas já adquiridos, a exemplo da estabilidade do emprego, dos seguros, dos direitos de pensão e outros. Com efeito, aumentou o número de mulheres na produção e nos mercados de trabalho, ressurgiram os serviços realizados em casa, os do tipo “empresa familiar”.

(29)

Analisando o consumo, Harvey assinala que além da pouca qualidade de vida que um regime de consumo de massa padronizado gerava, o sistema fordista trouxe também no seu bojo a destruição de culturas locais, principalmente nos países subdesenvolvidos. A rigidez do fordismo, representada pela rigidez dos investimentos de capital fixo de larga escala e de longo prazo em sistemas de produção em massa, impedia a flexibilidade de planejamento e presumia crescimento estável em mercados de consumo “invariantes”. Para Harvey, essas contradições e dificuldades levaram a uma nova forma de produção que, segundo ele,

[...] marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional. [...] envolve rápidas mudanças dos padrões de desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas [...]. (HARVEY, 1989, p.140)

Segundo Santos (1996, p.127), “o conteúdo técnico científico do espaço permite, em áreas cada vez menos extensas, a produção de um mesmo produto em quantidades maiores e em tempo menores”. O uso do território passa a não ser o mesmo para as diversas empresas. Cada uma utiliza-se dele segundo as suas forças. Para regular o processo produtivo e assegurar a realização do capital, criam-se “circuitos produtivos”, definidos pela circulação de produtos (de matéria) e “círculos de cooperação” os quais estão associados aos fluxos de matéria ou outros fluxos não obrigatoriamente materiais como capital, informação, mensagens, ordens. (HARVEY, 1989, p.128). No âmbito da circulação, Marx (1979, p.121) afirma que ela é “somente um momento determinado da troca, ou ainda, é a troca considerada em sua totalidade”. A circulação é uma fase do processo total de reprodução na qual incluem-se também pessoas, capital, informação e matéria-prima.

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formas urbanas que se caracterizam pela ampliação dos fluxos financeiros, do comércio, da informação, formam redes e valorizam as atividades ainda denominadas de terciárias. No entanto, cabe salientar que a formação das redes, ao mesmo tempo em que unifica os espaços promove uma acentuada fragmentação, a exclusão social e a própria segmentação não só social, mas, sobretudo, da produção.

Ao considerar o espaço geográfico como produto para a reprodução das relações sociais que ocorrem entre os homens através do trabalho para a apropriação da natureza, justifica-se o estudo das relações entre a cidade e o comércio, visto que, com a globalização da economia, caracterizada pela internacionalização da produção e pela universalização da informação, assisti-se a proliferação de marcas, produtos e serviços que, por sua vez, alteram hábitos, costumes, gostos e preferências. Modificam o estilo de vida e a própria visão de mundo das pessoas.

No espaço geográfico, essas transformações modificaram o sistema produtivo. Através da presença quase maciça de supermercados e hipermercados, de shopping

centers, de empresas multinacionais de fast food, de redes de franquias, de novos sistemas

viários que dão acesso aos grandes estabelecimentos comerciais, geralmente localizados às margens de grandes avenidas, surgiram diferentes formas de apropriação do espaço. Os novos tipos de transportes, a comunicação à distância, a propaganda, a concentração de informações, as novas técnicas monetárias, a busca de conveniência, a interação entre consumo de alimentos e meio ambiente, a valorização da saúde, da vitalidade e da individualidade são elementos que fazem parte do processo produtivo atual e criam novos espaços de produção, circulação, distribuição e consumo.

(31)

Para iniciar a discussão sobre a problemática, acredita-se que se faz necessário salientar que a centralidade não se define pela localização, mas pelas articulações entre as localidades, pois trata-se de relações espaciais. Estudar o comércio, suas formas e sua localização, significa compreender a organização do espaço urbano e suas complexidades, entender as mudanças sociais e a evolução dos valores e da estrutura urbana. Investigar as atividades comerciais possibilita analisar a dinâmica da sociedade e o processo de (re)produção da cidade visto que, para o comércio, a localização é uma condição estratégica de desenvolvimento, como se verá mais adiante.

No trabalho de mestrado, no qual se estudou o comércio atacadista do Brasil e, mais especificamente, o desenvolvido na cidade de Uberlândia (MG), ao se analisar o processo de distribuição de produtos industrializados, despertou interesse a presença e a atuação dos hipermercados nos espaços urbanos. A presença deles nas principais capitais do país, nas regiões metropolitanas e nas cidades médias, fez com que buscassem mais informações sobre as estratégias locacionais e empresariais por eles adotadas. Nessa tentativa de entendimento, deparou-se com as novas espacialidades geradas por essa modalidade comercial.

Descobrirem-se os novos espaços do consumo, a periferia, que antes era sub-valorizada, com as políticas públicas, ou com a intervenção do poder público e o privado, através da criação de uma série de infra-estruturas básicas que compreendem desde a implantação de pavimentação à rede de informação (telefonia, fax, internet, cabo, entre outros), valorizou-se e criaram-se as condições necessárias para que o capital comercial se apropriasse desses espaços e os transformasse em lugares do consumo.

(32)

distribuição de mercadorias realizado não só pelo comércio varejista, mas, também, pelo comércio atacadista.

Ao longo dessa trajetória, muitas coisas mudaram. A economia do país, os hábitos dos consumidores, a correria do dia-a-dia de grande parte da população urbana, as políticas de ocupação e uso do solo. Enfim, uma série de alterações que incitaram a expansão das pequenas lojas de comércio que, utilizando-se do now how desenvolvido pelas empresas atacadistas, formaram redes e fortaleceram-se no mercado com a denominação de “lojas de vizinhança”. Essas transformações levaram a se enveredar para outras reflexões. Se antes o objetivo consistia em estudar as estratégias locacionais e empresariais das grandes redes de distribuição e as novas centralidades urbanas por elas criadas, no final do trabalho as preocupações também se voltaram para um estudo de caso que pudesse demonstrar a nova realidade do comércio brasileiro, principalmente a que tem ocorrido com as cidades médias.

Dessa forma, este trabalho busca entender a expansão das grandes redes de distribuição que, a partir da década de 1970, passaram a atuar no Brasil e traz um estudo sobre a atuação e as transformações que essas superfícies comerciais introduzem em cidades de porte médio, como é o caso de Uberlândia.

Localizada na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, considerada como um centro de polarização regional, a cidade conta hoje com 578 mil habitantes e apresenta novas espacialidades urbanas que foram constituídas por atividades do terciário, principalmente pelo comércio, pelas políticas públicas e pela intervenção do capital privado.1 (Mapa 6)

Diante do exposto, procurou-se identificar algumas questões tais como: as principais estratégias econômicas, espaciais e tecnológicas utilizadas pelas destacadas empresas do setor de auto-serviço que atuam no Brasil; a importância da formação de redes de lojas; o papel do Estado e das empresas na política de ação e gestão do espaço público; os efeitos da atual reestruturação do setor de hipermercados na conjuntura econômica nacional; o “perfil” e a localização das principais empresas do segmento de varejo do Brasil; as novas formas de expansão e de modernização das principais redes de hipermercados que tanto influenciaram as estratégias das pequenas empresas do setor de auto-serviço.

1

(33)

Assim, analisando as mais importantes transformações ocorridas com o setor de distribuição de produtos industrializados no Brasil, mais especificamente do setor de auto-serviço, desenvolveu-se um estudo sobre essas redes, enfocando as principais estratégias de expansão, de modernização, de comercialização e de concentração de capital por elas desenvolvidas. Buscou-se também, compreender como os pequenos e médios varejistas do setor estão enfrentando a concorrência e mantendo-se num mercado cada vez mais competitivo.

Esta tese baseia-se no fato de que, com as importantes transformações que estão ocorrendo em nível econômico e social, o consumidor brasileiro busca, no seu dia-a-dia, adquirir seus produtos nos supermercados de bairro, nas chamadas “lojas de vizinhança”. Nesse sentido, os pequenos e médios supermercados, para conquistarem o “novo consumidor” e manterem-se no mercado, estão realizando importantes acordos comerciais. Um exemplo interessante dessa nova estratégia é a formação de associações entre empresas de menor porte ou destas com grandes atacadistas, criando uma modalidade comercial. Como um estudo de caso, o trabalho aborda essa nova estratégia utilizada pelas pequenas e médias empresas do setor com importantes grupos do comércio atacadista brasileiro – como é o caso do Grupo Martins e do Grupo Peixoto que, a partir do ano 2000, passaram a conciliar suas atividades de atacado com as do setor de varejo. Lançando suas bandeiras de supermercados de vizinhança, criaram a Rede Smart e a Rede Valor, respectivamente.

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Para a obtenção dos dados, realizaram-se várias pesquisas e levantamentos bibliográficos em publicações especializadas tais como: Rankings Anuais da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados); Jornais: Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e o Correio; Censos Demográficos do IBGE; Panorama Setorial – Gazeta Mercantil; Revista SuperHiper (vários anos); Revista Vitrine do Varejo (vários números); Revista Distribuição (vários anos); Revista Supermercado Moderno (vários anos); Revista Exame – Maiores e Melhores (vários anos); Balanço Anual – Gazeta Mercantil (vários anos); Banco de Dados Integrados - BDI (publicação da Prefeitura Municipal de Uberlândia, vários anos); o Plano Diretor de Uberlândia; além dos sites das principais empresas estudadas e das Associações Estaduais dos Supermercados.

A pesquisa de campo foi realizada através da aplicação de questionários e roteiros de entrevistas junto às principais empresas e informantes do setor varejista (supermercados e hipermercados), estabelecidos na cidade de Uberlândia. Tornou-se necessário também, buscar informações sobre a atuação das empresas atacadistas, especialmente do Grupo Martins e do Grupo Peixoto que estão desenvolvendo estratégias comerciais para o varejo.

Outro referencial utilizado foi a Lista Telefônica de Uberlândia – Guia Sei, que nos auxiliou no processo de identificação e localização das empresas do ramo do auto-serviço que atuam na cidade, visto que seria praticamente impossível percorrer todos os bairros de Uberlândia na realização desta pesquisa.

Este trabalho compõem-se de cinco capítulos:

No primeiro deles, analisa-se a atividade comercial no contexto das cidades e da globalização econômica. Estudaram-se as transformações econômicas advindas do processo de mundialização do capital as quais possibilitaram a sua reprodução gerando uma nova espacialidade urbana. Discutindo a cidade na atual fase de reprodução capitalista, o trabalho aborda a formação das cidades globais e a questão da nova realidade urbana que se produz cotidianamente, cria novos equipamentos comerciais como os supermercados, os hipermercados e os shopping centers considerados como os mais adequados à sociedade de consumo. Numa abordagem de estudo de caso, mostraram-se as principais transformações que ocorrem com a cidade de São Paulo a partir da desconcentração industrial a qual promoveu também a desconcentração do comércio e do setor de serviços.

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sobre a origem do comércio mundial, destacando-se às principais modalidades de comércio, como surgiram e evoluíram, bem como transformaram os espaços onde se instalaram. Analisando o desenvolvimento do comércio chegou-se ao surgimento das grandes superfícies comerciais e a importância delas para a produção do espaço urbano visto que se tornaram os lugares do consumo.

No terceiro capítulo, apresenta-se um breve histórico sobre o surgimento e a expansão dos supermercados e hipermercados no Brasil e no mundo. Nele aborda-se o desenvolvimento histórico do setor; as principais características das lojas das redes de hipermercados que atuam no Brasil; o grau de concentração do setor; a internacionalização, a automação, a logística, o mix de produtos, as marcas próprias, o faturamento bruto, o relacionamento com as indústrias, as formas de pagamento existentes entre fornecedor, varejista e consumidor; as principais tendências observadas na atualidade, o formato das lojas, os mais importantes investimentos, os principais fornecedores, os indicadores de produtividade, o número de lojas e de check-outs, o número de funcionários e de clientes atendidos, a localização e a concentração espacial e econômica do setor.

No quarto capítulo, parte-se de uma análise local. Estudando o desenvolvimento das atividades econômicas praticadas em Uberlândia, principalmente as relacionadas com o comércio e com os serviços, discute-se a formação da rede urbana do Triângulo Mineiro e a influência da cidade no contexto regional e nacional. Considerou-se, ainda que de forma sucinta, a origem e o desenvolvimento do comércio atacadista que faz com que Uberlândia seja destaque nacional no setor de distribuição de produtos industrializados.

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CAPÍTULO I

O COMÉRCIO NO CONTEXTO DAS CIDADES E DA

GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA

1.1. A PRODUÇÃO DA CIDADE: ALGUMAS REFLEXÕES

A década de 1980 assinala profundas mudanças no sistema de produção, de circulação e de consumo de bens e serviços, em diferentes países. Essas transformações, proporcionadas, principalmente, por três grandes revoluções técnicas - a da informática, através dos serviços; a da automação, dentro da produção; e a da engenharia genética- tiveram como aspectos mais relevantes a automação, a concentração e a centralização da produção (onde se presenciam associações, fusões e aquisições empresariais); o crescente conhecimento científico sobre a produção; a diminuição da jornada de trabalho e uma nova divisão do trabalho na qual os países que despontam no sistema produtivo mundial tendem a dedicar-se, principalmente, às atividades geradas pela revolução técnico-científica.

Com a aceleração do tempo, as mercadorias passaram a circular nos mercados globais com uma velocidade muito maior, tornaram-se globalizadas e provocaram importantes mudanças no espaço do comércio, comprimindo espaços e tempos. Para compreender e situar historicamente o surgimento e o desenvolvimento do comércio é preciso entender a dinâmica do capital comercial na economia capitalista e o papel que ele desempenha na troca de produtos, visto que a dimensão do mercado está relacionada à especialização do trabalho social. Ou seja, a quantidade de mercadorias de que uma sociedade dispõe para trocar num dado momento depende do nível de desenvolvimento das suas forças produtivas – principalmente de seus meios de produção – e do nível da divisão social do trabalho.

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assim, como o lugar da reprodução do capital comercial. Porém, as formas de comércio criam novos espaços no urbano. Organizam, reorganizam, isto é, (des)estruturam as cidades. Nesse sentido, torna-se interessante fazer algumas reflexões sobre as relações e as interações existentes entre a atividade comercial e a cidade.

A sociedade se organiza a partir da apropriação de um determinado território que assegura a materialização das formas de (re)produção vigentes. Portanto, o espaço expressa a forma de organização da sociedade, evidenciando relações ideológicas e de poder. Sob essa perspectiva, o espaço é poder, é ideologia, é representação, sendo de fundamental importância para qualquer interpretação da realidade social. De acordo com Santos (1994), a leitura do capital sobre os territórios não é somente política, é também geopolítica, pois a decisão e a posterior implantação dos objetos técnicos e informacionais carregam em si o controle social mediante o sistema de ações. A crise do padrão de acumulação vivenciado pelo capital após a década de 1970, que suscitou novas formas de regulação via reestruturação produtiva do capital, propiciou a reorganização dos espaços. A necessidade de buscar alternativas para atender o interesse dos grupos transnacionais ensejou o surgimento de diferentes transações comerciais hegemonizadas pelo capital financeiro que necessitava construir espaços globalizados, controlados por redes sediadas nos mais distantes territórios, mas, evidentemente, que fossem integrados, comandados e controlados pelo capital. Baseados em relações globais, os espaços de produção, sem fronteiras definidas, depararam-se com as fronteiras nacionais que tentam impor-se na reprodução do capital imposta pelas empresas globais. Dessa forma, o que se observa é que as fronteiras não podem mais ser rígidas, estabelecidas geograficamente, mas economicamente, de tal forma que diferentes espaços, para manterem as condições de produção e reprodução das formas necessárias à existência do capital, tornaram-se responsáveis pela gestão dos espaços internacionalizados pelo capital. Entende-se que, a globalização expressou a nova formatação espacial do domínio do capital transnacional. Para os países hegemônicos, tal processo pode ser visto de acordo com a organização e a mobilização das classes sociais que, na sua grande maioria, vêem-se satisfeitas com as diferentes espacializações das práticas neo-imperialistas.

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O final do século XX consubstanciou-se como um período de grandes transformações. Em âmbito social, econômico, político, científico e cultural, verificou-se um processo de internacionalização que criou novas formas de comércio e de consumo. O início de tal processo aconteceu com a Revolução Industrial. Visando a atender as necessidades do novo mercado consumidor urbano, grande parte da produção foi transferida para as cidades. Esse acontecimento provocou importantes transformações sociais, econômicas e espaciais. A universalização do mercado foi um dos principais acontecimentos resultantes de tal processo. A partir desse momento, os habitantes da cidade passaram a depender quase que totalmente do mercado de bens de consumo. Tal fato implicou em mudanças relacionadas à produção em grande escala, em reformas na política trabalhista e no aparecimento da moda e da publicidade. Para que o objetivo de atingir o maior número possível de consumidores fosse alcançado, foi necessário investir em transportes coletivos, em distribuição de energia, em saneamento básico, em pavimentação das ruas e avenidas, em reordenação dos centros de comércio e de bairros residenciais. Esses investimentos foram realizados tanto pelo poder público quanto pelo capital privado que, com essa iniciativa, esperavam aumentar seus lucros. Assim, a sociedade industrial levou a uma nova organização espacial, sobretudo no espaço interno das cidades.

A ampliação da produção, decorrente da crescente demanda e do estímulo ao consumo, gerou grandes alterações no sistema produtivo, principalmente nos Estados Unidos. Após a década de 1920, com a introdução do sistema fordista de produção, os americanos revolucionaram o mercado de consumo. 2

Anita Kon (2004, p.64), ao analisar o crescimento do setor de serviços e suas implicações sobre a reestruturação das economias, afirma que as estruturas produtivas têm-se transformado rapidamente nos paítêm-ses detêm-senvolvidos desde a crescente industrialização, a partir da década de 1930, com o crescimento do processo de urbanização e a intensificação tecnológica. Com a necessidade de buscar novos mercados para consumir a grande variedade de produtos, aliada à crise econômica mundial originada pela “Quebra da Bolsa de Nova York”, foram adotadas novas estratégias e formas de comercialização,

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principalmente nos Estados Unidos, onde o “novo” sistema produtivo estava sendo implantado. A necessidade de consumir as mercadorias que estavam sendo produzidas, conjugada às novas formas de comércio que foram introduzidas na época (destaque para o auto-serviço), fez com que o automóvel se tornasse o produto símbolo do sistema produtivo. Além de proporcionar facilidade no deslocamento das pessoas e, conseqüentemente, o aumento no consumo, para a absorção em grande escala desse novo bem, uma nova organização urbana precisou ser planejada. As cidades tiveram que comportar vias de tráfego adequadas ao fluxo de automóveis, reduziram-se os espaços de pedestres, a arquitetura dos prédios e das casas adaptaram-se às novas exigências impostas pelo uso do automóvel. Destinaram-se áreas para construção de garagens e de estacionamentos. Foi preciso planejar e produzir novos espaços urbanos. Porém, para que ocorresse (e ocorra até hoje) o consumo, havia a necessidade de se conhecerem as novas mercadorias. Com a preocupação de divulgar aquilo que se estava produzindo, utilizaram-se novos meios de transmissão de informações (cinema, rádio, jornais e revistas e, mais tarde, a televisão, o marketing e a publicidade) que pudessem contribuir para mudar o comportamento do consumidor. Nesse contexto, o cidadão comum passou a ser alvo diário da propaganda de novas mercadorias e de novos modos de vida. Aos poucos, muitos lares de classe média foram invadidos por uma infinidade de bens de consumo.

A participação cada vez maior da mulher no mercado de trabalho, gerando o processo de “abandono do lar”, constituiu outro elemento fundamental na mudança de hábitos de consumo. Com menos tempo para dedicar-se às atividades domésticas, cresceu o consumo de eletrodomésticos que facilitam os “afazeres do lar”. Comidas congeladas ou semi-prontas foram ganhando espaço nos refrigerados. Comer “fora” tornou-se um hábito comum aos trabalhadores das grandes cidades. A organização familiar, por sua vez, também passou por importantes mudanças. Como os indivíduos conquistaram o tempo e o espaço de uma vida pessoal, as relações familiares foram, cada vez mais, tornando-se impessoais. A “invasão da privacidade doméstica” pelos novos aparelhos, principalmente os equipamentos de som, imagem e os microcomputadores, criou o isolamento dos indivíduos dentro do próprio lar, em detrimento do uso franco dos espaços públicos e da cordialidade social.

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jornada de trabalho gerando, por conseguinte, o “tempo do lazer” que, por outro lado, significou também,

[...] um novo sistema de reprodução da força de trabalho caracterizada por uma nova política de controle e gerência do trabalho, uma nova estética e uma nova psicologia [...] um novo tipo de sociedade democrática, racionalizada, modernista e populista. (HARVEY, 1989, p.122)

O trabalho assalariado apoiava-se na familiarização, na dedicação de várias horas de atividades rotinizadas que exigiam poucas habilidades manuais tradicionais e concedia ao trabalhador um controle quase inexistente sobre o projeto, o ritmo e a organização do processo produtivo. Aos poucos, os imigrantes, principal mão-de-obra utilizada por Ford em suas indústrias, aprenderam as novas formas de produção. Concomitantemente, os trabalhadores americanos apresentavam-se hostis ao processo. Esses fatos fizeram com que ocorresse uma intensa rotatividade da força de trabalho e incitaram os movimentos operários, principalmente nos Estados Unidos. Assim, no pós-guerra, o Estado teve que assumir novas funções e construir novos poderes institucionais. O trabalho organizado teve de assumir funções relativas ao desempenho nos mercados de trabalho e nos processos de produção. As organizações sindicais aos poucos foram perdendo seu poder. Em alguns casos, tiveram que trocar ganhos reais de salário pela cooperação na disciplinação dos trabalhadores, de acordo com o sistema fordista de produção. (HARVEY, 1989, p.129)

Após 1945, o acúmulo de operários nas fábricas representava a ameaça de uma organização trabalhista mais forte e o aumento do poder da classe trabalhadora o que promoveu um verdadeiro ataque político aos elementos mais radicais do movimento operário. Ainda de acordo com Harvey, tal fato fez com que as corporações, mesmo a contragosto, aceitassem o poder sindical, principalmente quando este procurava controlar seus membros para colaborarem com a administração em planos de aumento da produtividade em troca de ganhos de salários que estimulassem a demanda efetiva, originalmente concebida por Henry Ford.

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Tornou-se um instrumento que atendia às necessidades materiais e imateriais que estavam sendo criadas.

Em busca de novos mercados mundiais para a reprodução do capital desenvolveu-se um processo de internacionalização no qual o sistema capitalista, enquanto modo de produção, mesmo mantendo a sua concentração nos países dominantes, transformou-se. Tornou-se o sistema vigente na maior parte das nações, adquiriu novas possibilidades de expansão, de acumulação e de articulação que provocou importantes transformações na vida do cidadão comum. Ao conquistar novos espaços para a sua reprodução, o sistema capitalista propiciou a mundialização de mercadorias, de pessoas e de idéias. Criou novas formas de vida, de pensar, de agir, de ver o mundo, de sonhar. Conseqüentemente, surgiram outros padrões e valores culturais, novas formas de trabalho que, por sua vez, organizaram e produziram novos espaços.

A partir da década de 1970, o movimento de internacionalização do capital, baseado nas mudanças tecnológicas e nas formas flexíveis de organização do trabalho e dos processos produtivos, começou a procurar economias que oferecessem serviços especializados e mais sofisticados. Nesta nova fase de internacionalização das relações econômicas mundiais, grande parte das nações tornaram-se totalmente subordinadas aos interesses e às exigências de grupos e empresas, sejam eles nacionais ou transnacionais. No que diz respeito ao consumo, de forma um tanto quanto generalizada - haja vista que tal processo incorporou apenas os espaços que eram de interesse do capital - presenciou-se uma intensa transformação social. A internacionalização da produção, a divulgação de novas idéias, o intenso fluxo de pessoas, de costumes e de culturas diferentes, constituíram-se protagonistas de uma nova forma de consumo que, através dos meios de comunicação, chegaram até muitos lares mundiais, invadiram o cotidiano do cidadão conduzindo-o (e induzindo-o) a um novo comportamento, a um novo hábito, a uma nova forma e estilo de vida. Como conseqüência mais imediata, estes acontecimentos permitiram que as trocas e o intercâmbio de mercadorias avançassem as fronteiras políticas, culturais e étnicas e passassem a ter um fluxo maior e mais intenso.

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diversificado de produtos possibilitando a ampliação da oferta dos mesmos. Esse processo de mudança produtiva veio acompanhado pela emergência de novos valores sociais que produziram alterações no comportamento dos consumidores e nos produtos por eles consumidos. A produção tornou-se totalmente diferenciada do modelo fordista quando a produção caracterizava-se por ser em série e em grandes volumes de produtos padronizados que levaram a um consumo invariante, onde se presenciou a universalização da produção, da informação e do consumo. Assistiu-se a uma proliferação de marcas, de produtos e de serviços. Hábitos, costumes, gostos e preferências foram alterados, bem como o estilo de vida e a própria visão de mundo de milhões de pessoas. No que concerne à questão do emprego, cabe salientar que essas formas de reorganização da produção reduziram o número de postos de trabalho, especialmente nas indústrias manufatureiras. A intensificação do trabalho, a racionalização da produção e dos investimentos, a mudança e a reestruturação das técnicas, estendeu-se também ao setor de serviços possibilitando o seu desenvolvimento.

A internacionalização do capital, que se elevou com as empresas multinacionais e, posteriormente, com as transnacionais, resultou na mundialização das atividades econômicas. Contudo, sustentadas por serviços sofisticados da construção civil e do planejamento de serviços financeiros internacionais, tal integração só se tornou possível graças ao desenvolvimento dos transportes e das comunicações que possibilitou a instalação da produção das empresas internacionais em diferentes países. No espaço geográfico, essas transformações modificaram o sistema produtivo. Através da presença de novas modalidades de comércio, surgiram diferentes formas de apropriação dos espaços. Na procura por grandes áreas para se estabelecerem, as novas formas comerciais buscaram as margens das rodovias e das principais avenidas dos grandes centros urbanos. Portanto, fez-se necessário repensar o sistema de transportes, de comunicação e de infra-estruturas para viabilizar o desenvolvimento comercial das áreas que estavam sendo incorporadas pelo capital comercial e imobiliário. Tornou-se imprescindível a participação do poder público e do capital privado para planejar, estruturar e apropriar-se destes novos espaços.

Referências

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