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Automedicação entre os trabalhadores de enfermagem de hospitais públicos.

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Academic year: 2017

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AUTOMEDI CAÇÃO ENTRE OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE

HOSPI TAI S PÚBLI COS

Aline Reis Rocha Bar r os2 Rosane Har t er Gr iep3 Lúcia Rot enber g4

Est e est udo invest igou a prevalência de aut om edicação e fat ores associados ent re t rabalhadores de enferm agem . Realizou- se est udo epidem iológico seccional que abrangeu 1509 t rabalhadores de enferm agem de dois hospit ais p ú b licos n o Rio d e Jan eir o, Br asil. Os m ed icam en t os f or am id en t if icad os e classif icad os d e acor d o com o Anat om ical Ther apeut ic Chem ical I ndex . A pr ev alência de aut om edicação foi 24,2% , o gr upo anat ôm ico m ais referido foi o sist em a nervoso e o grupo t erapêut ico incluiu os analgésicos. A prevalência foi m ais alt a ent re os m ais j ovens, aqueles com dist úr bios psíquicos m enores, não hipert ensos, os que não faziam exer cícios físicos, o s q u e r e f e r i r a m d o e n ça o u f e r i m e n t o n o s ú l t i m o s 1 5 d i a s, a q u e l e s co m m a i o r n ú m e r o d e d o e n ça s aut odiagnost icadas, enferm eiros, de vínculo t em porário, e os que referem m aior envolvim ent o com o t rabalho. A au t om ed icação é p r át ica f r eq u en t e n a eq u ip e d e en f er m ag em e est á associad a a d iv er sos f at or es q u e dev er iam ser consider ados em est r at égias que buscam m elhor es condições de saúde ent r e eles.

DESCRI TORES: aut om edicação; uso de m edicam ent os; enfer m agem do t r abalho

SELF-MEDI CATI ON AMONG NURSI NG W ORKERS FROM PUBLI C HOSPI TALS

Th is st u dy descr ibes t h e pr ev alen ce of self- m edicat ion an d associat ed fact or s am on g n u r sin g w or k er s. Th is epidem iological sect ion al st u dy in clu ded 1 , 5 0 9 w or k in g n u r ses f r om t w o pu blic h ospit als in Rio de Jan eir o, Br azil. The m edicat ions w er e ident ified and classified accor ding t o t he Anat om ical Ther apeut ic Chem ical I ndex. The self- m edicat ion pr ev alence w as 24.2% and t he m ost r epor t ed anat om ical gr oup t r eat ed w as t he ner v ous sy st em , w hile t he t her apeut ic gr oup included analgesics. Self- m edicat ion w as m or e pr ev alent am ong y oung people, individuals wit h m inor psychiat ric dist urbances, non- hypert ensive individuals, t hose who did not exercise, t hose who report ed a disease or inj ury in t he last 15 days, wit h t he highest num ber of self- diagnosed diseases, nurses, professionals wit h t em porary work cont ract s and t hose highly involved wit h t heir work. Self- m edicat ion is a fr equent pr act ice am ong t he nur sing t eam m em ber s and is associat ed w it h fact or s t hat should be t aken int o account w hen planning st r at egies aim ed at im pr ov ing w or ker s’ healt h condit ions.

DESCRI PTORS: self m edicat ion; dr ug ut ilizat ion; occupat ional healt h nur sing

AUTOMEDI CACI ÓN ENTRE LOS TRABAJADORES DE ENFERMERÍ A DE

HOSPI TALES PÚBLI COS

Est e est udio inv est igó la pr ev alencia de la aut om edicación y los fact or es asociados ent r e los t r abaj ador es de enfer m er ía. Se r ealizó un est udio epidem iológico seccional que abar có 1. 509 t r abaj ador es de enfer m er ía de dos h ospit ales pú blicos en Rio de Jan eir o, Br asil. Los m edicam en t os f u er on iden t if icados y clasif icados de acuer do con el Anat om ical Ther apeut ic Chem ical I ndex . La pr ev alencia de aut om edicación fue de 2 4 , 2 % , el g r u p o an at óm ico m ás r ef er id o f u e el sist em a n er v ioso y el g r u p o t er ap éu t ico in clu y ó los an alg ésicos. La prevalencia fue m ás alt a ent re: los m ás j óvenes, en aquellos con dist urbios psíquicos m enores, los no hipert ensos, los que no hacían ej ercicios físicos, los que refirieron enferm edad o herida en los últ im os 15 días, en aquellos con m ayor núm er o de enfer m edades aut odiagnost icadas, los enfer m er os, los de vínculo t em por ar io, y los que r ef ier en m ay or en v olv im ien t o con el t r abaj o. La au t om edicación es u n a pr áct ica f r ecu en t e en el equ ipo de en f er m er ía y est á asociad a a d iv er sos f act or es q u e d eb er ían ser con sid er ad os en est r at eg ias q u e b u scan m ej or es condiciones de salud ent r e ellos.

DESCRI PTORES: aut om edicación; ut ilización de m edicam ent os; enfer m er ía del t r abaj o

1Apoio financeiro: CNPq, FAPERJ e Mount Sinai School of Medicine ( Program a I nt ernat ional Training and Research on Environm ent al and Occupat ional Healt h

- I TREOH, I rving Selikoff) . 2Enferm eira, Mest re em Enferm agem , Hospit al Geral de Bonsucesso, Brasil, e- m ail: enf.aline@hot m ail.com . 3Enferm eira,

Pesquisadora, I nst it ut o Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, e- m ail: rohgriep@ioc.fiocruz.br. 4Pesquisadora, I nst it ut o Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo

(2)

I NTRODUÇÃO

A

a u t o m e d i ca çã o é f o r m a co m u m d e

aut ocuidado em saúde, consist indo no consum o de um produt o pela iniciat iva de um doent e ou de seu responsável, na busca do alívio de sint om as, ou de

doen ças, per cebidos( 1 ). Pode t am bém ser def in ida

co m o “ u so d e m e d i ca m e n t o s se m a p r e scr i çã o ,

orientação ou acom panham ento do m édico”( 2). O m aior

uso dessa prática na população tem sido associado a fat ores t ais com o: sexo fem inino, idade m ais j ovem , nível de escolaridade e renda m ais altos, conhecim ento sobre m edicam entos, bem com o a falta de acesso ao

sist em a de saúde( 3- 5).

O consum o de m edicam entos sem prescrição é fenôm eno de r elev ância cr escent e, m ot iv ado por com plex a r ede de f at or es qu e est ão associados a valores predom inantes na sociedade m oderna. Dentre esses fat or es, dest aca- se o aum ent o da ofer t a de m edicam ent os alt er nat iv os, disponibilidade e v enda liv r e e pr opagandas de pr odut os far m acêut icos na

m ídia( 6).

En t r e os t r abalh ador es da ár ea da saú de, além dessa rede, há fatores relacionados ao am biente e co n d i çõ e s d e t r a b a l h o e a o a ce sso a o s m edicam en t os. Tr abalh ador es de en f er m agem , n a su a p r á t i ca d i á r i a , m a n u se i a m v á r i o s t i p o s d e m edicam ent os e o acesso facilit ado pode favorecer a

a u t o p r e scr i çã o e a u t o m e d i ca çã o( 7 ). Me sm o co m

conhecim ent o t eór ico e pr át ico sobr e o uso dessas subst âncias e suas im plicações, m uit as vezes est ão apenas tentando se livrar de situações incôm odas para

en fr en t ar a j or n ada de t r abalh o( 8 ). A r ealidade de

t rabalhadores de enferm agem , envolvendo m últ iplas j or n ad as, associ ad a à com p l ex i d ad e d o t r ab al h o hospitalar, torna possível considerar que esses podem en f r en t ar m om en t os d e d if icu ld ad es e/ ou cr ises, t ornando o consum o de fárm acos com o possibilidade

para facilit ar a condução de suas vidas( 8).

A a u t o m e d i ca çã o i n a d e q u a d a p o d e t e r consequências e efeit os indesej áv eis, enfer m idades i a t r o g ê n i ca s e m a sca r a m e n t o d e d o e n ça s

e v o l u t i v a s( 3 ). Re p r e se n t a , p o r t a n t o , p r o b l e m a

im port ant e que deve ser reconhecido e prevenido. Em b o r a e st u d o s n a ci o n a i s t e n h a m invest igado o fenôm eno da aut om edicação, a m aioria

o descreve ent re os idosos( 4- 5,9- 11). Dent re os poucos

est udos que inv est igar am o uso da aut om edicação ent r e t r abalhador es de saúde, dest acam - se aut or e

colaboradores( 3) que ident ificaram prevalência, ent re

enferm eiros, de 32% , inferior apenas à prevalência identificada entre os m édicos ( 43% ) . Nas publicações da Enferm agem , foram encont rados art igos sobre a u t ilização de ben zodiazepín icos em est u dan t es de

en f er m ag em( 1 2 ) e t r ab alh ad or es( 1 3 ), con t u d o, n ão

f o r a m i d e n t i f i ca d a s i n v e st i g a çõ e s a ce r ca d a aut om edicação em t r abalhador es de enfer m agem .

Neste artigo, buscou- se analisar o padrão de au t om ed icação em t r ab alh ad or es d e en f er m ag em a t r a v és d o s seg u i n t es o b j et i v o s: ( a ) v er i f i ca r a p r e v a l ê n ci a d e a u t o m e d i ca çã o r e f e r i d a p o r t r ab alh ad or es d e en f er m ag em ; ( b ) id en t if icar os m ed i ca m en t o s m a i s co n su m i d o s sem p r escr i çã o m é d i ca e ( c) i n v e st i g a r a s ca r a ct e r íst i ca s sociod em og r áf icas ocu p acion ais e os p ad r ões d e saúde associados ao uso de autom edicação. Acredita-se qu e esAcredita-se con h ecim en t o, ain da pou co est u dado ent re t rabalhadores de enferm agem , possa subsidiar proj etos de intervenção que busquem a m elhoria das co n d i çõ es d e t r ab al h o e d a saú d e d a eq u i p e d e enferm agem e, com o consequência, da população em geral, cuidada por eles..

MÉTODOS

Os dados for am obt idos at r av és de est udo e p i d e m i o l ó g i co t r a n sv e r sa l , r e a l i za d o e m d o i s hospitais públicos no Rio de Janeiro: um hospital geral de gr ande por t e e um cent r o de r efer ência par a a saúde m aterno- infantil. O estudo teve base censitária e incluiu t odos os enferm eiros, t écnicos e auxiliares q u e t r a b a l h a v a m d i r et a m en t e n a a ssi st ên ci a d e enferm agem , independent em ent e do t ipo de vínculo em pr egat ício. Adot ou- se com o cr it ér io de ex clusão t rabalhadores de enferm agem que não t rabalhavam na assist ência, t ais com o: chefes de enferm agem e trabalhadores da central de m aterial. Do total de 1687 el eg ív ei s, p ar t i ci p ar am d o est u d o 1 5 0 9 ( 8 9 , 4 % ) t r abalhador es de enfer m agem .

Ut i l i zo u - se q u e st i o n á r i o co n st i t u íd o d e p er g u n t as est r u t u r ad as co n t en d o , d en t r e o u t r o s a sp e ct o s: ( i ) d a d o s so ci o d e m o g r á f i co s, ( i i ) car act er íst icas r elacionadas ao t r abalho, ( iii) r elat o d e d o e n ça s e si n t o m a s - h i p e r t e n sã o a r t e r i a l , h o sp i t al i zação , al t er açõ es d o so n o e d i g est i v as, d i st ú r b i o s p si q u i á t r i co s m e n o r e s e ( i v ) u so d e m edicam ent os pr escr it os e aut om edicação.

(3)

foi realizado com 120 t rabalhadores de enferm agem d e u m h osp it al p ú b lico f ed er al, d e p er f il social e funcional, sem elhant e ao da equipe de Enferm agem do est udo.

A colet a de dados f oi r ealizada du r an t e o h or ár io de t r abalh o por en t r ev ist ador es t r ein ados. Após, os quest ionár ios for am r evisados, codificados e digit ados at ravés de digit ação dupla independent e,

utilizando- se o validat e ( Epi- I nfo 2000) para identificar

e corrigir inconsist ências na digit ação.

A inform ação sobre o uso de m edicam ent os foi coletada através de duas perguntas no questionário, com os seguint es enunciados: “ nos últ im os set e dias v o cê t o m o u a l g u m m e d i ca m e n t o ( a l o p á t i co , h om eop át ico, caseir o et c. ) ?”. Se sim , a seg u n d a pergunta foi: “ qual ( ais) o( s) m edicam ento( s) que você t o m o u n o s ú l t i m o s se t e d i a s e q u e m i n d i co u ?” ( co n t e n d o se t e e sp a ço s p a r a r e sp o st a s) . Os m edicam ent os foram ident ificados e desdobrados em seus princípios at ivos e classificados de acordo com o Anat om ical Ther apeut ic Chem ical I ndex ( ATC/ DDD

I ndex) , desenvolvido pelo World Healt h Organizat ion Co l l a b o r a t i n g Ce n t r e f o r D r u g St a t i st i cs

Me t h o d o l o g y( 1 4 ). Ne ssa , o s m e d i ca m e n t o s sã o

classificados em 14 gr andes gr upos designados por um a let ra, considerando o órgão ou sist em a sobre o qual o fárm aco corresponde ao grupo anatôm ico ( por exem plo, A - Aparelho digestivo e m etabolism o) . Cada gr u po est á su bdiv idido em su bgr u pos. O pr im eir o su b g r u p o é r e p r e se n t a d o p o r d o i s n ú m e r o s e cor r esponde ao gr upo t er apêut ico ( exem plo: A02 – Medicam ent os para dispepsia) . O segundo subgrupo é representado por um a letra e corresponde ao grupo f a r m a co l ó g i co ( ex em p l o : A0 2 A – An t i á ci d o s) . O t er ceir o subgr upo é r epr esent ado por um a let r a e cor r esponde ao gr upo quím ico ( ex em plo: A02AB – Co m p o st o s d e a l u m ín i o s) . O q u a r t o su b g r u p o é r ep r esen t ad o p or d ois n ú m er os e cor r esp on d e à subst ância quím ica ( exem plo: A02AB01 – Hidróxido d e a l u m ín i o ) . Ne st e e st u d o , u t i l i zo u - se a s classificações dos m edicam ent os r elat iv as aos dois prim eiros grupos ( anatôm ico e subgrupo terapêutico) . Cont udo, essa classificação não engloba ainda alguns pr odut os com o chás, que for am classificados com o produt os nat urais.

A pr ev alência de aut om edicação foi obt ida d i v i d i n d o - se o n ú m e r o d e t r a b a l h a d o r e s q u e

relataram o uso de pelo m enos um m edicam ento sem prescrição m édica, nos últim os sete dias, pelo núm ero t ot al de t r abalhador es av aliados. For am r ealizadas análises bivariadas, com parando- se a prevalência de a u t o m e d i ca çã o d e a co r d o co m a s v a r i á v e i s so ci o d e m o g r á f i ca s e o cu p a ci o n a i s p r o p o st a s n o e st u d o , a t r a v é s d o cá l cu l o d o q u i - q u a d r a d o d e Pearson ( com níveis adotados de significância de 5% , ou sej a, p < 0 , 0 5 ) e r azões d e p r ev alên cia e seu s respect ivos int ervalos de confiança de 95% .

Quanto aos aspectos éticos, cada funcionário, a o p a r t i ci p a r d a p e sq u i sa , a ssi n o u o t e r m o d e con sen t im en t o liv r e e esclar ecid o, au t or izan d o a ut ilização de seus dados em pesquisas. O Proj et o foi apr ov ado pelos Com it ês de Ét ica em Pesquisa das inst it uições envolvidas e pela Com issão Nacional de Ét ica em Pesquisa ( CONEP - Brasília) , para onde foi en cam in h ado por en v olv er cooper ação est r an geir a ( Parecer nº 1318/ 2004) .

RESULTADOS

Os part icipant es do est udo apresent avam as seg u in t es car act er íst icas: 8 6 , 6 % er am m u lh er es, 40,1% com idade igual ou superior a 46 anos, 44,2% eram casados, 39,5% se referiram m est iços, 56,7% possuíam nível superior, sendo que 52,3% exerciam a at ividade de auxiliar de enferm agem e 46,2% com

renda fam iliar per capit a inferior a R$ 700,00.

A p r e v a l ê n ci a d o u so d e m e d i ca m e n t o s r efer idos, sem pr escr ição m édica, foi de 24,2% . O n ú m e r o m é d i o d e f á r m a co s u t i l i za d o s n a a u t o m e d i ca çã o f o i d e 1 , 4 1 ( v a r i a n d o d e 1 a 8 m e d i ca m e n t o s r e f e r i d o s) , se n d o q u e 7 1 , 9 % inform aram utilizar apenas um e 28,2% referiram ter utilizado dois ou m ais m edicam entos nos últim os sete dias.

(4)

Tabela 1 – Dist ribuição da frequência dos fárm acos consum idos em aut om edicação nos últ im os set e dias ent re os t rabalhadores de enferm agem , Rio de Janeiro, 2007

Na s Ta b e l a s 2 , 3 e 4 sã o m o st r a d o s o s r e su l t a d o s d a a n á l i se d a a sso ci a çã o e n t r e a aut om edicação r efer ida e as v ar iáv eis consider adas n e st e e st u d o . No q u e se r e f e r e à s v a r i á v e i s so ci o d em o g r áf i cas av al i ad as, o b ser v o u - se q u e a prevalência do consum o de aut om edicação foi m aior

entre os m ais j ovens e entre aqueles com escolaridade m ais alt a ( Tabela 2) .

Em relação às condições de saúde avaliadas, observou- se prevalência m ais elevada ent re aqueles t r abalhador es classificados com dist úr bios psíquicos m enores ( depressão e ansiedade) ; ent re aqueles que

s i e v á i r a

V CódigodaATC n %

o s o v r e n a m e t s i

S N 242 46,7

s o c i s é g l a n

A N02 225 43,4

s o c it p é l o c i s

P N05 15 2,8

s o c i s é t s e n

A N01 1 0,2

s o c it p é l a n a o c i s

P N06 1 0,2

o m s il o b a t e m e o v it s e g i d o h l e r a p

A A 80 15,4

s a n i m a ti

V A11 32 6,2

a i c n ê l u t a lf a d e a c it p é p a r e c l ú a d o t n e m a t a r t a r a p . d e m , s o d i c á it n

A A02 24 4,5

s o v i s l u p o r p e s o c i g r é n il o c it n a , s o c i d ó m s a p s e it n a s e t n e g

A A03 11 2,1

a c it á p e h e r a il i b a c it u ê p a r e

T A05 3 0,6

s o c i g ó l o t a m o t s e s o d a r a p e r

P A01A06 2 0,4

s o v it a x a

L A09A04 2 0,4

s a m i z n e o d n i u l c n i , s o v it s e g i

D A07A12 2 0,4

s e t n a e s u a n it n a e s o c it é m e it n

A A16 1 0,2

s i a n it s e t n i s o s o i c c e f n i-it n a e s o ir ó t a m a lf n i-it n a s e t n e g a , s o c i e r r a i d it n

A 1 0,2

s i a r e n i m s o t n e m e l p u

S 1 0,2

o m s il o b a t e m e s a v it s e g i d s a i v s a a r a p s o t u d o r p s o r t u

O 1 0,2

s i a r u t a n s o t u d o r

P X 52 10

o c it é l e u q s e o l u c s u m a m e t s i

S M 40 7,7

s o c it á m u e r r it n a e s o ir ó t a m a lf n i-it n

A M01 38 7,3

s e r a l u c s u m e s e r a l u c it r a s e r o d a r a p s o c i p ó t s o t u d o r

P M03 1 0,2

s a e s s ó s a ç n e o d e d o t n e m a t a r t a r a p s o t n e m a c i d e

M M05 1 0,2

o ir ó t a r i p s e r o h l e r a p

A R 36 7

o c i m ê t s i s o s u a r a p s o c i n í m a t s i h -it n

A R06 22 4,3

s o d a ir f s e r e e s s o t a a r t n o c s o d a r a p e r

P R05 11 2,1

l a s a n o s u a r a p s o d a r a p e r

P R01 3 0,6

s o ir á

V V 36 7

s o c it u ê p a r e t s o t u d o r p s e t n a t s e r s o s o d o

T V03 30 5,8

s i a r e g s e t n e ir t u

N V06 6 1,2

o c i m ê t s i s o s u a r a p s i a r e g s o s o i c c e f n i-it n

A J 10 2

o c i m ê t s i s o s u a r a p s o n a ir e t c a b it n

A J01 8 1,6

o c i m ê t s i s o s u a r a p s o c it ó c i m it n

A J02 1 0,2

o c i m ê t s i s o s u a r a p s i a r i v it n

A J05 1 0,2

r a l u c s a v o i d r a c o h l e r a p

A C 8 1,5

s o c it é r u i

D C03 4 0,7

a n i s n e t o i g n a -a n i n e r a m e t s i s o e r b o s m a u t a e u q s e t n e g

A C09 2 0,4

s e r o t c e t o r p o s a

V C05 1 0,2

s e t n a e u q o l b a t e

B C07 1 0,2

s i a u x e s s a n o m r o h e o ir á n ir u o ti n e g o h l e r a p

A G 7 1,3

l a ti n e g a m e t s i s o d s e r o d a l u d o m e s i a u x e s s a n o m r o

H G03 7 1,3

s o c it é o p o t a m e h s o ã g r o e e u g n a

S B 5 1

s o c i m ê n a it n a s o d a r a p e r

P B03 3 0,6

s o c i g á r r o m e h -it n

A B02 1 0,2

o ã s u f r e p e d s e õ ç u l o s e e u g n a s o d s o t u ti t s b u

S B05 1 0,2

s i a u x e s s a n o m r o h o d n i u l c x e , s o c i m ê t s i s s i a n o m r o h s o d a r a p e r

P H 1 0,2

a e d i ó r it a c it u ê p a r e

T H03 1 0,2

s e t n e l e p e r e s a d i c it e s n i , s o ir á ti s a r a p it n a s o t u d o r

P P 1 0,2

s o c it n í m l e h -it n

A P02 1 0,2

l a t o

(5)

referiram não prat icar at ividade física; ent re os não sat isfeit os com o sono; ent re aqueles que referiram doen ça ou f er im en t o n os ú lt im os 1 5 dias e en t r e aq u eles q u e r ef er ir am m aior n ú m er o d e d oen ças au t od iag n ost icad as. Os h iper t en sos, por su a v ez, referiram consum o m enos frequente de autom edicação ( RP= 0,75; I C95% = 0,59- 0,94) ( Tabela 3) .

No que se refere às variáveis ocupacionais, f o r a m i d e n t i f i ca d a s m e n o r e s p r e v a l ê n ci a s d e aut om edicação ent r e aux iliar es e t écnicos, quando co m p a r a d o s a o s e n f e r m e i r o s. Al ém d i sso , p r ev alên cias m ais alt as f or am id en t if icad as en t r e aqueles que não er am ser v idor es públicos e ent r e aqueles que referiram que não conseguem parar de pensar no trabalho m esm o durante a folga (Tabela 4).

Tabela 2 – Pr evalência de aut om edicação e razões d e p r e v a l ê n ci a ( RP) , se g u n d o ca r a ct e r íst i ca s sociodem ográficas dos t rabalhadores de enferm agem , Rio de Janeiro, 2007 ( n= 1509)

*Test e do qui–quadrado de Pearson; * *teste de tendência linear; am bos

significat ivos quando < 0,05

* *Razão de prevalências ( RP) e respectivos intervalos de confiança ( I C) ;

considera- se associação quando o int ervalo não inclui o valor 1 s i e v á i r a

V Prevalência RP**(IC95%)

N % o x e S o n i n i m e

F 319 24.4 1.00

o n il u c s a

M 47 23.3 0.98(0.91-1.07)

* 5 2 7 . 0 = p e d a d I 5 3 a 6

1 142 30.3 1.00

5 4 a 6

3 100 23.6 0.79(0.59-1.08)

s i a m u o 6

4 120 19.8 0.65(0.53-0.81)

* 0 0 0 , 0 < p l a g u j n o c o ã ç a u ti S s o d a s a

C 158 23.7 1.00

s o r i e tl o

S 141 26.4 1.11(0.91-1.35)

, s o d a i c r o v i D e s o d a r a p e s s o v ú i

v 65 21.5 1.03(0.96-1.10)

* 9 5 2 . 0 = p e d a d ir a l o c s E l a t n e m a d n u

F 22 19.1 1.00

o i d é

M 120 22.4 1.17(0.78-1.76)

r o ir e p u

S 223 26.1 1.36(0.92-2.01)

* * 1 4 0 . 0 = p r o c / a ç a R a c n a r

B 140 25 1.00

a ç it s e

M 140 23.5 0.94(0.77-1.15)

a r g e

N 85 24.6 0.98(0.78-1.24)

* 7 3 8 . 0 = p a d n e

R percapita(emsaláirosmínimos) ½

é t

A 38 21.6 1.00

2 a

½ 74 23.9 1.11(0.78-1.56)

3 a 1 .

2 77 21.7 1.00(0.71-1.42)

4 a 1 .

3 60 28.2 1.30(0.92-1.86)

* * 0 4 2 . 0 = p

DI SCUSSÃO

A p r ev al ên ci a d o u so d e au t om ed i cação, r ef er i d a en t r e o s t r a b a l h a d o r es d e en f er m a g em avaliados, foi de 24,2% . Essa proporção foi inferior àquela identificada entre os enferm eiros da rede básica

em Pelotas ( 32,4% )( 3), no entanto, este estudo avaliou

o uso de m edicam ent os nos últ im os quinze dias. As frequências foram t am bém inferiores ao est udo com resident es do m unicípio de Sant a Maria, Rio Grande

d o Su l ( 5 3 , 3 % )( 1 5 ) e a o e st u d o q u e a v a l i o u

aut om edicação em idosos em Salgueiro, PE ( 77% )( 9).

Por out ro lado, foi m ais alt a do que a observada na p o p u l ação ad u l t a d e o u t r o s p aíses, t ai s co m o a

Espanha ( 12,7% )( 6).

Tabela 3 – Pr evalência de aut om edicação e razões de pr ev alên cia ( RP) , segu n do con dições de saú de e n t r e o s t r a b a l h a d o r e s d e En f e r m a g e m , Ri o d e Janeiro, 2007 ( n= 1509)

*Test e do qui–quadrado de Pearson; significat ivo quando < 0,05 * *Razão de prevalências ( RP) e respectivos intervalos de confiança ( I C) ;

exist e associação quando o int ervalo não inclui o valor 1 s i e v á i r a V e d a i c n ê l a v e r P o ã ç a c i d e m o t u

a RP(IC95%)

n % e d ú a s e d o ã ç p e c r e p o t u A m o b u o m o b o ti u

M 297 24,3 1,00

m i u r u o r a l u g e

R 69 24,6 1,01(0,75-1,37)

8 1 9 , 0 = p s e r o n e m s o c i u q í s p s o i b r ú t s i D o ã

N 217 20,9 1,00

m i

S 149 31,8 1,52(1,27-1,82)

1 0 0 0 , 0 < p o ã s n e t r e p i H o ã

N 292 25,9 1,00

m i

S 74 19,4 0,75(0,59-0,94)

0 1 0 , 0 = p s o c i s íf s o i c í c r e x e z a F m i

S 97 20,7 1,00

o ã

N 269 25,9 1,25(1,01-1,53)

0 3 0 , 0 = p o n o s o m o c o ti e f s it a S m i

S 116 19,2 1,00

o ã

N 250 27,7 1,44(1,18-1,75)

1 0 0 0 , 0 < p 5 1 s o m it l ú s o n o t n e m ir e f u o a ç n e o D s a i d o ã

N 200 19,9 1,00

m i

S 165 32,9 1,65(1,39-1,97)

1 0 0 0 , 0 < p s a ç n e o d e d o r e m ú N s a d a c it s o n g a i d o t u a m u h n e

N 88 17,1 1,00

s a u d u o a m

U 117 25,1 1,47(1,14-1,88)

s i a m u o s ê r

T 161 30,6 1,79(1,42-2,26)

(6)

Os m edicam en t os m ais con su m idos f or am aqueles par a o sist em a ner v oso ( 46, 7% ) , sendo o su b g r u p o m ais u t ilizad o os an alg ésicos ( 4 3 , 4 % ) ,

p ad r ão d escr i t o p o r d i v er so s au t o r es( 3 , 5 , 9 , 1 5 ). Os

r esu lt ados aqu i apr esen t ados f or am dif er en t es de

outro estudo( 11) que identificou os m edicam entos para

o a p a r e l h o ca r d i o v a scu l a r co m o a ca t e g o r i a t er apêut ica m ais ut ilizada, m as se t r at a de est udo env olv endo idosos, idade em que a pr ev alência de d oen ça car d iov ascu lar é elev ad a. Os ach ad os d o p r esen t e est u d o t êm p ap el r el ev an t e q u an d o se rem et e à cat egoria de t rabalhadores est udada, pois o uso excessivo de analgésicos pode ser reflexo de m ás condições de t rabalho, com descanso m ínim o, o q u e l e v a à f a d i g a e à n e ce ssi d a d e d o u so d e m e d i ca m e n t o s e , co n se q u e n t e m e n t e , d a a u t o m e d i ca çã o . Ou t r o f a t o r p o ssi v e l m e n t e relacionado ao uso dos analgésicos poderia ser a alta p r ev alên cia d e d ist ú r b ios m u scu loesq u elét icos j á

descrit a ent re t rabalhadores de enferm agem( 16- 17).

Tabela 4 – Pr evalência de aut om edicação e razões d e p r e v a l ê n ci a ( RP) , se g u n d o ca r a ct e r íst i ca s profissionais ent re t rabalhadores de enferm agem , Rio de Janeiro, 2007 ( n= 1509)

*Test e do qui–quadrado de Pearson; significativo quando < 0,05 * *Razão de prevalências ( RP) e respectivos intervalos de confiança ( I C) ;

exist e associação quando o int ervalo não inclui o valor 1

Difer ent e dos r esult ados aqui encont r ados,

alguns estudos( 4- 6,9) descreveram o uso m ais frequente

de autom edicação entre as m ulheres, o que pode ser explicado pelo fato de que as m ulheres buscam m ais os serviços de saúde, cuidando m ais de si m esm as.

Em g e r a l , o co n su m o d e m e d i ca m e n t o s cost u m a au m en t ar à m ed id a em q u e as p essoas

e n v e l h e ce m( 4 , 9 ). No e n t a n t o , a u t i l i za çã o d e

au t om ed icação t en d e a ser m aior en t r e os m ais

j ovens( 3,5- 6). Esse padrão t am bém foi ident ificado no

pr esent e est udo.

A sit uação conj ugal não est eve associada ao u so d e au t om ed icação en t r e os t r ab alh ad or es d e en f er m ag em av al i ad o s. A asso ci ação en t r e essa v ar iáv el e a au t om ed icação n ão é con sen su al n a lit erat ura. Por exem plo, result ados sem elhant es aos d e st e e st u d o f o r a m d e scr i t o s e m o u t r o e st u d o

nacional( 5), que abr angeu população de idosos. Por

out ro lado, est udo espanhol ident ificou m aior uso de

aut om edicação ent re adult os que vivem sós( 6).

De for m a sem elhant e aos r esult ados dest e est u d o , p esso as d e n ív ei s d e esco l ar i d ad e m ai s elev ados t endem a ut ilizar m ais fr equent em ent e a

au t om ed icação( 3 , 6 ). As r azões p ar a isso t êm sid o

at ribuídas a fat ores t ais com o: m aior conhecim ent o sob r e os m ed icam en t os, m aior p od er econ ôm ico, m enor confiança nos m édicos e m aior sent im ent o de autonom ia pessoal diante de decisões sobre a própria

saúde( 6).

Est u d o s t ê m m o st r a d o q u e o h á b i t o d a aut om edicação est á associado à pr esença de sinais e sint om as m enor es de car act er íst icas agudas, t ais com o a dor e a febre. As doenças crônicas que, em geral, envolvem acom panham ent o m édico favorecem

o uso de m edicam ent os prescrit os( 10). Corroborando

esses achados, identificou- se m aior uso entre aqueles que r efer ir am doença ou fer im ent o nos últ im os 15 dias e m enor uso ent re os hipert ensos. Além disso, i d e n t i f i co u - se m a i o r co n su m o e n t r e a q u e l e s classificados com dist úrbios psíquicos m enores, ent re os insatisfeitos com o sono e entre aqueles com m aior n ú m e r o d e d o e n ça s a u t o d i a g n o st i ca d a s. Esse s a sp e ct o s m e r e ce m e st u d o s m a i s e sp e cíf i co s buscando- se ent ender m elhor com o se relacionam o ad oecim en t o e o u so d e m ed icam en t os en t r e os t r abalhador es de enfer m agem .

Ainda, com o ident ificado nest es r esult ados, out ros est udos descrevem que indivíduos com baixa a t i v i d a d e f ísi ca a p r e se n t a m m a i o r co n su m o d e

m edicam ent os( 9). Em bor a não se possa est abelecer

s i e v á i r a

V Prevalência RP(IC95%)

n %

l a n o i s s if o r p a ir o g e t a C

o r i e m r e f n

E 117 28,1 1,00

o c i n c é

T 61 20,1 0,71(0,54-0,94)

r a il i x u

A 188 23,8 0,85(0,69-1,03)

1 4 0 , 0 = p o

c il b ú p r o d i v r e S

m i

S 155 21,1 1,00

o ã

N 210 27,3 1,29(1,08-1,55)

5 0 0 , 0 = p s

o g e r p m e e d o r e m ú N

m

U 222 23,7 1,00

s i a m u o s i o

D 144 25,1 1,05(0,88-1,27)

4 5 5 , 0 = p o

h l a b a r t e o ir á r o H

o n r u i

D 187 24,1 1,00

o n r u t o

N 91 24,7 1,02(0.81-1,29)

o t s i

M 78 23,2 0,96(0,73-1,27)

6 5 8 , 0 = p

a g l o f a e t n a r u d o h l a b a r t o n r a s n e p e d r a r a p e u g e s n o c o ã N

a d r o c s i

D 298 23 1,00

a d r o c n o

C 68 32,5 1,14(1,03-1,26)

3 0 0 , 0 = p s

a d a h l a b a r t s i a n a m e s s a r o H

6 3 é t

A 141 22,6 1,00

0 5 a 7 3 e

D 100 26,3 1,16(0,93-1,45)

0 5 e d s i a

M 119 24,5 1,08(0,88-1,34)

(7)

r e l a çã o d e ca u sa - e f e i t o , a t r a v é s d e e st u d o s t r a n sv e r sa i s, sa b e - se q u e a a t i v i d a d e f ísi ca é associada com m elhores níveis de saúde.

No p r e se n t e e st u d o f o r a m e n co n t r a d a s frequências m ais altas do consum o de autom edicação

entre os enferm eiros. Outro estudo nacional( 3) j á havia

descrit o prevalência m ais elevada de aut om edicação e n t r e p r o f i ssi o n a i s d e n ív e l su p e r i o r ( i n cl u si v e enferm eiros) , quando com parados aos de nível m édio. As al t as p r ev al ên ci as i d en t i f i cad as en t r e aqueles que não eram servidores públicos podem ser at ribuídas à idade da população do est udo. Em bora não se t enha m ost rado nas análises dest e art igo, o g r u p o r ef er id o er a m u it o m ais j ov em d o q u e os ser v idor es.

Ch a m a a a t e n çã o a a l t a p r e v a l ê n ci a i d e n t i f i ca d a e n t r e a q u e l e s p r o f i ssi o n a i s excessivam ent e com prom et idos com o t rabalho, que não conseguem parar de pensar no t rabalho m esm o d u r an t e a f olg a. É r econ h ecid a a im p or t ân cia d o e st r e sse d o t r a b a l h o co m o f a t o r d e r i sco d e

adoecim ent o dos t rabalhadores( 3,6). Por t ant o, faz- se

necessário est udos que elucidem m elhor a influência d o a m b i e n t e p si co sso ci a l d o t r a b a l h o so b r e a ut ilização de m edicam ent os.

Os achados deste estudo devem ser avaliados à luz da principal lim itação de estudos seccionais, que n ão p er m it em est ab elecer r elação t em p or al clar a ent re os event os, dificult ando o est abelecim ent o de causa e efeit o. Pode- se, t am bém , pr essupor algum grau de subest im ação de inform ações acerca do uso d e m e d i ca m e n t o s, p o r e sq u e ci m e n t o , p o r n ã o desej arem inform ar o uso de determ inados fárm acos. Alguns m edicam ent os não puderam ser ident ificados,

seg u n d o a classif icação ad ot ad a, p or in f or m ação i n su f i ci en t e p o r p ar t e d o s en t r ev i st ad o s, j á q u e dev er iam lem br ar os nom es ou subst âncias at iv as dos m edicam ent os.

CONCLUSÕES

O t e m a “ a u t o m e d i ca çã o ” é co n t r o v e r so q u an t o ao s b en ef íci o s e m al ef íci o s à saú d e d o s t rabalhadores. Essa prát ica pode ser favorecida por fatores tais com o a facilidade de acesso aos fárm acos e a d if icu ld ad e d e acesso aos ser v iços d e saú d e ( en q u an t o u su ár ios) , or a p or f alt a d e t em p o or a dinheir o par a planos de saúde or a pela dificuldade do cuidado de “ si”.

A a u t o m e d i ca çã o é p r o b l e m a u n i v e r sa l , ant igo e de grandes proporções. Em bora sej a m uit o difícil elim inar essa prát ica, faz- se necessário ent re a população em ger al a or ient ação quant o ao uso de m e d i ca m e n t o s, se m e st ím u l o a o co n su m o desenfreado. No que se refere aos t rabalhadores de enferm agem , os efeitos potencialm ente perigosos dos m ed icam en t os p od em est ar sen d o su b est im ad os, sen d o esse u m t em a q u e d ev e ser ab or d ad o n as escolas de form ação e nas est rat égias volt adas para a m elhoria da saúde dos t rabalhadores.

AGRADECI MENTOS

Agradecem os o apoio da Com issão de Saúde do Trabalhador dos hospit ais est udados.

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