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Fontes de Financiamento à Inovação: incentivos e óbices às micro e pequenas empresas - estudo de casos múltiplos no estado do Paraná.

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ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

FONTES DE FINANCIAMENTO À INOVAÇÃO:

INCENTIVOS E ÓBICES ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – ESTUDO DE CASOS MÚLTIPLOS NO

ESTADO DO PARANÁ

M a r le t e Be a t r iz M a ça n e ir o* An a Pa u la M u ssi Sz a bo Ch e r obim * *

Resumo

E

st e est udo t rat a do fi nanciam ent o à inovação t ecnológica em em pr esas, com foco no Pr o-gram a de Subvenção Econôm ica à I novação. Tem - se o obj et ivo de analisar os fat or es con-dicionant es, incent ivos e óbices, ao acesso a recursos governam ent ais para o fi nanciam ent o da inovação, no cont ext o de m icr o e pequenas em pr esas – MPEs do Paraná. Para a pesquisa em pírica, foi realizado est udo de casos m últ iplos por m eio de ent revist as sem i- est rut uradas, aná-lise de docum ent os e regist ros em arquivos. As conclusões evidenciam os fat ores condicionant es, t endo com o incent ivos: pr ogram as que pr ivilegiaram a par t icipação de MPEs; cont rapar t ida de r ecur sos facilit ada; m aior acesso a infor m ações pela pr oxim idade delas com as univer sidades e cent r os de pesquisa; e a exper iência na pr oposição de pr oj et os que pr edispõem a um m aior sucesso na apr ovação. Por out r o lado, ver ifi caram - se os óbices: dependência delas em r elação às inst it uições de pesquisa para pr oposição de pr oj et os; necessidade da cr iação de capacidade int er na para execução dos pr oj et os; pr oblem as est r ut urais que as fazem buscar assessor ia/ consult or ia para pr oposição de pr oj et os; e falt a de com unicação da agência de fom ent o sobr e a avaliação dos pr oj et os.

Pa la vr a s- Cha ve : I novação t ecnológica. Micro e pequenas em presas. Financiam ent o da inovação.

Pr ogram as gover nam ent ais.

Sources of Funding for Innovation: incentives and obstacles to micro and small

enterprises - multiple case study in the state of Paraná

Abstract

T

his st udy is concer ned w it h fi nancing of t echnological innovat ion in ent er pr ises, focusing

on t he Pr ogram of Econom ic Subsidy for I nnovat ion. I t aim s t o analyze t he condit ioning fact or s, incent ives and obst acles, t o access gover nm ent al r esour ces for t he fi nancing of innovat ion in t he cont ext of m icr o and sm all ent er pr ises ( MSEs) in t he st at e of Parana, Brazil. For t he fi eld r esear ch m ult iple case st udies using sem i- st r uct ur ed int er view s, a docum ent r eview and fi le r ecor ds w er e car r ied out . The fi ndings show t he condit ioning fact or s w hich have as incent ives pr ogram s t hat favor t he par t icipat ion of MSEs; t he par t icipat ion of ow n r esour ces facilit at ed; gr eat er access t o infor m at ion t hr ough t heir pr oxim it y t o univer sit ies and r esear ch cent er s; and exper ience in pr oposing pr oj ect s t hat ar e likely t o obt ain gr eat er success in appr o-val. Fur t her m or e, t he follow ing w er e seen as obst acles: t heir dependence in r elat ion t o r esear ch inst it ut ions t o pr opose pr oj ect s; t he need t o develop int er nal capacit y for pr oj ect execut ion; st r uct ural pr oblem s m ean t hat t hey seek advice and consult ancy for pr oposals for pr oj ect s; and a lack of com m unicat ion fr om funding agency on t he evaluat ion of pr oj ect s.

Ke y w or d s: Technological innovat ion. Micr o and sm all ent er pr ises. Financing of innovat ion.

Gover nm ent pr ogram s.

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Introdução

E

st udos enfat izam a inovação com o pr opulsora do desenvolvim ent o econôm ico

dos países capit alist as, r esponsável pelos pr ocessos de inst auração de novos paradigm as e do desenvolvim ent o de t raj et órias t ecnológicas ( DOSI ; ORSENI GO; LABI NI , 2002; NELSON, 1990; NELSON; WI NTER, 2005; SCHUMPETER, 1982) . Ao m esm o t em po, as m icr o e pequenas em pr esas – MPEs apar ecem com o dest aque, por seu pot encial de increm ent o nas econom ias desses países, at ribuído à fl exibilidade e à geração de em pr ego e r enda ( BALDWI N; GELLATLY, 2003; CNI / SEBRAE, 2006; FONSECA; KRUGLI ANSKAS, 2002; JULI EN, 1998) .

Teor icam ent e, Schum pet er ( 1982) caract er izou a inovação com o sendo a in-t r odução de novo pr oduin-t o, m éin-t odo de pr odução, aber in-t ura de m er cado, conquisin-t a de font e de m at érias- prim as, ou sej a, um a novidade t ant o para a organização em presarial com o para o am bient e em que est á inser ida. Os t r ês aspect os cor r elat os às at ividades inovat ivas são: a descobert a ou invenção, a inovação propriam ent e dit a e a sua difusão nas at ividades econôm icas. Ent ret ant o, a efet ivação da inovação é processo dem orado, de invest im ent o elevado em capit al e r ecur sos hum anos e de r et or no no longo prazo. Por sua vez, os r esult ados são incer t os, inexist indo r elação defi nida ent r e o inves-t im eninves-t o efeinves-t uado e o r einves-t or no esperado ( KRUGLI ANSKAS; MATI AS- PEREI RA, 2005) . O pot encial das MPEs e sua im port ância no cenário econôm ico dizem respeit o à capacidade de concent ração de post os de t rabalho e de m ovim ent ação de econom ias em at ividades essenciais ao sist em a econôm ico ( JULI EN, 1998; BALDWI N; GELLATLY, 2003) . Por conseguint e, a im port ância delas perpassa pelo increm ent o inovat ivo, que se const it ui em diferencial com pet it ivo a essas organizações. Para se verifi car a im port ância dessas em presas no cont ext o da inovação no Brasil, t êm - se os dados apresent ados pela Pesquisa I ndust rial de I novação Tecnológica – PI NTEC ( I BGE, 2008) . Das 30.377 indúst rias brasileiras que im plem ent aram inovação de produt o e/ ou processo no período de 2003 a 2005, 24.999 são de m icro e pequeno port e ( com at é 99 em pregados) .

No ent ant o, apesar dessa im port ância, as MPEs enfrent am difi culdades que não possibilit am a sobrevivência de part e signifi cat iva delas. Julien ( 1998) dest aca que, em bora essas em presas se m ost rem criadoras de cam po de t rabalho, são vulneráveis e apresent am diversidade ext rem a. Suas difi culdades são at ribuídas, principalm ent e, ao fracasso adm inist rat ivo, à incapacidade de at rair e m ant er pessoal qualifi cado, ao uso de t ecnologia obsolet a e aos recursos fi nanceiros lim it ados ( BALDWI N; GELLATLY, 2003) .

Por ém , de acor do com Lem os ( 2000) , algum as iniciat ivas brasileiras, a par t ir do fi nal da década de 1990, desper t aram para a cr iação de inst r um ent os de pr om oção do desenvolvim ent o e do for t alecim ent o de est r ut uras inst it ucionais específi cas para apoio de m icr o, pequenas e m édias em pr esas – MPMEs. No que concer ne à inovação, a par t ir de 1998, o Gover no Federal vem im plant ando fundos set or iais e pr ogram as de fom ent o à ciência, t ecnologia e inovação – CT&I , r esponsáveis t ant o pela capt ação de r ecur sos no set or, com o por sua aplicação em at ividades inovat ivas ( MCT, 2008) .

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e-ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

sar iais. O est udo incor pora em pr esas de dois gr upos: as em pr esas m ais m oder nas do sudest e e as em pr esas m ais t radicionais, localizadas na r egião da Escócia.

Por t ant o, esses dois cenár ios im por t ant es aos países – inovação e m icr o e pe-quenas em presas –, principalm ent e para aqueles em desenvolvim ent o, cont ribuíram ao obj et ivo dest e t rabalho. O foco est á dir ecionado à analise dos fat or es condicionant es, incent ivos e óbices ao acesso a r ecur sos gover nam ent ais para o fi nanciam ent o da inovação, no cont ext o de MPEs do Paraná. Mais especifi cam ent e, o est udo par t e da análise do Pr ogram a de Subvenção Econôm ica à I novação, operado pela Financiadora de Est udos e Pr oj et os – FI NEP e, em pir icam ent e, da r ealização de est udos de casos m últ iplos em em pr esas paranaenses que par t iciparam desse pr ogram a.

A part ir dessas considerações iniciais, est e est udo se m ost ra im port ant e no con-t excon-t o acon-t ual de desenvolvim encon-t o do Brasil, onde vár ios pr ogram as gover nam encon-t ais de apoio às at ividades inovat ivas das em presas est ão sendo operacionalizados. Os t ópicos que se seguem ir ão det alhar o levant am ent o da base t eór ico- em pír ica, a m et odologia e a análise dos dados colet ados, os quais são discut idos à luz do em basam ent o t eórico.

O Financiamento da Inovação

em Micro e Pequenas Empresas

Nest e t ópico, é r ealizada discussão da infl uência do por t e no pr ocesso de de-senvolvim ent o da inovação, com dest aque para o seu fi nanciam ent o. Ressalt a- se que, nest e t rabalho, para defi nição do por t e das em pr esas, o cr it ér io ut ilizado é o do fat u-ram ent o, m uit o em bora os est udos cit ados possam ut ilizar out r os cr it ér ios. Ou sej a, são consideradas m icr oem pr esas aquelas cuj as r eceit as operacionais br ut as anuais não ult rapassem a R$ 1.200.000,00 ( um m ilhão e duzent os m il r eais) e, pequenas em pr esas, aquelas com r eceit as de at é R$ 10.500.000,00 ( dez m ilhões e quinhent os m il r eais) ( BRASI L, 2002) .

De acor do com Baldw in e Gellat ly ( 2003) , at é r ecent em ent e, os est udos eco-nôm icos de inovação concent ravam - se em t est ar a t eor ia, com um ent e associada a Schum pet er, de que a grande em pr esa é a base na qual são const r uídos sist em as de inovação. No ent ant o, os aut or es dest acam que Schum pet er t am bém acent uou o im por t ant e papel que os em pr eendedor es desem penham na cr iação de em pr esas, que são r esponsáveis por int r oduzir novas idéias no m er cado.

Nesse sent ido, Hasenclever e Tigr e ( 2002) com ent am que Schum pet er carac-t er izou dois m odelos de em pr esa capicarac-t aliscarac-t a inovadora: a grande em pr esa escarac-t abele-cida, que int r oduz inovações r ot ineiram ent e a par t ir de suas at ividades de P&D; e a pequena em pr esa em er gent e, cr iada pelo em pr eendedor. A t eor ia schum pet er iana é considerada com o a base para os est udos que se fundam ent am no pr incípio de que a difusão de inovações é det er m inant e para o desenvolvim ent o econôm ico, t endo com o conseqüência o avanço t écnico em pr ocesso evolucionist a.

Além disso, Bot elho ( 1999) r essalt a que, na or igem da Teor ia Evolucionist a, as grandes cor porações eram vist as com o o veículo pr incipal da at ividade inovat iva, caract er izada pelo novo conhecim ent o gerado em suas pesquisas. No ent ant o, a par-t ir das décadas de 1970 e 1980, ver ifi cou- se que par cela signifi capar-t iva das inovações indust r iais sur giu t am bém em pequenas em pr esas.

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Baldw in e Gellat ly ( 2003) r essalt am que o fat o de as pequenas em pr esas não invest ir em em P&D, com o fazem as grandes, não signifi ca que não são inovadoras, pois elas focam em out ras font es de inovação. As pequenas em pr esas t endem a con-fi ar m enos em P&D e m ais em suas unidades de pr odução para as inovações, além da cr iação de r edes com out ras or ganizações da cadeia de pr odução. No que t ange a est r ut uração para o pr ocesso de inovação, Ar ora e Gam bar della ( 1994) dest acam que as MPEs t êm m aior es condições de levar adiant e pr oj et os de inovação m ais m o-der na e ar r iscada, cont ant o que os possam fi nanciar. Em pr esas m enor es, em bora em pr incípio m ais efi cient es, ser iam m enos suscet íveis a invest ir em inovação. Um a pequena em pr esa inovadora não só t em a difícil t ar efa de adquir ir os at ivos neces-sár ios à com er cialização, com o t am bém pode t er óbices para a cr iação de um a base de conhecim ent o para inovação, em função dos alt os cust os fi xos. “ O fi nanciam ent o pode ser fat or det er m inant e para a inovação em PMEs, que não rar o car ecem de fun-dos pr ópr ios para conduzir pr oj et os de inovação e enfr ent am m uit o m ais difi culdades para obt er fi nanciam ent o ext er no do que as em pr esas m aior es” ( OCDE, 2005, p. 48) .

O pr oblem a m ais fr eqüent em ent e m encionado é a falt a de r ecur sos fi nanceir os. Est a quest ão se t raduz na indisponibilidade de fi nanciam ent o em condições apr opr iadas às necessidades peculiar es das EBTs. Dada a pr ópr ia nat ur eza das at ividades a que se dedicam , cent radas na int rodução de t ecnologias geralm ent e não t est adas no m ercado, o r isco do invest im ent o é par t icular m ent e elevado ( PI NHO; CÔRTES; FERNANDES, 2002, p. 9) .

Nesse aspect o, a Lei da I novação pr evê, em seu ar t . 21, que “ as agências de fom ent o dever ão pr om over, por m eio de pr ogram as específi cos, ações de est ím ulo à inovação nas m icr o e pequenas em pr esas, inclusive m ediant e ext ensão t ecnológica r ealizada pelas I CT” ( BRASI L, 2004) . Além disso, o Ar t . 27, inciso I I I , defi ne que, na aplicação do dispost o na lei, deve ser assegurado o t rat am ent o favor ecido a em pr esas de pequeno por t e. Por t ant o, o incent ivo à inovação nas MPEs é quest ão pr evist a na le-gislação brasileira, cabendo às inst it uições responsáveis a aplicação desses disposit ivos.

O fi nanciam ent o à inovação consist e em t oda a est r ut uração, for m al ou não, de r ecur sos disponíveis para ser em aplicados em pesquisa, desenvolvim ent o e incent ivo à inovação. Em fi nanças, “ [ ...] est r ut ura de capit al é a com binação de t odas as font es de fi nanciam ent o de longo prazo, dívida ou capit al pr ópr io, ut ilizadas pela em pr esa” ( LEMES JUNI OR; CHEROBI M; RI GO, 2005, p. 200) . O conceit o com pr eende t odas as font es de capit al de t er ceir os ut ilizadas pela em pr esa no longo prazo e a par cela de capit al pr ópr io, m ont ant e apor t ado pelos sócios da em pr esa.

Sendo assim , dent r o das cat egor ias de dívida e de pat r im ônio líquido, exist em difer ent es inst r um ent os de fi nanciam ent o que podem ser ut ilizados. Mais especifi ca-m ent e, as alt ernat ivas de fi nanciaca-m ent o das eca-m presas se const it ueca-m eca-m font es int ernas e ext er nas. As int er nas dizem r espeit o ao r e- invest im ent o de fl uxo de caixa gerados pelos at ivos exist ent es de um a em pr esa, em t er m os de lucr os r et idos e depr eciações. As ext er nas são com post as por em issões de t ít ulos no m er cado de capit ais, fi nancia-m ent o bancár io, cont rat os de ar r endanancia-m ent o nancia-m er cant il e fi nancianancia-m ent o enancia-m nancia-m er cados int er nacionais ( DAMODARAN, 2004; NESS JR., 2008) . No aspect o do fi nanciam ent o da inovação t ecnológica, Cor der e Salles- Filho ( 2006) , dest acam que:

I ndependent em ent e de onde vêm os r ecur sos, sej a do set or público, sej a do set or privado, os m ecanism os dest inados a fi nanciar invest im ent os em inovação t ecnológica são difer ent es daqueles volt ados ao fi nanciam ent o convencional, pr incipalm ent e por cont a dos r iscos envolvidos e do t em po de r et or no, que t endem a ser m aior es do que aqueles norm alm ent e vinculados aos invest im ent os em m odernização ou em expansão de capacidade pr odut iva em condições de t ecnologias pr eexist ent es ou dadas ( COR-DER; SALLES- FI LHO, 2006, p. 36) .

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ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

Cu st os elev ad os, r iscos ex cessiv os e f alt a d e r ecu r sos são f at or es q u e, q u an d o se t r at a d e in ov ações t ecn ológ icas, ap ar ecem ain d a em m aior g r au , n e-cessit an d o d e f on t es d e r ecu r sos d if er en ciad as ao seu f in an ciam en t o. Seg u n d o Cor d er e Salles- Filh o ( 2 0 0 6 ) , as p r in cip ais f on t es são o m er cad o d e cap it ais, o cap it al d e r isco, os in cen t iv os f iscais e ou t r as f on t es d e r ecu r sos p ú b licos acessí-v eis ao set or p r iacessí-v ad o, b em com o o au t of in an ciam en t o, p r in cip alm en t e, p or p ar t e d as g r an d es em p r esas.

No Manual de Oslo ( OCDE, 2005) , as font es de fi nanciam ent o à inovação são t rat adas em um a classifi cação m aior :

[ ...] – fi nanciam ent o pr ópr io; – fi nanciam ent o or iginár io de em pr esas r elacionadas ( subsidiár ias ou associadas) ; – fi nanciam ent o de out ras em pr esas ( não- fi nanceiras) ; – fi nanciam ent o de em pr esas fi nanceiras ( em pr ést im os bancár ios, capit ais de r isco, et c.) ; – fi nanciam ent o do gover no ( em pr ést im os, subvenções, et c.) ; – fi nanciam ent o de or ganizações supranacionais ou int er nacionais ( UE et c.) ; – out ras font es ( OCDE, 2005, p. 118- 119) .

No en t an t o, Cor der e Salles- Filh o ( 2 0 0 6 ) dest acam qu e, dev ido às in cer t ezas e gr an des r iscos, a m aior f on t e de r ecu r sos dest in ados aos inv est im en t os in iciais de pequ en as em pr esas in ovador as dev e pr ov ir do set or pú blico, pois os inv est i-dor es de m aior por t e pr ef er em as f ases post er ior es, m ais segu r as. I sso r ev ela a im por t ân cia do set or pú blico e das polít icas par a f azer f r en t e e in cen t ivar inv est i-m en t os ei-m in ovação t ecn ológica, pr ov en do in cr ei-m en t o ei-m set or es con sider ados cr ít icos na polít ica de desenv olv im ent o de um país. Nesse sent ido, afora os r ecur sos pr ópr ios, o dest aqu e n o qu e t an ge ao fi n an ciam en t o da in ovação n o Br asil é par a os f u n dos set or iais e pr ogr am as gov er n am en t ais, cr iados pelo Gov er n o Feder al a par t ir de 1 9 9 8 .

Os Fundos Set or iais de Ciência e Tecnologia foram inst it uídos no Brasil em at endim ent o a ár eas diver sifi cadas, m as com caract er íst icas com uns em r elação a sua operacionalização. Tais fundos const it uem m ecanism o inovador de est ím ulo ao for t alecim ent o do sist em a de C&T nacional, t endo com o obj et ivo garant ir a am pliação e a est abilidade do fi nanciam ent o para a ár ea de C&T. At é 2008, foram im plant ados um t ot al de dezesseis fundos, sendo que quat or ze eram r elat ivos a set or es específi -cos e dois de ações t ransver sais, volt ados à int eração univer sidade- em pr esa, e out r o dest inado a apoiar a m elhor ia da infra- est r ut ura de inst it uições e ciência e t ecnologia ( FI NEP, 2008; MCT, 2008) .

A par t ir da inst it uição desses fundos, diver sos pr ogram as gover nam ent ais fo-ram sendo cr iados para alavancar o desenvolvim ent o do país, por m eio do apoio a pr oj et os de inovação e t ecnologia. Esses pr ogram as são abrangidos por t r ês grandes est rat égias de fom ent o: r ecur sos subvencionados ( não- r eem bolsáveis) ; inst r um ent os t radicionais de fi nanciam ent o, m as com prazos e t axas especiais, abaixo das prat icadas no m ercado fi nanceiro ( recursos reem bolsáveis) ; e o apoio governam ent al à ut ilização do Vent ur e Capit al e Pr ivat e Equit y ( capit al de r isco) .

Os r ecur sos são disponibilizados por ór gãos dos Gover nos Federal e Est aduais, ger enciados por agências de fom ent o, que t rat am de t odo o pr ocesso de disponibili-zação, desde a aber t ura de inscr ições at é o r epasse e acom panham ent o. No Brasil, as agências de fom ent o que t êm dest aque no cr édit o à inovação em nível federal são: a Financiadora de Est udos e Pr oj et os – FI NEP; o Conselho Nacional de Desenvolvim ent o Cient ífi co e Tecnológico – CNPq; e o Banco Nacional de Desenvolvim ent o Econôm ico e Social – BNDES. No nível est adual, as operações de fom ent o à C&T ocor r em por m eio das Fundações de Am par o à Pesquisa – FAPs.

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Metodologia

O est udo t eve com o nort e o seguint e problem a de pesquisa: Quais são os fat ores condicionant es da capacidade de acesso de m icr o e pequenas em pr esas aos r ecur sos públicos disponibilizados para o fi nanciam ent o da inovação? Para t ant o, foi r ealizada a análise dos fat or es condicionant es, incent ivos e óbices ao acesso a r ecur sos gover na-m ent ais para o fi nanciana-m ent o da inovação, no cont ext o de MPEs do Est ado do Paraná. Tendo em vist a a nat ureza desse problem a, nest a invest igação, foi ut ilizado o m ét odo de pesquisa qualit at iva, adot ando- se a est rat égia de est udo de casos m últ iplos e fazendo uso t ant o de dados qualit at ivos quant o de quant it at ivos, com o int uit o de apr esent ar um quadr o m ais det alhado do cam po de pesquisa ( EI SENHARDT, 1989; YI N, 2005) .

O nível de análise foi o or ganizacional e as unidades são as MPEs paranaenses que foram list adas nos edit ais de r esult ados da seleção do Pr ogram a de Subven-ção Econôm ica à I novaSubven-ção de 2007 ( GEWANDSZNAJDER, 1999; GODOY, 1995) . As em pr esas ent r evist adas caract er izaram am ost ra por conveniência, selecionadas de for m a int encional, dependendo das condições de acesso pr opor cionadas pelos seus r esponsáveis.

As font es de evidências cont em plam dados pr im ár ios e secundár ios ( HAI R JR.

et al., 2005; YI N, 2005) , sendo os pr im ár ios or iundos das ent r evist as r ealizadas e os

secundár ios os const ant es de docum ent os t ais com o edit ais, cham adas, leis e decr e-t os, bem com o infor m ações de síe-t ios elee-t r ônicos na I ne-t er nee-t da agência de fom ene-t o e das em pr esas analisadas. Para t ant o, foram ut ilizados pr ot ocolos de ent r evist as sem i- est r ut uradas, difer enciados de acor do com o t ipo de infor m ant e, em t ot al de seis, r ealizadas no per íodo de j ulho a set em br o de 2008. Os infor m ant es foram os dir igent es e/ ou r esponsáveis/ coor denador es dos pr oj et os subm et idos à agência de fom ent o, por t r ês em pr esas cont em pladas com r ecur sos e por t r ês que foram apr o-vadas apenas na pr im eira fase do Pr ogram a de Subvenção Econôm ica. Além dest es, foi t am bém r ealizada um a ent r evist a com agent e do ór gão fi nanciador, r esponsável pela concessão de r ecur sos a pr oj et os de inovação.

O t rat am ent o, a análise e a int er pr et ação das evidências foram r ealizadas por m eio das t écnicas de t r iangulação de dados e de análise de est udos de casos ( YI N, 2005) . Os dados colet ados nas difer ent es ent r evist as r eceberam análise cr uzada em r elação aos ver ifi cados nas font es docum ent ais e r egist r os em ar quivos, assim com o de est udos em pír icos ant er ior es.

Apresentação e Análise dos Dados

Empíricos da Pesquisa

Nest e t ópico, são apr esent ados e analisados os dados em pír icos colet ados. I ni-cialm ent e, são det alhadas e realizadas análises das cham adas públicas do Program a de Subvenção Econôm ica à I novação, que foi defi nido com o aquele que m elhor apresent a as infor m ações de em pr esas cont em pladas. Post er ior m ent e, são analisados os dados e infor m ações colet adas nas ent r evist as r ealizadas, no que se r efer e ao pr ocesso de fi nanciam ent o à inovação em MPEs do Est ado do Paraná. Salient a- se que est a análise não visa avaliar os im pact os do Pr ogram a no desem penho das MPEs, e sim t em por obj et ivo invest igar as condições de acesso aos r ecur sos disponibilizados, sem ques-t ionar se o m onques-t anques-t e é sufi cienques-t e ou não.

Análise das chamadas públicas de subvenção

econômica à inovação

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ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

da Financiadora de Est udos e Pr oj et os – FI NEP, com r ecur sos or iundos do Fundo Na-cional de Desenvolvim ent o Cient ífi co e Tecnológico ( FNDCT) . O obj et ivo do Pr ogram a é “Apoiar o desenvolvim ent o de pr ocessos e pr odut os inovador es em em pr esas brasi-leiras at ravés de subvenção econôm ica ( r ecur sos não- r eem bolsáveis) ” ( FI NEP, 2008) . Os docum ent os ut ilizados para publicação das seleções públicas das pr opost as para apoio aos pr oj et os são as cham adas de Seleção Pública MCT/ FI NEP/ Subvenção Econôm ica à I novação. Est e est udo analisa as cham adas que foram lançadas nos anos de 2006, 2007 e 2008, confor m e det alhado no Quadr o 1. Em 2006, disponibilizou- se, inicialm ent e, o valor de R$ 300 m ilhões, o qual foi am pliado para os anos de 2007 e 2008. Foram pr ior izados, no m ínim o, R$ 60 m ilhões ( 20% ) para aplicação em pr o-j et os or iundos de MPEs, t am bém am pliado em t er m os per cent uais para 40% . Para as em pr esas localizadas nas r egiões m enos desenvolvidas do país, foi pr evist o um per cent ual de 30% nos t r ês anos.

Qu a dr o 1 – D e t a lh a m e n t o do Pr ogr a m a de Su bv e n çã o Econ ôm ica – 2 0 0 6 / 2 0 0 8

FONTE: elaboração pr ópr ia com dados da FI NEP ( 2008) .

Do m ont ant e t ot al de cada proj et o subm et ido pelas em presas, deveria ser apor-t ada conapor-t rapar apor-t ida em apor-t er m os per cenapor-t uais de acor do com o por apor-t e, os quais sofr eram m udanças subst anciais ao longo do per íodo. Na últ im a cham ada analisada ( 2008) , os per cent uais para as MPEs foram bast ant e infer ior es ( 5% e 20% r espect ivam ent e) aos das m édias e grandes em pr esas ( 100% e 200% r espect ivam ent e) , não só em t er m os per cent uais, com o t am bém no t ipo, pois as MPEs poder iam incluir r ecur sos fi nanceir os e/ ou não- fi nanceir os ( Quadr o 1) .

Quant o aos cr it ér ios de seleção das pr opost as, est es foram defi nidos nas cha-m adas e ver ifi cados echa-m et apas de qualifi cação dos pr oj et os. As análises foracha-m r ea-lizadas por t écnicos da FI NEP, por Com it ê de Avaliação com post o de especialist as e, t am bém , pela Dir et or ia Execut iva da FI NEP para deliberação fi nal. Nos últ im os dois anos analisados ( 2007 e 2008) , as pr opost as foram apr esent adas e analisadas em duas et apas: pr oj et o sim plifi cado e pr oj et o det alhado. Na pr im eira, os pr oj et os foram

D e t a lh a m e n t o 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8

Recur sos dispon. - R$ 300 m ilhões - R$ 450 m ilhões - R$ 450 m ilhões Dist r ibuição dos

r ecur sos

- 20% para MPEs - 30% para as r egiões da Am azônia e Nor-dest e

- 40% para MPEs - 30% para o Nor t e, Nor-dest e e Cent r o- Oest e

- 40% para MPEs - 30% para o Nor t e, Nor-dest e e Cent r o- Oest e

Cont rapar t ida das em pr esas

- m icr o- em pr esa 5% - pequena em pr esa 20%

- m édia em pr esa 40% - grande em pr esa 60%

- 25% para m icr o e pe-quenas em pr esas - 50% para m édias e grandes em pr esas

- m icr o- em pr esa 5% - pequena em pr esa 20% - m édia em pr esa 100% - grande em pr esa 200% Et apas de qualifi

ca-ção de pr oj et os

- pr é- qualifi cação - avaliação de m ér it o - análise operacional

- pr oj et o sim plifi cado - pr oj et o det alhado

- pr oj et o sim plifi cado - pr oj et o det alhado

Prazos

- aber t ura 06/ 09/ 06 - envio elet r ônico da pr opost a at é 23/ 10/ 06 - r esult ado fi nal a par-t ir de 11/ 12/ 06

- aber t ura em 31/ 08/ 07 - pr op.sim pl.at é 24/ 09/ 07 - r es. da et apa um 01/ 10/ 07

- pr op. det alh. at é 22/ 10/ 07

- r esult ado fi nal 29/ 11/ 07

- aber t ura 13/ 05/ 08 - pr op.sim pl.at é 30/ 06/ 08 - r es.da et apa um 04/ 08/ 08 - pr op.det alh. at é 08/ 09/ 08

- r esult ado fi nal 11/ 12/ 08

Pr oj et os subm et idos - 1.100 - 2.567 - 2.664

Pr oj et os apr ovados

- 550 na fase de pr é-qualifi cação

- 145 apr ovados

- 569 na et apa um - 174 na fase fi nal

- 825 na et apa um - 206 na fase fi nal - 39 com r ecur sos adicion. Recur sos apr ovados - R$ 272,54 m ilhões - R$ 313,77 m ilhões

(8)

cadast rados apenas de for m a elet r ônica no sist em a da FI NEP, enfat izando a descr i-ção do pr oj et o, a inovai-ção, o im pact o esperado de desenvolvim ent o do pr ocesso ou pr odut o e descr ição da qualifi cação da em pr esa e da equipe execut ora. Na segunda et apa, as em pr esas selecionadas dever iam encam inhar o det alham ent o do pr oj et o, anexando a docum ent ação especifi cada ( Quadr o 1) .

Quant o à quest ão t em poral, na cham ada de 2006, as em pr esas t iveram prazo de 40 dias para o cadast r o do pr oj et o. Já no ano de 2007, a pr im eira et apa t eve um per íodo de 18 dias para apr esent ação das pr opost as e a segunda, 22 dias. Os prazos para cadast ram ent o das propost as de proj et os foram est endidos na cham ada de 2008, em que a et apa 1 do Pr ogram a t eve prazo de 49 dias para apr esent ação das pr opost as de pr oj et os e a et apa 2 t eve 26 dias ( Quadr o 1) .

Com o r esult ado do Pr ogram a, nos t r ês anos de execução analisados ( 2006 a 2008) , per cebe- se aum ent o no valor dos r ecur sos disponibilizados e na quant idade de pr oj et os subm et idos à avaliação. Os valor es t ot ais desse Pr ogram a no per íodo são: disponibilização inicial de R$ 1.200 m ilhões e apr ovação de R$ 1.100,92 m ilhões. Houve r edução em t er m os per cent uais dos r ecur sos apr ovados, em r elação aos dis-ponibilizados, de 91% para 70% , nos anos de 2006 e 2007, r espect ivam ent e. Em 2008, ver ifi ca- se aum ent o dos valor es para além da t ot alidade, com r ecur sos adicio-nais or iundos de saldos or çam ent ár ios dos anos ant er ior es. No caso dos pr oj et os, foi subm et ido um t ot al de 6.331 pr oj et os à apr ovação, dos quais foram apr ovados 564 pr oj et os, que r epr esent am apenas 8,9% dos que foram subm et idos à avaliação nos t r ês anos ( Quadr o 1) .

Quant o à efet iva dist ribuição dos recursos, podem ser analisados apenas os edit ais de result ado dos anos de 2007 e 2008, um a vez que em 2006 não foi divulgada a origem geográfi ca e o port e de cada em presa cont em plada, conform e apresent ado no Quadro 2.

Qu a dr o 2 – D ist r ibu içã o dos Re cu r sos e Pr oj e t os por Por t e de Em pr e sa s n o Pr ogr a m a de Su bv e n çã o Econ ôm ica 2 0 0 7 / 2 0 0 8

FONTE: elaboração pr ópr ia com dados da FI NEP ( 2008) .

Em 2007, as m icr oem pr esas t iveram o m aior núm er o de pr oj et os apr ovados, m as o m aior m ont ant e de r ecur sos apr ovados foi para as grandes em pr esas. Já em 2008, as apr ovações favor eceram as MPEs, t ant o em r elação aos pr oj et os apr ovados, quant o aos valor es. As m icr oem pr esas t iveram o m aior núm er o de pr oj et os e de r e-cur sos apr ovados ( Quadr o 2) .

A análise dos dados t ot ais das cham adas de 2007 e 2008 const at a, aproxim ada-m ent e, 62% do t ot al de r ecur sos dest inados para MPEs, superando a defi nição inicial que era de 40% . Além disso, dos 419 pr oj et os cont em plados nos dois anos, essas em pr esas t iveram núm er o m aior ( 285 pr oj et os) , apr oxim adam ent e 68% , em r elação a m édias e grandes em pr esas ( 134 pr oj et os) .

Por t ant o, o Pr ogram a de Subvenção Econôm ica foi selecionado para a busca de dados em pír icos dest a pesquisa, por que os r ecur sos foram alocados dir et am ent e para as em pr esas e as infor m ações das cont em pladas foram publicadas em edit ais. Out r o aspect o im por t ant e é o fat o de ser em r ecur sos não- r eem bolsáveis em valor es signifi cat ivos para a pesquisa cient ífi ca, o que pode t am bém favor ecer a solução do pr oblem a de falt a de r ecur sos fi nanceir os para a inovação nas MPEs.

PORTE D AS EM PRESAS

2 0 0 7 2 0 0 8

PROJETOS APROV AD OS

RECURSOS APROV AD OS

PROJETOS APROV AD OS

RECURSOS APROV AD OS

N O % R$ % R$ % R$ %

Micr o 71 41% 89.163.656,44 28% 125 51% 232.274.636,15 45%

Pequena 32 18% 52.564.615,89 17% 57 23% 143.670.600,20 28%

Média 27 16% 59.907.201,88 19% 37 15% 65.576.729,74 13%

Grande 44 25% 112.133.825,88 36% 26 11% 73.092.800,59 14%

(9)

ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

Análise do processo de financiamento à inovação

com recursos públicos

Foram r ealizadas ent r evist as e buscas de infor m ações em seis MPEs de set or es econôm icos diver sos, sendo que t r ês delas obt iveram r ecur sos gover nam ent ais nesse Pr ogram a e as out ras t r ês apenas foram classifi cadas na pr im eira fase. Além dessas em presas, foi realizada um a ent revist a com um agent e de fom ent o. As em presas, aqui analisadas, que receberam recursos do Program a de Subvenção Econôm ica à I novação, per t encem aos set or es indust r ial de pr odut os odont ológicos, de desenvolvim ent o de

soft w ar e e de elet r ônica em bar cada. As em pr esas que não foram cont em pladas com

r ecur sos na fase fi nal per t encem aos set or es de desenvolvim ent o de soft w ar e, indús-t r ia de ar indús-t efaindús-t os de m adeira e de pr oduindús-t os da ár ea de m edicina, espor indús-t es e fi indús-t ness. Ressalt a- se que, para não r evelar a ident ifi cação das font es de evidências dos dados em pír icos, os infor m ant es foram codifi cados de for m a aleat ór ia, confor m e segue: a) em pr esas cont em pladas com r ecur sos – códigos EC1, EC2 e EC3; b) em pr esas não cont em pladas com r ecur sos – códigos EN1, EN2 e EN3; c) agent e de fom ent o – có-digo AF1. As sessões a seguir apr esent am a análise das r espost as às quest ões do for m ulár io de ent r evist a.

Ob t e n çã o d e in f or m a çõe s e su b m issã o d e p r oj e t os p e la s e m p r e sa s a n a lisa da s

A pr im eira quest ão de análise diz r espeit o à obt enção de infor m ações sobr e o Pr ogram a de Subvenção Econôm ica à I novação. A par t ir das r espost as dos ent r e-vist ados, per cebeu- se que a busca de infor m ações est á dir et am ent e r elacionada à ligação dos envolvidos no pr ocesso de solicit ação de r ecur sos com univer sidades e cent r os de pesquisa.Tal ligação faz com que essas pessoas r ecebam as infor m ações das univer sidades ou de incubadoras ligadas a elas, ou m esm o busquem dir et am ent e no sít io elet r ônico da agência de fom ent o na I nt er net .

Nesse sent ido, Fonseca e Kr ugliansk as ( 2002) dest acam que as pequenas em pr esas de base t ecnológica são nor m alm ent e cr iadas por pr ofi ssionais t écnicos, cient ist as e pesquisador es e m ant êm vínculos est r eit os com univer sidades ou inst i-t ui-t os i-t ecnológicos. Boi-t elho ( 1999) , i-t am bém , ar gum eni-t a que as pequenas em pr esas exploram de m aneira m ais efi cient e o conhecim ent o gerado em univer sidades e cen-t r os de pesquisa públicos. Sendo assim , os dados colecen-t ados nescen-t e escen-t udo m oscen-t ram essa vinculação das em pr esas com as univer sidades e inst it ut os de pesquisa, o que, por t ant o, lhes possibilit a m aior acesso às infor m ações de disponibilidade de r ecur sos públicos à inovação.

(10)

Qu a dr o 3 – N ú m e r o de Pr oj e t os Su bm e t idos pe la s Em pr e sa s An a lisa da s e Apr ov a dos pe la s Agê n cia s de Fom e n t o

I NFORMANTE

PROGRAMAS E PROJETOS SUBMETI DOS/ APROVADOS

RHAE-I novação PAPPE

Subvenção

Econôm ica Jur o Zer o PADCT

BNDES ( infra- est r.) Subm . Apr. Subm . Apr. Subm . Apr. Subm . Apr. Subm . Apr. Subm . Apr.

EC1 1 1 1 1 3 2 - - -

-EC2 1 1 - - 5 5 1 1 1 1 2 2

EC3 - - - - 7 4 1 1 - - -

-EN1 - - - - 2 1* - - -

-EN2 - - - - 3 - - -

-EN3 - - - - 1 - - -

-FONTE: dados da pesquisa em pír ica.

* Pr oj et o apr ovado na cham ada do ano de 2008.

Os núm er os m ost ram que as em pr esas que obt iveram r ecur sos no Pr ogram a de Subvenção Econôm ica de 2006 e 2007 ( EC1, EC2 e EC3) t êm m aior quant idade de pr oj et os subm et idos ( 23 pr oj et os) e apr ovados ( 19 pr oj et os) pelas Agências de Fom ent o. I sso dem onst ra que a exper iência delas com pr oj et os apr ovados se m ost ra com o difer encial, um a vez que as t or na m ais fam iliar izadas com o pr ocesso e infor-m adas dos r equisit os gerais const ant es das chainfor-m adas. É pr ovável que exist a uinfor-m a cur va de apr endizagem em t odo esse pr ocesso, r esult ando em m aior apr ovação de pr oj et os. Essa conclusão r em et e ao com pr ovado no est udo r ealizado pelo Cent r o de Gest ão e Est udos Est rat égicos ( CGEE, 2007) , o qual m enciona que a exper iência pr évia das em pr esas em pleit os de fi nanciam ent os pr edispõe a um m aior sucesso na obt enção de r ecur sos públicos.

Est a pesquisa, t am bém , pr ocur ou exam inar com o se deu esse pr ocesso de solicit ação de r ecur sos ao Pr ogram a de Subvenção Econôm ica. Os dados m ost ram que as em pr esas est udadas não ut ilizaram assessor ia em pr esar ial para a r edação de seus pr oj et os de inovação, o que difer e do ver ifi cado no est udo do CGEE ( 2007) , no qual m ais de 60% dos r espondent es r ecor r eram à consult or ia. A par t ir dos dados le-vant ados, const at ou- se que as t r ês em pr esas cont em pladas com r ecur sos ( EC1, EC2 e EC3) t êm em sua equipe de P&D pr ofessor es de univer sidades ou t écnico de cent r o de pesquisa, os quais possuem exper iência na pr oposição de pr oj et os às agências de fom ent o. Das out ras em pr esas que não foram cont em pladas ( EN1, EN2 e EN3) , duas delas t iveram auxílio de pr ofessor es na elaboração do pr oj et o. Tal fat o r evela cer t a dependência que elas t êm das inst it uições de ensino e pesquisa para a par t icipação nas cham adas públicas, confor m e j á m encionado no est udo de Cor der ( 2006) . A j ust ifi cat iva é de que o for m at o dos r equisit os e for m ulár ios é bast ant e conhecido no m eio acadêm ico e não no am bient e em pr esar ial.

Nesse sent ido, foi quest ionado ao Agent e de Fom ent o com o a inst it uição se posiciona em r elação ao uso de assessor ia por par t e das MPEs para a r edação do pr oj et o de solicit ação de r ecur sos. A r espost a foi a seguint e:

A quest ão t em dois lados: por um a per spect iva, cr ê- se que o em pr esár io deva t er aut onom ia para a concepção e elaboração de pr oj et os, em especial no que t ange a especifi cações t écnicas e out ras infor m ações específi cas; por out ra, é a at uação da assessor ia em pr esar ial idônea por vezes cont r ibui para a confecção de um pr oj et o de m aior qualidade, podendo aum ent ar a pr obabilidade de apr ovação de um pr oj et o. No ent ant o, r essalt a- se que a FI NEP não indica consult or es nem especialist as para em pr esár ios int er essados ( AF1) .

(11)

adequa-ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

dam ent e. Acr escent am , ainda, que há despr epar o das em pr esas para esse t ipo de fi nanciam ent o, desde a r edação do pr oj et o at é a sua execução, não havendo falt a de pr odut os inovador es, m as sim a pr ecar iedade na pr oposição e gest ão do pr oj et o. Out r o it em do pr ocesso de solicit ação de r ecur sos públicos ao fi nanciam ent o à inovação que est a pesquisa pr ocur ou ver ifi car foi a quest ão salient ada no est udo de Figueir edo e Per eira ( 2004) , sobr e a falt a de clar eza dos m ecanism os ( cham adas, edit ais et c) . Na per cepção da m aior ia dos dir igent es das em pr esas ent r evist ados, as cham adas do Pr ogram a de Subvenção Econôm ica foram apr esent adas de for m a clara. No ent ant o, algum as difi culdades foram m encionadas em r elação à pr im eira edição do pr ogram a ( cham ada de 2006) , sobr e os r equisit os para a segunda et apa, assim com o o det alham ent o das linhas de inser ção dos pr oj et os. Essas difi culdades foram , t am bém , m encionadas pelo Agent e de Fom ent o ( AF1) , salient ando que a Subvenção Econôm ica é um inst r um ent o ainda r ecent e, m as pode- se evidenciar o seu aper fei-çoam ent o ao longo das t r ês cham adas públicas. Por out r o lado, a event ual falt a de clar eza pode ser ent endida com o indício da necessidade de a FI NEP per ceber com o o fenôm eno da inovação se pr ocessa no univer so em pr esar ial.

Sendo assim , percebe- se que o processo de subm issão de proj et os no Program a de Subvenção Econôm ica à I novação é per m eado por difi culdades em r elação à com -plexidade iner ent e. Mas, por out r o lado, as em pr esas t êm cont at os com univer sidades e cent r os de pesquisa, que as or ient am na pr oposição desses pr oj et os.

Fa t or e s qu e in fl u e n cia m n o pr oce sso de su bm issã o de pr oj e t os

Nest e est udo, foi analisado o fat or t em po, dest acado pelos est udos de Milanez e Cast r o ( 2006) e de Figueir edo e Per eira ( 2004) , nos quais consider ou- se com o um a lim it ação t em poral o per íodo ent r e o lançam ent o do edit al e o prazo para apr esent a-ção de pr opost as. No caso do Pr ogram a de Subvena-ção Econôm ica, as r espost as dos ent r evist ados se difer enciaram quant o à adequação do t em po para cada em pr esa. No ent ant o, de for m a geral, eles consideraram o t em po adequado para aquelas que j á conhecem o pr ocesso, que possuem por t fólio de pr oj et os e que est ej am est r ut uradas para t ant o. Do cont r ár io, o t em po da cham ada de 2007, na qual t odas as em pr esas est udadas t inham par t icipado, foi considerado r est r it o à pr oposição de pr oj et os. Esse r esult ado é com par ável ao ver ifi cado no est udo do CGEE ( 2007) , no qual dois t er ços dos r espondent es consideraram o prazo sufi cient e para pr eparação das pr opost as e ent r ega dos docum ent os. Essa quest ão t am bém foi colocada ao Agent e de Fom ent o, considerando- se as caract er íst icas das MPEs. Sua r espost a foi de que esse aspect o não se baseia exat am ent e no por t e das em pr esas, m as no grau de cont at o que elas apr esent am com o t em a Subvenção Econôm ica. Para ele, o t em po pode se confi gurar com o um a var iável cr ít ica para em pr esas que não apr esent em est r ut uras int er nas ou ext er nas de apoio para o t rat am ent o da I novação ( AF1) . Na per cepção dos ent r evis-t ados das em pr esas que obevis-t iveram r ecur sos ( EC1, EC2 e EC3) , um a quesevis-t ão cr íevis-t ica é a est r ut uração para a inovação, em que nesse t em po r est r it o é difícil iniciar um pr oj et o de pr odut o inovador, com t odas as especifi cidades necessár ias, sem que se t enha est r ut ura m ínim a para t ant o.

(12)

incluir em seus per cent uais cont rapar t ida fi nanceira e/ ou não- fi nanceira, o que pode facilit ar o acesso aos r ecur sos públicos, bem com o o pr ocesso de t r iagem não se ve-r ifi cave-r ou ocove-r ve-r eve-r de fove-r m a nat uve-ral.

Av a lia çã o da s pr opost a s n o pr ogr a m a de su bv e n çã o e con ôm ica

Um dos quesit os de avaliação na seleção dos pr oj et os a ser em apr ovados pela Agência de Fom ent o é a est r ut ura inovat iva, assim com o a capacidade de elaboração e de gest ão do pr oj et o. Est e est udo pr ocur ou ver ifi car a per cepção dos ent r evist ados quant o à avaliação das pr opost as, se foi adequada para esse t ipo de pr ogram a do Gover no. Os dados encont rados difer em do m encionado pelo est udo de Figueir edo e Per eira ( 2004) , no qual foi const at ada um a avaliação r ígida dos pr oj et os. No caso do Pr ogram a de Subvenção Econôm ica, t em - se que os cr it ér ios de avaliação foram j ulgados coer ent es por t odos os ent r evist ados, inclusive pelos que não foram cont em -plados com r ecur sos. No ent ant o, dois ent r evist ados dest a pesquisa m encionaram a falt a de t ranspar ência da avaliação, pois não foram divulgadas as pont uações de cada cr it ér io at r ibuídas pelos avaliador es nos pr oj et os subm et idos. Esse m esm o aspect o foi m encionado no est udo do CGEE ( 2007) , em que os pr oponent es r eclam aram da falt a de com unicação sobr e os r esult ados pr ecisos das et apas da análise de m ér it o r ealizada at é a posição fi nal decidida pela FI NEP.

Para se t er descr ição m elhor da quest ão da t ranspar ência, foi per gunt ado aos ent r evist ados que t iveram pr oj et os r epr ovados, se houve algum t ipo de com unicação por par t e da agência de fom ent o quant o à j ust ifi cat iva da não apr ovação do pr oj et o. Per cebeu- se que o t rat am ent o foi difer enciado, em que algum as em pr esas foram infor m adas pela agência de fom ent o e out ras não. Especifi cam ent e, a j ust ifi cat iva quant o à avaliação do pr oj et o é im por t ant e para a em pr esa, pois per m it e que sej am ver ifi cadas as falhas e pr ovidenciadas m elhor ias para fut uras subm issões.

Essa avaliação em relação ao proj et o não ocorre apenas no processo de seleção, e sim durant e t odo o per íodo de sua execução. O Pr ogram a de Subvenção Econôm ica pr evê prazo para execução do pr oj et o de at é t r ês anos e os r ecur sos apr ovados são liberados em par celas sem est rais. Essa liberação só é r ealizada m ediant e a apr ovação de r elat ór ios, t am bém sem est rais, que são pr ovidenciados pelas em pr esas.

De m odo geral, não há padr ão est abelecido para a liberação dos r ecur sos, um a vez que depende das exigências legais com um de ór gão público. Os ent r evist ados consideraram que há um per íodo de t em po necessár io para a liberação de r ecur sos por par t e da agência de fom ent o, ao qual a em pr esa j á est á pr eparada para t ant o. De acor do com o Agent e de Fom ent o, “ [ ...] o r epasse est á condicionado à assinat ura do convênio, que por sua vez est á condicionada ao envio da docum ent ação exigida da em pr esa e ao volum e de cont rat ações em andam ent o na FI NEP” ( AF1) . Por t ant o, est e est udo não apont a para lent idão no pr ocesso de apr ovação de pr oj et os e grandes at rasos no r ecebim ent o dos r ecur sos, nos t er m os do sinalizado pelo est udo da ANPEI ( 2004) , e sim indica per íodos de t em po adequados para o pr ocesso de avaliação e apr ovação da concessão do apoio ou dos r elat ór ios sem est rais.

(13)

ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

que a FI NEP é cr it er iosa nas exigências dos r elat ór ios de acom panham ent o t écnico. “ No ent ant o, m uit os esfor ços t êm sido em pr eendidos no sent ido de esclar ecer dúvidas e de sim plifi car os pr ocedim ent os de acom panham ent o dos convênios” ( AF1) .

Pe r ce pçã o da s e m pr e sa s a n a lisa da s sobr e o pr oce sso

Por fi m , duas out ras quest ões de per cepção dos ent r evist ados foram inser idas para se ver ifi car aspect os m ais qualit at ivos de avaliação. Foi per gunt ado aos r espon-sáveis pelas em presas que receberam recursos ( EC1, EC2 e EC3) , qual foi o diferencial da em pr esa para que fosse um a das poucas cont em pladas no Pr ogram a de Subvenção Econôm ica ( em 2007 apenas 6,8% ) , confor m e o apr esent ado no Quadr o 4.

Qu a dr o 4 – Pe r ce pçã o dos En t r e v ist a dos sobr e o D ife r e n cia l da Em pr e sa pa r a Se r u m a s da s Con t e m pla da s n o Pr ogr a m a de Su bve n çã o Econ ôm ica

I NFORMANTE RESPOSTA

EC1 O difer encial se r efer e a pr oj et os inovador es e equipe qualifi cada, a qual é capaz de desenvolver com sucesso os pr oj et os pr opost os.

EC2

O difer encial é ser um a em pr esa que desde sua fundação foi volt ada para inovação, t em um depar t am ent o de P&D com st at us de dir et or ia e equipe qualifi cada, faz vár ias par cer ias com univer sidades, é um a em pr esa expor-t adora, além de possuir paexpor-t enexpor-t es em seu cur r ículo.

EC3

São dois difer enciais: um por ser em pr esa de base t ecnológica que só t ra-balha com pr odut os inovat ivos; e o segundo é o grau de pr ofi ssionalism o da em pr esa, ou sej a, o gr upo de pr ofi ssionais t em for m ação sólida em enge-nhar ia, com hist ór ico de pós- graduação.

FONTE: dados da pesquisa em pír ica.

Na análise das r espost as do Quadr o 4, per cebe- se que dois aspect os se dest a-cam na visão dos ent r evist ados: um deles diz r espeit o à vinculação da em pr esa com o pr ocesso de inovação, desenvolvendo est r ut ura para t ant o; e out r o, fazendo par t e dessa est r ut ura, se r efer e à equipe de pr ofi ssionais qualifi cados para em pr eender e execut ar os pr oj et os. Além disso, na per cepção do Agent e de Fom ent o, o pr incipal quesit o é a consideração dos cr it ér ios de avaliação de cada cham ada, som ado ao cuidado especial na r edação do pr oj et o ( AF1) .

A out ra per gunt a foi em r elação à avaliação geral do Pr ogram a no que t ange à t ranspar ência e à dist r ibuição de r ecur sos. Com o a quest ão est ava for m ulada de m aneira bast ant e aber t a, suscit ou r espost as var iadas de avaliação do Pr ogram a de Subvenção Econôm ica, confor m e se obser va no Quadr o 5. Na opinião do Agent e de Fom ent o, quant o ao aspect o da dist r ibuição dos r ecur sos considerando as MPEs,

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Qu a dr o 5 – Av a lia çã o Ge r a l dos En t r e v ist a dos sobr e a Tr a n spa r ê n cia e a D ist r ib u içã o d e Re cu r sos d o Pr og r a m a d e Su b v e n çã o Econ ôm ica

I NFORMANTE RESPOSTA

EC1

A cr ít ica fi ca em t or no da apr ovação de pr oj et os em valor es alt os para gran-des em pr esas de capit al aber t o, que poder iam ser dist r ibuídos para em pr esas m enor es e para m aior núm er o de pr oj et os.

EC2

Acr edit o que há t ranspar ência, inclusive por que é público, e a dist r ibuição dos r ecur sos é j ust a, pois quant o m aior for o valor do pr oj et o apr ovado, m aior a cont rapar t ida necessár ia.

EC3

A cr ít ica é em r elação às quot as para o Nor t e e o Nor dest e do país, pois as out ras r egiões t êm dem anda m aior que é r esult ado de at ividade econôm ica m ais signifi cat iva. Quant o à t ranspar ência, nunca colocam os em dúvida, m es-m o quando não t ivees-m os pr oj et os apr ovados, e a FI NEP t ees-m isenção grande sobr e t odo o pr ocesso.

EN1

A dist r ibuição dos r ecur sos é j ust a, no ent ant o dever ia t er t ranspar ência m aior na quest ão da avaliação para a segunda et apa, com a pont uação da em pr esa e os pont os cr ít icos do pr oj et o.

EN2

Eu acr edit o que não exist iu t ranspar ência na avaliação, at é por que não obt i-vem os r espost a pr ecisa de qual foi a falha. Out ra quest ão é que esse Pr ogra-m a t eogra-m linhas ogra-m uit o específi cas, eogra-m que os pr oj et os acabaogra-m não podendo ser encaixados, m esm o sendo inovador es.

EN3

O Pr ogram a é int er essant e j ust am ent e para m icr o e pequenas em pr esas. Mas, foram apr ovados, por exem plo, vár ios pr oj et os para um a em pr esa de grande por t e que, com cer t eza, possui r ecur sos bem m aior es do que um a pequena em pr esa.

FONTE: dados da pesquisa em pír ica.

Com essas quest ões incluídas nas ent revist as realizadas, foi det alhado o proces-so de proces-solicit ação de fi nanciam ent o da inovação por m eio do Pr ogram a de Subvenção Econôm ica. Algum as per gunt as inser idas foram específi cas e obj et ivas e out ras m ais qualit at ivas, com o pr opósit o de obt er m aior per cepção por par t e dos ent r evist ados. Na seqüência, são apr esent adas as conclusões em t er m os de incent ivos e óbices ao acesso de MPEs aos r ecur sos públicos para inovação.

Conclusões

A inovação de pr odut os e pr ocessos se caract er iza pela m elhor ia da pr odut i-vidade das or ganizações e, por conseguint e, pela sua sobr evivência fr ent e à acir rada concor r ência. Por ém , a lim it ação de r ecur sos fi nanceir os difi cult a o pr ocesso de inova-ção nas MPEs, im possibilit ando- as de r ealizar em P&D int er no e fazendo com que não t enham m aiores condições de com pra de novas t ecnologias ( CORDER; SALLES- FI LHO, 2006) . É nesse sent ido que os fundos set or iais e pr ogram as gover nam ent ais cr iados no cont ext o brasileir o t êm im por t ant e papel não só no fi nanciam ent o, m as t am bém no r um o que podem pr over ao desenvolvim ent o da inovação ( PEREI RA, 2005) .

(15)

ape-ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

nas 8,9% dos que foram subm et idos à avaliação nos t r ês anos ( a par t ir do Quadr o 1) . I sso indica que houve um a lacuna ent r e os r ecur sos disponibilizados pelo pr ogram a e os efet ivam ent e apr ovados em pr oj et os nos anos de 2006 e 2007, r espect ivam ent e, m as que, em 2008, foi superada pela apr ovação da t ot alidade dos r ecur sos disponibi-lizados e de valor es adicionais or iundos de saldos or çam ent ár ios dos anos ant er ior es.

A per cepção dos envolvidos no pr ocesso de disponibilização e acesso aos r ecur-sos por MPEs, foi analisada na seção em que se apr esent am os dados em pír icos. Por conseguint e, aqui se t raz à discussão o que pôde ser ver ifi cado em t er m os de fat or es condicionant es, incent ivos e óbices ao acesso de MPEs a r ecur sos públicos disponibili-zados para o fi nanciam ent o da inovação, conform e o resum o apresent ado no Quadro 6.

Qu a dr o 6 – Fa t or e s Con dicion a n t e s a o Ace sso de M PEs a Re cu r sos Pú b licos p a r a o Fin a n cia m e n t o

da I n ov a çã o

I NCENTI VOS ÓBI CES

Pr ogram as específi cos para MPEs, ou com per cent uais defi nidos, ou sendo dir ecionados a elas ao longo do per íodo de operação, ou que pr ivilegiaram de algum a for m a a par t ici-pação dessas em pr esas.

A dependência das em pr esas j unt o às ins-t iins-t uições de pesquisa para a pr oposição de pr oj et os se t or na um óbice para as que não possuem essa vinculação.

Cont rapar t ida de r ecur sos nos pr oj et os com per cent uais m enor es para MPEs e na m odali-dade não- fi nanceira.

Necessidade da cr iação de capacidade int er na da em pr esa para execução de pr oj et o de pr o-dut o inovador com per spect iva de inser ção no m er cado.

Pr oxim idade das MPEs às univer sidades e cent r os de pesquisa, possibilit ando m aior acesso às infor m ações de disponibilidade de r ecur sos públicos.

Pr oblem a est r ut ural de incapacidade de pr o-posição e gest ão de pr oj et os.

O difer encial da exper iência na pr oposição de pr oj et os, pr edispondo- as a m aior sucesso na apr ovação.

Falt a de com unicação da agência de fom ent o sobr e as pont uações at r ibuídas pelos avalia-dor es.

FONTE: elaboração pr ópr ia.

Um prim eiro incent ivo ao acesso de MPEs é o fat o de que é privilegiada de algum a form a a part icipação delas nos program as governam ent ais. Do percent ual previst o nos anos de 2007 e de 2008 ( m ínim o de 40% ) , dos r ecur sos disponíveis para seleção de pr oj et os pr opost os por essas em pr esas, ver ifi cou- se aum ent o signifi cat ivo em r elação a 2006 ( m ínim o de R$ 60 m ilhões – 20% ) . Além disso, foi const at ada a apr ovação em 2007 e 2008 de apr oxim adam ent e 62% dos r ecur sos para essas em pr esas, acim a do inicialm ent e pr evist o, e 68% dos pr oj et os apr ovados, em r elação àqueles apr ovados para m édias e grandes em pr esas.

Em t er m os de vant agens às MPEs, ver ifi cou- se, ainda, que a cont rapar t ida de r ecur sos que as pr oponent es devem apor t ar nos pr oj et os t eve m udanças subst anciais desde a pr im eira cham ada, canalizando um benefício a essas em pr esas. Na últ im a cham ada ( 2008) , os per cent uais de cont rapar t ida das MPEs foram bast ant e infer ior es ( 5% e 20% , r espect ivam ent e) aos das m édias e grandes em pr esas ( 100% e 200% , r espect ivam ent e) . Além disso, o t ipo de cont rapar t ida foi facilit ado, pois as MPEs poder iam incluir r ecur sos fi nanceir os e/ ou não- fi nanceir os. Por t ant o, esse aspect o difer encia- se do que apr esent ou o est udo de Per eira et al. ( 2004) , não se ver ifi cando pr ocesso de t r iagem de em pr esas, pois, se est ivessem est r ut uradas para a inovação, não ser iam penalizadas em det r im ent o de grandes em pr esas.

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públicos. Esse fat o, j á m encionado em out r o est udo ( CGEE, 2007) , dem onst ra que a exper iência dessas em pr esas na pr oposição de pr oj et os à obt enção de fi nanciam ent o público se m ost ra com o difer encial e as pr edispõe a m aior sucesso na apr ovação.

Por out r o lado, os dados em pír icos, t am bém m ost raram que as em pr esas que foram bem sucedidas na aprovação de proj et os t êm dirigent es vinculados diret am ent e com univer sidades e inst it ut os de pesquisa, as quais foram cr iadas em incubadoras univer sit ár ias. Já as que não t iveram sucesso na apr ovação buscam auxílio indir et o com m em br os de univer sidades, m as não est ão inser idas no am bient e acadêm ico. Por t ant o, esse fat o pode r evelar que as em pr esas t êm dependência das inst it uições de pesquisa para a pr oposição de pr oj et os, o que se t or na um óbice ao acesso de em pr e-sas que não possuem t al vinculação, confor m e t am bém apont ado por Cor der ( 2006) . Essa difi culdade de acesso não acont ece som ent e na proposição de proj et os, m as em out r os aspect os m encionados pelos ent r evist ados. Para t er sucesso na apr ovação de pr oj et os, as em pr esas pr ecisam cr iar com pet ência int er nam ent e, não apenas para subm et er o pr oj et o, m as t er capacidade de execução dent r o das m et as pr evist as. O pr odut o deve t er t eor inovador e im pact o econôm ico e social com a sua pr odução, m as, pr incipalm ent e, com per spect ivas de inser ção no m er cado.

Out r o fat or considerado com o óbice ao acesso é o pr oblem a est r ut ural de in-capacidade de r edação e gest ão de pr oj et os. Esse pr oblem a t alvez possa j ust ifi car o fat o de que m uit as em pr esas buscam assessor ia/ consult or ia em pr esar ial para a pr o-posição de pr oj et os em pr ogram as de apoio gover nam ent al ( CGEE, 2007) . A par t ir da colocação dos ent r evist ados, est e est udo m ost r ou que auxílio som ent e na confecção do pr oj et o não é garant ia de sucesso no acesso aos r ecur sos, devendo haver pr epar o m aior para esse t ipo de fi nanciam ent o no que t ange à gest ão do pr oj et o. Por ém , não se pode afi r m ar, de for m a geral, que há essa pr ecar iedade nas em pr esas e m esm o que haj a despr epar o dos r esponsáveis, por não se t er base em pír ica para t ant o.

Além disso, o est udo apont ou para um pr oblem a de com unicação, por par t e da agência de fom ent o, sobr e as pont uações at r ibuídas pelos avaliador es dos pr oj et os. Essa r espost a é im por t ant e para que as em pr esas possam ver ifi car as falhas ocor r i-das e pr ovidenciar as m elhor ias para novas subm issões. A falt a de com unicação pode se t or nar um obst áculo ao acesso e m esm o desm ot ivar novas pr oposições daquelas em pr esas.

Por fi m , é im por t ant e r essalt ar as lim it ações dest e est udo, que dizem r espeit o à difi culdade de generalização dos seus r esult ados, por est a ser um a pesquisa qua-lit at iva, caract er izada por est udos de casos no cont ext o do Est ado do Paraná. Out r o aspect o lim it ant e dos r esult ados é a quest ão t em poral, um a vez que foram invest i-gados fat os ocor r idos ant er ior m ent e, dependendo da capacidade dos suj eit os de se lem brar em de acont ecim ent os passados. Tam bém houve lim it ações das ent r evist as que for necem infor m ações indir et as, fi lt radas por m eio das visões dos ent r evist ados e da pr esença do pesquisador. Além disso, alguns docum ent os analisados possuíam infor m ações incom plet as ao obj et ivo do est udo e cer t os dados não est avam disponí-veis ao acesso público.

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ca sos m ú lt iplos n o e st a do do Pa r a n á

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Referências

Documentos relacionados

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