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Conceção, planeamento e operacionalização de uma época desportiva com nadadores juvenis do Leixões Sport Clube

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Academic year: 2021

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(1)Conceção, planeamento e operacionalização de uma época desportiva de nadadores juvenis do Leixões Sport Clube Relatório de Estágio apresentado às provas de Mestrado em Ciências do Desporto, realizado no âmbito do Curso de 2º Ciclo em Treino de Alto Rendimento, nos termos do Decreto-Lei nº 74/2006 de 24 de Março. .. Orientador: Professor Doutor Ricardo Fernandes. Supervisor de Estágio: Domingos Duarte Pinto. Mariana de Oliveira Marques. Porto, 2013.

(2) Marques, M. (2013). Conceção, planeamento e operacionalização de uma época desportiva com nadadores juvenis do Leixões Sport Clube. Porto: M. Marques. Relatório de Estágio Profissionalizante para a obtenção do Grau de Mestre em Treino de Alto Rendimento, apresentado à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.. Palavras-chave: NATAÇÃO, TREINO, JUVENIS.

(3) Agradecimentos. A realização deste trabalho só se tornou possível devido a um conjunto de pessoas que, direta ou indiretamente, me apoiaram ao longo de todo o percurso de formação e crescimento académico. A estes gostaria de prestar o meu agradecimento: Ao Professor Doutor Ricardo Fernandes, pela orientação, disponibilidade, apoio e transmissão de conhecimentos ao longo de toda a minha formação académica e no desenvolvimento deste trabalho. Ao Domingos Pinto, por toda a confiança e cooperação na realização deste trabalho, por tudo o que me tem ensinado, pela amizade, paciência e companheirismo em todos os momentos decisivos ao longo desta época desportiva. À secção de Natação do Leixões Sport Clube e à Amazing Record – Associação Desportiva, por permitir que a realização deste Estágio Profissional fosse possível, pelo acompanhamento e colaboração prestados ao longo desta época. Aos meus pais, por todo o apoio e acompanhamento, sem eles não me seria possível palmilhar este percurso académico com tanta garra e ambição. Obrigada pelo incentivo, cuidado e apoio infindáveis de sempre. À Isa Marques, pelas palavras de alento e preocupação que, mesmo estando longe, está sempre ao meu lado. À Xana, a minha segunda mãe, por todo o apoio, amizade e colaboração. Obrigada pela orientação constante ao longo de todo o meu percurso de construção e crescimento desde os meus primeiros choros. Ao Bruno Monteiro, por ter sido os meus olhos, a minha força, a minha consciência e o meu refúgio em todos os momentos de dificuldade. Pela partilha e celebração de um amor perfeito e mágico. Pelas noites em claro e. III.

(4) pelos quilómetros percorridos. Como denominou Florbela Espanca um dos seus sonetos, “Falo de Ti às Pedras das Estradas”. À Rita Freitas e ao Renato Mendes, pelos momentos de diversão, amizade, companheirismo, apoio e colaboração ao longo de todo este caminho cheio de gigantes. À Marisa, ao João, às Anas, ao Pedro, ao Jailton e a todos os colegas do gabinete de natação, pela colaboração em todas as recolhas de dados, pela amizade e companheirismo e pela voz de ânimo transmitida ao longo de todo o processo. Aos amiguinhos que, direta e indiretamente, me apoiaram desde o início deste percurso académico. Obrigada por todos os momentos de diversão, estudo, amizade e de família que me proporcionaram. Aos nadadores da equipa de juvenis pela capacidade de trabalho, empenho, dedicação e confiança ao longo de toda a época desportiva.. IV.

(5) Índice Geral Agradecimentos ........................................................................................................... III Índice Geral ..................................................................................................................V Índice de Figuras ........................................................................................................VII Índice de Quadros .......................................................................................................XI Índice de Anexos .......................................................................................................XIII Resumo ..................................................................................................................... XV Abstract ................................................................................................................... XVII Abreviaturas ............................................................................................................. XIX 1. Introdução ................................................................................................................. 1 2. Caracterização das condições de estágio ................................................................. 5 2.1. O clube – Leixões Sport Clube ........................................................................... 5 2.2. As equipas ......................................................................................................... 7 2.3. A equipa técnica ................................................................................................. 8 2.4. Objetivos desportivos gerais do clube ................................................................ 9 2.5. A estagiária ...................................................................................................... 10 2.6. A equipa de nadadores juvenis e seus objetivos desportivos específicos......... 14 2.7. Sessões de treino, espaço e recursos materiais............................................... 18 3. Planeamento e Periodização da atividade .............................................................. 23 3.1. Macrociclo I ...................................................................................................... 34 3.2. Macrociclo II ..................................................................................................... 45 3.3. Macrociclo III .................................................................................................... 53 4. Realização do processo de treino ........................................................................... 61 4.1. Caracterização dos Microciclos ........................................................................ 61 4.2. Caraterização das unidades de treino .............................................................. 73 4.3. Exercícios do treino .......................................................................................... 76 4.3.1. Exercícios do treino técnico ....................................................................... 77 4.3.2. Exercícios do treino complementar ............................................................ 81 4.3.3. Exercícios do treino de partidas, viragens, percurso subaquático, chegadas e rendições .......................................................................................................... 85 5. Construção, aplicação e análise das séries específicas para as diferentes zonas de treino .......................................................................................................................... 93 6. Percentagem das zonas de treino, treino técnico, treino complementar e técnicas de nado ao longo dos Macrociclos ................................................................................. 107 V.

(6) 7. Avaliação e Controlo do treino .............................................................................. 113 7.1. Velocidade Crítica Aeróbia ............................................................................. 120 7.2. Limiar anaeróbio metabólico individual ........................................................... 131 7.3. Velocidade Crítica Anaeróbia ......................................................................... 138 7.4. Tempos das séries de treino, Frequência Gestual e Distância de Ciclo.......... 146 7.5. Avaliação da performance em competição ..................................................... 148 7.6. Avaliação das técnicas de nado ..................................................................... 152 8. Treino em seco ..................................................................................................... 155 8.1. Treino de condição física geral ....................................................................... 155 8.2. Treino de força ............................................................................................... 158 8.3. Treino de flexibilidade..................................................................................... 163 9. Nutrição ................................................................................................................ 165 10. Competições ....................................................................................................... 171 10.1. Aquecimento de prova .................................................................................. 171 10.2. Tática de prova............................................................................................. 173 10.3. Recuperação ................................................................................................ 175 11. Resultados .......................................................................................................... 179 11.1. Competições Regionais ................................................................................ 181 11.2. Meetings Internacionais ................................................................................ 186 11.3. Campeonatos Nacionais .............................................................................. 187 11.4. Internacionalizações ..................................................................................... 190 11.5. Evolução ...................................................................................................... 191 12. Avaliação da atividade ........................................................................................ 195 13. Conclusão e perspetivas para o futuro ................................................................ 201 14. Referências bibliográficas ................................................................................... 203. VI.

(7) Índice de Figuras. Figura 1 - Organigrama referente aos fatores influenciadores da qualidade do treino (adaptado de Pyke, 1991) ...................................................................... 12 Figura 2 - Percentagem da técnica de primeira e segunda especialidade dos nadadores do LSC ........................................................................................... 15 Figura 3 – Percentagem de nadadores juvenis em função da distância de prova nadada ............................................................................................................. 16 Figura 4 - Periodização do treino (Carmiña et al., 2008) .................................. 24 Figura 5 – Modelo de periodização tradicional proposto por Matvéiev (1964) . 29 Figura 6 - Comparação entre os efeitos do treino do modelo de periodização tradicional (à esquerda) e do modelo não-tradicional (à direita) (adaptado de Issurin, 2008).................................................................................................... 30 Figura 7 - Modelo de periodização tradicional tripla proposto por Tschiene (adaptado de Orbañanos, 1997) ...................................................................... 31 Figura 8 – Calendário competitivo da época desportiva 2012/2013 do escalão de juvenis do Leixões Sport Clube ................................................................... 33 Figura 9 - Macrociclo I correspondente aos nadadores do escalão de juvenis A. ......................................................................................................................... 35 Figura 10 - Macrociclo I correspondente ao escalão de juvenis B e juvenis do sexo feminino. .................................................................................................. 36 Figura 11 - Macrociclo I correspondente aos quatro nadadores do escalão de juvenis que integraram a equipa de Absolutos para os Campeonatos Nacionais de Clubes da primeira e segunda divisão ........................................................ 37 Figura 12 – Macrociclo II correspondente aos nadadores juvenis B e femininos que não obtiveram TAC’s para os Campeonatos Nacionais de Juvenis antes dos Campeonatos Regionais de juvenis, juniores e seniores. ......................... 46 Figura 13 – Macrociclo II correspondente aos nadadores juvenis B e femininos fundistas. .......................................................................................................... 47 Figura 14 – Macrociclo II correspondente aos nadadores juvenis B e femininos velocistas.......................................................................................................... 48. VII.

(8) Figura 15 – Macrociclo II correspondente ao grupo de nadadores juvenis A fundistas. .......................................................................................................... 50 Figura 16 – Macrociclo II correspondente ao grupo de nadadores juvenis A velocistas.......................................................................................................... 51 Figura 17 – Macrociclo III correspondente ao grupo de nadadores juvenis B e femininos velocistas. ........................................................................................ 55 Figura 18 – Macrociclo III correspondente ao grupo de nadadores juvenis B e femininos fundistas. .......................................................................................... 56 Figura 19 – Macrociclo III correspondente ao grupo de nadadores juvenis A velocistas.......................................................................................................... 57 Figura 20 – Macrociclo III correspondente ao grupo de nadadores juvenis A fundistas. .......................................................................................................... 58 Figura 21 – Representação da distribuição das intensidades de treino de um microciclo típico de preparação geral ............................................................... 65 Figura 22 – Representação da distribuição das intensidades de treino de um Microciclo de Preparação Específica ............................................................... 68 Figura 23 – Representação da distribuição das intensidades de treino de um Microciclo típico do Período Competitivo/Taper ............................................... 71 Figura 24 – Contribuição da energia total requerida de acordo com a duração do exercício (adaptado de Gastin, 2001) ....................................................... 104 Figura 25 – Contribuição da energia total requerida de acordo com a distância de nado competitiva (adaptado de Laursen, 2010) ........................................ 105 Figura 26 – Percentagem das zonas de treino bioenergéticas nos macrociclos I, II e III dos vários grupos de treino. ................................................................. 108 Figura 27 – Percentagem do treino técnico e complementar nos macrociclos I, II e III dos vários grupos de treino. ................................................................. 110 Figura 28 – Percentagem das técnicas de nado, bem como do treino de partidas e viragens nos macrociclos I, II e III dos vários grupos de treino. .... 112 Figura 29 – Exemplo da determinação da Velocidade Crítica utilizando as distâncias de 200 e 800m de um nadador juvenil do Leixões Sport Clube .... 116 Figura 30 – Evolução das médias da velocidade crítica aeróbia dos grupos de treino ao longo da época desportiva .............................................................. 129. VIII.

(9) Figura 31 – Evolução da curva da relação lactatemia/velocidade ao longo das três avaliações realizadas no macrociclo I ..................................................... 133 Figura 32 – Adaptações verificadas nas curvas de lactatemia/velocidade nas avaliações realizadas ao longo do macrociclo II ............................................ 135 Figura 33 – Evolução das curvas de lactatemia/velocidade das avaliações relativas aos meses de outubro, janeiro, março e junho ................................ 137 Figura 34 - Evolução das médias da velocidade crítica anaeróbia dos grupos de treino ao longo da época desportiva .............................................................. 145 Figura 35 – Estimação, com cargas submáximas, da carga correspondente a uma repetição máxima (de acordo com Baechle et al., 2000)........................ 161. IX.

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(11) Índice de Quadros Quadro 1 – Distribuição dos nadadores por escalão etário ................................ 7 Quadro 2 – Idade, altura, peso e índice de massa corporal dos nadadores do LSC .................................................................................................................. 17 Quadro 3 – Horários de treino na água e em seco dos escalões de treino das Piscinas Municipais da Senhora da Hora ......................................................... 20 Quadro 4 – Coeficiente de Intensidade em função das zonas de treino (adaptado de Mújika et al., 1995; Vilas-Boas, 1999 e Saavedra, 2000) ........... 26 Quadro 5 – Coeficientes de intensidade em função das zonas de treino (adaptado por Mújika et al, 1995 versus adotado por Figueiredo et al., 2008) . 27 Quadro 6 – Representação de um Microciclo típico de Preparação Geral ....... 63 Quadro 7 – Representação de um Microciclo típico de Preparação Específica (exemplo de nadadores Fundistas) .................................................................. 67 Quadro 8 – Representação de um Microciclo típico do Período Competitivo/Taper ............................................................................................ 70 Quadro 9 – Representação de uma unidade de treino típica de Potência Aeróbia (PA) ..................................................................................................... 75 Quadro 10 – Apresentação, descrição e aplicabilidade dos scullings introduzidos no treino técnico ........................................................................... 79 Quadro 11 – Exemplo de exercícios do treino técnico utilizados ao longo de toda a época desportiva ................................................................................... 80 Quadro 12 – Exemplo de exercícios de treino complementar .......................... 85 Quadro 13 – Exemplo de exercícios do treino de partidas, viragens, percurso subaquático, chegadas e rendições ................................................................. 92 Quadro 14 – Classificação e descrição das zonas bioenergéticas de treino (adaptado de Vilas-Boas, 2002, p. 8-9). ........................................................... 93 Quadro 15 – Exemplo de séries típicas das várias zonas de treino abordadas ao longo da época desportiva ........................................................................ 103 Quadro 16 – Resultados obtidos nos três momentos de avaliação da velocidade crítica aeróbia, bem como a sua evolução ao longo do macrociclo I ....................................................................................................................... 125. XI.

(12) Quadro 17 – Resultados obtidos nos três momentos de avaliação da velocidade crítica aeróbia, bem como a sua evolução ao longo do macrociclo II ....................................................................................................................... 126 Quadro 18 – Resultados obtidos nos três momentos de avaliação da velocidade crítica aeróbia, bem como a sua evolução ao longo do macrociclo III ....................................................................................................................... 127 Quadro 19 – Evolução dos testes realizados ao longo dos três macrociclos de treino .............................................................................................................. 138 Quadro 20 – Resultados obtidos nos três momentos de avaliação da velocidade crítica aeróbia, bem como a sua evolução ao longo do macrociclo I ....................................................................................................................... 141 Quadro 21 – Resultados obtidos nos três momentos de avaliação da velocidade crítica aeróbia, bem como a sua evolução ao longo do macrociclo II ....................................................................................................................... 142 Quadro 22 – Resultados obtidos nos três momentos de avaliação da velocidade crítica aeróbia, bem como a sua evolução ao longo do macrociclo III ....................................................................................................................... 143 Quadro 23 – Exemplo de controlo de uma série de treino ............................. 147 Quadro 24 – Exemplo da avaliação e controlo de treino no rendimento de um nadador em competição ao longo da época desportiva ................................. 149 Quadro 25 – Exemplo de um circuito do treino de condição física geral ........ 157 Quadro 26 – Planeamento do treino de força ao longo dos três macrociclos de treino .............................................................................................................. 162 Quadro 27 – Exemplo de aquecimento de prova ........................................... 172 Quadro 28 – Exemplo de indicações táticas para as várias distâncias de prova ....................................................................................................................... 174 Quadro 29 – Records Pessoais, eficiências competitivas e principais destaques de cada prova ao longo da época desportiva 2012/13 ................................... 180 Quadro 30 – Valores médios da percentagem de evolução em provas de piscina de 25 e 50m ....................................................................................... 192 Quadro 31 – Verificação dos objetivos alcançados. ....................................... 200. XII.

(13) Índice de Anexos Anexo I – Microciclos de treino dos macrociclos I, II e III ......................... CCXXV Anexo II – Volumes das zonas bioenergéticas de treino, do treino técnico e complementar e das técnicas de nado ............................................. CCLXXXIX Anexo III – Resultados da avaliação da Força Máxima .............................. CCCIII Anexo IV – Relatório da avaliação de junho do LAN metabólico individual, VO2máx, vVO2máx, tempo limite a 95%, 100% e 105% do VO2máx ...... CCCIX Anexo V – Tempos realizados ao longo da época desportiva em cada competição .............................................................................................. CCCXIII Anexo VI – Percentagem de melhoria dos records pessoais em relação à época desportiva 2011/12 e pontuação FINA ....................................... CCCXXIII Anexo VII – DVD ilustrativo com scullings aplicados no treino e exemplo das filmagens aéreas e subaquáticas realizadas .................................... CCCXIX. XIII.

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(15) Resumo. A conceção, o planeamento e a operacionalização do treino cientificamente fundamentado constituíram-se como finalidades deste Relatório de Estágio desenvolvido durante a época desportiva 2012/13. Para concretizarmos este processo, articulámos uma relação estreita entre diversos conceitos, desde o treino em geral e o treino na natação em particular, o treino de jovens e o treino de natação, o desempenho desportivo e os seus fundamentos, a competição e a análise do rendimento desportivo, o treinador e o nadador, a nutrição desportiva e a nutrição na natação, bem como o treino de força e flexibilidade no desporto em geral e o treino em seco de natação. Neste trabalho, expusemos a nossa reflexão acerca da teoria e metodologia do treino em natação, relatando de forma pormenorizada as diversas tomadas de decisão e as suas fundamentações ao longo de toda a época desportiva. Tratou-se de uma época com três momentos competitivos nacionais importantes, dividida em três macrociclos, desenvolvida com a equipa juvenil do Leixões Sport Clube com dezanove nadadores de nível nacional. Ao longo de toda a época desportiva obtivemos resultados de relevo: i) duas internacionalizações, uma delas com obtenção de uma medalha de bronze; ii) o quarto clube com maior número de nadadores participantes nos Campeonatos Nacionais de Juvenis de março de 2013 e de julho de 2013; iii) dois títulos de campeões nacionais e duas medalhas de bronze em março, duas medalhas de bronze em julho; e iv) onze títulos de campeões regionais, vinte e sete medalhas de prata e onze medalhas de bronze. Estamos convictos de que a elaboração de um trabalho desta natureza e a partilha destas informações, conhecimentos, opções, experiências, resultados e dúvidas, podem fornecer contributos para o futuro teórico e prático da natação portuguesa.. Palavras-chave: NATAÇÃO, TEORIA E METODOLOGIA DO TREINO, JUVENIS.. XV.

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(17) Abstract The conception, the planning and the achievement of the training scientifically based were constituted as purposes of this Internship Report developed during the sports season 2012/13. For the whole realization of this process we articulated a narrow relationship among several concepts, from the training in general and in matter the training in the swimming, the training of young and the training of the swimming, the swimming performance and its fundamentals, the competition and the analysis of sport performance, the coach and the swimmer, the sports nutrition and the nutrition in swimming as well as the strength and flexibility training in sports in general and the training in dry land in swimming. In this work, we exposed our reflection on the theory and methodology of training in swimming, reporting out in detail the several decision and their fundaments throughout the season. It spans a time with three major national competitive times, divided in three macro-cycles, developed with the juvenile teams of Leixões Sport Club with nineteen swimmers of national level. Throughout the whole season we achieved outstanding results: i) two internationalizations, one with obtaining a bronze medal; ii) the fourth club with the largest number of participant swimmers in the Juvenile National Championships of march/13 and of july/13; iii) two titles of National Champions and two bronze medals of March, two bronze medals of July; iv) eleven titles of regional champions, twenty-seven silver medals and eleven bronze medals. We are convinced that the elaboration of a work of this nature and the share of this information, knowledge, options, experiences, results and doubts, can give some contribution for the theoretical and practical future of the Portuguese swimming.. Key words: SWIMMING, THEORY AND METHODOLOGY OF TRAINING, JUVENILE.. XVII.

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(19) Abreviaturas !!! – Sprint/ Máxima velocidade [La-] – Concentração de lactato sanguíneo [La-]máx – Concentração máxima de lactato sanguíneo acel. – Aceleração ADP – Adenosina difosfato Ae1 – Capacidade aeróbia 1 Ae2 – Capacidade aeróbia 2 Ae3 – Capacidade aeróbia 3 Alt – Alternado ANNP – Associação de Natação do Norte de Portugal ATP – Adenosina trifosfato Av. – Avaliação barb. – Barbatanas Br – Bruços Bra – Braços C – Creatina c/ – Com cd. – Cada cf. – Confrontar CP – Fosfocreatina dp – Desvio-padrão ESDRM - Escola Superior de Desporto de Rio Maior Esp – Especialidade Est – Estilos. XIX.

(20) ex. – Exemplo FADEUP – Faculdade de Desporto da Universidade do Porto fem - feminino FINA – Federação Internacional de Natação Amadora FM – Força Máxima FOJE – Festival Olímpico da Juventude Europeia FP – Força de Potência FPN – Federação Portuguesa de Natação FR – Força Resistente h – hora IMC – índice de massa corporal int. – Intervalo Juv – Juvenis kg – Quilograma km – Quilómetro La – Lactato LAN – Limiar anaeróbio m – Metros masc – Masculino Méd – Média MI – Membro inferior min - Minuto mmol/l – Milimol por litro Mr – Mariposa MS – Membro superior Multinations – Multinations Youth Meet. XX.

(21) N – Normal nº - Número NPD – Natação Pura Desportiva P/V – Partidas e viragens PA – Potência aeróbia Pern – Pernas PCr – Fosfocreatina PL – Potência Láctica resp. – Respiração RP – Record pessoal s – Segundos s/ – Sem T2000 – Teste de nado contínuo de dois mil metros T30 – Teste de nado contínuo de trinta minutos TAC’s – Tempos de admissão aos campeonatos Técn - Técnica TL – Tolerância láctica u.a. – Unidades arbitrárias de treino/volume UT – Unidade de treino V – Velocidade v4 – Velocidade de nado às 4 mmol/L de sangue VC – Velocidade Crítica VO2 – Consumo do volume de Oxigénio VO2máx – Consumo do volume máximo de Oxigénio vVO2máx – Velocidade aquando do consumo do volume máximo de Oxigénio. XXI.

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(23) 1. Introdução O treino desportivo é uma componente de um fenómeno de maior amplitude, o desporto. O desporto, como atividade competitiva, implica uma rivalidade regulamentada e de tal forma ordenada que permite comparar objetivamente determinadas capacidades e assegurar a sua máxima evidenciação (Matvéiev, 1991). Em natação, e com a evolução do campo de investigação, verifica-se que os resultados desportivos têm caminhado gradativamente para níveis de excelência, onde a vitória depende cada vez mais das diferenças mínimas (Maglischo, 2003). A preparação de um nadador para o alcance destes resultados desportivos é um processo dinâmico complexo que se caracteriza, entre outros fatores, por um elevado nível de preparação física e psicológica, pelo grau de aperfeiçoamento das aptidões necessárias e conhecimentos, entre outros fatores (Fernandes & Vilas-Boas, 2003). Assim sendo, podemos afirmar que um nadador só chegará a este estado em consequência do treino correspondente. É nesta linha de pensamento que autores como Weineck (1986), Bompa (1990) e Matvéiev (1991) consideram o exercício de treino como o meio prioritário e operacional de preparação dos praticantes e das equipas, consubstanciando as adaptações físicas, técnicas, táticas, psicológicas e sociológicas fundamentais para a consecução de um elevado desempenho quando em confronto direto. Seguindo o mesmo sentido, Matvéiev (1991) menciona uma preparação sistematicamente organizada por meio de exercícios, constituindo-se num processo pedagogicamente estruturado de condução do desenvolvimento do atleta e do seu aperfeiçoamento desportivo. O treino é, em ultima análise, a estrutura de base de todo o processo responsável pela elevação, manutenção e redução do rendimento dos nadadores. Naturalmente, o sucesso obtido em treino e em competição está em relação direta com a eficácia do próprio treino (Castelo et al., 1998). Segundo Fernandes & Vilas-Boas (2006), a Natação Pura Desportiva (NPD) é uma modalidade individual, cíclica e fechada, na qual as ações sequenciadas. 1.

(24) dos membros superiores e dos membros inferiores tendem a assegurar uma propulsão contínua. A NPD tem como por objetivo percorrer uma determinada distância no menor tempo possível (Barbosa et al., 2008). Posto isto, para o alcance de uma velocidade de nado elevada, um dos objetivos técnicos principais do nadador é aumentar a sua propulsão e diminuir seu o arrasto (Toussaint & Beek, 1992; Pedersen & Kjendlie, 2006). Esta redução do arrasto pode ocorrer de três formas: i) com o treino, ii) com o uso do fato de banho e fato de competição (Pendergast et al., 2006), e iii) com a recorrência à depilação corporal (Vilas-Boas, 2001). A natação, como tantos outros desportos, possui características e exigências gerais e específicas capazes de, por si só, influenciarem determinantemente o rendimento desportivo dos nadadores (Fernandes & Vilas-Boas, 2003). Assim, a análise científica desta modalidade para a realização deste Relatório de Estágio tem como objetivo principal fundamentar e facilitar tomadas de decisão capazes de aumentar cada vez mais o rendimento desportivo dos nadadores tanto a curto como a médio e longo prazo. Para a realização deste trabalho seguimos uma linha de pensamento que se subdividiu em duas grandes vertentes: i) a base do treino deve ser assegurada por uma estrutura bem definida, coerente, individualizando as suas componentes e tornando-se num processo dinâmico que regula a relação entre os diferentes fatores que influenciam o rendimento do nadador (biomecânicos, bioenergéticos, psicológicos, genéticos e contextuais) (Fernandes & VilasBoas, 2003); ii) a formação de um jovem nadador integra não só este conjunto de fatores interdependentes influenciadores do seu rendimento, mas também deve obedecer a um padrão formativo, cientificamente fundamentado, que afirma a necessidade de construção dos alicerces sobre os quais assentam o aperfeiçoamento futuro (Wilke & Madsen, 1990; Maglischo, 1993; e Olbrecht, 2000). Por ser referência no panorama da natação portuguesa, pelo contributo que tem dado à modalidade no que respeita ao seu desenvolvimento teóricoprático, e por apresentar características que possibilitavam o desenvolvimento de um estágio profissional abrangido pelo Curso de 2º Ciclo da Faculdade de. 2.

(25) Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), no âmbito do Treino de Alto Rendimento, foi proposto à secção do Leixões Sport Clube o desempenho de um trabalho autónomo de conceção, planeamento, realização e avaliação do treino, cientificamente fundamentado. Neste documento, ao mesmo tempo que apresentamos a nossa reflexão acerca do processo de conceção, planeamento, operacionalização e avaliação do treino, expomos o conjunto de tomadas de decisões e a sua fundamentação, bem como experiências e aquisição de competências necessárias ao desempenho de toda a função de treinador principal de uma equipa. Este trabalho foi desenvolvido com a equipa de juvenis de natação do Leixões Sport Clube na época desportiva de 2012/2013. Inicialmente apresentamos as questões relacionadas com a caracterização das condições do estágio, a conceção e o planeamento do treino, de seguida apresentamos os nossos resultados, a avaliação do processo e as conclusões que retirámos ao longo de toda a época desportiva e na construção do nosso trabalho.. 3.

(26)

(27) 2. Caracterização das condições de estágio 2.1. O clube – Leixões Sport Clube Fundado a 28 de novembro de 1907, o Leixões Sport Club (LSC) é um dos clubes com mais historial ao nível de palmarés e afluência de massas do desporto nacional, onde de entre as diversas modalidades que se praticam e/ou praticaram no clube, existem três que se distinguem das restantes: o Futebol, o Voleibol e a Natação. A natação foi mesmo uma das primeiras modalidades a serem praticadas pelo LSC, e a 9 de agosto de 1908 participa com cinco nadadores na “Corrida de Natação”, organizada pelo Real Velo-Club do Porto. No entanto, apenas se procedeu à filiação da secção de natação em abril de 1921 na antiga Associação de Natação do Porto. Após a filiação, o LSC fez-se representar, pela primeira vez em competição oficial, na “Travessia do Porto” com organização do Clube Fluvial Portuense. Apesar de toda a envolvência competitiva, principalmente a nível regional, só nas décadas de 1970 e 1980 se verifica um grande impulso na modalidade, através de Manuel Gonçalves - primeiro treinador. Em sua honra, o LSC organizava todos os anos um torneio com o seu nome. Desde então, a natação do LSC tem vindo a conquistar títulos e recordes nacionais, marcando presença nas principais provas internacionais da modalidade (Campeonatos da Europa, Campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos). A nível coletivo, destacam-se as subidas à primeira divisão nacional da equipa feminina (época 1998/99) e masculina (2004/05). A nível individual, Luísa Fonseca foi a primeira nadadora do clube a estar presente num Campeonato Europeu de Juniores e nas Olimpíadas da Juventude, realizadas em Moscovo. Fernando Costa, atual recordista nacional dos 800m e 1500m livres, destaca-se como o primeiro nadador do clube a participar nos Jogos Olímpicos, estando presente em Atenas 2004 e Benjing 2008. A secção de natação, tal como todas as restantes modalidades amadoras do clube, é sedeada na Rua Roberto Ivens em Matosinhos. A gestão e organização administrativa é totalmente amadora e está a cargo da Amazing Record – Associação Desportiva, que com dois elementos diretivos e cinco. 5.

(28) delegados distribuídos pelos escalões etários, se encarrega de suprir as necessidades dos associados a seu cargo, nadadores, treinadores e pais. Esta associação foi criada no decorrer do ano 2012 e é constituída na sua totalidade por pais de nadadores, que verificaram que a modalidade teria potencial para ser gerida autonomamente, de forma sustentável, mesmo sendo as mensalidades dos praticantes a única fonte de receita. O principal handicap da secção, embora extensível à esmagadora maioria dos clubes nacionais, reside na ausência de piscina própria. Esta dificuldade, juntamente com a necessidade de possuir mais espaço para os diferentes grupos, levou a que os treinos e aulas se realizem em quatro piscinas municipais do concelho de Matosinhos. Nas Piscinas Municipais de Perafita realizam-se as aulas para bebés, iniciação e adultos; nas Piscinas Municipais de Guifões as aulas de iniciação, aperfeiçoamento, Power Swim e adultos, assim como os treinos de pré-competição e cadetes B; nas Piscinas Municipais de Leça do Balio decorrem treinos da natação adaptada, cadetes A, infantis A masculinos e infantis B; já nas Piscinas Municipais da Senhora da Hora realizam-se os treinos dos infantis A femininos, juvenis, absolutos e masters. No decorrer da época, foi celebrado um protocolo com a FADEUP que promove a participação dos nadadores leixonenses nos trabalhos académicos e projetos de investigação levados a cabo pela instituição, apresentando os resultados dos mesmos uma utilidade prática e auxílio ao treino, fundamentais para a adequação do planeamento e dos métodos de treino. No mesmo sentido, permite também a realização de estudos solicitados pelo LSC à FADEUP, quer pelos recursos técnicos e espaços disponíveis, quer pela partilha. de. conhecimento. específico. da. modalidade.. Os. resultados. demonstraram-se também importantes do ponto de vista mental dos nadadores, na medida em que promoveram o interesse pelo treino e pelo autoconhecimento enquanto nadadores. Também ao abrigo do protocolo, os estudantes finalistas do 1º ciclo da FADEUP são integrados na equipa técnica dos vários escalões, para a realização do estágio de centro de treino de natação.. 6.

(29) 2.2. As equipas As equipas de competição do LSC estão organizadas em 5 grupos de treino: i) pré-competição, ii) cadetes A, iii) cadetes B, iv) infantis A e B masculinos e infantis B femininos, v) absolutos, juvenis e infantis A femininos, vi) masters. Todos os escalões etários perfizeram, nesta época desportiva, um total de 130 nadadores (Quadro 1). No entanto, com a saída do clube de alguns treinadores dos escalões de formação ao longo da época, este perdeu um número significativo de nadadores, provocando algumas lacunas, nestes escalões, para o futuro. Tal dificuldade foi combatida com a captação de crianças para estes escalões ao longo da época. Quadro 1 – Distribuição dos nadadores por escalão etário Escalão. Masculinos (nascidos em). Femininos (nascidos em). Nº de nadadores. Nº de nadadores por grupo de treino. Pré-Competição. 2003 e + novos. 2004 e + novas. 15. 15. Cadetes B. 2002. 2003. 12. 12. Cadetes A. 2001. 2002. 16. Infantis B. 2000. 2001. 12. Infantis A. 1999. 2000. 10. Juvenis B Masc. 1998. -. 7. Juvenis A Masc. 1997. -. 5. Juvenis Fem. -. 1999. 7. Juniores. 1995 e 1996. 1997 e 1998. 10. Seniores. 1994 e + velhos. 1996 e + velhas. 14. Masters. 1988 e + velhos. 1988 e + velhas. 22. TOTAL. 130. 31. 50. 22. Precedente ao escalão de pré-competição, o LSC conta com a presença de mais 170 crianças nas escolas de natação distribuídas por quatro turmas: natação para bebés (57), natação para crianças com mais de quatro anos (54), iniciação (37) e aperfeiçoamento (24).. 7.

(30) Seguidamente, o escalão de Pré-competição é constituído por uma turma de 15 pré-cadetes. O LSC apresenta ainda uma turma de 8 nadadores que não pretendem ingressar na vertente competitiva, mas que continuam a treinar segundo os conteúdos estruturais que regem a equipa principal de competição, estando denominada por Power Swim. Da mesma forma, o clube é sustentado ainda, por duas turmas de adultos que, ao não pretenderem integrar a equipa de competição do seu escalão etário (Masters), praticam natação por recreação e lazer. Há cerca de dois anos, foi federada uma equipa de Natação Adaptada para indivíduos com necessidades especiais, num total de 8 nadadores contando já com vários títulos e records nacionais na modalidade.. 2.3. A equipa técnica A equipa técnica é gerida diretamente pela direção do clube, tendo sido composta nesta época desportiva por doze elementos, funcionando de forma autónoma. Os treinadores foram distribuídos em função dos escalões de treino da seguinte forma: i). Juniores e Seniores - um treinador principal (Domingos Pinto) e um adjunto (Mariana Marques);. ii). Juvenis - um treinador principal (estagiária do Curso de 2º Ciclo da FADEUP – Mariana Marques) e um treinador adjunto (estagiária do 1º Ciclo da FADEUP – Jéssica Correia);. iii). Infantis - um treinador principal (Pedro Lima) e um adjunto (Catarina Araújo);. iv). Cadetes - um treinador principal (Pedro Lima), dois adjuntos (Vasco Lopes e Jorge Cruz) e um treinador em processo de estágio (estudante de Licenciatura de Treino Desportivo da Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM) – Cristiana Ferreira);. v). Pré-competição – um treinador principal (Vasco Lopes);. vi). Escolas de Natação – cinco monitores (Carla Barros, Hélder Machado, Rui Pinto, Vasco Lopes e Jorge Cruz). 8.

(31) Complementarmente, o clube contou com a presença de um fisioterapeuta que, para além de colaborar na preparação e recuperação dos nossos nadadores, também os acompanha nos Campeonatos Regionais e Nacionais de Absolutos e em outras competições que se justifique a sua presença.. 2.4. Objetivos desportivos gerais do clube Na ausência de diretor técnico, para cada grupo de treino, o respetivo treinador principal de cada escalão foi responsável pela definição dos objetivos gerais e específicos para a presente época. Ainda assim, foram definidos pelo treinador Domingos Pinto os seguintes objetivos gerais transversais a todos os escalões: i). Melhorar a condição física e técnica de todos os nadadores;. ii). Consciencializar os nadadores, para que junto dos encarregados de educação, considerem a necessidade de manter a taxa de assiduidade elevada;. iii). Obter Tempos de Admissão a Campeonatos (TAC’s) de cada escalão e elevar o número de nadadores participantes nos Campeonatos Nacionais;. iv). Incentivar o espírito competitivo e de equipa de todos os nadadores;. v). Obter records e pódios nacionais;. vi). Constituir uma equipa absoluta, privilegiando a qualidade em detrimento da quantidade, incluindo nadadores esperanças para melhorar a classificação da equipa no Campeonato Nacional de Clubes;. vii). Preparar e acompanhar nadadores esperanças (juvenis) para que, no plano normal da sua evolução, alcancem ou demonstrem capacidade para poderem vir a alcançar pódios em competições internacionais;. viii). Aumentar o número de nadadores, nos vários escalões, na equipa de Seleção Regional e Nacional para a participação em competições nacionais e internacionais;. ix). Qualificar pelo menos um nadador para os Campeonatos do Mundo de Piscina Longa e Águas Abertas;. x). Qualificar pelo menos um nadador para a equipa da Seleção Nacional Sénior Jovem;. 9.

(32) xi). Qualificar pelo menos um nadador pré-júnior para os Multination’s Youth Meet e para o XVIII Mediterranean Swimming Cup (Taça COMEN) ou para o Festival Olímpico da Juventude Europeia (FOJE).. 2.5. A estagiária A estagiária apresenta-se no LSC como treinadora responsável pelo trabalho desenvolvido com o escalão de juvenis e como treinadora adjunta do escalão de juniores e seniores. O objetivo da estagiária no clube prende-se: i) com a aquisição de novos conhecimentos e experiências de treino num clube com nadadores de dimensão competitiva de topo nacional e internacional; e ii) com a necessidade de atualização de conhecimentos científicos do treino nestes escalões, mas principalmente, com a necessidade de mudança de hábitos antigos procurando maximizar o rendimento desportivo e os resultados dos nadadores. A referida época desportiva corresponde ao primeiro ano da estagiária como treinadora no LSC, embora ao longo dos anos já tenha passado por alguns clubes (Serviços Sociais e Culturais dos Trabalhadores do Município de Ovar, Futebol Clube do Porto, Clube Paineiras do Morumbi e OvarSincro) e adquirido experiência prática do treino e da difícil tarefa de ser treinador. A especialidade da estagiária é a natação sincronizada, apresentando já um percurso como nadadora desta modalidade por um período de 15 anos, assim como treinadora durante 3 épocas desportivas. No entanto, desde o período do seu ingresso na FADEUP que tem estudado o treino e praticado a função de treinadora de NPD, sentindo-se bastante à vontade nesta área. O início da prática das funções da estagiária no clube foi rápido e progressivo, passando por um período de conhecimento e adaptação à equipa técnica, bem como aos nadadores. Ao longo da presente época desportiva, a estagiária foi estabelecendo uma ótima relação interpessoal com todos os nadadores, sendo considerada um ponto de apoio para muitos. Enquanto treinadora, procurava saber como decorria a vida académica dos seus nadadores, quais as suas dificuldades escolares e nos treinos, quais os seus problemas extra piscina e para além da. 10.

(33) escola, quais as suas preferências relativamente à realização de exercícios e em quais é que eles se sentiam melhor consoante um determinado objetivo. Desta forma, a estagiária procurou manter os nadadores próximos de si conhecendo-os enquanto pessoas e enquanto nadadores, mantendo uma relação de amizade e respeito mútuo. Assim, os níveis de motivação e satisfação no treino também aumentaram ao longo da época, visto os nadadores sentirem que não representavam simplesmente um corpo cujo único objetivo é o rendimento. Para a construção do processo de treino foi tida como base a literatura e a troca de informação/conhecimento entre a estagiária, o orientador, Prof. Dr. Ricardo Fernandes, e o treinador da equipa de Absolutos e supervisor de estágio, Domingos Pinto. Não foram reproduzidos modelos preexistentes, procurando criar um estilo pessoal de treino adaptado às condições existentes e às características dos nadadores com quem trabalhamos, constituindo-se num trabalho com base científica. Para auxiliar na preparação do desempenho da função de treinadora principal, a estagiária procurou suporte teórico na literatura acerca do que é ser treinador e qual o percurso a seguir para se alcançar o sucesso profissional. O treinador é um dos fatores associados ao rendimento desportivo. É a sua atitude, os seus conhecimentos e a sua conduta de ética que irão influenciar em grande escala os resultados desportivos dos seus nadadores. Segundo Raposo (2006), a atitude do treinador é o elemento de ligação entre o jovem e a prática desportiva, e determina a direção e o modo como o jovem irá encarar a sua participação ao longo das atividades desportivas. Ao trabalhar com jovens e ao orientar a sua prática, o treinador assume a responsabilidade de contribuir para o seu desenvolvimento e não para, através deles, alcançar objetivos de promoções pessoais (Lima, 1990). Ainda segundo Raposo (2006) treinar jovens obriga a saber-se o que se passa com um corpo em crescimento, que a partir de determinada idade pode limitar o progresso desportivo, com maior evidência nas raparigas, ou encontrar um caminho aberto para as grandes alegrias desportivas.. 11.

(34) Para que a sua atuação tenha sucesso, é da responsabilidade do treinador: i) contribuir para o desenvolvimento global dos nadadores como pessoas; ii) proporcionar aos nadadores exigências positivas contribuindo para o desenvolvimento do gosto e do hábito de prática regular da atividade desportiva; iii) criar oportunidade para o desenvolvimento de capacidades e aprendizagens de habilidades que valorizem os praticantes (Bloom et al., 1998). É importante concentrar grande parte do treino no desenvolvimento equilibrado das diferentes capacidades motoras, da técnica, da tática, bem como das capacidades psicológicas (Figura 1). Importa saber alternar treino e repouso, saber introduzir e desenvolver o treino técnico e o tático, explicando que fadiga e recuperação são fatores reais e necessários na preparação do nadador e que é da responsabilidade do nadador procurar recuperar do melhor modo, fora dos locais de treino, de forma a apresentar-se nas melhores condições para cumprir com sucesso os próximos treinos (Raposo, 2006). Ainda, enquanto líder, o treinador deve ser um modelo a seguir, enquanto treinador, a sua função visa o desenvolvimento dos praticantes. Este deve ser capaz de definir objetivos de preparação (físicos, técnicos, táticos e psicológicos), de competição (de rendimento/classificação), profissionais (valores, estilos de vida) e organizacionais (em relação ao clube, à equipa, à equipa técnica) (Abraham et al., 2006).. Nadador. Treinador. Talento. Competência. Qualidade do treino Personalidade e conhecimentos. Preparação. Física. Técnica. Tática. Psicológica. Figura 1 - Organigrama referente aos fatores influenciadores da qualidade do treino (adaptado de Pyke, 1991). 12.

(35) Em relação às competições, a forma como o treinador as encara determina o modo como os próprios nadadores a enfrentam expressando-se no rendimento desportivo dos mesmos. Posto isto, é importante que sejam definidos objetivos de competição para que os jovens percebam que a vitória não é tudo, mas é determinante para o seu próprio progresso ao aprenderem que o mais importante é trabalharem honestamente para consegui-la (Martens, 1990). Na área específica da NPD, para que o treinador consiga cumprir este conjunto de tarefas, deve possuir um profundo conhecimento da natação, dos nadadores que orienta, dos fatores que afetam o rendimento e daqueles que poderão afetar a sua eficiência (Raposo, 2006). Navarro et al. (2003) consideram que o treinador que possui adequadas qualidades humanas, tais como gostar de estar com jovens, reconhecer uma pessoa em cada nadador, gostar de ajudar, dar confiança, saber o que está a fazer e se expressar claramente, consegue obter melhores resultados. Daqui retiramos dois aspetos que podem ser determinantes: a personalidade e a capacidade de comunicação do treinador. Ainda Navarro et al. (2003), referem a existência de três tipos de estilo de treinador: i) o treinador autoritário (toma todas as decisões e controla todas as situações sem dar espaço a iniciativas individuais); ii) o treinador manipulável (admite todas as sugestões, é inseguro na tomada de decisão); iii) o treinador cooperante (partilha com os nadadores algumas decisões e discute os objetivos). O treinador cooperante pode favorecer a criação de um ambiente positivo que privilegia a aprendizagem e a aquisição de confiança por partes dos nadadores. Foi neste sentido que tentamos adotar este estilo, mas devido ao nosso grupo de nadadores ser muito jovem, numa fase inicial, por vezes recorremos ao estilo de treinador autoritário, com vista à obtenção de um ambiente de treino positivo e disciplinado. Tal como a personalidade do treinador é importante, o modo como as atividades são apresentadas e a comunicação é estabelecida é determinante para o sucesso da aprendizagem. Assim, a apresentação da informação deve ser precisa, clara, ter qualidade e ser coadjuvada com um modelo visual ou demonstração.. 13.

(36) 2.6. A equipa de nadadores juvenis e seus objetivos desportivos específicos A equipa de nadadores juvenis foi composta por dezanove nadadores federados, sendo constituída por sete do sexo feminino e doze do sexo masculino (cinco juvenis A e sete juvenis B). Os juvenis B frequentam o nono ano de escolaridade do Ensino Básico, os juvenis femininos frequentam o oitavo e os juvenis A frequentem o décimo ano do Ensino Secundário. Estes nadadores são oriundos de famílias de classe média-baixa e nem todas possuem transporte próprio para os treinos e competições. Relativamente ao nível desportivo dos escalões, utilizámos a média da pontuação da Federação Internacional de Natação Amadora (FINA) a partir do melhor resultado de cada nadador obtido na última competição realizada na época anterior (2011/2012). Desta forma, os juvenis A apresentam uma média de 533 pontos, os juvenis B 387 pontos e os juvenis do sexo feminino apresentam 445 pontos. Todos os nossos nadadores juvenis apresentam uma média de pontos FINA inferior à relatada por Rama et al. (2006) num estudo em jovens nadadores que carateriza os nadadores portugueses da mesma idade e nível desportivo (610 pontos para os juvenis A, 460 pontos para os juvenis B e 595 pontos para as raparigas). Na época anterior, treze elementos do nosso grupo de nadadores participaram nos Campeonatos Nacionais das suas respetivas categorias, tendo apenas um nadador obtido dois títulos de Campeão Nacional e quatro nadadores uma medalha de bronze pela classificação de estafeta. Relativamente às técnicas nadadas pelos juvenis do LSC, por se tratar de nadadores jovens, estes apresentam duas especialidades técnicas. É prioridade no nosso clube desenvolver as diferentes técnicas de nado em jovens nadadores, e posteriormente em idades mais avançadas treinarem e competirem maioritariamente nas suas especialidades, daí a incidência na técnica principal de especialidade (1ª Especialidade) e numa segunda técnica de nado em que o nadador seja mais proficiente (2ª Especialidade).. 14.

(37) Sendo o LSC considerado como um clube com grande incidência em treino de “fundo”, a técnica de crol é tida como uma técnica extremamente importante para os nadadores jovens (63%). Esta recorrência significativa deve-se por ser a técnica que, em treino, se consegue percorrer maiores distâncias e por ser aquela em que o treino de base é maioritariamente desenvolvido. A Figura 2 exprime a percentagem do número de nadadores que apresentou as referidas técnicas de nado como sendo a sua primeira e segunda técnica de especialidade.. 1ª Especialidade. 2ª Especialidade. 63% 40%. 11%. 11%. 16%. 10%. 20%. 20%. Crol. Estilos. 10%. 0% Mariposa Costas. Bruços. Crol. Estilos. Mariposa. Costas. Bruços. Figura 2 - Percentagem da técnica de primeira e segunda especialidade dos nadadores do LSC. A maior parte dos nossos nadadores juvenis apresenta como técnica principal o crol, seguindo-se da técnica de bruços e das técnicas de mariposa e costas. Como primeira especialidade nenhum nadador apresenta os estilos, no entanto, enquanto segunda especialidade técnica, 20% dos nadadores juvenis referem este conjunto de técnicas. Com maior percentagem de incidência, a técnica de costas é a segunda mais nadada pelo grupo, seguida pela técnica de bruços e, com menor expressão, a mariposa. As distâncias de prova dos nadadores do LSC variam, em função da sua técnica de especialidade, entre 100 a 200m, 200 a 400m e 400 a 1500m como é possível verificar na Figura 3.. 15.

(38) 52,6% 31,6% 15,8%. 100 - 200m. 200 - 400m. 400 - 1500m. Figura 3 – Percentagem de nadadores juvenis em função da distância de prova nadada. Naturalmente, sendo o LSC um clube com uma base de treino muito assente no treino de fundo, apresenta um número elevado de nadadores que dedicam o seu treino a estas distâncias de prova (de 400 a 1500m). A escolha para o nado de distâncias de prova entre 200 e 400m prende-se, também, com nadadores essencialmente crolistas que, por não serem submetidos a um treino de cariz puramente de fundo, apresentam características morfológicas e fisiológicas adequadas, quando comparadas com os 1500m, para provas mais glicolíticas ou de meio fundo. Uma vez que o grosso do calendário competitivo, para estas idades, é constituído por provas com distâncias entre 100 e 200m, em todas as técnicas de nado, com exceção de crol, é naturalmente verificado um número elevado de nadadores nestas distâncias. Os fatores cineantropométricos têm, unanimemente, um papel de elevada importância no conjunto de fatores influenciadores do rendimento desportivo (Fernandes et al., 2002). No caso específico da NPD, Persyn et al. (1984) mencionam que a forma, as dimensões do corpo e dos membros superiores (MS) do nadador são aspetos influenciadores da sua capacidade propulsiva e da intensidade da força de arrasto hidrodinâmico, a que se sujeita a uma determinada velocidade de nado. Estas características são fatores que influenciam a prestação do nadador, como é corroborado por Fernandes et al. (2002). Num estudo com nadadores juvenis de nível regional elevado, Fernandes (1999) verificou que os nadadores mediam 171cm (±6.6) e pesavam 64.6kg (±8.07) e que as raparigas pesavam 49.6kg (±6.1) e mediam 158.2 (±4.6). Seguidamente, Pires et al. (2000) num estudo com nadadores portugueses de nível regional elevado encontraram valores de 171cm (±7.5) e 61.5kg (±7.6). 16.

(39) para os rapazes e 157.8cm (±9.2) e 48.3kg (±7.3) para as raparigas. Mais recentemente, Rama et al. (2006), num estudo com nadadores juvenis de nível nacional, obtiveram valores de 172cm (±6.6) e 62.1kg (±7.7) para os rapazes e 161cm (±5.5) e 52.6kg (±6.1) para as raparigas. Os valores encontrados nos nossos nadadores juvenis são semelhantes, sendo os rapazes mais altos comparativamente aos estudos apresentados anteriormente. Apenas uma rapariga no início da época não tinha a menarca. O Quadro 2 sumariza as características antropométricas dos nossos nadadores. Quadro 2 – Idade, altura, peso e índice de massa corporal dos nadadores do LSC. Sexo Masculino Méd (±dp) Idade (anos) Altura (cm). 14 (Juv B) – 15 (Juv A). Sexo Feminino Méd (±dp) 13. 175 (± 0,08). 160 (± 0,08). Peso (kg). 62,82 (± 4,47). 48,03 (± 7,50). IMC (Kg/cm2). 20,52 (± 0,95). 18,73 (± 1,66). De acordo com Orbañanos (1997), quando planificamos o treino de jovens nadadores devemos procurar desenvolver objetivos amplos que serão tanto mais gerais e inespecíficos quanto menor for a idade dos nossos nadadores. O autor afirma também que o fortalecimento da saúde, o desenvolvimento físico e cognitivo equilibrado, a aquisição e aperfeiçoamento de padrões básicos e específicos do movimento, o desenvolvimento de hábitos higiénicos, a relação social com os outros nadadores/colegas, a função utilitária e recreativa das atividades aquáticas, podem estar englobados em três grandes objetivos gerais a ter sempre em conta nas atividades físico-desportivas desenvolvidas em idades jovens: a formação integral do nadador, a preparação para o rendimento futuro e a obtenção de rendimento imediato. Posto isto, formular objetivos mais específicos enquanto treinadora principal para os nossos nadadores juvenis não foi de todo uma tarefa fácil, pois ao mesmo tempo que queríamos dar prioridade ao treino técnico e ao treino de base, pretendíamos obter bons resultados e, ainda, preparar os nadadores. 17.

(40) para o futuro. Assim, com base numa análise realizada aos nossos nadadores e de acordo com os objetivos gerais estabelecidos pelo treinador Domingos Pinto, propusemo-nos a: i) Melhorar a condição física e técnica de todos os nadadores; ii) Obter Records Pessoais (RP’s) em todas as competições participantes; iii) Caso necessário, integrar nadadores na equipa Absoluta para o Campeonato Nacional de Clubes; iv) Obter TAC’s para os Campeonatos Nacionais de juvenis de Inverno e de Juvenis e Absolutos de Verão; v) Participar nos Campeonatos Nacionais de juvenis de Inverno e Juvenis e Absolutos de Verão (n= 10); vi) Obter pódios e records nacionais; vii) Participar em estágios e competições de Seleções Regionais e Nacionais; viii) Integrar a equipa da Seleção Nacional juvenil para os Multination’s Youth Meet, Taça COMEN e FOJE.. Quando questionamos os nossos nadadores acerca dos seus objetivos individuais para a referida época desportiva, verificámos que muitos eram semelhantes aos propostos pela equipa técnica. Todos os nadadores estabeleceram como objetivos a melhoria da técnica de nado, a melhoria dos seus RP’s e a participação nos Campeonatos Nacionais. Apenas dois nadadores referiram a obtenção de títulos e records nacionais e a participação nos Multinations e FOJE.. 2.7. Sessões de treino, espaço e recursos materiais A equipa de nadadores do escalão de juvenis do LSC treina em conjunto com os restantes nadadores Juniores e Seniores, bem como com as nadadoras Infantis A, correspondendo a um total de 50 nadadores. Os treinos decorrem nas instalações das Piscinas Municipais da Senhora da Hora, em Matosinhos, estando também afeto ao clube uma sala com máquinas de musculação e outros materiais onde são realizados os treinos em seco.. 18.

(41) Devido ao número total de nadadores da equipa principal (24), de juvenis (19) e de Infantis A feminino (7), e face ao número de pistas disponíveis na piscina para o treino diário do clube (4), tornou-se fundamental dividir o número de nadadores em dois grupos de treino, para que todos pudessem treinar nas condições mais adequadas. Quando se iniciaram os treinos verificámos que os nadadores estavam distribuídos aleatoriamente e que os grupos de trabalho eram bastante heterogéneos. Posto isto e conhecendo os objetivos individuais de cada nadador, bem como os objetivos do clube, procurámos tornar os grupos mais homogéneos juntando os melhores nadadores no mesmo grupo e os restantes noutro. Assim, operacionalizámos treinos mais adequados a cada grupo de trabalho e proporcionámos uma maior atenção a todos os nadadores, bem como uma maior possibilidade de evolução. Para que esta distribuição fosse possível, foi necessário dividirmos os nadadores segundo os seus horários escolares, o que se impôs como uma dificuldade na sua reorganização, uma vez que estes nem sempre tinham disponibilidade horária para treinar quando pretendíamos. Por consequência, não nos foi possível definir os grupos na íntegra segundo a sua qualidade, mas sensibilizámos os pais e os nadadores para que, sempre que possível, procurassem treinar com o mesmo grupo de trabalho, e assim pudessem todos treinar ao mesmo nível. No entanto, sempre que, por algum motivo de teor escolar, não fosse possível cumprir o horário de treino destinado a cada nadador, os treinadores eram devidamente informados e o nadador, excecionalmente, frequentava o horário que mais se ajustava à situação. Desta forma, os grupos de treino estão organizados de acordo com o Quadro 3, em função do seu nível competitivo. Esta organização por grupos apenas não se verificou nos treinos semanais da parte da manhã (das 6h15 às 7h30) e ao sábado (das 7h45 às 10h).. 19.

(42) Quadro 3 – Horários de treino na água e em seco dos escalões de treino das Piscinas Municipais da Senhora da Hora Grupos de treino. Treino na água. Treino em seco. Constituição do Grupo Juvenis A, melhores juvenis B e. Grupo 1. 17h – 19h. 19h15 – 20h15. nadadores absolutos com melhores resultados Restantes juvenis B, juvenis. Grupo 2. 19h – 21h. 17h45 – 18h45. femininos, restante nadadores absolutos e infantis A. Tendo em conta que, ao longo da época desportiva várias competições principais se realizam em piscina de 50m, considerámos importante um contato de treino mais frequente com estas características. Desta forma, o LSC para além de treinar fundamentalmente em piscina curta (25m) nas Piscinas Municipais da Senhora da Hora, treina também, duas vezes por semana, em piscina longa (50m) nas Piscinas Municipais da Póvoa de Varzim. Todas as semanas, às quartas-feiras e aos sábados, o LSC usufrui de uma e de duas pistas para treino, respetivamente. Uma vez que as deslocações para a Piscina da Póvoa de Varzim são realizadas com recurso a carrinhas do clube, convém realçar que os nadadores que obtiverem TAC’s para participarem em competições nacionais e/ou internacionais, têm assegurado o transporte para o treino nesta piscina. No entanto, sempre que houver disponibilidade de lugares, podem ser nomeados, consoante a assiduidade ao treino, outros nadadores para ocuparem esses mesmos lugares. Relativamente aos recursos materiais, cada nadador é responsável pela aquisição do seu material individual de treino, pelo que é obrigatória a aquisição de um par de palas médio, um par de barbatanas, um pullboy e uma placa de tamanho grande. No entanto, sempre que algum nadador, por algum motivo, não tenha possibilidade de adquirir todo o material solicitado, o clube disponibiliza-o gratuitamente. Em conformidade com os horários dos grupos de treino já referidos no Quadro 3, ao longo desta época os treinos em seco decorreram na sala afeta ao clube.. 20.

Imagem

Figura 1 - Organigrama referente aos fatores influenciadores da qualidade do treino (adaptado  de Pyke, 1991)
Figura 3 – Percentagem de nadadores juvenis em função da distância de prova nadada
Figura 5 – Modelo de periodização tradicional proposto por Matvéiev (1964)
Figura  6  -  Comparação  entre  os  efeitos  do  treino  do  modelo  de  periodização  tradicional  (à  esquerda) e do modelo não-tradicional (à direita) (adaptado de Issurin, 2008)
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Referências

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