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Relatório Anual
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Cub falsa pag sueltas BR.qxd 5/7/06 11:07 Página 1“Em 2005, o Santander obteve o maior
resultado de sua história: 6,22 bilhões de
euros, um aumento de 72,5% em relação ao
registrado no ano anterior. ”
“O dividendo total chega a 0,4165 euros por
ação, representando um acréscimo de 25%
face ao ano anterior.”
“As ações do Santander valorizaram 22,12%
em 2005.”
Emilio Botín
Presidente
Relatório Anual 2005
Dados Relevantes
Outros Dados
2005 2004 Número de acionistas 2.443.831 2.685.317 Número de funcionários 129.196 132.001 Europa Continental 43.867 44.734 Reino Unido 21.121 25.331 América Latina 62.746 60.503Gestão Financeira e Participações 1.462 1.433
Número de agências 10.201 9.973 Europa Continental 5.389 5.233 Reino Unido 712 730 América Latina 4.100 4.010
As ações
2005 2004 Var. (%)Número de ações (milhões) 6.254 6.254
Cotação (euros) 11,15 9,13 22,12
Capitalização em bolsa (milhões) 69.735 57.102 22,12
Lucro líquido operacional (corrente) por ação (euros)* 0,8351 0,7284 14,66
Lucro líquido operacional por ação (euros) 0,9967 0,7284 36,84
Dividendo por ação (euros) 0,4165 0,3332 25,00
PER (cotação / lucro líquido operacional por ação) 13,35 12,53
Índices
% 2005 2004 Eficiência 52,55 52,00 ROA 0,78 1,01 ROE (corrente)* 16,64 19,74 ROE 19,86 19,74 Índice BIS 12,94 13,01 Taxa de inadimplência 0,89 1,00 Cobertura de inadimplência 182,02 165,59Balanço e Resultados
Milhões de euros 2005 2004 Var. (%)
Total fundos geridos 961.953 793.001 21,31
Créditos ao cliente (líquido) 435.829 369.350 18,00
Recursos de clientes geridos 680.887 595.380 14,36
Margem de exploração 9.285 6.662 39,38
Lucro atribuído ao Grupo (corrente)* 5.212 3.606 44,54
Lucro atribuído ao Grupo 6.220 3.606 72,50
Relatório Anual 2005
52,5
Dados Relevantes
Lucro Líquido Operacional do Grupo
Milhões de euros 3.606 6.220 2004 2005
Eficiência
%Total Fundos Geridos
Bilhões de euros
Taxa de Inadimplência
%
Lucro por Ação
Euros
ROE
%Índice BIS
%Taxa de Cobertura
% 0,7284 0,8351* 0,9967 2004 2005 19,7 19,9 16,6* 2004 2005 13,01 12,94 2004 2005 166 182 2004 2005 52,0 50,0* 2004 2005 793 962 2004 2005 1,00 0,89 2004 2005* Sobre resultado ordinário (não inclui extraordinários)
* Resultado ordinário (não inclui extraordinários) * Resultado ordinário (não inclui extraordinários)
* Sem Abbey
5.212*
Índice
Carta do Presidente
Carta do Administrador Delegado O Grupo Santander em 2005
O modelo Santander Os nossos negócios
Zona do euro Zona da libra esterlina Zona do dólar Negócios Globais
Gestão de Ativos e Seguros
Mercado de Grandes Clientes Global Mercado Privado e Formas de Pagamento Visão e Modelo Global
As ações do Santander Os nossos Clientes Os nossos Funcionários Cidade Grupo Santander Governança Corporativa
Responsabilidade Social Corporativa Santander em 2005
Relatório de Governança Corporativa
Governança Corporativa no Grupo Santander Estrutura de propriedade
Estrutura de administração
Operações vinculadas, operações intragrupo e conflitos de interesse
A Assembléia Geral
Informação e transparência, relação com o auditor Página web e outras informações
Informação econômico-financeira
Relatório financeiro consolidado Informação por segmentos
Gestão do Risco
Introdução
Organização da função de riscos Análise do perfil global de risco Risco de crédito
Risco de mercado Risco operacional Risco de reputação
Atividades formativas de Riscos
Relatório de Auditoria e Contas Anuais
Relatório de Auditoria Contas Anuais Relatório de gestão
Balanço e conta de resultados
Anexos
A função de compliance
Prevenção contra a lavagem de dinheiro Séries históricas 3 9 15 17 18 20 22 25 26 27 28 31 35 37 39 41 45 46 49 50 53 64 66 69 73 89 123 124 126 127 143 154 159 160 162 164 282 292 299 300 302 001 INDICE BR.qxd 4/7/06 12:23 Página 1
“Em 2005, o dividendo total
aumentou 25% em relação ao
ano anterior”
Emilio Botín,
Presidente do Grupo Santander
O ano de 2005 foi excelente. A ação Santander valorizou-se em 22,12% e, desde que foi anunciada a compra do Abbey - em 26 de julho de 2004 - até o final de 2005, a
valorização chegou a 43%. O Santander é o primeiro Banco da zona euro por capitalização em bolsa. Os mercados começam a reconhecer a trajetória do Grupo, que alcançou o maior resultado de sua história, 6,22 bilhões de euros, com um aumento de 72,5% em relação ao registrado no ano anterior.
Os extraordinários resultados obtidos com a venda das participações financeiras e industriais destinaram-se às dotações para as aposentadorias antecipadas, a um plano especial de reestruturação do Abbey e ao fortalecimento do balanço. Excluindo as mais-valias extraordinárias, o lucro atribuído do Grupo atingiu 5,21 bilhões de euros,
44,5% mais do que em 2004. Os resultados tiveram a sua origem em uma base sólida de negócio comercial corrente e diversificado, o que é uma garantia de futuro.
O dividendo total proposto pelo Conselho à Assembléia Geral chega a 0,4165 euros por ação,
representando um acréscimo de 25% face ao ano anterior. Isto implica que, considerando as ações emitidas na aquisição do Abbey, o valor total destinado a dividendos registre um aumento de 41,8%.
Principais ações no exercício
Em 2005, o Grupo Santander atingiu plenamente os seus objetivos. Isto é: o progresso de sua atividade de banco comercial na Europa; um rápido avanço na reestruturação do Abbey; a melhoria da participação de mercado e a implantação integral do modelo de gestão comercial na América Latina e o desinvestimento oportuno de posições não estratégicas. O Grupo Santander reforçou a sua posição competitiva na Europa, melhorando significativamente sua eficiência e aumentando os resultados em suas redes comerciais da Espanha - Santander e Banesto - e de Portugal. No Abbey, fomos além dos planos previstos. Os objetivos de redução de custos foram amplamente
ultrapassados, as receitas foram estabilizadas e deu-se
O Santander alcançou, em 2005, o
maior resultado de sua história,
6,22 bilhões de euros, um
aumento de 72,5% em relação
ao registrado no ano anterior.
O dividendo
total proposto
pelo
Conselho à
Assembléia
Geral chega a
0,4165 euros
por ação, 25%
superior ao do
ano anterior
Carta do Presidente
um impulso considerável à atividade comercial. O plano trienal,
apresentado no mês de outubro, é uma demonstração da nossa confiança na transformação do Abbey, de um banco essencialmente hipotecário para uma plataforma de distribuição eficiente de todos os produtos e serviços de que
necessitam os cliente no Reino Unido. O nosso mercado bancário de consumo na Europa prosseguiu a sua expansão, tanto orgânica como por meio de aquisições seletivas, atingindo um desenvolvimento internacional do negócio que já representa, atualmente, 9% do resultado atribuído do Grupo. Na América Latina, o negócio do mercado bancário varejista deu um salto qualitativo, com um claro progresso em quotas de mercado e uma melhoria da gestão comercial que assenta as bases para um aumento futuro sustentável. Os 2,20 bilhões de dólares de lucro na região, em grande parte provenientes do mercado comercial, proporcionam ao Grupo, além do seu valor
quantitativo, um grande potencial de crescimento e de diversificação. O investimento financeiro no banco norte-americano Sovereign direciona recursos financeiros do Grupo para o negócio do mercado bancário
comercial, diversificando as nossas receitas em um mercado, o
norte-americano, que conhecemos e no qual, no passado, já tivemos experiências muito positivas. O investimento no Sovereign terá, desde o início, um impacto favorável no lucro por ação.
Em suma, 2005 permitiu que o Grupo Santander construísse uma posição única no sistema bancário internacional, que combina um sólido modelo de negócio corrente na Espanha, Portugal e no mercado de consumo na Europa, com opções de reestruturação (Abbey) e de forte crescimento (América Latina).
Visão e modelo global
O Santander consolidou como um de seus principais pontos fortes uma profunda implantação local nos países em que está estabelecido. Isso não impede que sejamos cada vez mais um banco integrado, que aproveita as melhores experiências e vantagens competitivas a nível internacional. Avançamos para plataformas tecnológicas comuns, uma política comum de riscos e um modelo de gestão global dos negócios. A forte posição do Grupo Santander nos mercados mais dinâmicos da Europa e da América Latina permitiu desenvolver capacidades
No Abbey,
fomos além dos
planos
previstos. Os
objetivos de
redução de
custos foram
amplamente
ultrapassados e
as receitas,
estabilizadas
4
globais em áreas como o mercado bancário privado, a gestão de ativos ou o mercado de grandes clientes. Estes negócios mantêm elevadas taxas de crescimento e uma contribuição crescente para as receitas totais do Grupo.
A integração do negócio de fundos de investimento, de pensões e seguros na Santander Asset Management and Insurance, reforça as economias de escala e as capacidades de gestão e de inovação nestas áreas.
A gestão integrada do negócio do Banco de Grandes Clientes também registra excelentes resultados. O modelo de relação global com os clientes corporativos e institucionais do Grupo vem obtendo um elevado crescimento de receitas,
potencializando, assim, os negócios de maior valor agregado.
O desenvolvimento de produtos globais contribui, da mesma forma, para o objetivo de aumentar o valor da nossa posição internacional. Para isso, criamos uma Unidade
Corporativa de Cartões, que servirá a todas as redes comerciais do Grupo. Lançamos, igualmente, produtos inovadores na tesouraria de clientes, como o Santander Global Connect, que está se expandindo na Europa e na América Latina.
Governança Corporativa
Contamos com os melhores padrões internacionais em matéria de Governança Corporativa. O nosso modelo baseia-se na plena igualdade de direitos dos acionistas e em uma máxima transparência em nossa atuação.
Colocamos uma ênfase especial na proteção dos direitos dos acionistas minoritários, superando as exigências regulatórias e cumprindo
minunciosamente com o princípio de “uma ação, um voto”. Fomos também uma das primeiras empresas espanholas a eliminar, totalmente, as medidas estatutárias de blindagem. Este ano você encontrará, junto a este Relatório Anual, um relatório do Conselho de Administração sobre Responsabilidade Social Corporativa e outro documento, que inclui os relatórios das Comissões de Nomeações e Remunerações e de Auditoria e Compliance.
O Conselho de Administração é o núcleo da nossa governança corporativa. Contamos com um Conselho excepcional, com um bom equilíbrio entre administradores externos e executivos, todos eles com importante experiência internacional, prestígio e êxito profissional.
Desde que foi
anunciada a
compra do
Abbey até o
final de 2005,
a ação
valorizou-se
43%
Carta do Presidente
002-007carta pres BR.qxd 4/7/06 13:53 Página 5Neste ano, Luis Ángel Roho Duque foi incorporado ao nosso Conselho. Suas extraordinárias qualidades profissionais e pessoais são um grande ativo para o Grupo. Durante o ano, deixou de fazer parte do Conselho Emilio Botín O'Shea, que colaborou de forma destacada desde o seu ingresso no Banco, em 1989. Por último, tivemos que lamentar o falecimento de Elías Masaveu, que durante anos contribuiu valiosamente com o Conselho.
Responsabilidade Social
Corporativa
Em 2005, o Grupo continuou reforçando o seu compromisso com os acionistas, os clientes, os funcionários, a sociedade em seu conjunto e o meio ambiente. No ano, investimos 92 milhões de euros em RSC, investimentos que são realizados com os mesmos requisitos de eficiência e eficácia que são exigidos a para qualquer outro tipo de investimento.
Mantemos o foco no ensino superior, que para nós é a melhor forma de contribuir para o progresso social e econômico dos países em que estamos presentes. Temos acordos integrais de apoio ao ensino e à pesquisa com 507 universidades em 11 países. Além disso, o Portal Universia já conta com a participação de 985 universidades.
Cidade Grupo Santander
A nova sede operacional do Banco em Boadilla del Monte (Madri), a Cidade Grupo Santander, já está em pleno funcionamento e é um ponto de encontro para diretores e profissionais do Grupo que reforça a nossa globalidade.
Neste ano, passaram pelo Centro Corporativo de Treinamento
21.500 pessoas de todos os países em que o Santander está presente, o que fomenta a integração, o intercâmbio de experiências e a difusão dos valores e da cultura corporativa.
Futuro
A indústria bancária está atravessando uma conjuntura muito favorável. Este, porém, não deve ser um
momento para complacência, mas sim para reforçar o balanço, melhorar a eficiência e preparar o nosso Grupo para enfrentar, com êxito, qualquer mudança que a situação internacional possa registrar.
A nossa obrigação e compromisso são trabalhar para o futuro do Grupo, e temos uma grande confiança neste futuro, fundamentada no seguinte:
Neste ano,
passaram pelo
Centro
Corporativo
de Treinamento
21.500
pessoas de
todos os países
em que o
Santander está
presente
6
• O caráter corrente do nosso núcleo de receitas, baseado em um modelo de sistema bancário comercial comprovado e de êxito. • A diversificação das nossas
atividades, que se desenvolvem em diversos países.
• Uma vasta base de clientes —66 milhões—.
• Posição em mercados e segmentos de negócio com elevado potencial de crescimento.
• Capacidade demonstrada de extrair em produtos, serviços e plataformas tecnológicas, todas as vantagens de um grande grupo internacional. Tendo por base a tendência muito favorável dos nossos negócios na Europa e América Latina, 2006 também será um bom ano para o Grupo Santander.
Nos últimos 20 anos, a nossa capitalização em bolsa multiplicou-se por 68 e o nosso lucro corrente por 50. Vamos continuar esta trajetória, consolidando o Santander entre os primeiros e melhores bancos do mundo.
Para isso, contamos com uma excelente equipe de profissionais, altamente preparados e motivados, com carreiras profissionais de êxito e acesso aos melhores programas de treinamento contínuo.
Agradeço a cada uma das 129.000 pessoas que trabalham no Grupo por sua dedicação e esforço. Esperamos continuar
contando com a confiança e o apoio de V. Exas., senhoras e senhores acionistas. Emilio Botín Presidente
2006 também
será um bom
ano para o
Grupo
Santander
Carta do Presidente
002-007carta pres BR.qxd 4/7/06 13:53 Página 7“O Grupo Santander
obteve um
crescimento saudável,
geograficamente
equilibrado e sustentável”
Alfredo SáenzVice-Presidente e Administrador Delegado
Em 2005, as ações do Santander proporcionaram aos acionistas uma rentabilidade total, incluindo a valorização das ações e o dividendo, de 26%, superior aos 21% do mercado espanhol. Em comparação com os bancos globais, o nosso comportamento só é ultrapassado por bancos com forte participação no mercado de investimento, em que a volatilidade é muito maior. Isto é, no ano geramos mais de 14,8 bilhões de euros de lucro para os acionistas. O lucro atribuído do Grupo atingiu os 6,22 bilhões de euros (+72,5%). Se excluirmos as mais-valias
extraordinárias líquidas, o resultado atribuído foi de 5,212 bilhões de euros (+44,5%). Este último valor reflete a forte capacidade de resultado habitual do Santander e inclui, pela primeira vez, o Abbey, cuja contribuição foi de 811 milhões de euros. Excluindo esta incorporação, o resultado aumenta 22% face a 2004, atingindo 4,401 bilhões. Todos estes valores são os maiores da história do Grupo.
O lucro por ação aumentou 15%, chegando aos 0,8351 euros (incluindo as mais-valias, o aumento é de 37%). Este crescimento é inferior ao total
do resultado habitual devido ao efeito inicial de diluição da compra do Abbey. Porém, o nosso plano para extrair lucro do Abbey está superando as nossas próprias expectativas e esperamos que o impacto da compra comece a ser positivo em 2007.
2005, um bom exercício
Em 2005, o Grupo Santander deu novos passos no processo que nos consolida entre os líderes do sistema bancário comercial no mundo. A expansão do negócio e o crescimento dos resultados ordinários, a
integração do Abbey e as iniciativas estratégicas direcionadas para o reforço do nosso crescimento futuro constituem os aspectos mais importantes do exercício.
Foram três as chaves da evolução dos resultados ordinários. A primeira, um notável crescimento das receitas mais correntes, com base na expansão do negócio de clientes em todos os países. Trata-se de um crescimento saudável, equilibrado por regiões e, sobretudo, sustentável, baseado na força de nossas redes comerciais e na nossa capacidade de inovação. A segunda chave é o rígido controle de custos, que nos levou a melhorar a eficiência das principais unidades do Grupo. Esta melhoria nos permite continuar investindo no
desenvolvimento da nossa capacidade comercial. A terceira foi a excelente qualidade de crédito do Grupo. Tivemos necessidade de dotar menos provisões do que em 2004 e, da mesma forma, continuamos
melhorando os nossos coeficientes de inadimplência e cobertura.
Em 2005, o Grupo Santander deu
novos passos no processo que nos
consolida entre os líderes do mercado
bancário comercial no mundo.
Os bons
resultados do
Grupo estão
baseados no
notável
crescimento das
receitas mais
correntes, no
controle rígido
de custos e na
excelente
qualidade
de crédito
Carta do Administrador Delegado
Em conjunto com estas realizações, desenvolvemos ações estratégicas destinadas a obter melhorias adicionais de eficiência e
produtividade comercial, assim como a abrir novas fontes de crescimento para o futuro.
Entre as primeiras sobressai a implantação da plataforma tecnológica Partenón na Rede Santander na Espanha. Este processo implicou um importante investimento e nosso objetivo agora é aproveitar ao máximo o potencial de melhoria que esta plataforma nos oferece em termos de custo e eficiência
comercial. Entre as segundas, destaca-se a criação de unidades globais especializadas de produto e o aprofundamento no enfoque global do Banco de Grandes Clientes. Paralelamente, e no âmbito de nossa política de melhoria do uso do capital, realizamos desinvestimentos em participações não estratégicas para investir em negócios estratégicos, como o financiamento ao consumo e o mercado varejista.
Por último, no final do ano chegamos a um acordo para assumir uma participação financeira no banco norte-americano Sovereign.
Europa Continental:
crescimento de receitas com
custos “planos”
O resultado atribuído na Europa Continental chega a 2,984 bilhões de euros, 38% acima do obtido em 2004. Na Europa, o Grupo continua mostrando a eficiência do nosso modelo de gestão em economias desenvolvidas: aumento de receitas com melhoria contínua da eficiência.
Conseguimos um crescimento conjunto da margem de exploração de 20%, de grande valor devido à sua consistência e diversificação, porque todas as grandes unidades
apresentam aumentos claramente superiores a 15% na margem de exploração.
Na Espanha, os maiores resultados do Santander e do Banesto apóiam-se em um equilíbrio adequado entre o aumento da atividade comercial e a gestão eficaz da rentabilidade. A evolução da atividade foi muito favorável em hipotecas e no segmento de empresas, especialmente
microempresas e PMEs.
O Santander Consumer Finance já ocupa uma posição muito destacada na Europa, em um mercado
estruturalmente atraente. A produção aumenta 24% e o lucro atribuído avança 46%. Para esta evolução contribui a sua estratégia dupla de crescimento - orgânico e por meio de aquisições seletivas.
Nossos negócios em Portugal evoluíram também de forma positiva em 2005, apesar da fraca conjuntura econômica em que a sua atividade se desenvolve. A margem de exploração aumenta 16%, apoiado na melhoria das receitas e no controle de custos. O lucro atribuído avança 36%.
Dos demais negócios aqui incluídos destaca-se a evolução do Banif, que aumenta sua margem de exploração em 47% e o seu lucro atribuído em 20%.
Abbey: a construção de um
banco universal a partir de
um banco hipotecário
Quando compramos o Abbey, colocamos como meta voltar a posicionar a instituição no lugar que, devido à sua dimensão e potencial, lhe corresponde no mercado bancário britânico. Para conseguí-lo,
estabelecemos três objetivos fundamentais para 2005: estabilizar as receitas correntes, melhorar a produtividade comercial e reduzir a sua pesada estrutura de custos. E em todos eles ultrapassamos as nossas previsões iniciais.
Um reflexo desta evolução positiva foi um aporte para o Grupo, neste primeiro ano, de 1,408 bilhão de euros na margem de exploração e de 811 milhões no resultado atribuído. Temos objetivos ambiciosos para o futuro e concebemos um plano trienal para atingí-los, que visa tornar o Abbey o melhor banco comercial do Reino Unido. Para isso, contamos com um novo modelo comercial, estamos aumentando a nossa capacidade de vendas e trabalhamos em uma nova plataforma tecnológica, comum ao Grupo, que nos permitirá maiores economias a partir de 2008. Pretendemos aumentar a concessão comercial do Abbey para construir um banco universal, ingressando com mais força nos negócios de cartões, consumo e empresas.
Este crescimento deve ser conciliado com as melhorias notáveis da eficiência e do lucro, que colocarão, conforme previsto no plano, a rentabilidade sobre o capital perto de 20%. Estamos otimistas com respeito à obtenção de uma rentabilidade sobre o investimento superior ao nosso custo de capital em 2007.
10
América Latina: o impulso
do negócio comercial com
clientes
O ano de 2005 confirmou a tendência positiva dos últimos exercícios das economias latino-americanas que, em conjunto, apresentam um crescimento do PIB de 4%. A melhoria da situação macroeconômica da região baseou-se na aplicação, nos últimos anos, de políticas fiscais e monetárias ortodoxas, que permitiram um importante saneamento das suas finanças.
O nosso posicionamento, único na região, permite-nos alcançar uma grande expansão do negócio com clientes e um forte aumento das receitas mais correntes. A margem de exploração aumenta 32% em dólares, moeda de gestão da área, e o lucro atribuído atinge os 2,208 bilhões de dólares, 21% acima do registrado em 2004.
Nos três mercados mais importantes para o Grupo concentramo-nos, durante o ano, no fortalecimento do negócio corrente de clientes,
registrando importantes crescimentos de volumes, assim como melhorias na vinculação e aumentos na base de clientes. No Brasil, foram alcançadas taxas de crescimento de 42% em créditos e de 24% em recursos de clientes, o que levou a um aumento da margem de exploração de 43% e situou o lucro atribuído em 734 milhões de dólares. No México, a margem de exploração aumentou 24% e, no Chile, 30%. Neste último país, o ganho de quota de mercado é significativo, partindo de níveis superiores a 20%.
Os demais países em que estamos presentes também demonstraram, em geral, fortes aumentos de volumes e de resultados. Destacam-se a Colômbia e a Venezuela, assim como a recuperação progressiva da Argentina.
Áreas Globais:
aproveitamento de sinergias
não exploradas
Estamos aprofundando a integração global dos negócios do mercado de grandes clientes que temos em cada país. O Banco de Grandes Clientes é um negócio de natureza global que deve ser gerido como tal. Temos uma grande oportunidade de gerar mais negócios nesta área, já que
ainda não estamos extraindo toda a vantagem de sermos um banco internacional.
Em 2005 as receitas aumentam 9%, graças sobretudo à melhoria da cobertura dos nossos clientes corporativos, por meio do Modelo de Relação Global e do maior peso das receitas de clientes na área de mercados.
Da mesma forma, aprofundamos o enfoque global da Gestão de Ativos e Seguros. Iniciativas como a unificação comercial das gestoras, a criação de uma Unidade Global de Seguros ou a ampliação da atividade da Optimal, nossa especialista em gestão
alternativa, alinham-se a este objetivo. Em 2005, as receitas totais geradas em fundos de investimento, de pensões e seguros, atingiram os 3,696 bilhões de euros, 63% acima do total obtido em 2004. São receitas muito importantes por seu volume e qualidade, visto que possuem elevada recorrência, alto nível de retorno e reduzida volatilidade.
Carta do Administrador Delegado
O rígido
controle de
custos levou-nos
a melhorar a
eficácia das
principais
unidades do
Grupo, o que
nos permite
continuar
investindo no
desenvolvimen-to de nossa
capacidade
comercial
Por fim, a Unidade Global de Cartões está estendendo o seu modelo de mono-produto de gestão do negócio, implantado com êxito no México, a outros países da América Latina e da Europa, especialmente à Espanha e ao Reino Unido, onde a nossa posição nos oferece grandes oportunidades de crescimento.
Oportunidades de melhoria
Inevitavelmente, e apesar de 2005 ter sido muito bom, qualquer exercício tem pontos que podem ser melhorados. Na minha opinião, em 2006 devemos aprofundar os seguintes aspectos:
•Acelerar a integração global do Banco em um mundo plano, sem fronteiras. De outro modo, não seremos capazes de aproveitar todas as oportunidades que nos oferecem alguns mercados cada vez mais globais, pelo lado das receitas, e com economias de escala, pelo lado dos custos. A gestão global, que é óbvia no mercado de grandes clientes, na gestão de ativos e no mercado de consumo, por exemplo, está sendo estendida a outros negócios (cartões, seguros etc.) e a diferentes áreas de apoio, como tecnologia ou operações, criando fábricas corporativas especialistas de produto.
•Ser mais eficiente. Nos últimos anos, melhoramos a eficiência do Grupo. Todavia, ainda temos uma grande margem de melhoria nas áreas do Grupo em que, até o momento, investimos em capacidade comercial e que, a partir de agora, deveriam começar a melhorar em termos de custos.
•Melhorar a qualidade de serviço ao cliente, sobretudo nos mercados
maduros. Em uma conjuntura cada vez mais competitiva, é necessário colocar o cliente no centro da organização.
Alavancas de crescimento
A economia mundial registrou uma grande expansão no ano passado. Começamos o ano de 2006 com as economias mundiais sincronizadas em forte crescimento ou em tendência de melhoria. O cenário para o sistema bancário é positivo. Entretanto, não devemos esquecer que a economia mundial conta com mais de 10 anos de forte crescimento quase
ininterrupto, com baixas estruturais das taxas de juros que facilitaram uma forte expansão do crédito e dos negócios bancários, tanto varejista como de grandes clientes. Também existem riscos potenciais resultantes dos desequilíbrios na economia mundial. Os ciclos são parte consubstancial da economia e, por isso, devemos estar preparados para cenários macroeconômicos
divergentes.
Preparamo-nos para aumentar o negócio de forma estrutural e não em razão do crescimento cíclico do mercado. Penso que o Santander é um excelente investimento para o futuro porque contamos com sete alavancas que nos darão
oportunidades de crescimento estrutural nos próximos cinco anos: 1) Nos mercados maduros, onde esperamos um aumento constante da concorrência, só os bancos mais eficientes serão capazes de crescer de forma sustentada. A nossa política de crescimento de receitas com custos “planos”, apoiada em nossa vantagem tecnológica, deve dar-nos economias de escala e melhorias de eficiência.
2) A globalização proporciona uma grande oportunidade aos mercados emergentes. Nesses mercados o Grupo Santander mantém uma grande presença, por meio de nossa sólida posição na América Latina, o que deve proporcionar um crescimento estrutural ao Grupo.
3) O Abbey é outra oportunidade única de crescimento. Podemos aumentar os resultados melhorando de forma drástica a eficiência comercial e de custos, implantando a mesma plataforma tecnológica existente na Espanha. Com isso, ampliaremos o período de melhorias de eficiência a médio prazo.
4) A americanização do consumidor global é estrutural. As baixas taxas de juros fizeram com que este negócio esteja em sólida expansão. O Santander Consumer Finance é líder do segmento na Europa e continuaremos a
potencializar esta área.
5) Desenvolvimento de um Banco para Grandes Clientes Globais, integrado a partir de bancos corporativos predominantemente locais. Isto nos permitirá economias de escala em know-how de produtos e custos, e uma relação mais eficaz com grandes clientes corporativos.
6) Oportunidade de obter sinergias globais. A maior integração das áreas de apoio permitirá sinergias
corporativas de custos. Paralelamente, devemos avançar na integração e visão global dos diferentes modelos de negócio para melhorar em produtividade e eficiência.
7) Redistribuição do capital de áreas não estratégicas para áreas chaves do Banco, como os mercados de consumo e comercial, de forma orgânica e inorgânica, com uma forte disciplina de capital.
12
Estas sete premissas são caminhos de crescimento estrutural do resultado do Grupo, pouco sujeitas às oscilações do ciclo econômico. Por isso,
pensamos que constituem a nossa vantagem em relação a outros bancos e serão refletidas em um crescimento do lucro por ação corrente e sustentado a médio prazo.
Perspectivas e prioridades
para 2006
Em 2006, a gestão do Grupo será centrada na capitalização e ampliação de nossas opções de gerar receitas correntes e melhorar a eficiência operacional. Para conseguí-lo, continuaremos investindo em tecnologia, na melhoria e expansão das nossas redes, mantendo sempre o controle de custos, a qualidade de crédito e o foco no cliente como prioridades básicas de gestão. Na Europa, apostamos no aumento da produtividade comercial. Para isso, contribuirá a plena disponibilidade da Partenón na Espanha, plataforma que está em processo de implantação em Portugal, Reino Unido e no Santander Consumer Finance. A Rede Santander se concentrará na captação e na vinculação de clientes particulares, apoiada no lançamento do Plano “Queremos ser o seu Banco”. No Abbey, a transformação empreendida no negócio será traduzida em melhorias na atividade e receitas e se juntará a novas economias de custos. Na América Latina, capitalizaremos o investimento realizado nos últimos anos na expansão do negócio comercial.
O nosso negócio de consumo continuará crescendo a elevadas taxas devido à maior inserção e opiniões favoráveis obtidas em certos países, após as últimas
aquisições. Finalmente, apostamos em um maior desenvolvimento do negócio seletivo de grandes clientes nos mercados onde estamos presentes.
Com vista a reforçar e potencializar todos os negócios, o Grupo revê anualmente o seu plano de negócio, atualmente o Plano I06-I08. Pretendemos garantir o crescimento futuro, examinando os objetivos e as oportunidades de cada negócio e mercado. Isto envolve, na prática, uma revisão contínua de projetos e atividades em busca de novas opções de negócio e de melhorias de produtividade.
Para alcançar estes objetivos ambiciosos, o Santander conta com uma excelente equipe de profissionais com grande capacidade e motivação, além de estar passando por um processo contínuo de melhoria e renovação.
Diante do exposto, estamos
confiantes que 2006 será novamente um ano excelente para o Santander, que nos permitirá continuar aumentando o lucro para os nossos acionistas. Para isso, todos os que fazem parte deste Grupo dedicarão os seus esforços.
Alfredo Sáenz
Vice-Presidente e Administrador Delegado
Carta do Administrador Delegado
Em 2006,
centraremos a
atenção na
aceleração da
integração
global e na
melhoria da
qualidade do
serviço e da
eficiência
O Modelo Santander permite a transformação
de um banco multi-local em um banco
integrado e globalizado
QUALIDADE DO
SERVIÇO EFICIÊNCIA
QUALIDADE DO
CRÉDITO DISCIPLINA DECAPITAL VISÃO GLOBAL
ORIENTAÇÃO PARA O CLIENTE REESTRUTURAÇÃO CONTÍNUA RISCO BAIXO E PREVISÍVEL CAPACIDADE DE CRESCIMENTO DIVERSIFICAÇÃO • Aumento da satisfação, vinculação e retenção de clientes • Métricas comuns em todas as unidades do Grupo • Grupo internacional especializado no sistema bancário comercial • Negócios globais alavancados em negócios locais • Balanço em três moedas • Elevados quocientes de capital • Elevada geração corrente de capital • Gestão rígida do risco • Gestão partilhada • Desenvolvimento de modelos internos • Foco na eficiência comercial • Melhoria tecnológica Partenón Altair Projeto Alhambra • Gestão integrada de compras
O modelo Santander
O Santander combina a
liderança no sistema bancário
comercial nos mercados locais
com fortes capacidades globais
A gestão direcionada ao cliente permite uma maior vinculação e retenção por meio de uma
maior qualidade de de serviço, nossa prioridade estratégica.
O modelo Santander
O Modelo Santander deu magníficos resultados, tal como demonstram, no último ano, a total incorporação do Abbey no seio da estrutura do Grupo, o importante crescimento em todos os negócios desenvolvidos na Europa Continental e o fortalecimento da sua posição nos mercados latino-americanos.
Este modelo pretende desenvolver áreas globais, fomentadas pela proximidade aos clientes
proporcionadas por seus potentes bancos comerciais locais. Áreas geridas globalmente e que prestam um serviço global, que surge do aproveitamento das sinergias e das melhores experiências e vantagens competitivas no âmbito internacional.
O Modelo Santander sustenta-se em cinco pilares básicos:
• a gestão orientada para o cliente, que permite uma maior vinculação e retenção por meio de uma melhor qualidade do serviço, nossa prioridade estratégica.
• a eficiência, que se obtém com uma exigente disciplina de custos, mas também através por uma tecnologia global de primeiro nível.
• a qualidade do crédito a partir dos seus próprios modelos internos de riscos, fundados na gestão de ferramentas globais.
• a disciplina de capital que, como recurso limitado, deve ser atribuída aos negócios que gerem maior rentabilidade potencial.
• a visão global: capacidades globais e políticas corporativas comuns combinadas com uma gestão local.
Este Modelo dá ao Banco um grande potencial de crescimento nos nossos principais negócios:
• Banco Comercial Europa Continental
• Banco Comercial Abbey
• Banco Comercial América Latina
• Gestão de Ativos e Seguros
• Banco de Grandes Clientes Global.
Além disso, em nível internacional, o Modelo Santander proporciona: • sinergias globais, que permitem a
transformação de um banco multi-local em um banco integrado e globalizado.
• redistribuir o capital, desinvestindo na carteira industrial e investindo no negócio bancário.
Tudo isto com o apoio de uma equipe de 129.000 profissionais em todos os países em que estamos presentes.
Agência do Santander em Madri, Espanha
“Nenhum banco desenvolve melhor a atividade de
banco comercial do que o Santander”
Euromoney, julho de 2005
Distribuição do lucro atribuído por
segmentos geográficos
Banco Comercial
Portugal
Gestão de Ativos e Seguros
Banco de Grandes Clientes
Seguros
Cartões
Banco Comercial
Espanha
Negócios globais alavancados
em negócios locais
Europa Continental
54
%Reino Unido (Abbey)
14
%América Latina
32
%Banco Comercial
78
%Gestão de Ativos e Seguros
9
%Banco de Grandes Clientes Global
13
%Distribuição do resultado por segmentos
de negócio sem inclusão de impostos
Banco Comercial América Latina Banco Comercial Reino Unido Santander Consumer Finance
O reconhecimento pela revista líder em informação sobre o sistema bancário e finanças internacionais, ocorre no ano em que o Santander atingiu um lucro atribuído de 6,22 bilhões de euros, resultando em um acréscimo de 72,5% em relação ao exercício anterior.
O Santander desenvolveu a sua atividade em um exercício em que a economia mundial manteve sua expansão, com um crescimento aproximado de 4%, embora com maiores incertezas nos últimos meses, em conseqüência do aumento do preço do petróleo.
Nesta conjuntura, o Santander manteve a sua estratégia de crescimento orgânico em seus mercados tradicionais, nos quais melhorou substancialmente a eficiência comercial e operacional como conseqüência de sua
tecnologia, de seu modelo de gestão de clientes e das capacidades globais cada vez maiores, que permitem extrair sinergias entre distintos países e oferecem oportunidades de crescimento diferenciais para o Grupo.
Os excelentes resultados de 2005 estão relacionados com todos os negócios do Grupo, que cresceram de forma sustentada, embora o enfoque continue a ser o mercado bancário comercial, que contribui com 84% do total de receitas das áreas
operacionais e 78% do resultado, sem a inclusão de impostos.
A elevada qualidade de crédito reflete-se em uma baixa taxa de inadimplência (0,89%). Os quocientes de eficiência e de capital também melhoraram sensivelmente.
O nosso lucro ordinário, excluindo os ganhos resultantes da venda de participações não estratégicas, aumentou 45%, graças ao forte crescimento de nossas receitas correntes na Europa Continental, ao dinamismo do banco de clientes na América Latina e à contribuição do Abbey que, em seu primeiro ano como parte do Grupo, obteve um lucro atribuído de 811 milhões de euros.
O “Melhor Banco Global do
Mundo” (de acordo com a
Euromoney) ultrapassa os
seus objetivos para 2005 e
obtém 6,22 bilhões de
euros de resultado
Em junho de 2005, a revista Euromoney elegeu o Santander como o Melhor Banco Global
do ano. É a primeira vez que um banco espanhol ganha este importante prêmio, com o
qual se reconhece o importante crescimento do Grupo nos últimos 20 anos e o acerto da
sua estratégia, que no ano passado levou à compra do Abbey.
Os nossos negócios
Matías Rodríguez Inciarte 3º Vice-Presidente
18
Na Europa Continental, o Santander desenvolve negócios do mercado bancário comercial, assim como no mercado bancário varejista, em onze países, dos quais se destacam a Espanha, Portugal, Alemanha, Polônia e a Noruega.
Também incluem-se os negócios globais (Gestão de Ativos e Seguros e Banco de Grandes Clientes Global). Em 2005, a atividade desenvolvida na Europa Continental, que aporta 54% do lucro atribuído das áreas
operacionais do Grupo, registrou um notável aumento das receitas face à evolução positiva da margem de intermediação, com custos quase planos e menores necessidades de provisões devido ao efeito da elevada qualidade do risco e da aplicação das NIIF (Normas Internacionais de Informação Financeira). Tudo isso faz com que o lucro atribuído da zona se eleve para os 2,984 bilhões de euros, 38,2% acima do registrado em 2004. Este resultado apóia-se em todas as unidades de mercado bancário comercial, como de gestão de ativos e banco de grandes clientes.
Espanha Rede Santander
Na Espanha, a Rede Santander teve um ano extraordinário, com produtos novos e inovadores, como a Hipoteca Super Revolução ou a campanha de domiciliação das folhas de
pagamentos com vantagens sobre as despesas de telefone, gás e
eletricidade.
Destaca-se, em especial, o aumento de 70.000 novas hipotecas pelo valor de 11,5 bilhões de euros,
conseqüência do êxito da Hipoteca Super Revolução. Este produto, concebido para facilitar aos jovens o acesso à moradia, carateriza-se por seu longo prazo de amortização e por seu período de taxa fixa, com carência durante os primeiros cinco anos. Paralelamente, concluiu-se a
implantação da Partenón em todas as agências do Santander na Espanha, o que permitirá melhorar a eficiência e a qualidade do serviço e,
conseqüentemente, a fidelização e a captação de clientes.
Banesto
O Banesto conseguiu ultrapassar todos os seus objetivos de eficiência, rentabilidade e quota de mercado um ano antes do que o previsto no Plano 2004+2.
Mais uma vez, destacaram-se os seus produtos de alto valor agregado para empresas e particulares, como o Banesto Selección, um novo serviço de gestão de carteiras e fatura eletrônica.
Tanto o Banesto como o Santander estão se preparando para uma eventual desaceleração no mercado hipotecário espanhol, através de uma diversificação para outros segmentos de negócio com muito potencial de crescimento, como o crédito ao consumo, as PMEs e os cartões.
Banif
O Banif desenvolve o mercado bancário privado de máxima qualidade, com atendimento e produtos cada vez mais
personalizados. Em 2005, conseguiu registrar importantes crescimentos na atividade e nos resultados. Para o ano de 2006, o Banif tem previsto um ambicioso plano de abertura de novas agências, em linha com a sua estratégia de aproximação ao cliente, que passará a ser como o seu assessor financeiro.
Portugal
Em Portugal, o Santander Totta conseguiu duplicar seu resultado em quatro anos, até situar-se como o segundo banco privado do país, por meio de um importante crescimento em negócios de destaque, como hipotecas, seguros e cartões. O excelente comportamento do Banco merece maior destaque por ter sido obtido em uma conjuntura de baixo crescimento econômico.
Os produtos Crédito Habitação Super Tranqüilo, Crédito Automóvel Super Tranqüilo e o Cartão Premium Travel tiveram uma grande aceitação
Santander Consumer Finance
A atividade de financiamento ao consumo na Europa está agrupada sob a marca Santander Consumer Finance, presente em 11 países: Espanha, Portugal, Alemanha, Itália, Áustria, República Checa, Polônia, Hungria, Noruega, Holanda e Suécia.
O Santander consolida-se como o primeiro
banco comercial na zona euro
O Santander ocupa uma posição clara de liderança na Espanha, é o segundo banco privado
de Portugal com base no lucro e é a concessão líder no mercado bancário varejista na
Europa, com elevadas participações na Espanha, Portugal, Alemanha, Polônia e Noruega.
Zona do euro
Os nossos negócios
A Espanha, a Alemanha e a Itália gerem 90% dos ativos que, no total, somam 31,849 bilhões de euros. Em 2005, o Santander Consumer Finance reforçou sua presença na Europa com um forte crescimento orgânico e com a aquisição de 100% do Bankia Bank, na Noruega, e a aquisição de 50,001% do banco português Interbanco, por 118 milhões de euros.
Com a aquisição do Interbanco, o Santander Consumer Finance será líder no financiamento de automóveis em Portugal, com uma quota de mercado de aproximadamente 13% em veículos novos.
Desde agosto de 2005, o Santander Consumer Finance também está
presente no Reino Unido, por meio de uma nova unidade, a Santander Consumer Finance UK. Inicialmente, esta instituição se dedicará
exclusivamente ao financiamento de automóveis e espera transformar-se, nos próximos cinco anos, em uma das três primeiras empresas do mercado britânico, o maior da Europa por volume de créditos ao consumo. Em 2005, destaca-se a campanha de captação de depósitos realizada na Itália e o relançamento comercial do banco direto na Espanha, Openbank. O Openbank conta com uma gama completa de produtos, 338.000 clientes e 5,4 bilhões de euros de recursos sob gestão.
Rede Santander Banesto Santander Santander Banif
Milhões de euros Consumer Totta
Finance Clientes (milhões) 7,6 2,3 7,7 1,8 0,1 Agências (número) 2.669 1.703 267 693 42 Investimento de crédito* 92.145 49.973 30.008 25.861 2.130 Recursos de clientes geridos 97.627 71.231 18.868 26.613 24.400*** Margem de exploração 2.101 1.140 1.073 498 61 Lucro atribuído 1.285 498 487 345 24 Eficiência** 44,0% 42,6% 33,9% 49,4% 54,6%
(*) Deduzido o efeito das titularizações (**) Incluindo amortizações
(***) Engloba a totalidade de ativos sob gestão, incluindo os valores depositados Ana P. Botín
Presidente, Banesto Enrique García Candelas
Diretor-Geral,
Divisão Mercado Bancário Comercial
Juan Rodríguez Inciarte Diretor-Geral,
Divisão Europa e Consumo
Antonio Horta Osorio Presidente,
Santander Totta
Javier Marín
Administrador Delegado do Banif 016-027 nuestros nego BR.qxd 4/7/06 15:12 Página 19
20
Em 2005, registrou-se o início da da primeira ofensiva do Abbey em seu posicionamento comercial. A produção de hipotecas, o seu ponto tradicional mais forte, cresceu 10% face ao ano anterior, ficando acima dos seus principais concorrentes. No ano, foram lançados produtos potentes como o Flexible Plus Mortgage Deal for Life, que oferece flexibilidade em quotas, permitindo aumentar, reduzir ou adiar os pagamentos; e o No Fee Mortgage, que permite ao cliente mudar a sua hipoteca para o Abbey sem pagar despesas nem comissões de entrada. Ambos os produtos são
comercializados tanto pelas agências do banco como pelo Cahoot, o banco por Internet do Abbey.
Nos novos segmentos comerciais em que o Abbey procura ser mais competitivo, foi lançado em outubro um produto revolucionário no mercado britânico: o depósito remunerado, com uma taxa de juros TAE de 6% durante doze meses e livre de comissões.
Estas iniciativas comerciais, em conjunto com a melhoria da eficiência, permitiram obter um lucro de 555 milhões de libras - 811 milhões de euros.
O plano para três anos, apresentado no mês de outubro, contempla a manutenção da quota de mercado nos produtos em que há uma posição relevante, como as hipotecas, e o aumento da sua presença em outros segmentos do mercado, até se converter em um banco universal com uma vasta gama de produtos e serviços.
O objetivo é transformar o Abbey no melhor banco comercial do Reino Unido:
• o melhor para os clientes e para os funcionários e
• o mais eficiente e rentável.
Os pilares básicos para alcançar este objetivo são: • a qualidade de serviço • a venda cruzada • a retenção de clientes • a eficiência A implantação da plataforma tecnológica Partenón permitirá melhorias permanentes nos custos. Diminuirá o tamanho do back e do middle office, melhorará a
produtividade das agências e reduzirá as despesas em tecnologias da informação. A Partenón se transformará em uma vantagem competitiva estrutural em relação aos bancos concorrentes no Reino Unido, melhorando a sua eficiência comercial e o conhecimento dos clientes. A melhoria da capacidade de vendas está refletida nos crescimentos da produção bruta de hipotecas, da captação de poupança e dos empréstimos pessoais ao longo de 2005.
O Abbey contribui com um resultado
de 555 milhões de euros para o Grupo
Apenas um ano após sua aquisição, o Abbey adiantou as previsões relacionadas à
redução de custos, à estabilização de receitas e a seu relançamento comercial. Com base na
plataforma tecnológica Partenón e no modelo de negócio do Santander, o Abbey
encontra-se preparado para converter-encontra-se no melhor banco comercial do Reino Unido.
Zona da libra esterlina
Os nossos negócios
•
Transformar o Abbey de um banco hipotecário em um banco comercial universal
•
Aumentar as receitas entre 5% e 10% ao ano, cumulativos em 3 anos
•
Melhorar o quociente de eficiência até atingir 45%
•
Colocar o ROE em 18%
•
Cobrir o custo de capital em 2007
2006 - 2008
Plano trienal:
2005
Este ano conseguimos:
•
Reduzir os custos em 224 milhões de libras (75% do objetivo para três anos)
•
Aumentar as receitas correntes em 4%
•
Relançar o banco: nova identidade corporativa, excelente equipe executiva, enfoque comercial
2004
Quando anunciamos a compra, comprometemo-nos a:
•
Reduzir os custos em 300 milhões de libras em três anos
•
Estabilizar as receitas em 2005 e aumentá-las em 150 milhões de libras entre os anos de 2006 e 2007
•
Relançar comercialmente o banco
Abbey em números
Milhões de libras
Clientes (milhões) 18,3
Agências (número) 712
Investimento de crédito 117.732
Recursos de clientes geridos 155.609
Margem de exploração 963
Lucro atribuído 555
Eficiência* 63,2%
(*) Incluindo amortizações
Da esquerda para a direita: Jorge Morán, Lorde Burns e Francisco Gómez Roldán, COO, Presidente e CEO do Abbey, respectivamente
Francisco Gómez Roldán Administrador Delegado, Abbey 016-027 nuestros nego BR.qxd 4/7/06 15:12 Página 21
22
Na América Latina a conjuntura foi favorável em 2005, com um crescimento econômico de 4%. Os principais países mantiveram políticas macroeconômicas direcionadas ao controle da inflação e ao
desenvolvimento sustentável. O modelo do Grupo na América Latina está claramente orientado para o cliente e apoiado na tecnologia. Os resultados refletem fortes aumentos do negócio comercial. A carteira de créditos e os recursos de clientes apresentam um crescimento médio superior a 20% no Brasil, no México e no Chile.
O Santander é a instituição financeira melhor preparada para gerar valor em uma região com elevado potencial de desenvolvimento, sustentado em um mercado de 450 milhões de pessoas com baixos níveis de bancarização.
Para isso, temos oito alavancas de gestão:
1. Crescimento orgânico: fomento da bancarização da região
2. Cultura de crescimento e vendas: enfoque em clientes de varejo, produtos globais (formas de pagamento, comércio exterior, mercado bancário transacional, fundos e seguros), altamente segmentados em função dos países e clientes aos quais se destinam
3. Eficácia e produtividade comercial: estabelecimento de objetivos para a melhoria de receitas
4. Gestão de riscos previsíveis: utilização de novas tecnologias e ferramentas avançadas de gestão de risco
5. Eficiência tecnológica e disciplina de custos: concluir a implantação no Novo Plano Tecnológico (Altair) e novos investimentos em tecnologia
6. Capital humano: potencialização do treinamento em todos os níveis
7. Marca Santander: marca única a partir de 2007
8. Força de capital e disciplina financeira: quocientes de capital BIS acima dos mínimos exigidos
Brasil
O impulso comercial e o enfoque na atividade de clientes têm permitido ao Santander Banespa obter aumentos muito significativos no negócio. O crédito cresceu 42% no ano, enquanto o agregado dos depósitos de clientes e fundos de investimento avançou 24%. A margem ordinária aumentou 33% e o lucro atribuído alcançou
734 milhões de dólares.
O Crédito Prestamista e o Cartão Platinum foram os produtos que registraram o maior êxito no ano.
Na América Latina, o Santander
obtém um forte crescimento
do negócio com clientes
O Santander, a maior concessão financeira da América Latina, obteve excelentes
resultados na região em conseqüência do forte impulso da atividade comercial e da
concentração da atividade do Grupo nos negócios e nos países definidos
como prioritários.
Zona do dólar
Os nossos negócios
A implantação da nova tecnologia —que modernizará processos, estruturas e capacidade comercial— e o amadurecimento dos projetos de crescimento iniciados em 2004 e 2005 (formas de pagamento, mercado bancário de seguros, consumo etc.) gerarão valor em um país em fase de expansão.
México
A dinâmica comercial foi refletida no forte crescimento da poupança bancária, que aumentou 21% devido ao grande incremento registrado em fundos de investimento e em depósitos de particulares. Por sua vez,
a nova atividade creditícia cresceu 35%.
As receitas aumentaram 23%, com destaque para a contribuição do Produto Vencimento.
O lucro atribuído cresceu 16%, totalizando 468 milhões de dólares.
Chile
No Chile, o Santander registrou um crescimento importante no sistema financeiro, com aumentos do resultado superiores a 45%, graças à boa evolução das receitas e custos. É o banco líder do país e tem grandes oportunidades para continuar
crescendo em uma conjuntura de forte dinamismo econômico e empresarial.
A poupança bancária (depósitos + fundos de investimento) cresceu 16%. Em créditos, o crescimento foi de 19%, apoiado na expansão dos segmentos de PMEs (33%), cartões e consumo (42%) e hipotecas (15%). A margem ordinária aumentou 22%, enquanto o lucro atribuído cresceu 45%, alcançando 420 milhões de dólares.
Os cartões Titânio e Superexpress foram os produtos de maior destaque no Chile durante o exercício.
R. atribuido % Var. Brasil 734 4,10 Mexico 468 16,25 Chile 420 45,48 Venezuela 165 38,67 Argentina 97 188,62 Porto Rico 60 2,71 Outros países 120 17,60
Santander Private Banking 144 24,79
Total (bilhões) 2,208 21,02
Lucro atribuído por unidades
Milhões de dólaresSantander Banespa Santander Serfin Santander Santiago
milhões de dólares
Clientes (milhões)* 7,1 9,4 2,9
Agências (número) 1.897 1.005 401
Investimento de crédito 12.584 15.616 17.657
Recursos de clientes geridos 29.494 42.690 30.221
Margem de exploração 1.524 816 742
Lucro atribuído 734 468 420
Eficiência** 52,5% 54,1% 45,4%
(*) Clientes do banco comercial e participantes em planos de pensões (**) Incluindo amortizações
Grupo Santander na América Latina
*Milhões de dólares
Países 10
Número de agências 4,100
Número de funcionários 62,746
Clientes do banco comercial 20,3
Participantes de planos de pensões 8,0
Investimento de crédito* 59,884
Recursos de clientes geridos* 145,446
Margem de exploração* 3,886 Lucro atribuído* 2,208 Gabriel Jaramillo Presidente, Santander Banespa Marcos Martínez Administrador Delegado, Santander Serfin Mauricio Larraín Presidente, Santander Santiago Francisco Luzón Administrador Diretor-Geral, Divisão América
Em 2005, o Santander atingiu plenamente os seus
objetivos na Europa Continental, no Reino Unido e
na América Latina
Marcial Portela Diretor-Geral, Divisão América Enrique Cristofani Gerente Geral, Banco Río Jesús M. Zabalza Diretor-Geral, Divisão América Marta Elorza Subdiretora-Geral, Divisão de Auditoria InternaDavid Arce
Diretor-Geral,
Divisão de Auditoria Interna
José Tejón
Diretor-Geral Divisão de Intervenção Geral e Controle de Gestão
José María Fuster
Responsável Global de Tecnologia (CIO) Michel J. Goguikian Presidente, Banco da Venezuela Javier Peralta Diretor-Geral, Divisão de Riscos
Em 2005, a gestão de ativos
e seguros do Santander
avançou para a sua
consolidação como
negócio global
As gestoras de todos os países e mercados em que o Santander opera foram unidas sob a
marca Santander Asset Management.
Negócios Globais
Gestão de Ativos e Seguros
A Gestão de Ativos e Seguros obteve um resultado, sem inclusão de impostos, de 688 milhões de euros, representando um acréscimo de 86% face ao exercício anterior (+37% sem considerar o Abbey).
Santander Asset Management
A Santander Asset Management avançou em sua consolidação como negócio global, conciliando o conhecimento dos mercados e das necessidades locais às capacidades globais do Grupo na gestão e desenvolvimento de novas alternativas de investimento. A atividade centrou-se no lançamento de produtos de valor agregado e na oferta de uma assessoria personalizada aos clientes, de acordo com o seu perfil de risco.
Os ativos geridos já ultrapassam os 138 bilhões de euros, com presença em 14 países. Destaca-se a atividade na Espanha, com 84 bilhões de euros geridos, onde se consolida a nossa posição de liderança em fundos de investimento e planos de pensões individuais.
Em gestão de fundos de investimento imobiliário, obtém-se um patrimônio gerido de 3,3 bilhões de euros e uma quota de mercado de 51%, sendo líderes na Espanha.
Em gestão alternativa, através da Optimal, nossa entidade
especializada, o patrimônio gerido é de 4,2 bilhões de euros, com um acréscimo de 48% face a 2004. Na América Latina, o Santander posiciona-se como o primeiro grupo financeiro internacional por ativos geridos em fundos de investimento. Durante 2005, a Santander Private Equity criou o Fundo de Investimento Santander Infra-estruturas FCR, pelo valor de 184 milhões de euros, primeiro fundo especializado na Espanha para o investimento em infra-estruturas e a colaboração entre instituições públicas e iniciativas privadas.
Santander Insurance
A Santander Insurance distribui seguros aos seus clientes por meio das redes comerciais, utilizando, nos países em que o volume de negócio o justifique, seguradoras próprias para gerar produtos com rentabilidade garantida.
O total de receitas gerado pelo negócio segurador no Grupo chega a 1,74 bilhão de euros, 153,8% acima do registrado em 2004 (+30,4% sem o Abbey).
Joan David Grimà Diretor-Geral,
Divisão de Gestão de Ativos e Seguros
A Divisão do Banco de
Grandes Clientes Global soma
novos mercados e se consolida
como uma unidade de
negócio integrada
Considerando a dimensão do Grupo e a crescente globalidade tanto de clientes como de
mercados e produtos, o Santander decidiu, em 2005, acentuar o enfoque global do seu
Banco de Grandes Clientes, incluindo as operações da América Latina e Portugal, visando
fortalecer a sua posição competitiva.
Negócios Globais Banco
de Grandes Clientes Global
O Banco para Grandes Clientes Global realiza atividades do Mercado Bancário Corporativo, Mercado de Investimentos e Mercados. Está presente em 21 países e conta com 2.200 profissionais.
O Banco de Grandes Clientes alcançou um resultado, sem inclusão de impostos, de 1,069 bilhão de euros, o que traduz um crescimento de 22% face a 2004, sustentado na crescente contribuição dos negócios de valor agregado com clientes. O negócio está estruturado sobre três eixos:
Clientes:corporativos e institucionais. Os principais clientes operam no âmbito do Modelo de Relação Global, concebido para lhes oferecer um serviço integrado de todos os produtos em todas as áreas geográficas.
Produtos:serviços transnacionais globais, banco de investimento e mercados.
Áreas geográficas: Espanha, Portugal e América Latina, especialmente Brasil, México e Chile.
Os dois principais objetivos do Banco para Grandes Clientes Global são consolidar a sua presença em Portugal e na América Latina, assim como
expandir progressivamente o negócio para a Europa de forma seletiva. Estas duas linhas de crescimento são concretizadas em diferentes projetos, em cada uma das áreas de negócio. No Mercado de Investimento, destaca-se o lançamento dos Projetos Triana e Pinar, que se destinam a satisfazer as necessidades de produtos de Corporate Finance e Structured Finance de clientes da rede comercial, e o Projeto Atlântico, que envolve a expansão do negócio de Project Finance para a Europa e os Estados Unidos.
Na área de mercados, o Grupo conta com os Projetos Santander Global Connect (SGC), que proporciona soluções de gestão de risco a clientes da rede comercial na Espanha e Portugal, e o Santander Global Markets (SGM), direcionado a clientes institucionais e corporativos. Ambos os projetos registraram uma evolução favorável com crescimentos de vendas de derivados superiores a 100% no caso do SGC e de 30% no SGM. O Santander está aprofundando a integração global dos negócios do mercado de grandes clientes que mantém em cada país. Isso permitirá economias de escala e uma relação mais eficaz com os clientes.
Adolfo Lagos Diretor Geral,
Divisão Mercado Bancário de Grandes Clientes Global
26
O Santander Private Banking
gera 24 bilhões de dólares
de ativos
O Santander está no Top 25 do Mercado Bancário Privado Global no mundo por ativos
geridos
Negócios Globais
Mercado Bancário Privado
O Santander Private Banking é a unidade do banco privado internacional do Grupo dedicada à assessoria financeira de pessoas e grupos familiares de alto patrimônio.
A unidade gere 24 bilhões de euros de ativos em seus centros localizados em Miami (EUA), Genebra (Suíça) e Nassau (Bahamas).
Em 2005, a evolução do negócio foi muito positiva, com um crescimento de 12% em volumes, de 15% da margem ordinária e de
aproximadamente 25% do lucro atribuído.
O quociente de eficiência, por sua vez, recuou de 46% para 43%.
Estes resultados foram reconhecidos pela revista Euromoney, que nomeou o Santander Private Banking o Terceiro Melhor Banco Privado da América Latina.
Incluindo o negócio do Mercado Bancário Privado dos diversos Bancos do Grupo, o Santander está no Top 25 do Banco Privado Global no mundo por ativos geridos.
José Manuel Maceda
Diretor-Geral do Santander Private Banking
Em 2005, foi criada a
Unidade Global de Cartões,
Santander Cards
Em 2005, a Santander Cards alcançou um volume de faturamento de 88,4 bilhões de
euros, com um total de 49 milhões de cartões de crédito e débito emitidos.
Negócios Globais
Meios de Pagamento
Em 2005, foi criada a Unidade Global de Cartões, designada por Santander Cards.
Esta Unidade Global de Cartões, dependendo diretamente do
Administrador Delegado, gere com as unidades locais o desenvolvimento de produtos, gestão de informações, marketing relacional e gestão de riscos e canais. Todas estas medidas visam desenvolver e transferir as melhores experiências e aproveitar sinergias e economias de escala no nível do Grupo.
Os resultados são excelentes. Foi ultrapassado o 1,266 milhão de euros na margem ordinária, com um crescimento de 26,3%. O
investimento de crédito mantém um ritmo de crescimento superior a 50%, com um volume de mais de 5 bilhões de euros.
O número de cartões cresceu de forma contínua, alcançando um total de 49 milhões de cartões de crédito e débito.
Ramón Tellaeche Diretor da Santander Cards
28
Visão e Modelo Global
A presença do Santander em dois continentes e três zonas monetárias - euro, libra esterlina
e dólar - proporciona uma vasta diversificação geográfica e de negócios. O Grupo combina
uma sólida presença local com fortes capacidades globais, partilhadas por todas as
unidades de negócio.
• Com a implantação da Partenón na Rede Santander em 2005 e no Abbey, Santander Totta e Santander Consumer Finance até o final de 2008, avança-se para uma plataforma tecnológica única . A Partenón permite oferecer uma visão integrada do cliente e, ao mesmo tempo, reduzir os custos.
• Na América Latina, a plataforma Altair continuou a sua implantação com a consolidação de sistemas e a eliminação de plataformas não estratégicas.
• O projeto Alhambra permitirá a convergência tecnológica entre a arquitetura Altair e a Partenón, e será a base da futura estratégia tecnológica do Santander.
• A Unidade Corporativa de Operações será a responsável pelo apoio à implantação da Partenón e à convergência tecnológica nos diferentes bancos do Grupo.
Qualidade de Serviço
Imagem e Marca
Tecnologia
• A marca Santander, para a qual convergirão as unidades do Grupo em 2007, sintetiza a identidade, a essência e o posicionamento do Grupo, transmitindo uma realidade global independentemente da estratégia de cada mercado, canal ou produto.
• Ao longo de 2005, o Grupo continuou avançando na homogeneização da arquitetura de marcas, sendo um exemplo claro disso a nova marca do Abbey, que inclui a chama e a cor vermelha.
• Em 2006, a marca Santander Banespa será implantada no Brasil. No México, passaremos de Santander Serfin para Santander ao longo do ano.
• O Banesto, como exceção à marca única, manterá sua marca diferenciada.
• Em 2005, foi criada a Unidade Corporativa de Clientes, que desenvolve um novo modelo homogêneo em todos os países, baseado em métricas de clientes e de serviço.
• A orientação para o cliente é uma das chaves do modelo Santander. O nosso desafio é conseguir os níveis mais elevados de satisfação entre os nossos clientes como base para uma relação estável e duradoura.
• A orientação para o cliente está fundamentada em três grandes exigências: - Máxima qualidade de serviço e alto grau de conhecimento do cliente - Produtos e serviços inovadores, adaptados às necessidades do cliente
- A melhor arquitetura tecnológica para facilitar respostas ágeis e eficazes aos clientes.
• O Santander tem um modelo comum de gestão do risco que se adapta às caraterísticas dos mercados locais.
• A função de riscos tem um alcance global que afeta os diferentes tipos de riscos e garante um tratamento único do cliente.
• A Comissão Delegada de Riscos estabelece as políticas de riscos e supervisiona os níveis de risco assumidos no Grupo.
• Desenvolveram-se ferramentas que permitem quantificar o perfil global do risco em termos de capital econômico, assim como a rentabilidade ajustada ao risco.
Gestão do Risco
• O Modelo Global de Compras permite aproveitar as vantagens da escala e a diversidade do Grupo nos processos de negociação, contribuindo para a redução de custos.
• Em 2005, o Modelo Global foi totalmente implantado em sete países do Grupo, com um perímetro de compras de 1,9 bilhão de euros.
• A Área global de compras está estruturada em cinco categorias: Tecnologia e Telecomunicações, Publicidade e Marketing promocional, Serviços Externos, Fornecimentos e Infra-estruturas.
• Nos próximos três anos, o objetivo é gerar uma economia de 300 milhões de euros para o Grupo.
Intervenção Geral e Controle de Gestão
Gestão de Compras
Gestão de Diretores
• A Intervenção elabora a informação contábil consolidada do Grupo de acordo com as melhores práticas internacionais. Gere a relação com o supervisor bancário e estabelece as regras de implantação e aplicação das normas que regulam o sistema financeiro.
• O Controle de Gestão coordena a elaboração dos orçamentos das unidades e determina a contribuição de cada uma delas para o negócio global do Grupo, assim como grau de cumprimento dos seus objetivos.
• A Gestão Financeira realiza uma administração global dos riscos estruturais de taxa de juro, taxa de câmbio, crédito e liquidez. A área define de forma centralizada as políticas e estratégias, mas delega sua execução às unidades de negócio local.
• Paralelamente, analisa e gere o capital econômico do Grupo, com o objetivo de distribuí-lo de forma eficiente entre as unidades de negócio em função de sua capacidade de criação de valor.
Gestão Financeira e do Capital Econômico
•Em 2005, foi estabelecido o Modelo de Gestão de Diretores, que define as bases do desenvolvimento do capital humano do Grupo. O modelo inclui a fixação formal de objetivos em todos os níveis, a avaliação anual do desempenho formal e individualizada e a remuneração diferenciada coerente com esta avaliação.
• Foi implantada uma estrutura de Diretores da qual uma parte, de caráter corporativo, é gerida por uma unidade especializada.
• O Centro Corporativo de Treinamento e Desenvolvimento é peça fundamental para o desenvolvimento dos Diretores do Grupo.
• A Divisão de Auditoria Interna supervisiona o cumprimento e a eficácia dos sistemas de controle interno, assim como a confiabilidade e a qualidade da informação contabilística.
• Trabalha com uma metodologia global - auditada e referendada pela AENOR - em relação a todas as unidades e países.
Auditoria interna
• O Grupo possui políticas, procedimentos, códigos de conduta e controles internos para a defesa de sua integridade e reputação e para o cumprimento rígido da legislação e dos padrões éticos aplicáveis. A estrutura de organização para a sua aplicação é homogênea em todo o Grupo:
- Código Geral de Conduta, Código de Conduta nos Mercados de Valores e códigos específicos para atividades concretas, como análises de Bolsa, gestão de Instituições de Investimento Coletivo, etc.
- Políticas e procedimentos para a prevenção da lavagem de dinheiro. - Procedimento de aprovação de novos produtos.