• Nenhum resultado encontrado

Distribuição Risco Gestão do Balanço

No documento Relatório Anual 5. l 05 (páginas 157-159)

México 49,4% Brasil 22,3% Chile 16,1% Argentina 7,2% Porto Rico 2,9% Venezuela 2,1%

“Gap” em dólares

Milhões de euros

Total 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos > 3 anos Não sensível

Ativo 25.611 15.298 1.809 2.286 4.408 1.811

Passivo 26.271 14.158 2.447 3.272 4.242 2.152

Fora do balanço 102 94 (121) (202) 304 26

Gap (559) 1.234 (760) (1.188) 470 (315)

prazo e custo, e evitando assumir riscos de liquidez não desejados.

O Grupo tem uma carteira diversificada de ativos líquidos ou liquidáveis a curto prazo, adequada às suas posições. Além disso, conta com uma presença ativa num conjunto amplo e diversificado de mercados de financiamento, limitando a dependência de mercados concretos e mantendo disponíveis vastas capacidades de recurso aos mercados.

A gestão da liquidez estrutural envolve planejar as necessidades de recursos, estruturar as fontes de financiamento, otimizando a diversificação por prazos, instrumentos e mercados, bem como definir planos de contingência.

Anualmente, é elaborado um plano de liquidez, partindo das necessidades de financiamento resultantes dos pressupostos do negócio. A partir das referidas necessidades de liquidez e levando em consideração os limites de recurso aos mercados de curto prazo, é estabelecido o plano de emissões e titularizações para o exercício. Ao longo do ano, realiza-se um

acompanhamento periódico da evolução real das necessidades de financiamento que dá lugar às conseguintes atualizações do plano.

Em 2005, o Grupo captou um total de 41 bilhões de euros em emissões de médio e longo prazo nos mercados de grandes clientes e foram realizadas titularizações de ativos no total de 13 bilhões de euros. Desta forma, o apelo de curto prazo no fim de 2005 se manteve nos mesmos níveis do final de 2004.

Os bancos latino-americanos são autônomos em termos de liquidez, não se recorrendo a linhas da matriz para o financiamento da sua atividade. Cada banco realiza, assim, os seus próprios planos de liquidez e de contingência, sem recorrer ao financiamento do Grupo. Os riscos cross border e de reputação resultantes do financiamento externo são limitados e autorizados pela matriz.

Ao contrário do que acontece com a área de moedas convertíveis, a atividade comercial dos bancos da América Latina é excedente em recursos, pelo que não exige financiamento estrutural generalizado dos mercados. O controle e a análise do risco de liquidez são realizados com o objetivo de garantir que o Grupo mantenha níveis aceitáveis de liquidez para cobrir as suas necessidades de financiamento no curto e no longo prazo, em situações normais de mercado. São também realizadas diferentes análises de cenários onde se incluem as necessidades adicionais que puderem surgir face a eventos diferentes. Desta maneira pretende-se cobrir todo um espectro de situações onde, com maior ou menor probabilidade, o Grupo possa encontrar-se e se preparar para as mesmas.

C. Risco de Taxa de Câmbio Estrutural / Cobertura de Resultados

O risco da taxa de câmbio estrutural resulta das operações do Grupo em divisas, que incluem principalmente os investimentos financeiros permanentes, os resultados e dividendos dos referidos investimentos.

A gestão do risco de câmbio é dinâmica, tratando-se de limitar o impacto nos recursos próprios, das desvalorizações das moedas, otimizando o custo financeiro das coberturas. Relativamente à gestão do risco de câmbio dos

investimentos permanentes, a política geral é financiá-los na moeda do investimento sempre que a profundidade do mercado o permita e que o custo se justifique com a desvalorização esperada. São também realizadas coberturas pontuais sempre que se considere que uma divisa local pode se desvalorizar face ao euro com uma rapidez mais significativa do que o mercado está descontando.

Em dezembro de 2005, a única posição significativa aberta ao risco de câmbio foi o investimento no capital do Brasil, por, aproximadamente, 2,7 bilhões de euros.

Adicionalmente, gere-se o risco de câmbio dos resultados e dividendos esperados do Grupo nas unidades cuja moeda base não seja o euro. As unidades locais gerem o risco de câmbio entre a moeda local e o dólar, que é a divisa de orçamento na área. A Gestão Financeira a nível consolidado é responsável, por sua vez, pela gestão do risco entre o dólar e o euro.

5. Risco Operacional

5.1 Definição e objetivos

O Risco Operacional se define, no âmbito do Grupo Santander, como "o risco de prejuízo resultante de deficiências ou falhas dos processos internos, recursos humanos ou sistemas, ou resultante de circunstâncias externas”. São acontecimentos que têm uma causa original puramente operacional, o que os diferencia dos riscos de mercado ou de crédito.

O objetivo do Grupo em matéria de controle e gestão do Risco Operacional está centrado na identificação, avaliação, atenuação e acompanhamento deste risco.

A maior exigência para o Grupo é, assim, identificar e eliminar focos de risco independentemente de ter ou não havido prejuízos. A medição contribui igualmente para a gestão, permitindo que sejam estabelecidas prioridades e hierarquizadas decisões.

Para o cálculo do capital regulatório BIS II por risco operacional, o Grupo Santander considerou conveniente optar, em princípio, pelo Método Padrão, mas não se

154

descarta no futuro aceder ao Modelo Interno. Tudo isso em função das seguintes avaliações:

1.Prioridade da mitigação na gestão diária do risco operacional.

2. Uma boa parte dos fundamentos básicos de um Modelo Interno já está incluída no Modelo Padrão e na gestão do risco operacional no Grupo Santander

5.2 Modelo de gestão

A estrutura organizacional do risco operacional no Grupo Santander está baseada no seguintes princípios:

- A função de avaliar e controlar este tipo de risco compete à Divisão de Riscos.

- A Unidade Central que supervisiona os riscos

operacionais, dentro da Divisão de Riscos, é responsável pelo programa corporativo global da Instituição.

- A estrutura efetiva da gestão do risco operacional baseia- se no conhecimento e experiência dos diretivos e profissionais das diversas áreas/unidades do Grupo, dando relevância fundamental ao papel dos Coordenadores responsáveis pelo Risco Operacional, elementos chave neste marco organizacional. Este marco satisfaz os critérios qualitativos contidos no Novo Acordo de Capitais de Basiléia (documento BIS II revisto em junho de 2004), tanto para Métodos Padrão como de Medição Avançada (assim como no documento CEBS - Expert Group on Capital Requirements Directive- de junho de 2005 ). Na mesma linha, a Auditoria Interna mantém a sua independência em relação à gestão do risco operacional, sem prejuízo da sua revisão efetiva sobre a estrutura de gestão nesta matéria.

As principais vantagens da estrutura de gestão escolhida pelo Grupo Santander são:

• Gestão integral e efetiva do risco operacional (identificação, avaliação, acompanhamento, controle/atenuação e notificação).

• Melhora o conhecimento dos riscos operacionais e sua atribuição às linhas de negócio e de suporte.

• A recompilação de dados sobre os prejuízos permite a

No documento Relatório Anual 5. l 05 (páginas 157-159)