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América Latina Principais unidades

No documento Relatório Anual 5. l 05 (páginas 112-116)

Milhões de euros

Brasil

O Santander Banespa é uma das principais operações comerciais do Brasil, com uma quota de mercado entre 4% e 5%, que se duplica na área que o Grupo considera mais relevante, o Sul-Sudeste, que concentra uma população de cerca de 98 milhões de habitantes e mais de 70% do PIB nacional. Nesta área, o Estado de São Paulo conta com uma população de 41 milhões de habitantes e 33% do PIB do país. O Grupo tem no Brasil 1.897 agências e 7,1 milhões de clientes.

A economia brasileira, embora com uma certa

desaceleração no segundo semestre de 2005, termina o ano com importantes avanços nos seus fundamentos. O Banco Central, após conseguir controlar a inflação

registrada e suas expectativas futuras, começou a reduzir as taxas de juros, colocando a taxa SELIC em 18% em finais de 2005, 175 pontos base abaixo do máximo alcançado no passado mês de maio. O índice de risco-país (EMBI PLUS) está em mínimos históricos.

Em 2005, o Grupo se concentrou no crescimento dos negócios comerciais e no aumento da quota. Os créditos aumentam 42%, sem o efeito da taxa de câmbio, com uma notável dinamização no crédito concedido a particulares (cartões de crédito, crédito associado à domiciliação da folha de pagamento, financiamento de veículos, etc.), PyMEs e empresas. Este crescimento permitiu alcançar uma quota de 5,8%. O conjunto de depósitos (sem cessões temporais), assim como os fundos de investimento aumentam 24%, obtendo-se uma quota de 4,4%. A orientação da gestão para o crescimento na poupança varejista permitiu alcançar uma quota em fundos de investimento desse segmento de 8,0%.

O Grupo registrou um lucro atribuído de 591 milhões de euros em 2005, com um aumento de 3,9% (excluindo o efeito da taxa de câmbio: -14,0%). Descontando o impacto fiscal, o resultado, antes de impostos aumenta 32,3% (+9,5% sem o efeito da taxa de câmbio). Os resultados do Grupo no Brasil abrangem no quarto trimestre do ano o

efeito de um encargo especial em “outros resultados”, pelo valor de 150 milhões de dólares, por amortização antecipada de investimentos tecnológicos.

A margem comercial aumenta 5,2%, excetuando o efeito da taxa de câmbio. Esta variação é afetada de forma positiva pela forte expansão dos volumes de negócio, embora tenha uma influência negativa pelo ligeiro

estreitamento dos diferenciais e, muito especialmente, pela redução das receitas do negócio financeiro, em

conseqüência da pendente negativa mostrada pela curva das taxas de juros e da menor rentabilidade das obrigações indexadas à inflação geral.

Sem o efeito da taxa de câmbio, as comissões e os seguros aumentam 18,6%, depois de aumentar pelo sexto trimestre consecutivo, enquanto o crescimento dos custos de exploração registra uma taxa de 4,0%, sem o efeito da taxa de câmbio (inferior à inflação).

A evolução de receitas e despesas conduz a um aumento de 18,1% na margem de exploração, sem o efeito da taxa de câmbio.

Relatório por segmentos

55,7 Com amortizações Sem amortizações 52,5 50,1 46,6

Brasil

Índices de eficiência

% 2,88 2,85 188 139 2004 2005 2004 2005 +3 p.b. -49 p.p.

Brasil

Taxas de inadimplência e cobertura

% 1.226 859 569 591 2004 2005 2004 2005 M. exploração L. atribuído +42,6%* +3,9%**

Brasil

Margem de exploração e Lucro atribuído

Milhões de euros

(*) Sem efeito taxa de câmbio: +18,1% (**) Sem efeito taxa de câmbio: -14,0% 072-121 Informe finan BR.qxd 4/7/06 12:44 Página 109

México

O Santander Serfin é a terceira instituição financeira no país por volume de negócio, com quotas de 15,2% em créditos, de 15,8% em depósitos mais fundos de investimento e de 7,8% em pensões. O Grupo conta, no México, com 1.005 agências e uma base de clientes bancários de 6,3 milhões, com um aumento de 875.000 em 2005. Além disso, o Grupo conta com 3,1 milhões de participantes em planos de pensões.

Em 1 de janeiro de 2005, o Banco Santander Mexicano e Banco Serfin realizaram uma fusão societária, embora já fossem geridos por uma única instituição financeira desde dezembro de 2002.

A atividade econômica mexicana manteve o seu dinamismo em 2005, impulsionada pelo investimento e pelo consumo privado. Em resposta à adoção de uma política monetária rigorosa, a inflação caiu para taxas mínimas históricas, inferiores a 4%, permitindo que o Banco Central iniciasse, já no quarto trimestre, um processo de corte de taxas de juros. A situação favorável da balança de pagamentos e os elevados níveis de reservas internacionais contribuíram para a estabilidade da taxa de câmbio.

No México, o Grupo concentrou-se em 2005 no

desenvolvimento e na vinculação da sua base de clientes e no crescimento rentável dos negócios, em concordância com o seu plano estratégico a médio prazo.

O crédito total, excluindo a promissória IPAB e a antiga carteira hipotecária, aumenta 35%, após ter eliminado o efeito das taxas de câmbio, com aumentos muito notáveis em produtos estrategicamente importantes. Assim, o Grupo aumenta em créditos ao consumo mais cartões de crédito a uma taxa interanual de 60%, muito acima do sistema financeiro, permitindo-lhe aumentar a sua quota nesses produtos em 0,6 pontos no último ano (3,4 pontos nos últimos 3 anos).

A poupança bancária (depósitos sem cessões mais fundos de investimento) aumenta 21%, sem o efeito da taxa de câmbio. Em conjunto, o ganho de quota dos depósitos mais fundos de investimento foi de 1,5 ponto durante os últimos doze meses, destacando-se o aumento de quota dos depósitos à vista (+0,4 pontos).

Na parte inferior da conta, destaca-se uma menor dotação de provisões para insolvências devido às menores

necessidades para risco-país e maiores recuperações, bem como ao referido encargo especial para antecipar a amortização de investimentos tecnológicos. O quociente de eficiência se situa em 52,5% com amortizações (melhoria de 3,2 pontos em relação a 2004), o de recorrência em 54,5% (melhoria de 7,2 pontos) e o ROE atinge 23,1%. Quanto aos

indicadores de qualidade de crédito, a taxa de

inadimplência se situa nos 2,88%, em dezembro de 2005, e a taxa de cobertura em 139%.

Por segmentos, e sem efeito da taxa de câmbio, a margem de exploração do Banco Comercial aumenta 33,90% e o resultado, antes de impostos, 12,8%. A Gestão de Ativos e Seguros apresenta também um forte aumento do

resultado, antes de impostos, enquanto o Banco de Grandes Clientes Global aumenta 0,2% em moeda local.

110

2004 2005 55,2 Com amortizações Sem amortizações 54,1 51,1 49,9

México

Índice de eficiência

% 656 529 324 376 2004 2005 2004 2005 M. exploração L. atribuído +24,1%* +16,0%**

México

Margem de exploração e Lucro atribuído

Milhões de euros

(*) Sem efeito da taxa de câmbio: +19,9% (**) Sem efeito da taxa de câmbio: +12,1 % 072-121 Informe finan BR.qxd 4/7/06 12:44 Página 110

O lucro atribuído se situou nos 376 milhões de euros em 2005, com um aumento de 16,0% sobre o ano anterior (+12,1%, sem o efeito da taxa de câmbio). Esta evolução está positivamente afetada tanto pela forte expansão do negócio como pelo aumento da média anual das taxas de juros, de 2,45 pontos entre os dois anos (de 7,15% para 9,60%). Em contrapartida, esta alta de taxas a curto prazo teve um impacto negativo nas receitas dos negócios financeiros.

A margem comercial aumenta 11,0%. Neste âmbito, as comissões mais seguros se expandem a uma taxa de 8,6%. Os custos de exploração aumentam 15,7%, essencialmente devido ao aumento da infra-estrutura comercial (abertura de 717 caixas automáticos em 2005) e despesas relacionadas ao desenvolvimento do negócio, assim como pelo aumento das contribuições e impostos. Todas as porcentagens excluem o efeito da taxa de câmbio.

No entanto, o forte dinamismo das receitas propicia que a margem de exploração cresça 19,9%, sem o efeito da taxa de câmbio.

A eficiência se situa nos 54,1% com amortizações, com uma melhoria de 1,1 ponto, a recorrência nos 59,2%, o

ROE nos 20,4%. As taxas de inadimplência (0,89%) e cobertura (273%) continuam mostrando uma elevada qualidade de risco.

Por segmentos, e sem o efeito da taxa de câmbio, a margem de exploração do Banco Comercial aumenta 18,2% e o resultado, antes de impostos, cai 1,3%, devido aos maiores encargos por provisões. A Gestão de Ativos e Seguros e o Banco de Grandes Clientes aumentam o resultado, antes de impostos, 11,6% e 54,1%,

respectivamente, também sem o efeito da taxa de câmbio.

Chile

O Santander Santiago é o primeiro grupo financeiro do país e a operação bancária mais sólida e diversificada no Chile, como evidenciam suas quotas: 22,6% em créditos, 21,9% em depósitos mais fundos de investimento e 11,7% em pensões. Conta com 401 agências, uma base de 2,2 milhões de clientes bancários e 639.000 participantes em planos de pensões.

Em 2005, a economia chilena manteve o seu ciclo expansivo. Destaca-se o aumento sólido do

investimento, principal motor do crescimento. O Banco Central manteve em 2005 uma agenda de alta progressiva; alta de taxas de juros (com um aumento da taxa de referência a curto prazo de 2,3%, em dezembro de 2004, para 4,5%, em dezembro de 2005), conduzindo gradualmente as taxas reais para níveis positivos.

Relatório por segmentos

0,89 1,28 213 273 2004 2005 2004 2005 Inadimplência Cobertura -39 p.b. +60 p.p.

México

Taxas de inadimplência e cobertura

% 596 459 233 338 2004 2005 2004 2005 M. exploração L. atribuído +29,9%* +45,2%**

Chile

Margem de exploração e Lucro atribuído

Milhões de euros 2004 2005 48,5 Com amortizações Sem amortizações 45,4 42,0 40,9

Chile

Índice de eficiência

%

(*) Sem efeito da taxa de câmbio: +19,2% (**) Sem efeito da taxa de câmbio: +33,2%

Em 2005, o Santander Santiago concentrou-se no crescimento dos negócios comerciais e, de modo especial, nos segmentos varejistas. Deste modo, o crédito aumenta 19%, com um crescimento de 25% no crédito ao segmento de indivíduos, enquanto o conjunto dos depósitos sem cessões e fundos de investimento cresce a uma taxa interanual de 16%, em todos os casos sem o efeito da taxa de câmbio.

Estas taxas permitem um crescimento interanual da quota de 1,2 ponto no crédito a particulares (0,8 ponto em crédito ao consumo e por meio de cartão de crédito; e 1,4 ponto no crédito hipotecário). Por sua vez, a poupança bancária (depósitos mais fundos de investimento) aumenta a sua quota em 0,7 ponto porcentual.

O lucro atribuído obtido no Chile foi, em 2005, de 338 milhões de euros, com um crescimento de 45,2% (+33,2% eliminando as taxas de câmbio). A chave deste forte crescimento reside na combinação de uma expansão positiva da margem comercial (+17,7% sem o efeito da taxa de câmbio) com um crescimento controlado dos custos de exploração (+4,8%, sem o efeito da taxa de câmbio), apesar da expansão da capacidade de distribuição.

O Grupo apresenta quocientes muito bons: 45,4% em eficiência com amortizações, apresentando uma melhoria

de 3,1 pontos no ano, 61,2% em recorrência, 25,0% em ROE, 2,31 % em inadimplência e 166% em cobertura. Por segmentos, e sem efeito da taxa de câmbio, a margem de exploração do Mercado Bancário Comercial aumenta 30,50% (forte aumento de receitas com despesas contidas) e o resultado, antes de impostos cresce 56,6%. Por sua vez, a Gestão de Ativos e Seguros aumenta o seu resultado, antes de impostos, em 25,6%, e o Banco de Grandes Clientes diminui devido às menores receitas por resultados por operações financeiras.

Outros países

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