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Entradas líquidas*

No documento Relatório Anual 5. l 05 (páginas 137-139)

(% s/saldos médios)

Grupo Espanha Abbey Resto Europa América Latina

“ Variação saldos duvidosos mais incobráveis líquidos 0,48 0,49 0,19 0,19 0,29 0,00 0,64 0,69 1,09 0,42 0,29 0,20 0,20 0,85 0,34 0,50 0,19 0,22 0,21 0,03 2001 2002 2003 2004 2005

Incobráveis líquidos*

(% s/saldos médios)

Grupo Espanha Abbey Resto Europa América Latina

* Incobráveis menos recuperação de incobráveis 0,77 0,59 0,40 0,26 0,22 -0,01 0,32 0,77 2,41 0,41 0,21 0,48 0,78 0,38 1,57 0,93 0,72 0,06 0,15 0,12 0,09 2001 2002 2003 2004 2005 1,04 122-160 Riesgos BR.qxd 4/7/06 12:57 Página 133

Em relação ao rating externo, um nível de confiança de 99,97% exige a dotação de capital suficiente para ser classificado como AA, enquanto 99,90% só permitiria uma classificação de A-, dada a maior probabilidade de falência associada.

Tradicionalmente, o conceito de capital econômico contrapôs-se ao de capital regulatório, sendo este o exigido pela regulamentação relativa às solvências e que, até à sua próxima reforma, sofre de uma insuficiente sensibilidade ao risco. As reformas em curso do Acordo de Capital de 1988 vão aproximar indiscutivelmente ambos os conceitos. Se, descendendo a cada operação, o cálculo do capital econômico baseia-se nas mesmas variáveis que são

necessárias para calcular o prejuízo esperado, isto é, o rating do cliente, o prazo e as garantias da operação. Por

agregação, é possível calcular o capital econômico das restantes operações de um cliente específico e, tendo em conta os fatores apropriados de diversificação / correlação de uma carteira de clientes, o de uma unidade de negócio ou o do banco no seu conjunto.

Por sua vez, a margem das operações não só deve cobrir custos, incluindo o prejuízo esperado ou o custo do risco, como deve também ser suficiente para rentabilizar adequadamente o capital econômico consumido por aquelas.

A metodologia RORAC permite avaliar se a rentabilidade obtida por uma operação cobre os custos do risco - prejuízo esperado - e o custo do capital econômico investido pela entidade na operação.

A taxa mínima de rentabilidade sobre capital que uma operação deve obter é determinada pelo custo de capital. Se uma operação ou carteira obtiver uma rentabilidade positiva, estará contribuindo para os lucros do Grupo, mas não estará propriamente criando valor para o acionista se a referida rentabilidade não cobrir o custo do capital.

O Santander revê periodicamente as suas estimativas de custo de capital, que é a remuneração mínima exigida pelos seus acionistas. O custo de capital pode ser calculado de forma objetiva acrescentando à rentabilidade livre de risco o prêmio que o acionista exige pelo fato de investir no nosso Grupo. Este prêmio dependerá essencialmente da maior ou menor volatilidade na cotação das nossas ações

relativamente à evolução do mercado. O custo de capital calculado para 2006 é de 8,6%.

Em 2005, todas as principais Unidades de Negócio do Grupo registraram um RORAC muito acima do custo do capital. Eventualmente, o custo de capital calculado objetivamente poderia ser alterado em alta e transformar-se numa “Hurdle rate” se o Banco pretendesse exigir das suas operações uma margem adicional ao exigido pelo mercado.

A metodologia RORAC permite comparar, sobre bases homogêneas, a renda de operações, clientes, carteiras e negócios, identificando os que obtêm uma rentabilidade ajustada ao risco superior ao custo de capital do Grupo, alinhando assim a gestão do risco e do negócio com o objetivo último de maximizar a criação de valor. O Grupo Santander emprega na sua gestão do risco de crédito a metodologia RORAC desde 1993, com as seguintes finalidades:

• Análise e fixação dos preços no processo de tomada de decisões sobre operações (admissão) e clientes (acompanhamento).

• Estimativas do consumo de capital de cada cliente, carteira, segmento ou unidade de negócio, com vistas a proporcionar uma ótima atribuição do capital

econômico.

• Cálculo do nível de provisões em razão dos prejuízos médios esperados.

3.10 Modelos internos de risco

Entre os principais objetivos do Novo Acordo de Capital de Basiléia está o de fomentar a adoção de rigorosas práticas de gestão de riscos por parte do setor bancário, de acordo com as práticas das instituições mais avançadas.

O Santander caracteriza-se por liderar, tradicionalmente, estas práticas. Assim se evidenciou, por exemplo, a antecipação que, quanto à avançada legislação do Banco de Espanha de 1999 sobre a provisão estatística ou anti- cíclica (precursora de regras e disciplinas próprias do Basiléia II), foi pioneiro entre as grandes instituições espanholas para solicitar e obter o reconhecimento de modelos internos de cálculo, com requisitos quantitativos e qualitativos idênticos aos estabelecidos para os enfoques mais avançados (IRB) do BIS II.

Essa validação pelo Banco da Espanha dos modelos de provisões do Santander foi extremamente proveitosa, permitindo extrair valiosas lições, a saber:

• O processo de validação contribui para a melhoria e aperfeiçoamento do modelo inicial.

• A experiência da validação supervisora facilita para que o processo de validação interna seja organizado de forma idêntica.

• Os controles internos requeridos fortalecem o clima de segurança e a implantação real do modelo, assim como a sua utilidade e efetividade, ao mesmo tempo que proporcionam o envolvimento de outras áreas da organização na sua manutenção.

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• Serve de comparação às metodologias utilizadas e sua evolução, fomentando as capacidades para efetuar as classificações de forma coerente, garantida e válida. • Contribui para garantir a consistência das bases de dados

e a qualidade dos processos com que a informação tem que ser tratada, assim como garantir a sua confiabilidade. • Introduz a necessidade de análises qualitativas

recorrentes sobre dados ou fatos observados, tendências e sensibilidades, assim como comparações com fontes externas e identificação de diferenças que possam dar lugar a propostas de atuações.

• Foi permitida a antecipação com elevado grau de aproximação e segurança ao que, oportunamente, representarão os Modelos Internos do BIS II, cujos requisitos qualitativos e quantitativos são muito semelhantes, facilitando um processo de trânsito que, em outras circunstâncias, poderia vir a ser mais difícil e complexo. A experiência obtida neste campo serviu igualmente para confirmar a realidade, a utilidade e a necessidade das funções da unidade, organizada de forma independente, de controle e validação interna, dentro da estrutura de Riscos que o Grupo Santander aplicou em conforme com o estabelecido no Novo Acordo de Capital BIS II.

No âmbito dessa política, o Grupo solicitou formalmente, em momento oportuno, ao Banco da Espanha a sua disposição para optar pelo reconhecimento do novo modelo interno para o cálculo de coberturas a que se refere a Circular 4/2004 do Banco da Espanha.

3.11 Novo Acordo de Capital BIS II

O Grupo mantém desde o primeiro momento um compromisso decidido com os princípios que inspiram o “Âmbito revisto de convergência internacional de medidas e normas de capital” (Basiléia II). Por esta razão, o Grupo participa muito ativamente em diversos fóruns sobre a matéria, tanto nacionais como internacionais, assim como em contatos com autoridades reguladoras e supervisoras de diferentes países, contribuindo de forma construtiva para melhorar os aspectos técnicos que pudessem ser mais assimétricos ou distantes dos objetivos principais do acordo Basiléia II.

Nesta linha, o Grupo acaba, por exemplo, de finalizar a sua participação no quinto Estudo de Impacto Quantitativo (QIS 5), com a observação significativa de ter sido seleccionado

e ter participado em todos os estudos desta natureza realizados desde 2001.

O objetivo destes estudos consiste no cálculo simultâneo de capital regulatório (consolidado e por risco de crédito, mercado e operacional) segundo o Acordo actual (BIS I) e todos os enfoques do BIS II, desde o mais simples ao mais complexo.

Embora a participação nestes estudos venha representando um esforço notável, a sua utilidade compensa-o

largamente porque, por um lado, constitui um mecanismo de ajuda às autoridades para alterar os efeitos não desejados e confirmar os esperados e, por outro, para avaliar o impacto das novas regras no âmbito da própria instituição, segundo unidades, tipos de risco, etc. De acordo com as estimativas realizadas para o conjunto do Grupo sobre dados a junho de 2005, pode-se concluir que, de acordo com o quadro seguinte, o impacto em capital do novo Acordo (Pilar I) seria ligeiramente favorável no seu estado actual, inclusive depois de absorver os novos requisitos por risco operacional e aplicar cenários de maior tensão aos dados de recuperações (“downturn LGD”), nos termos dos últimos requisitos.

Gestão de Risco

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