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Ajuda-te Pela Nova Auto-hipnose-Paul Adams_2

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CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Câmara Brasileira do Livro, SP

A176a 4.ed.

78-0776

Adama, Paul T.

Ajuda-te pela nova auto-hipnose / Paul T. Adams ; prefácio do Dr. William Bryan Junior ; tradução de Auriphebo Simões. — 4. ed. — São Paulo : IBRASA, 1978.

(Biblioteca psicologia e educa­ ção ; 59)

1. Sugestão (Psicologia) ' I. Título

CDD-154.76

índices para catálogo sistemático: 1. Auto-hipnose Psicologia 154.76

(3)

Ajuda-te

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PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO 59

-Volumes publicados:

1. O Segrêdo da Paz Familiar Harry P. Tashman 2. Usos e Abusos da Psicologia H. J. Eysenck

3. Relações Humanas Thomason e Clement

4. A juda-te Pela Psiquiatria Frank 8. Caprlo S. Nos Subterrâneos da Mente Frltz Redllch 0. D escobre-te a Ti Mesmo Stephen Lackner

7. Seja Invulnerávell Laura A. Huxley

8. Vença Pela F i Gordon Poweil

9. Renovar Para Vencer John W. Gardnep

10. A Conquista da Mente Wllllam Sargant 11. As Drogas e a Mente Kobert S. de Ropp 12. Fato e Ficção na Psicologia H. J. Eysenck

13. Liberdade Sem Mêdo A. S. Nelll

14. Liberdade Sem Excesso A. 8. Nelll 15. A Marca da Violência Predrlc Wertham 16. Condicionamento Pessoal Hornell Hart 17. Criatividade Profissional Eugene von Fange 18. O Poder Criador da Mente A1'2X F. Osborn 19. Arte e Ciência da Criatividade George F. Kneller 20. Sonhos e Pesadelos J. A. Hadíleld 21. As Três Faces de Eva C. H. Thlgpen 22. O Rapto do Espirito J. A. Merloo

23. Educação Soviética G. L. Kllne

24. A Face Final de Eva~ J. Follng

25. O Siculo de Freud Benjamln Nelson

26. Educação e Desenvolvimento Várloa autores

27. Economia da Educação John Valzey

28. Ajude Seu Marido a Vencer Kenneth Hutchln

29. A Criança Problema Joseph Roucek

30. A Criança Excepcional Joseph Roucek

31. Idéias Para Vencer Myron 8. AUen

32. Psicotera%ia de Grupo Vários autores

33. História da Psiquiatria Franz Alexander e 8. T. Selesnlck

34. Educação é Investim ento José Reis 35. A Necessidade de Amor Theodor Relk 36. O Dirigente Criativo Joseph G. Mason 37. Vse o Poder de Sua Mente Davld J. Schwartz 38. Psicologia Prática no Ensino L. Dervllle 39. Conversas Com Pais e Mestres Homer Lane

40. Formação de Lideres A. K. Rlce

41. Qual o Problema de Seu Filho7 Francês L. Ilg/L. B. Ames 42. Técnicas Revolucionárias de Ensino

Pré-Escolar Maya Pines

43. Use a Cabeça Aaron Levensteln

44. Prisão Não Cura, Corrompe D. Slngton/G. Playfalr 45. Para Enriquecer, Pense Como um

Milionário Howard E. Hlll

46. A Saúde Mental da Criança Mlchael M. Mlller 47. A Cura Pela Liberdade W. Davld Wllls

48. Liberdade no Lar A. 8. Nelll

49. Eros e Tãnatos — O Homem Contra Si

Próprio Karl Mennlnger

50. Amor Contra o ôdio Karl Mennlnger

51. Liberdade na Escola A. 8. Nelll 52. Liberdade, Escola, Amor e Juventude A. 8. Nelll

(5)

AJUDANTE

n,fr.,

]

PELA NOVA

AUTO-HIPNOSE

PAUL T. ADAMS

Prefácio do Dr. Wi l l i a m Br y a n Ju n i o r Fu n d a d o r do In s t i t u t o Am e r i c a n o d e Hi p n o s e Tradução de Au r ip h e b o Sim õ e s

953713

4 ° edição IBRASA — I n s t i t u i ç ã o B r a s i l e i r a d e D i f u s ã o C u l t u r a l S.A.

(6)

Titulo do original norte-americano:

The new Self-Hypnosis

Copyright (c) 1967 by

PARKER PUBLISHING CO. INC. West Nyack, N. Y.

Todos os nomes mencionados nos casos rela­ tados por 6sto Uvro sfto fictícios e n&o se re­ ferem a qualquor pessoa viva ou morta. Os casos s&o verdadeiros. Os nomes foram substi­ tuídos a fim de proteger a Identidade das pessoas às quais os casos dizem respeito.

Capa de

A l b e r t o N a c e r

Direitos exclusivos para a língua portuguêsa da

IB R A S A — INSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE DIFUSÃO CULTURAL S.A. Rua Vinte e Um de Abril, 97 — T el. 93-9524

03047 São Paulo, SP P u b U c a d o em 19~S F I L : - 1 5 v f.

A

V . Ç j d IM P R E S S O N O B K A 81L --- P R IN T B D IN fcR A Z IL

(7)

ÊSTE LIVRO É DEDICADO A M IN HA QUERIDA ESPÔSA BETTY E AOS MEUS QUATRO M .E .D .P . —

(8)
(9)

PREFACIO

d e

u m

m é d ic o

\

O d r . P a u l T . A d a m s escreveu um livro nôvo sôbre auto-

hipnose. É um livro maravilhoso e prático que esboça as

técnicas necessárias para que uma pessoa possa dominar a

auto-hipnose com facilidade, corretamente e com segurança. O dr. Adams é especialmente qualificado para escrever um livro desta natureza, em virtude de seu vasto conhecimento em psicologia e religião, juntamente com seus ótimos ante­ cedentes de muitos anos de treinamento e experiência em hipnotismo. Êste livro, no entanto, é muito mais do que uma

simples discussão sôbre auto-hipnose. Na realidade, êle

ensina como viver nestes tempos perturbados, a fim de en­ riquecer a vida em centenas de modos, para iniciar uma série de hábitos e vincular-se a êles através do hipnotismo.

Como líder brilhante e destemeroso, o dr. Adams repta cada indivíduo para que leve uma vida espiritualmente com- pensadora e, a seguir, mostra ao leitor como fazer face a tais desafios espirituais, demonstrando a maneira de desco­ brir a “ erva daninha” no “ jardim do pensamento” da pes­

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soa, e eliminá-la através de um nôvo e dinâmico processo de auto-hipnose.

Como primeiro médico dos Estados Unidos a especializar- se no emprêgo da hipnose, conheço mais do que a maioria as dificuldades da aplicação da auto-hipnose. Em minha opi­ nião o dr. Adams escreveu um livro claro e compreensível, eliminando o mistério que envolve o fenômeno.

Os leitores encontrarão um uso prático para êste livro. Certamente êle será de extraordinária serventia como ver­ dadeiro auto-auxílio a qualquer pessoa interessada no campo do hipnotismo.

Wi l l i a m J . Br y a n, Jr.,

(11)

0 QUE ÊSTE LIVRO PODE FAZER

POR VOCÊ

ÊSTE N Ã o É a p e n a s mais um livro sôbre auto-hipnose. O

indivíduo que não tenha qualquer empenho em hipnotismo, verificará, não obstante, que a obra é de grande valor e in- terêsse. A Seção III ataca os problemas da vida, problemas êsses que dizem respeito a todos nós. Um singular discer­ nimento nesta moderna era espacial é apresentado de ma­ neira direta e compreensível, e, passo a passo, são dadas as maneiras de solucionar tais problemas. As instruções con­ tidas na obra resultam de muitos anos de aconselhamento aos que encontraram dificuldade em fazer face às exigências da era espacial.

Se estiver interessado em auto-hipnose, você achará recon­ fortantes as Seções I e II. Não espere encontrar idéias já muito conhecidas e apenas apresentadas sob outras formas. A abordagem ao assunto de hipnose é diferente de tudo quanto já foi escrito. O dr. Adams explica o que é a auto-hipnose e

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como funciona. Depois, dá nove diferentes testes de suges­ tão, os quais você poderá experimentar em você mesmo. A seguir, são dadas instruções bem definidas sôbre como, na realidade, você pode auto-hipnotizar-se. As induções são apresentadas palavra por palavra, de modo que mesmo o in­ divíduo de parcos conhecimentos pode ter sucesso em apren­ der auto-hipnose.

De maneira simples, porém minuciosa, o dr. Adams ex­ plica como funciona o subconsciente. A parte desempenha­ da pela imaginação no processo de hipnose é revelada de maneira lúcida. O Capítulo 9 é singular e fora do comum, pois que nêle você encontrará os seis princípios que podem ser usados nas sugestões para a auto-hipnose. O dr. Adams defende o ponto de vista de que o que você diz a você mesmo enquanto está sob hipnose é mais importante do que a pro­ fundidade da hipnose. O Capítulo 9 contém o segrêdo do seu M.E.P.D. que é mencionado através do texto todo.

A matéria das Seções I e II é o resultado dos cursos cole­

tivos de auto-hipnose ministrados pelo dr. Adams. Gente

de tôdas as camadas sociais e de formações religiosas dife­ rentes, fêz êste curso. Além de pastor de uma grande con­ gregação, dando conselhos particulares, escrevendo e fazendo conferências, o dr. Adams é consultor de inúmeras emprêsas industriais e comerciais. Estas firmas procuram seus con­ selhos relativamente a matérias de relações humanas e moti­ vações.

No todo, você verificará que a leitura dêste livro é uma valiosa experiência. Com freqüência você o consultará para orientação prática, a fim de desfrutar de uma vida satis­ feita quanto a saúde, riqueza e felicidade.

(13)

Í N D I C E

Prefácio de um Médico • 9

O Que Êste Livro Pode Fazer Por Você • 11 . .

Prefácio do Autor • 19

Seção Um

O ESTADO DE R E LA X A M E N TO

1. Auto-Hipnose — Uma Arte Antiga para Enfrentar as Necessidades da Era Moderna * 23

Concepções errôneas * Não se deve temer a hipnose * Origem do poder hipnótico * Liberação do pleno potencial através do hipnotismo * A hipnose é a chave para viver eficazmente * Os elementos essenciais para aprender auto-hipnose * Hipnose como fenômeno perfeitamente normal

2 . Que é Auto-Hipnose e Como Age? • 35

Hipnose não i sono * Ê mais fácil hipnotizar pessoas inteligentes * Pode a hipnose agir contra a fôrça moral? * Existe algum

(14)

possível mau efeito sôbre a vontade ou o cérebro? * Destruindo o mito do perigo em hipnose * Hipnose, um modo de viver * O verdadeiro conceito * O estado de hipersugestibilidade * Ori­ gem das dificuldades e dos fracassos na vida

3 . Você é o Que Subconscientemente Acredita Ser • 47

Natureza da hipnose * Convicção mental sob hipnose * O enigma da motivação consciente e subconsciente * Pode-se alcançar o subconsciente por meio de hipnose * Fracasso como questão

de convicção * Nem sempre a causa do fracasso precisa ser co­ nhecida * Resumo de um caso de fracasso e sucesso * Caso de uma pessoa que “ tinha mêdo de ser feliz” * A origem da doença psicossomática * Crença subconsciente como causa de morte * Um ponto decisivo de vida ou morte * Explicação de cura reli­ giosa: exemplo perfeito de auto-hipnose

4 . Passos Preliminares em Auto-Hipnose • 62

A base de um programa * Ã procura de um hipnotizador qualifi­ cado * Iniciando um programa de auto-auxílio para a auto- hipnose * Conceda a você mesmo um prazo razoável * Como programar seus exercícios * As ferramentas com que você trabalha

5 . Como Hipnotizar-se com Êxito * 75

Dois lembretes básicos * Selecionando sua melhor base de reação hipnótica * Fórmula hipnótica 1 * Sugestões suplementares e procedimentos para despertar * Fórmula hipnótica 2 * Fórmula hipnótica 3

Seção Dois

AS REGRAS

6 . O Subconsciente Deve Ser Seu Servo Obediente • 89

O que compreende o subconsciente * Como um vendedor venceu um mêdo singular * O domínio do subconsciente ao alcance de

(15)

Iodos * Um exemplo de hipnose na solução de uma vida confusa * Uma fórmula para dominar o subconsciente

1. Use O Subconsciente Para Atingir Suas Metas

na Vida • 101

O papel do subconsciente em alcançar as metas da vida * Conceitos que podem mudar sua vida * A influência e o sentido do meio * Um caso subconsciente que tinha por meta a morte * Auto- hipnose para impressionar o subconsciente quanto às metas * Efeito de “supermotivação” nos atletas * Minha meta pessoal atingida pelo subconsciente * Como dirigir apropriadamente seu subconsciente * Como usar a auto-hipnose para verificação das metas

8. Organize Sua Imaginação e Deixe-a Trabalhar Criativamente

Para V ocê • 117

O poder de sua imaginação * Todos nascem com imaginação * A imaginação é mais poderosa que a fôrça de vontade * Como sua imaginação pode prejudicá-lo * Como a imaginação pode des­ truir o casamento * Como a hipnose pode controlar a imaginação de uma criança * Aumento salarial conseguido por imaginação con­

trolada * Tôdas as relações humanas beneficiam-se com a imagi­ nação controlada * Imaginação para induzir auto-hipnose * Como uma pessoa deixou de fumar * Como aumentar o poder

de sua imaginação

9. Dinâmica Básica da Sugestão Eficaz

(Seu M.E.P.D.) • 133

Os seis grandes princípios da sugestão eficaz * Princípio 1 * A lei do motivador emocional positivo e dominante * Princípio 2

* A lei da auto-aprovação * Princípio 3 * A lei do efeito inverso * Princípio 4 * A lei de julgamento antecipado * Princípio 5 * A lei do desempenho de papel * Princípio 6 * A lei da exposição concentrada repetida * Como fazer fun­ cionar os princípios

(16)

A REEDUCAÇÃO

10. Como a Auto-Hipnose Pode Ajudá-lo a Aumentar

a Fé • 155

Fé e crença aplicadas ao campo médico * Caso psicossomático de ataque cardíaco * A fé pode conseguir o impossível * As limi­ tações do conhecimento pessoal * Eficácia da fé fortalecida por hipnose * Os elementos da fé positiva * Limitações da fé realís- tica * A ação da fé é essencial * Exemplo da fé em ação * A fé eficaz curou espôsa alcoólatra * Programa diretor para desenvolver e aumentar a fé * Sugestão da auto-hipnose para au­ mentar e melhorar sua fé

11. Como a Auto-Hipnose Pode Aumentar Sua

Autoconfiança • 172

Que é falta de autoconfiança? * A natureza da autoconfiança * Como a auto-hipnose ajudou um jovem a obter autoconfiança * Co­ mece com o que possa oferecer maior atração para você * Que é que causa a autodescrença? * Passos positivos para adquirir . confiança * Um programa para aumentar a autoconfiança através da auto-hipnose * Sugestões de auto-hipnose para aumentar sua autoconfiança

12. Como a Auto-Hipnose Pode Melhorar Suas Relações

Humanas • 189

A importância de dar-se bem com os outros * "Fórmula da Acei- tação~da realidade” * Aceite-se como você é * Aceite os outros como êles são * Aceite a vida como a vida é * Sugestões de auto-hipnose para melhorar suas relações humanas

13. Como a Auto-Hipnose Pode Ajudá-lo a Viver com o

Passado • 204

Que fazer com nosso passad»? * O problema do nome e da repu­ tação de família * Vivendo com sua vida pessoal passada * Su­ gestões de auto-hipnose para viver com o passodo

(17)

I I Como a Auto-Hipnose Pode Melhorar Seu Casamento * 220

As diferenças psicológicas entre sexos * Diminuição das diferenças sociológicas * A falta de preparação para a maioria dos casa­ mentos * Ignorância na administração das finanças da família * Imaturidade no casamento * Usando a hipnose para evitar os cinco "I” perigosos * Sugestões de auto-hipnose para auxiliá-lo a melhorar seu estado matrimonial

15. Como a Auto-Hipnose Pode Ajudá-lo a Ter Êxito

Financeiro * 235

O verdadeiro significado de êxito * Como a auto-hipnose auxilia no sucesso financeiro * Sugestões de auto-hipnose para êxito financeiro

16. Como a Auto-Hipnose Pode Ajudá-lo a Controlar Suas

Emoções • 249

Ansiedade, um algoz * Como foi resolvido um caso de ansiedade

* Sugestão de auto-hipnose para sobrepujar a ansiedade * Ven­ cendo os mêdos inúteis * Sugestão de auto-hipnose para eliminar o mêdo inútil * Sobrepujando o sentimento de culpa * Como perdoar-se a si mesmo * Sugestão de auto-hipnose para eliminar a falsa culpa * Vencendo a depressão * Sugestões de auto-hip- nose para livrá-lo da depressão * Controlando o temperamento * Sugestões de auto-hipnose para ajudá-lo a vencer suas hostilidades

17. Como a Auto-Hipnose Pode Auxiliá-lo a Melhorar Seus

Poderes de Concentração e Memória * 266

Aproveitando o poder do subconsciente * Importância do hábito de bons estudos * Não existe tipo especial de cérebro * Hipnose para melhorar o aprendizado * Hipnose para melhorar a con­ centração, compreensão e memória * Sugestões de auto-hipnose para melhorar concentração e memória * A esponja * A câmera

* O gravador de fita * O computador eletrônico * Sobrepu­

jando a “ contração” durante os exames e as crises * Sugestões de auto-hipnose para vencer a "contração” quando sob exame

(18)
(19)

PREFÁCIO DO ADTOR

HA Mu it o s Sé c u l o s, um sábio escreveu: “ Porque como ima­

ginou em seu coração, e assim é.” * (Provérbios 2 3:7). Se o Rei Salomão tivesse de escrever a mesma coisa em linguagem moderna, teria escrito: “ Como o homem imaginou em seu subconsciente ou no íntimo de sua mente, êle assim é.” A palavra “ coração” *, como é usada nesta Escritura e na maio­ ria das Escrituras dos Testamentos Hebraicos e Cristãos, não se refere ao coração físico. Pelo contrário, é usada em sentido figurado e geralmente refere-se à sede das emoções, ao íntimo do homem, o subconsciente. Muito antes de Freud ter nascido, o Rei Salomão disse que o que determina o ca­ ráter e a conduta dos humanos não é o que o homem exprime conscientemente, mas o que êle pensa “ com o coração,” * ou subconscientemente.

Desde os tempos de Salomão têm sido feitos muitos desco­ brimentos que confirmam sua assertiva. E nada ainda foi

* Na tradução para o português, está empregada a palavra “ alma” e não coração; isto, no entanto, não prejudica o sentido. (N. do T .)

(20)

descoberto que possa pô-la à margem. O que você pensa com o coração toína-se você mesmo. Isto, algumas vêzes é bom e algumas vêzes não, dependendo de como o subcons­ ciente pensa. A tragédia está em que muitas vêzes as con­ figurações de reação estabelecem-se em seu subconsciente sem que você se aperceba de maneira completa. Estas configu­ rações de comportamento podem arruiná-lo. O fracassado diz, “ Não quero fracassar," e, no entanto, continua a agir de maneira que o fará fracassar. O homem que sofre de ansie­ dades extremadas diz, “ Não quero ter m ê d o ...,” e ainda

assim continua a temer. Por quê? Compulsão, ansiedade,

fobia, obsessão e dezenas de outros nomes são dados como respostas, mas a real é que o subconsciente de tal indivíduo está convencido de que estas reações do comportamento são necessárias a sua vida.

De que modo pode ser alcançado o subconsciente? De que modo pode ser reeducado? Acredito que a melhor maneira é através do uso adequado da hipnose e da auto-hipnose. Inú­ meras pessoas têm sido e continuam sendo auxiliadas a viver com confiança, à medida que satisfazem as exigências da era espacial. Espero que, por intermédio das lições dêste livro, você seja capaz de conseguir exatamente isso.

Êste livro destina-se a todos, porque a hipnose é uma dá­ diva de Deus para todos. Se você julgar que não pode acres­ centar qualquer melhoria em sua vida, será melhor então que não continue a leitura. Porém, se quer viver a vida em tôda a sua plenitude, comece a fazê-lo agora, tendo neste volume um amigo de confiança e um guia.

(21)

[ SEÇAO UM J

(22)
(23)

1

AUTO-HIPNOSE —

UMA ARTE ANTIGA PARA ENFRENTAR

AS NECESSIDADES DA ERA MODERNA

p r o v a v e l m e n t e v o c ê s a c u d i r á a cabeça em descrença,

quando eu lhe disser que você tem sido hipnotizado todos os dias de sua vida. Mesmo que não acredite, a assertiva não é menos verdadeira. De fato, não apenas tem sido hipnoti­ zado em todos os dias de sua vida, com a possível exceção dos anos de sua infância, como também, em certo sentido, você tem estado hipnotizado durante tôda a sua vida. À medida que prosseguirmos, você verá que ambas as afirmativas são verdadeiras.

CONCEPÇÕES ERRÔNEAS

O homem comum aborda o assunto de hipnotismo com diversas idéias preconcebidas que, na maioria das vêzes, são errôneas. Estas idéias vão desde a crença de que a hipnose

(24)

e o sono são sinônim os/ até a de que um hipnotista** possui algum poder diabólico. Já que sou um clérigo, com muita freqüência tenho tido contato com esta última concepção. Mães e pais bem intencionados previnem os filhos de que não devem fitar-me nos olhos, porque posso enfeitiçá-los. Alguns bons membros da irmandade previnem seus reba­ nhos de que devem evitar-me, já que é possível que as “ ove­ lhas” fiquem “ possuídas pelo demônio” se se aventurarem a aproximar-se muito de mim. Êstes exemplos são um pouco extremados, mas indicam as atitudes de grande número de indivíduos.

Hoje, como nunca antes, as pessoas esclarecidas estão co­ meçando a perceber que o hipnotismo pode ajudá-las a atin­

gir suas metas e realizar suas ambições. Têm-se escrito

muitos livros e ministrado muitos cursos para dizer às pes­ soas tl que fazer, mas nenhum diz como realizar o que devem fazer. A auto-hipnose é a única ferramenta dinâmica eficaz na implementação e execução dos planos que você tem para sua vida.

NÃO SE DEVE TEMER A HIPNOSE

Pelo emprêgo da hipnose você pode liberar a fôrça que existe em seu interior. A hipnose é tão velha quanto o ho­ mem e, no entanto, sòmente uns poucos se têm aproveitado

de seus benefícios. O mêdo é uma das razões por que os

homens não têm empregado e não empregam a hipnose. Esta representa um poder mal compreendido e, invariàvelmente, os homens temem tudo o que é poderoso ou aquilo que não compreendem. Sacerdotes e reis em eras passadas exerce­ ram a hipnose como um poder divino. Na verdade, não lhe

• Henri Piéron define hipnose como sono artificial provocado ou por medicamento (hipnótico) ou por manobras de sugestão (hipnotismo).

00 Hipnotista é quem pratica hipnotismo e hipnotizador é quem hipno­ tiza. Caldas Aulete. Usaremos de preferência “hipnotista” por motivos óbvios. (N. do T .)

(25)

f

davam o node de hipnose, mas não se tratava de outra coisa. Acreditavam que Deus lhes havia conferido a dádiva do poder sôbre os que lhes estavam abaixo, mas a verdade é que êles simplesmente evocavam um poder que está dentro de todos nós. Êste poder, que se acha no íntimo de todo homem e o tem feito ver visões, ouvir o que não se ouve, e realizar o impossível, tem sido liberado pela hipnose para curar os doentes, para dar visão aos cegos e para fazer com que os surdos ouçam.

Os homens ainda temem a hipnose, em decorrência dos fe­ nômenos que podem ser por ela evocados: estados catatôni- cos, anestesia, alucinações. .. Mesmo as pessoas mais cultas agarram-se à falsa associação de magia e hipnotismo. Acre­ ditam que o hipnotista tem algum poder místico, mágico.

Nada poderia estar mais longe da verdade. O hipnotista

está simplesmente liberando uma fôrça que está dentro de seu sujeito.*

Êste poder é dado por Deus! É um poder que está dentro de você, a sua disposição; está à espera de ser usado, diri­ gido e controlado por você.

Qualquer autoridade em hipnose dirá que tôdas as hip­

noses são auto-hipnoses. O hipnotista é simplesmente um

guia. Êle está dirigindo e controlando uma fôrça que está dentro do sujeito. Uma vez que o indivíduo seja devidamente instruído e condicionado, êle próprio poderá dirigir e con­ trolar esta fôrça.

ORIGEM DO PODER HIPNÓTICO

Para mim é interessante e surpreendente que o interêsse do homem pelo espaço exterior tenha começado aproximada­ mente ao mesmo tempo em que passou a interessar-se pelo espaço interior — a hipnose. De fato, estou informado de

• Sujeito é o paciente; o que está sendo submetido a um teste ou tratamento, manobra etc. e será sempre empregado neste sentido. ( N. do T .)

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que alguns astronautas estão sendo submetidos a técnicas hipnóticas, a fim de que sejam condicionados para as muitas facêtas de seu trabalho.

Você já notou como têm sucesso os homens que parecem estar possuídos por um poder? Sem dúvida, você já ouviu falar de alguém que é possuído por uma fôrça divina. Na realidade, o homem que vence não é possuído por qualquer outro poder senão o seu próprio. Êste é o potencial de todos os mortais. Jesus Cristo compreendeu isto quando declarou: “ Dentro de vós está o Reino de Deus.” A diferença entre o homem que fêz uma colheita das coisas boas dêste mundo e do que não o fêz, é que o primeiro aproveitou e controlou a fôrça invisível dentro de si, ao passo que o outro não fêz isso.

Hipnose, hipnotismo e auto-hipnose são apenas palavras. A maioria dos grandes homens e mulheres do passado que usaram eficazmente esta fôrça, nada sabia de hipnose como hoje a conhecemos. E ainda não sabemos tudo a seu respeito. Por exemplo, não sabemos por que certas pessoas são hip­ notizadas com mais facilidade do que outras. Em suma, não compreendemos exatamente como a hipnose funciona, mas sabemos que funciona e, no que nos interessa, é isto que é importante. Está sendo levada a efeito uma pesquisa cons­ tante quanto à dinâmica e ao mecanismo do hipnotismo, con­ tudo, hoje já se conhece o suficiente, de modo que você pode lançar mão dos benefícios da auto-hipnose. Você pode co­ meçar a orientar e dirigir o pleno potencial de sua vida.

Você alguma vez já analisou o que faz com que um homem tenha êxito, ao passo que outro fracassa? Êste fator tem recebido diversos nomes, tais como: tendência impulsiva, ímpeto etc. No entanto, nenhum dêstes têrmos chega a de­ finir adequadamente “ aquêle certo algo” que dá êxito aos homens. Dois homens podem ser idênticos em estatura fí­ sica e capacidade mental. Podem estar empenhados na mesma ocupação e, ainda assim, um terá mais sucesso do que o outro. Por quê? Para encontrar o motivo real, você pre­

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cisa voltar à premissa de que o homem de sucesso, ainda que êle nada saiba sôbre hipnose, possui, governa, controla e libera o poder que dentro dêle existe.

LIBERAÇÃO DO PLENO POTENCIAL ATRAVÉS DO HIPNOTISMO

A finalidade dêste livro é ensinar o uso inteligente da auto-hipnose, de modo que você também possa realizar seu pleno potencial na vida. Nesta era espacial, cada vez mais se espera e exige da mente humana. Uma criança na quarta série primária está aprendendo matemática e ciências, ma­ térias que, na geração passada, eram ensinadas tão-só na terceira ou na quarta série ginasial. Com efeito, a criança comum, hoje em dia, está aprendendo matemática e ciên­ cias sob formas que não existiam há alguns anos.

A indústria está se tornando cada vez mais rigorosa em suas exigências. Os homens precisam ter um diploma de colégio ou faculdade para que possam obter a mais humilde das posições. Tôdas as grandes firmas esperam de seus em­ pregados instrução formal contínua. Para manter-se na cúpula, o executivo comum tem de passar horas lendo sôbre novos progressos da técnica em sua determinada esfera de ação. Raramente é promovido o homem que não se aperfeiçoa.

A dona de casa que deseja manter-se em pé de igualdade com o marido está também submetida a muitas exigências mentais. Além de seus deveres para com o lar, clubes e funções na igreja, precisa encontrar tempo para manter-se informada. A espôsa e mãe que não fizer isso, dentro de pouco tempo perceberá que está fora do círculo mais íntimo da família. Esta é uma das razões para a dissolução de muitos casamentos — a espôsa não progride intelectualmente na mesma proporção que o marido.

O inverso também é verdade. Recentemente, entrei em contato com um casal já entrado em seus cinqüenta anos,

(28)

que estava à beira da separação. A dificuldade básica no casamento era a diferença intelectual. A mulher era auto­ didata e possuía muitos interêsses intelectuais e culturais. O marido, no entanto, não estava interessado em coisa algu­ ma, exceto programas de televisão e a página cômica dos jornais. Êle não apreciava a roda de amigos da espôsa, por­ que se sentia deslocado. Por intermédio de uma técnica hip­ nótica, motivei-o a interessar-se pela leitura e a aprender. Ensinei-lhe auto-hipnose, de modo que êle pudesse aumentar seus podêres de concentração, compreensão e memória. Não levou muito tempo para que o homem se tornasse parte de um nôvo mundo, e, assim, um casamento deixou de ser des­ feito.

A HIPNOSE É A CHAVE PARA VIVER EFICAZMENTE

Trouxemos à sua atenção apenas algumas das demandas mentais impostas pela sociedade moderna aos cidadãos da era espacial do Século XX. Permita-me fazer uma pergunta bem importante. De que modo seus filhos terão a possibi­ lidade de atender a estas exigências? Os psicologistas acre­ ditam que a pessoa comum usa sòmente oito por cento de seu poder mental quando se empenha em estudo sério. Se você duvida dêste fato, faça um pequeno experimento. Quan­ to das poucas páginas que leu neste livro você se lembra? Melhor ainda, apanhe um livro didático, leia uma página ou duas, e examine-se para ver quanto pôde compreender. A dificuldade será ainda maior se se tratar de matéria pela qual você não sinta atração.

Eis o problema: Você vai ou não ressuscitar êste imenso reservatório de poder mental latente? Para começar, a maior parte do poder mental não utilizado é classificado como sub­ consciente. A melhor maneira de chegar ao subconsciente é através de uma técnica hipnótica. Hipnose e auto-hipnose

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são a resposta para as suas exigências mentais. Dentro de uma década ou duas, a auto-hipnose será usada em quase tôdas as facetas da vida do homem moderno.

Se você deseja ter sucesso nos anseios de sua vida, se de­ seja manter-se em ritmo com os tempos que correm e satis­ fazer os requisitos mentais desta época, é imperativo que adquira um bom conhecimento prático da auto-hipnose.

Naturalmente, existem indivíduos que não têm vontade de melhorar suas condições. Estão satisfeitos com o status quo. Contentam-se em deixar o mundo seguir seu curso. Seja o que fôr que o mundo lhes proporcione, para êles está bom. Às vêzes, até sentem orgulho em ser ignorantes. Isto, com efeito, é chocante! Tenho como certo que você não é dêste tipo, pois, se fôsse, não estaria lendo êste livro.

É necessário que você faça mais do que simplesmente ler êste volume, se é que pretende aprender a hipnotizar-se. Você deve relê-lo diversas vêzes e precisa também praticar o que vai aprender. Dentre os que me lêem, algüns apren­ derão mais fàcilmente do que outros como se hipnotizarem, mas qualquer pessoa com mente normal pode aprender auto- hipnose e aprendê-la bem. Os indivíduos qüe lhe disserem que tentaram e não o conseguiram, são os que não se esfor­ çaram bastante durante o tempo necessário.

Para que você aprenda a hipnotizar-se eficazmente,, é pre­ ciso saber algo sôbre o mecanismo da hipnose. Você deve\ conhecer, pelo menos, um pouco da história da hipnose.

(Existem diversos livros bons sôbre a matéria). Sabendo como a hipnose funciona, eliminará a maior parte de seus temores. O mêdo é um dos maiores inimigos da hipnose.

Tenho observado em minhas aulas de auto-hipnose que, quando as pessoas compreendem o que ela é e perdem seus temores, conseguem entrar em hipnose com facilidade. De início, tentar muito àrduamente pode constituir um impedi­ mento para alguns. A motivação da espécie certa é muito importante, mas o “ excesso” de motivação pode ser defini­ tivamente prejudicial à consecução da auto-hipnose.

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A idade pouco ou nada tem a ver com o aprendizado de auto-hipnose, pois creio que qualquer pessoa a partir dos doze anos pode aprendê-la. Mesmo crianças com menos de doze anos aprendem esta arte. Nos grupos etários mais altos, o único impedimento é a senilidade. Desde que um indivíduo tenha mentalidade arejada e o desejo de aprender auto-hipnose, êle pode ter êxito.

À medida que você prosseguir no estudo da auto-hipnose, terá de desaprender muita coisa. Não existe assunto mais mal compreendido do que a hipnose. Pouquíssimas pessoas instruídas estão informadas sôbre a matéria. Homens de extensa educação formal, no que tange à hipnose, são tão ignorantes quanto os que não sabem assinar o nome. Dentro dos próximos vinte e cinco anos, êstes homens sentir-se-ão embaraçados quando pensarem na aspereza das declarações que fizeram relativamente ao hipnotismo.

OS ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA APRENDER AUTO-HIPNOSE

Ao abordar êste nôvo campo de estudo, faça-o com candura e sem preconceitos. Não seja como o camarada que sabia tudo quanto poderia saber-se sôbre matemática e, mesmo assim, matriculou-se num curso dessa disciplina. Quando o professor lhe perguntou por que estava cursando matemá­ tica, visto que o aluno já sabia tudo quanto havia para apren­ der, êste respondeu: “ Quero aprender um pouco mais.”

Os três elementos essenciais para aprender auto-hipnose são:

1. Mente normal

2. Vontade de aprender

3. Prática constante

Se você tem mente normal, motivação adequada e fizer aplicação diária do que aprendeu, será capaz de hipnotizar-se.

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Quando digo “ hipnotizar-se” , não quero dizer que você en­ trará necessàriamente em transe profundo ou sairá dêste nosso mundo. Muita gente espera êste tipo de experiência. A finalidade dêste livro é ensinar como aprender auto-hipnose de maneira construtiva para sua própria melhoria pessoal.

O motivo pelo qual tão poucas pessoas têm tido sucesso em auto-hipnose é que elas não sabem o que devem esperar. Não sabem se foram hipnotizadas ou não.

Lembre-se de uma coisa, ainda que você se esqueça de tudo o mais neste livro: existe somente uma prova real da ver­ dadeira hipnose eficaz, e esta é a reação pós-hipnótica. A reação pós-hipnótica significa que, depois de voltar ao estado normal de consciência, você reage à sugestão que deu a você mesmo enquanto estava hipnotizado. Por exemplo, você se hipnotiza e sob hipnose faz a você mesmo a sugestão de que terá mais paciência em lidar com os filhos. Durante o estado de relaxamento, você poderá ou não sentir-se hipnotizado, mas se você desenvolver mais paciência em relação aos filhos, isto provará que você estêve realmente sob hipnose.

Irei um passo mais além e direi o que, à superfície, pare­ cerá negar o que acabo de dizer. Certas pessoas terão que fazer uma sugestão a si mesmas mais de uma vez, antes que obtenham o desejado resultado pós-hipnótico. Por alguma causa desconhecida, certas pessoas naturalmente se suges- tionam mais do que outras. As que se sugestionam menos devem trabalhar um pouco mais-até que obtenham a reação pós-hipnótica. O importante, contudo, é que, eventualmente, a reação aparece. Quando examino certas áreas de minha vida por intermédio de auto-hipnose, geralmente dou margem de seis semanas até ver os benefícios totais. Na realidade, seis semanas é um período bastante curto para expender-se na busca de uma nova configuração de hábitos que durarão o resto da vida. O gasto de cinco a quinze minutos por dia, durante sei 3 semanas, às vêzes pode operar milagres em sua vida.

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Talvez eu esteja parecendo entusiástico em demasia. Note que eu disse “ às vêzes” . Os resultados nem sempre são os mesmos, mas sempre aparecem desde que seja feito o esforço. O que chamo de “ milagre” pode não parecer milagre para você e vice-versa. George Jenson, um menino de doze anos de idade, veio ao meu consultório acompanhado da mãe. O menino já estava com um ano de atraso escolar e iria nova­ mente repetir o ano se suas notas não melhorassem. George era de grande estatura para a idade e tinha sofrido muitos tormentos por parte de seus colegas de classe. Seu ego estava quase aniquilado. Êle era tenso, ansioso e falto do autocon­ fiança. Depois de analisar os problemas do menino, não demorou muito para que êle começasse a demonstrar me­ lhoria. Usei de técnicas hipnóticas e ao mesmo tempo ensi- nei-lhe auto-hipnose. George passou de ano e passou muito bem. Para mim, isto é um milagre.

HIPNOSE COM O FENÔMENO . PERFEITAMENTE NORMAL

Quando digo que qualquer pessoa com mente normal pode aprender auto-hipnose, não quero dizer que todos entrarão em transe profundo. Na verdade, no que toca à auto-hipnose, um transe profundo é prejudicial. Se entrar em transe muito profundo você não estará em condições de fazer a você mes­ mo as sugestões apropriadas.

A auto-hipnose não é algo sobrenatural e fora de alcance. Ela é prática e construtiva. A hipnose está sendo cada vez mais utilizada no campo da medicina, mas sua utilidade não termina aí. A auto-hipnose pode fazer uma contribuição definitiva em quase tôdas as áreas de sua vida. Fisicamente, ela tornará você mais capaz de descontrair-se o tempo todo, em tôdas as situações. Isto de modo algum diminuirá sua eficiência no trabalho; pelo contrário, servirá para aumen- *á-la. Um atleta profissional de alta cúpula está completa­

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mente relaxado até que seja necessária certa quantidade de energia. Por exemplo, um bom boxeador desfere golpes vio­ lentos porque seus músculos são propulsionados de um estado de relaxamento máximo para uma condição de'tensão má­ xima. A energia produzida pelo deslocamento de uma con­ dição para a outra produz a potência de seú golpe. Quando menciono relaxar-se no trabalho, não quero dizer dormir em serviço. Já existe gente em demasia que relaxa dêsse modo. Refiro-me à redução de tensão que causa ou contribui para muitas das moléstias do homem moderno. A tensão desem­ penha papel preponderante nas moléstias cardíacas, úlceras, pressão alta e muitas outras más funções do corpo. A auto- hipnose ajudará você a relaxar fisicamente.

Mentalmente, você aumentará seus podêres de concentra­ ção e memória. Podêres criativos que você nunca julgou pos­ suir, começarão a enriquecer-lhe a vida. Novos horizontes de atividade intelectual serão descortinados e estarão a seu alcance.

Espiritualmente, a auto-hipnose fará de você melhor dis­ cípulo de sua fé. Não acredito que a auto-hipnose seja prece, mas creio que quando totalmente empenhado em oração espi­ ritual, você se encontra em estado de auto-hipnose. Esta auxiliará você a concentrar a mente em Deus de maneira mais completa. O uso da auto-hipnose não colide com os en­ sinamentos de qualquer das principais seitas religiosas.

A auto-hipnose pode enriquecer, e enriquecerá, cada uma das áreas de sua vida.

PONTOS DÊSTE CAPÍTULO QUE DEVEM SER RELEMBRADOS

1. A auto-hipnose é a única ferramenta que lhe per­ mitirá utilizar seu pleno potencial na vida. 2. Os homens temem a hipnose porque não a com­

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3. A auto-hipnose é um poder legado por Deus e que está em todos.

4. Os homens de sucesso não são possuídos por um

poder, mas possuem e controlam o poder que têm em si.

5. Todos os grandes homens do passado, embora nada

soubessem sôbre hipnose, eram auto-hipnotizados.

6. Hoje exige-se mais dos podêres mentais do ho­

mem do que em qualquer outra época. A auto-hip­ nose é a única ferramenta que pode satisfazer esta necessidade.

7. A auto-hipnose pode reviver no indivíduo comum

os 92 por cento do poder mental não utilizado.

8. Qualquer pessoa com mente normal e desejo de

aprender auto-hipnose pode ter sucesso.

9. A única prova da hipnose realmente eficaz é a

reação pós-hipnótica.

10. Certas pessoas terão de hipnotizar-se diversas vê­

zes antes de obter as reações pós-hipnóticas que desejam.

11. A auto-hipnose pode fazer uma contribuição po­

sitiva em tôdas as fases de sua vida, física, mental e espiritualmente.

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QUE É AUTO-HIPNOSE

E COMO AGE?

“ Ac r e d it o q u e t u d o is s o é u m a f a r s a. Não acredito em hipnose.” Estas foram as observações que ouvi ao sair do auditório em que um hipnotizador de palco tinha terminado sua função.

Parece que no que diz respeito a hipnose, as pessoas di­ videm-se em três categorias. Algumas expressam o ponto de vista acima mencionado: não acreditam em hipnose. Outras, temem-na terrivelmente. Para estas pessoas, a hip­ nose é a coisa mais perigosa e ameaçadora do mundo. O último grupo é grandemente favorável à hipnose. Em seu zêlo, alguns indivíduos vão a extremos, porém a maioria emprega a hipnose que beneficia a humanidade.

Para auxiliar-nos a compreender melhor a hipnose, come­ cemos por desaprender alguma coisa, conforme observamos no capítulo anterior. Consideremos algumas das concepções mais errôneas.

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HIPNOSE NÃO É SONO

O êrro em que alguns incorrem, mais do que outros, é julgar que a hipnose é sono. Nada poderia estar mais longe da verdade. Contudo, é fácil compreender por que você po­ deria acreditar nisso. Primeiro, porque é uma concepção popular. Pràticamente, todos acreditam que se trata de sono. Em segundo lugar, quando uma pessoa está sendo hipnotizada, ela acaba fechando os olhos.

Dr. James Braid, famoso físico inglês do Século X IX , de início foi enganado ao pensar que a hipnose, então conhe­ cida sob o nome de mesmerismo, era sono. Êle tinha ido ver um hipnotizador de palco, com a intenção de provar que o homem era charlatão. Após ter apreciado a habilidade do artista, Dr. Braid tornou-se firmemente convencido de que havia algo real no mesmerismo. E começou a fazer seus próprios experimentos. Seus primeiros sujeitos foram a es­ pôsa e os empregados domésticos. Das primeiras observa­ ções, Braid chegou à conclusão de que mesmerismo era sono. Por conseguinte, tomou a palavra grega “ hipnos,” que signi­ fica sono, e o mesmerismo transformou-se em hipnose. Mais tarde, Braid compreendeu o engano e tentou, em vão, modifi­ car a palavra para mono-ideísmo. Desde então, muitos homens têm tentado modificar a designação de “ hipnose” , porém ninguém jamais conseguiu efetuar qualquer alteração.

A hipnose não está relacionada ao sono, de modo algum. Um indivíduo hipnotizado está bem consciente e atento. Pos­ so hipnotizar sem que as pessoas fechem os olhos e sem falar em sono ou relaxamento e, ainda sem usar qualquer outro têrmo da terminologia do hipnotismo. Tenho feito essa de­ monstração, tanto no isolamento de meu consultório como perante grandes e pequenos grupos. Dentre um grupo de cinqüenta ou mais pessoas, é fácil encontrar algumas que alucinarão* os cinco sentidos físicos. Existem inúmeros

• O sentido de alucinar não tem aqui o sign ificado popular que é tido com o espécie de loucura, mom entânea ou não.

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autores que fazem distinção entre isto e a hipnose, chamando esta última técnica de "sugestão desperta” , mas para mim, esta distinção é estritamente acadêmica. Hipnose é hipnose, e se os olhos estão abertos ou fechados não faz diferença.

Uma de minhas demonstrações favoritas ante grupos de pessoal de vendas é, na realidade, vender a um dos compo­ nentes do grupo um pedaço de ouro em barra, que nada mais é do que “ um pedaço de ar” . Geralmente, vendo o ar por mil dólares, com pagamento inicial de vinte e cinco, cin­ qüenta ou cem dólares. Ninguém fecha os olhos, não se fala de sono ou de relaxamento. O fato é que êstes indivíduos fi­ cam visualmente alucinados* o que indica que estão nas fases mais profundas da hipnose. Isto deveria provar que hipnose não é sono e indica também que você não fica inconsciente quando está hipnotizado.

É M A IS FÁCIL HIPNOTIZAR PESSOAS INTELIGENTES

Possivelmente, alguns de vocês estarão pensando, “ Ora, que gente mais ignorante e crédula! Sou muito inteligente para permitir que uma coisa dessas aconteça comigo” . Êste pensamento leva-nos à segunda concepção popular errônea, isto é, que sòmente os estúpidos e crédulos podem ser hip­ notizados. O inverso é que é a verdade. A pessoa inteligente, bem informada, não tem os temores de um ignorante. Isto não quer dizer que tôdas as pessoas inteligentes são fàcil- mente hipnotizadas, mas significa que a inteligência age de modo favorável. Há quem acredite que apenas um completo mentecapto pode ser hipnotizado.

Existe nítida diferença entre ser crédulo e ser sugestível.* A pessoa crédula geralmente é ignorante e acredita em tudo,

• O fenômeno da alucinação visual denòmina-se onirismo. (N. do T .) °® Existem conotações sutis entre sugestível e sugestionável. Aqui, suges­ tível é a pessoa surcetível dc sugestão, principalmente através de hipnose; para o sugestionável, nem mesmo é necessário o emprêgo da hipnose: é o que o autor chama de crédulo. (N . do T .)

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não importa o quão irreal a coisa possa ser. Uma pessoa su- gestível, e todos nós o somos, é aquela que acredita naquilo que pode ser apresentado de maneira realista, convincente. Os homens, aos quais vendo o ouro em barra, geralmente são os melhores vendedores em suas respectivas firmas. Na maioria, são homens de curso superior e bastante inteligentes.

PODE A HIPNOSE AGIR CONTRA A FÔRÇA MORAL?

Outra preocupação sôbre hipnose: “ Será que farei alguma coisa contra minha própria vontade?” Isto nada tem a ver com a auto-hipnose, porque, ao hipnotizar-se, as sugestões são feitas por você mesmo.

Todavia, é bom que você esteja informado neste particular. É muito remotamente possível, mas com certeza bastante improvável, que uma pessoa infrinja seu código moral. Para fazer com que uma pessoa aja contra sua própria fôrça mo­ ral ou vontade, o hipnotizador precisaria ter contato diário com ela, usando técnicas de lavagem cerebral e subterfúgios, durante longo tempo. Tal possibilidade é extremamente tê­ nue. Tenho conhecimento de apenas um crime cometido sob influência hipnótica e, nesse incidente, tanto o hipnotizador como seu sujeito já eram criminosos. Neste caso, com cer­ teza, não houve nenhuma redução ou infração a princípios de moral dos indivíduos envolvidos.

Estamos seguros na suposição de que um indivíduo hip­ notizado não violará sua vontade. Minha experiência pessoal tem sido que uma pessoa não violará sua vontade, moralmente ou de qualquer outro modo. Em certas ocasiões solicitei a de­ terminadas pessoas que fizessem coisas simples e inócuas, po­ rém elas se recusaram. Quando indagadas por que, deram-me razões que uma pessoa comum jamais teria sonhado. Certa vez pedi a um cantor, que se achava em hipnose profunda, que cantasse. Recusou-se peremptòriamente! Apesar das maneiras por que era formulada a sugestão, êle não acedia. Após ter

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saído do transe, perguntei-lhe por que se havia recusado a cantar. Respondeu-me que a única coisa em que pudera pen­ sar é que êle era sindicalizado e, por conseguinte, era proi­ bido de cantar sem receber pagamento.

Muitos de vocês têm visto hipnotizadores de palco e já viram pessoas fazendo coisas bem tôlas — coisas que ordi- nàriamente não fariam. Poderia parecer que estou aqui ne­ gando o que há pouco disse sôbre a não violação da vontade própria. Na realidade, tal não se dá. Quando um indivíduo voluntàriamente se dispõe a ser o sujeito de um hipnotiza­ dor que está dando uma função num teatro ou num clube noturno, automàticamente êle está dando seu consentimento para ser enganado, fazer papel de tolo e ser motivo de riso. Não existe violação da vontade ou da fôrça moral.

EXISTE ALGUM POSSÍVEL MAU EFEITO SÔBRE A VONTADE OU O CÉREBRO?

Outra concepção errônea é a de que a hipnose amortece a vontade e talvez seja nociva ao cérebro. Não é verdade. A hipnose em si — o estado de hipnose — não faz mal de espécie alguma. De fato, o relaxamento produz grande bem. A auto-hipnose, em vez de enfraquecer a vontade, fortalece-a. Ao aprender auto-hipnose, você aprende também como con­ centrar-se. Você aprende como controlar os pensamentos e a imaginação. Todos êstes fatores contribuem para fortalecer e não para enfraquecer a fôrça de vontade.

DESTRUINDO O MITO DE PERIGO EM HIPNOSE

Com muita freqüência você ouve falar ou lê sôbre os perigos da hipnose. Desejo agora fazer-lhe uma pergunta e gostaria que refletisse sôbre ela. Já ouviu alguém explicar quais são tais perigos? Conhece alguém que tenha demons­ trado ou especificado tais perigos? Acredito que, na maioria,

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todos responderão que não. Um assunto emocional, como o hipnotismo, atrai malucos de ambos os lados da cêrca — os que são pró e os que são contra. Você ouve tôdas as espécies de histórias esquisitas, mas quando vai aos fatos verifica que não têm fundamento ou que foram grosseiramente exa­ geradas. Estima-se que entre cinco a vinte milhões de ci­ dadãos americanos já foram hipnotizados na última década. Literalmente, milhares receberam ensinamentos de auto-hip­ nose. E, no entanto, tanto quanto eu saiba, ninguém ficou ainda prejudicado em resultado direto de hipnose ou auto- hipnose.

Na verdade, o maior perigo no emprêgo da hipnose é para quem hipnotiza e não para o sujeito. Em sua maioria, os estados americanos não dispõem de leis que regulamentem o emprêgo da hipnose, e quem quer que faça uso dela está exposto a tôdas as espécies de ações legais. Se um médico emprega hipnotismo num paciente que mais tarde venha a sofrer de câncer, o cônjuge imediatamente lança a culpa na hipnose como causa da moléstia. Em resultado, temos lití­ gios, pesares e despesas.

Se você me perguntar de forma direta: “ A hipnose é peri­ gosa?” Eu responderei com outra pergunta: “ É perigoso estar acordado ou dormindo?” Dirá você: “ Mas que tem uma coisa com outra?” Tudo! O estado hipnótico é exatamente tão normal e natural como estar acordado ou estar dormindo.

HIPNOSE, UM MODO DE VIVER

Se você pensar um pouco, verificará que a maioria dos atos que pratica diàriamente é realizada mais em nível subcons­ ciente do que consciente. Quando dirige um automóvel, você não está consciente ou atento àquilo que está fazendo. Você não diz a você mesmo: “ Vire a esquina, agora aplique os fr e io s .. .” Se fizesse isso, você seria, com efeito, um fraco motorista. Logo que aprendeu, você agiu dessa maneira, porém agora você dirige o automóvel num nível subconsciente.

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Datilografar é outro exemplo. Uma boa datilografa não está atenta à movimentação dos dedos. Êstes são dirigidos por seu subconsciente.

Qualquer coisa que você faça bem é feita em base hip­ nótica — dançar, ler, qualquer proficiência atlética. . .

Conforme declarei no início, você tem estado hipnotizado todos os dias de sua vida. Com isto em mente, podemos agora responder a sua pergunta, se a hipnose oferece perigo. Se a hipnose é perigosa ou não, depende das circunstâncias. Não é perigoso estar na companhia de bons amigos enquanto acordado, mas é perigoso estar na presença de criminosos e charlatães. Não é perigoso estar dormindo em sua pró­ pria cama, mas é perigoso dormir numa pista de patinação. Os mesmos princípios aplicam-se ao estado hipnótico. Se você permitir que alguém, que leu um livro barato sôbre hipnose, o hipnotize, numa festa, estará arriscado a sofrer algum desconforto temporário, mas se se deixar hipnotizar por uma pessoa competente e treinada, sem dúvida obterá alguns resultados agradáveis.

O VERDADEIRO CONCEITO

Agora que já tratamos das concepções errôneas que mais prevalecem, digamos a verdade sôbre a hipnose e a auto-hip­ nose. Ambas são a mesma coisa. A única diferença é que na hétero-hipnose, o hipnotista dirige seu pensamento, ao passo que na auto-hipnose é você quem o faz. Lembre-se: tôda hipnose é auto-hipnose. Em nível de sugestão positiva, aquilo que o hipnotista pode fazer por você, você também poderá fazê-lo se fôr treinado em auto-hipnose. Note, tam­ bém, que eu disse “ nível de sugestão positiva” . Isto não se aplicaria aos que sofrem de séria dificuldade emocional ou mental. Êstes indivíduos devem procurar o auxílio de um psicoterapeuta competente antes de tentar aprender auto- hipnose.

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Deixem-me explicar agora o que quero dizer quando afir­ mo que hipnose é um estado normal, natural, e que você tem sido hipnotizado em todos os dias de sua vida. Você já leu um livro, assistiu a um programa de televisão, ou estêve tão absorvido em alguma coisa que, quando alguém o chamou, você não prestou atenção ou não ouviu? Bem, isto é hipnose. Em qualquer ocasião em que sua mente está exclusivamente, ou quase exclusivamente voltada para alguma coisa, você está hipnotizado.

Define-se hipnose como “ um estado alterado da consciên­ cia” . Ela também é definida como um estado de “ hipersu- gestibilidade” . Quando hipnotizado, você está consciente, mas sua consciência limita-se principalmente às sugestões que você está recebendo. Existem graus de consciência. Por exemplo, se eu perguntasse agora mesmo se você está cons­

ciente, sua resposta seria: “ Ora, é claro que estou.” E é

verdade; você precisa estar consciente se está lendo êste

livro. Contudo, a consciência que você está tendo agora é

diferente daquela que sentiu esta manhã ao levantar-se. Eu deveria qualificar esta asserção, dizendo que esta é a verdade se você e eu somos iguais a êste respeito. Levo mais ou menos duas horas para despertar-me completamente. Mes­ mo assim, ao levantar-me estou consciente, mas não tanto como em outras ocasiões. Se você estivesse atravessando a rua e visse um automóvel vir em sua direção a grande velo­ cidade, você se tornaria realmente consciente. Seu cérebro, sistema nervoso, glândulas, coração e músculos, entrariam em ação imediatamente para salvá-lo de possível morte ou de ferimentos. Dêstes poucos exemplos pode perceber que há diferentes graus de consciência. Você está mais cons­ ciente em certas ocasiões do que em outras.

Quando você está sob hipnose, sua amplitude de atenção (consciência) limita-se ao pensamento ou idéia que lhe é

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consciência em uma de suas mais altas formas. Em estado normal de consciência, está atento a muitas coisas: objetos, pessoas, ruídos, odores e tudo o que o cerca, ao passo que, sob hipnose, você está totalmente atento a determinada coisa. Você poderia ouvir outros ruídos etc. mas êles pouco ou nada lhe significariam. Sua mente está prêsa a uma coisa — ao pensamento que você está dando a você mesmo. Isso é auto-hipnose.

O ESTADO DE HIPERSUGESTIBILIDADE

Quando sob hipnose, você se encontra em estado de hiper- sugestibilidade. “ Hiper” significa em alto grau. Em qual­ quer dado momento você é acessível à sugestão, yocê já estêve em meio a uma multidão quando alguém começou a tossir? Não demora muito e numerosas pessoas passam a tossir também. Você já viu um comercial de televisão anun­ ciando um alimento com deliciosa aparência? Ficou com vontade, não ficou? Jamais procure enganar-se supondo não ser sugestível. Se você acredita que não o é, será uma pers­ pectiva brilhante para o próximo falso artista que aparecer em sua cidade.

Somos passíveis de sugestão o tempo todo, porém mais ainda sob hipnose. A mente consciente possui o que denomi­ namos “ faculdade de crítica” , e, quando estamos em hipnose, esta faculdade é relaxada. A faculdade de crítica é nosso po­ der de julgamento e discernimento. Quando ela está relaxa­ da, as sugestões seguem diretamente para o subconsciente. Êste, literalmente, aceita as sugestões. Se você sugerir que sentirá as mãos pesadas como dois blocos de chumbo, elas co­ meçarão a sentir tal pêso. Se você estivesse em estado nor­ mal de consciência, com sua faculdade de crítica em pleno funcionamento, isto não aconteceria. Sua mente consciente faria o julgamento e diria: “ Minhas mãos não são dois blocos

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de chumbo, portanto, não sentem tal pêso.” Quando a mente consciente está relaxada, a sugestão triansforma-se em rea­ lidade.

O subconsciente não possui uma “ faculdade de crítica” . Muitos autores acreditam que o subconsciente tem um me­ canismo de realimentação de informação ( feedback mecha- n ism ); o que você dá como insumo* ao subconsciente, é insumado de volta em sua vida consciente. Se durante tôda a vida lhe dizem: “ Você não presta, não vale nada” , e você aceitar estas idéias, alimentando com elas o seu subcons­ ciente, acabará com um terrível complexo de inferioridade. Se seus vizinhos, amigos e parentes dizem que você é um indivíduo bom e agradável e que tem um bom futuro, e você aceitar esta idéia, alimentando seu subconsciente com ela, êste a insumará de volta em sua vida, tornando-o confiante.

A esta altura, devemos fazer uma observação importante. O que alguém diz ou pensa a seu respeito não afeta seu subconsciente, a menos que você aceite as sugestões. Nada entra no subconsciente, salvo se vem através da mente cons­ ciente. O jovem, ao qual se diz que êle não é bom, não será afetado por esta afirmativa, a menos que a aceite como fato. Se fôr capaz de “ controlar” seu fluxo de pensamento, na realidade êle terá sua autoconfiança aumentada. O que quer que alguém possa dizer a seu respeito, por mais horrível que seja, poderá ser nocivo, exceto se você não aceitar o que foi dito. Você é a única pessoa que pode prejudicar-se, e isto poderá acontecer se acreditar e aceitar as coisas desa­ gradáveis que são ditas a seu respeito. Jogue tais coisas fora. Esqueça-as. Deixe de repisá-las na mente para que elas não se gravem no subconsciente e lá permaneçam para aborrecê-lo. Esqueça-as, ponto final.

Insumo é têrmo de Economia que traduz o “input” da língua inelêsa e que alguns traduzem, conforme o caso, como alimentação; é um dado fator que "entra” em algum processo produtivo, resultando em qualquer tipo dado de produção ou "saída” (output). (N . do T .).

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ORIGEM DAS DIFICULDADES E DOS FRACASSOS NA VIDA

A maioria das dificuldades e dos fracassos na vida tem origem no fato de o subconsciente ser o reservatório de vasta quantidade de informações erradas. O subconsciente precisa ser reeducado e ter nova programação. Dr. Maxwell Maltz, em seu livro Psycho-Cybemetics (publicado pela Prentice- Hall, Inc., Englewood Cliffs, N. J .), revela o fato de que a maioria das pessoas precisa ser desipnotizada. Eis porque é quase impossível que se adquira autoconfiança ou auto- aperfeiçoamento em qualquer área da vida sem usar a dinâ­ mica da hipnose ou da auto-hipnose. O subconsciente precisa ser alcançado e convencido por novas e poderosas sugestões, se é que se deseja conseguir o que se pretende na vida.

Uma jovem apareceu em meu consultório com um pro­

blema bastante sério. Fazia mais de três meses que não

conseguia dormir mais do que alguns momentos de cada vez. Havia consultado diversos médicos, mas nenhum tinha con­ seguido dar-lhe alívio. Hipnotizei-a e descobri que ela havia visitado uma quiromante exatamente na época em que a insônia tinha começado. A quiromante havia dito que a môça iria morrer dentro em breve. Esta ficou de tal modo aterrorizada que reprimiu a idéia profundamente em seu subconsciente e, conscientemente, esqueceu-se do caso. Não conseguia dormir porque tinha mêdo. Enquanto estava acor­ dada, sabia que estava vivendo, mas o sono poderia significar morte. Depois que lhe prestei os esclarecimentos e ela re­ educou os pensamentos, passou a dormir como um recém- nascido.

Durante a infância, a mente é alimentada por uma série de fantasias: Papa} Noel, fadas bondosas etc. Mais tarde, entre a adolescência e a virilidade, você começa a entrar no período de idealismo. É quando você começa a ser alimen­ tado por muitas outras fantasias — tôdas de tipo diferente, mas que, não obstante, são fantasias. Não é minha intenção

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menoscabar o idealismo ou a idade idealística. Acredito, porém, que todos os que passaram por esta fase sabem o que quero dizer quando afirmo que nesse período todos nós nos enchemos de fantasia. Foi nessa estação da vida que senti ser capaz de modificar e salvar o mundo, mas desde então aprendi coisas bem diferentes. Isto não significa que me tornei pessimista, mas que passei a ser mais realista.

Usada eficazmente, a auto-hipnose pode ser uma ferra­ menta poderosa em sua vida, para efetuar as modificações que sejam necessárias e para reeducar a mente a fim de passar a pensar de uma maneira nova, realística e saudável.

PONTOS DÊSTE CAPÍTULO QUE DEVEM SER RELEMBRADOS

1. Hipnose não é sono.

2. Todos os fenômenos da hipnose podem ser pro­

duzidos no chamado “ estado desperto” .

3. É mais fácil hipnotizar uma pessoa inteligente que

uma que não o seja.

4. Sob hipnose, você não transgride suas crenças mo­

rais nem perde o poder de sua vontade.

5. A hipnose não enfraquece a mente nem a vontade. 6. A hipnose é um estado normal, natural.

7. A maior parte do que você faz diàriamente é rea­ lizada em nível subconsciente.

8. Tôda hipnose é auto-hipnose.

9. Hipnose é um “ estado alterado da consciência” . 10. Hipnose é um estado de hipersugestibilidade. 11. A mente consciente possui “ faculdade de crítica” . 12. O subconsciente possui um mecanismo de

reali-mentação.

13. A maioria das pessoas precisa desipnotizar-se. 14. Auto-hipnose é a maneira mais eficaz de modifi­

Referências

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