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Demandas de atenção do enfermeiro no ambiente de trabalho.

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Academic year: 2017

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DEMANDAS DE ATENÇÃO DO ENFERMEI RO NO AMBI ENTE DE TRABALHO

1

Luciana Soar es Cost a Sant os2 Edinêis de Br it o Guir ar dello3

Tr at a- se de est udo descr it iv o que v isa ident ificar as sit uações de dem anda de at enção, v iv enciadas

por enferm eiros em seu am bient e de t rabalho, e verificar se exist em diferenças no j ulgam ent o dessas dem andas

em função das v ar iáv eis sociodem ogr áficas. Par a a colet a de dados, ut ilizou- se o inst r um ent o Dem andas de

At enção Dir igida, t r aduzido e validado no Br asil. Na análise dos dados, ut ilizou- se o pr ogr am a est at íst ico SAS.

Dent re as sit uações de m aior dem anda dest acam - se: “ observar o sofrim ent o de um pacient e” , “ m uit as decisões r áp id as t iv er am q u e ser t om ad as” , “ cu id ar d e f am ílias com n ecessid ad es em ocion ais” , “ t em p o in su f icien t e

par a dar apoio em ocional a um pacient e” e “ necessidade de dar or ient ação à fam ília” . Os dados m ost r ar am

que há diferenças est at ist icam ent e significat ivas para variáveis com o: idade, est ado civil, qualificação profissional,

t u r n o d e t r a b a l h o e ca r g a h o r á r i a se m a n a l . Re ssa l t a - se a i m p o r t â n ci a d o s a ch a d o s p a r a g e r e n t e s e

adm inist r ador es na adoção de est r at égias que m inim izem essas font es de dem andas par a os enfer m eir os.

DESCRI TORES: enfer m agem ; at enção; am bient e de inst it uições de saúde

NURSES’ ATTENTI ON DEMANDS I N THE W ORK SETTI NG

Th is descr ipt iv e st u dy aim ed t o iden t ify at t en t ion dem an d sit u at ion s ex per ien ced by n u r ses in t h eir

w or k place and t o v er ify if t hese dem ands w er e j udged differ ent ly depending on socio- dem ogr aphic v ar iables. Dat a w er e collect ed t hr ough t he “ Dir ect ed At t ent ion Dem ands” inst r um ent , t r anslat ed and v alidat ed in Br azil.

SAS st at ist ics soft ware was used for dat a analysis. The following dem and sit uat ions scored higher: “ wat ching a

pat ient suffer” , “ a num ber of rapid decisions had t o be m ade” , “ caring for fam ilies wit h em ot ional needs” , “ not

enough t im e t o pr ovide em ot ional suppor t t o a pat ient ” , and “ fam ily t eaching r equir ed” . Ther e w er e st at ist ical

dif f er en ces f or v ar iables su ch as: age, m ar it al st at u s, pr of ession al qu alif icat ion , w or k sh if t an d n u m ber of

hours w orked w eekly. The im port ance of t hese findings should be point ed out t o m anagers and adm inist rat ors

in t he adopt ion of st r at egies t hat can m inim ize t hese sour ces of dem and for nur ses.

DESCRI PTORS: nur sing; at t ent ion; healt h facilit y env ir onm ent

DEMANDAS DE ATENCI ÓN DEL ENFERMERO EN EL AMBI ENTE LABORAL

Est e est udio descr ipt iv o busca ident ificar las sit uaciones de dem anda v iv enciadas por enfer m er os en su am bien t e labor al y v er if icar si h ay dif er en cias en el j u ício de las dem an das en r elación a las v ar iables

sociodem ogr aficas. Par a colect ar dat os, se ut ilizó el I nst r um ent o Dem andas de At ención Dir igida, t r aducido y

v alid ad o en Br asil. En el an álisis d e los d at os, se u t ilizó el p r og r am a est ad íst ico SAS. Las sit u acion es d e

dem an das de at en ción con m ay or es m edias ar it m ét icas fu er on : obser v ar el su fr im ien t o del pacien t e, t om ar

m uchas decisiones r ápidas, cuidar de fam ilias con necesidades em ocionales, t iem po insuficient e par a apoy ar

e m o ci o n a l m e n t e a l p a ci e n t e y n e ce si d a d d e o r i e n t a r a l a f a m i l i a . Lo s d a t o s m o st r a r o n d i f e r e n ci a s

est adíst icam ent e significant es par a las v ar iables: edad, est ado civ il, calificación pr ofesional, t ur no del t r abaj o y car ga h or ar ia sem an al. Se r esalt a la im por t an cia de los h allazgos par a ger en t es y adm in ist r ador es en el

sent ido de adopt ar est r at egias par a m inim izar esas fuent es de dem anda par a los enfer m er os.

DESCRI PTORES: enfer m er ía; at ención; am bient e de inst it uciones de salud

(2)

I NTRODUÇÃO

A

própria natureza do trabalho do enferm eiro r e q u e r m ú l t i p l a s d e m a n d a s d e a t e n çã o . Essa s d em a n d a s sã o d eco r r en t es d a co m p l ex i d a d e d o cuidado prest ado, do próprio am bient e de t rabalho e das ex igências pr ov enient es t ant o da pr est ação de cuidado aos pacient es quant o da própria inst it uição de saú de. I sso r equ er do en f er m eir o au m en t o da cap acid ad e d e d ir ecion ar at en ção p ar a lid ar com sit uações cruciais que envolvem agilidade e precisão, porém , varia de unidade para unidade de t rabalho( 1).

O enfer m eir o t em car act er izado a nat ur eza do seu t rabalho com o font e geradora de sofrim ent o e desgast es, t ant o físico com o em ocional( 2). Out r os

a u t o r e s( 3 ) a co l o ca m co m o p o t e n ci a l i za d o r a d a

det erioração da qualidade da assist ência, sendo essa associada à ex posição do pr of ission al a sit u ações inadequadas de t rabalho, à baixa rem uneração e ao d esp r est íg io social, t or n an d o- se, assim , f on t e d e excessiva carga m ent al( 4). O desgast e profissional, a

desper son alização e a r edu zida sat isfação pessoal t am bém t êm sido apont ados pelos enfer m eir os por est arem relacionados à nat ureza do seu t rabalho( 5).

Essa f on t e g er ad or a d e sof r im en t o p od e ocor r er devido ao cont at o freqüent e com sit uações de m ort e e dor( 1), podendo r esult ar par a esses pr ofissionais

sent im ent os com o t ensão, m edo do desconhecido, principalm ent e para aqueles que prest am assist ência a p a ci e n t e s q u e e x i g e m a l t a co m p l e x i d a d e d e cuidados. Out ro sent im ent o refere- se à sensação de isolam ent o, quando necessit am t om ar decisões nos m om ent os de m aiores conflit os( 6).

O am bient e hospit alar é r econhecido pelos enfer m eir os com o um local onde v idas fr ágeis são vigilant em ent e observadas, cuidadas, preservadas e q u e r e q u e r e m co n h e ci m e n t o , h a b i l i d a d e e co m p e t ê n ci a t é cn i ca , ca b e n d o , a i n d a , co n t r o l e em ocional diant e da pr át ica, pr om oção de m edidas de conforto para o paciente e relações de auto- aj uda ent re o enferm eiro e o pacient e( 6).

O n ív el d e r u íd o t em si d o ap o n t ad o p o r i n t e r f e r i r n o n ív e l d e a t e n çã o d a s p e sso a s, principalm ente em unidades de cuidados críticos onde e sse s r u íd o s sã o co n st a n t e s e , m u i t a s v e ze s, im previsíveis e incont roláveis( 7- 8). A sua presença no

am biente de trabalho do enferm eiro é constante e j á faz part e do seu cot idiano laboral( 9).

Para os enferm eiros de unidades crít icas, os qu e m ais incom odam são: alar m es em it idos pelos

equipam entos, conversa alta nos corredores, abertura e fecham ent o de port as de form a violent a e quedas de obj et os, além do excesso de t ráfego de pessoas n a u n i d a d e( 8 ). Esse s f a t o r e s, a cr e sci d o s d a

i n a d e q u a çã o d o co n h e ci m e n t o e h a b i l i d a d e n a execução de t arefas, exaust ão na carga de t rabalho e f r u st r a çã o p r o f i ssi o n a l , p o d e m r e su l t a r e m p r o b l e m a s é t i co s e p e sso a i s co m a e q u i p e d e t rabalho( 7- 8).

O uso da at enção no t rabalho do enferm eiro é essencial para a realização das atividades da prática d i á r i a co m o p l a n e j a r e p r e st a r a ssi st ê n ci a a o s p acien t es d e t od a n at u r eza, in clu siv e os d e alt a co m p l ex i d a d e d e cu i d a d o s e em r i sco d e m o r t e im inent e; coor denar out r as at iv idades iner ent es ao seu papel na unidade, m esm o na presença de fatores, com o r u íd o ex cessiv o, ilu m in ação in t en sa n as 2 4 horas do dia, sobrecarga de t rabalho e conflit os( 10).

Co n se q ü e n t e m e n t e , i sso r e q u e r d o p r o f i ssi o n a l aum ento da capacidade de direcionar atenção m esm o na presença desses fatores. A sua constante exposição a essas fontes de dem andas de atenção pode resultar em fadiga, caract erizada pela redução da capacidade de direcionar at enção, que pode reflet ir diret am ent e no planej am ent o e execução da assist ência prest ada aos pacient es.

Diant e do ex post o, ev idencia- se que, pela nat ureza do t rabalho do enferm eiro, o m esm o pode est ar ex p ost o a m ú lt ip las d em an d as d e at en ção, ocasionando interferência na capacidade de direcioná-la aos aspect os im port ant es no desenvolvim ent o das suas at ividades de t rabalho.

OBJETI VO

O pr esent e est udo t em com o obj et iv os: a) id en t if icar as sit u ações d e d em an d as d e at en ção vivenciadas pelo enferm eiro e b) verificar se exist em diferenças no j ulgam ento das situações de dem andas e as v ar iáv eis sociodem ogr áficas.

METODOLOGI A

Local de est udo

(3)

cent r al do m unicípio de São Paulo. O hospit al A é geral, privado, com capacidade de atendim ento a 220 pacient es adult os. O B é filant rópico, de port e ext ra, com capacidade de atender a 1750 pacientes adultos e pediát ricos.

População e am ost r a

A população do est udo consist iu de t odos os enferm eiros que exerciam atividades assistenciais nas instituições A e B. Na instituição A, esses enferm eiros eram provenientes das unidades de internação, pronto a t e n d i m e n t o e UTI . Já , n a i n st i t u i çã o B, f o r a m consider ados apenas os pr ofissionais das UTI s por r e a l i za r e m a t i v i d a d e s p r e d o m i n a n t e m e n t e assist enciais.

Par a a am ost r a, ent r et ant o, consider ou- se apenas os enfer m eir os que at ender am os cr it ér ios d e i n cl u sã o co m o : e x e r ce r a t i v i d a d e s pr edom inant em ent e assist enciais, possuir t em po de ex p er i ên ci a p r o f i ssi o n al i g u al o u su p er i o r a sei s m eses, possuir tem po de experiência na unidade igual ou superior a t rês m eses e concordar em part icipar do est udo.

I nst r um ent o

O i n s t r u m e n t o D e m a n d a s d e A t e n ç ã o D i r i g i d a f o i d e s e n v o l v i d o e p o s t e r i o r m e n t e t r ad u zid o p ar a a lín g u a p or t u g u esa e t em com o f i n a l i d a d e i d e n t i f i c a r a s d i f e r e n t e s f o n t e s d e d e m a n d a s d e a t e n çã o a q u e o e n f e r m e i r o e st á e x p o s t o e m s e u a m b i e n t e d e t r a b a l h o( 1 , 1 0 ). É com p ost o d e d u as p ar t es. A p r im eir a con t ém 3 9 sit uações agrupadas nos t rês dom ínios: Psicológico, Com port am ent al e Am bient e Físico. Possui dois t ipos d e m ed id as: f r eq ü ên cia e in t en sid ad e. Qu an t o à f r eq ü ên ci a co m q u e v i v en ci o u u m a d et er m i n ad a sit uação, o enferm eiro assinala num a escala do t ipo

Li k e r t, u m a d as cin co alt er n at iv as d e r esp ost as,

v ar ian do de “ n en h u m a v ez” par a “ m u it as v ezes/ o t em po t odo”.

A segunda parte m ede a intensidade, ou sej a, o q u an t o d e esf or ço m en t al aq u ela d et er m in ad a sit uação exigiu de si e ut iliza um a escala de m edida do t ipo an alógica v isu al qu e v ar ia de zer o a 1 0 0 m ilím et r os. É um inst r um ent o que possui um a boa consist ência int er na, com um alfa de Cr onbach de 0,91.

Procedim ent o de colet a de dados

I nicialm ente, obteve- se aprovação do proj eto pelo Com it ê de Ét ica em Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da UNI CAMP e Com it ê de Ét ica em Pesquisa de am bas as inst it uições part icipant es.

Em a m b a s, t o d o s o s e n f e r m e i r o s q u e atenderam aos critérios de inclusão foram convidados a fazer par t e do est udo. Aqueles que concor dar am em participar do estudo foram solicitados a assinar o Ter m o d e Con sen t im en t o Liv r e e Esclar ecid o. Em se g u i d a , f o r a m o r i e n t a d o s so b r e a f o r m a d e preenchim ent o do inst rum ent o bem com o a ficha de ident ificação.

Esses profissionais receberam o inst rum ent o em u m en v el o p e, em m ão s, e f o i ag en d ad o u m horário para o seu recolhim ento. O tem po para o seu preenchim ent o variou de 15 a 25 m inut os. Os dados foram coletados durante o período de fevereiro a m aio de 2004.

Trat am ent o e análise est at íst ica dos dados

Para a análise estatística dos dados, utilizou-se o pr ogr am a com put acional The SAS Sy st em for Windows ( St at ist ical Analysis Syst em ) , versão 6.12. Para descrever o perfil da am ost ra, segundo a s v a r i á v e i s d o e st u d o , e l a b o r o u - se t a b e l a d e freqüência para as variáveis cat egóricas com o sexo, est ad o civ il e q u alif icação p r of ission al e, p ar a as variáveis contínuas com o idade, tem po de experiência profissional, núm ero de vínculos em pregatícios e carga hor ár ia de t rabalho. O Test e Qui- Quadrado e o de Mann- Whit ney foram ut ilizados para com parar m ais de um a variável com as sit uações de dem andas de atenção. O nível de significância adotado para os testes est at íst icos foi de 5% , ou sej a, p< 0,05.

RESULTADOS

Car act er ização dos enfer m eir os

(4)

Tabela 1 - Distribuição de freqüências e porcentagens, seg u n d o as car act er íst icas sociod em og r áf icas d os enferm eiros. SãoPaulo, 2004 ( n= 158)

em o ci o n ai s”, “ t em p o i n su f i ci en t e p ar a d ar ap o i o em ocion al a u m p acien t e” e “ n ecessid ad e d e d ar orient ação à fam ília”, as quais est ão relacionadas ao dom ínio Psicológico e Com por t am ent al.

Tabela 2 - Dist ribuição da m édia e desvio padrão da pont uação at r ibuída pelos enfer m eir os às sit uações de dem andas de at enção. São Paulo, 2004 ( n= 158)

* Viúvo/ divorciado/ am asiado

De acordo com a Tabela 1, verificou-se que a m aioria dos enferm eiros era do sexo fem inino (88,6% ), solt eir o ( 51, 3% ) , na faix a et ár ia de 30 a 39 anos ( 42,4% ) . Possuíam t em po de for m ação pr ofissional de pelo m enos 10 anos (49,4% ), sendo a m aioria com t ít ulo de especialização ( 72,2% ) . Quant o ao núm ero de vínculos em pregatícios, a m aioria ( 79,7% ) possuía apenas um . Com relação à carga horária de t rabalho na últim a sem ana, a m aioria relatou um a carga horária super ior a 40 hor as ( 41, 7% ) . Já, par a o t ur no de trabalho, a m aioria dos enferm eiros trabalhava no turno da m anhã ( 40,6% ) , seguido de 25,9% no período da tarde e 33,5% no plantão noturno.

Dem andas de at enção do enferm eiro

Conform e a Tabela 2, observa- se que as cinco sit u ações d e d em an d as d e at en ção com m aior es m édias arit m ét icas foram : “ observar o sofrim ent o de um pacient e”, “ m uit as decisões rápidas t iv eram que ser t om adas”, “ cuidar de fam ílias com necessidades

s a c i t s í r e t c a r a

C Distribuiçãodaamostra ) n ( (%) o x e S o n i n i m e

F 140 88,6

o n il u c s a

M 18 11,4

) s o n a ( e d a d I 9 2 -0

2 54 34,2

9 3 -0

3 67 42,4

> 04 37 23,4

li v i c o d a t s E o r i e tl o

S 81 51,3

o d a s a

C 60 38,0

* s o r t u

O 17 10,7

o ã ç a u d a r g e d s o n A 9 7 9 1 -5 7 9

1 8 5,1

9 8 9 1 -0 8 9

1 32 20,3

9 9 9 1 -0 9 9

1 78 49,4

>2000 40 25,3

l a n o i s s i f o r p o ã ç a c i f il a u Q o ã ç a u d a r

G 38 24,1

o ã ç a z il a i c e p s

E 114 72,2

o d a r t s e

M 4 2,5

o d a r o t u o

D 2 1,38

s o i c í t a g e r p m e s o l u c n í V

1 126 79,7

2 32 20,3

a n a m e s a m i t l ú a n o h l a b a r t e d s a r o H 0 4

< 57 36,1

0 4

= 35 22,2

0 4

> 66 41,7

o h l a b a r t e d o n r u T ã h n a

M 64 40,6

e d r a

T 41 25,9

e ti o

N 53 33,5

o ã ç n e t a e d a d n a m e d e d s e õ ç a u t i

S MA* DP**

e t n e i c a p m u e d o t n e m ir f o s o r a v r e s b

O 51,6 31,7

s a d a m o t r e s e u q m a r e v it s a d i p á r s e õ s i c e d s a ti u

M 39,6 25,6

s i a n o i c o m e s e d a d i s s e c e n m o c s a il í m a f e d r a d i u

C 39,6 29,7

m u a l a n o i c o m e o i o p a r a d a r a p e t n e i c if u s n i o p m e T e t n e i c a

p 39,4 30,3

a il í m a f à o ã ç a t n e ir o r a d e d e d a d i s s e c e

N 39,1 27,7

, m e g a m r e f n e e d o ã s o ã n e u q s a f e r a t s a d ir e u q e r m a r o F o c it á r c o r u b o h l a b a r t o m o c s i a

t 38,9 30,6

o i o p a o s n e t n i e d m a ti s s e c e n e u q s e t n e i c a p e d r a d i u C l a n o i c o m

e 38,6 29,2

r e s e u q m a r e v it m e g a m r e f n e e d s e d a d i v it a s a l p it l ú M s a d a t e l p m o

c 35,9 26,1

a r ir b o c a r a p e t n e i c if u s n i s o ir á n o i c n u f e d o r d a u Q e t n e m a d a u q e d a e d a d i n

u 35,7 30,8

e t n e i c a p o a o ã ç a t n e ir o r a d e d e d a d i s s e c e

N 35,1 27,3

s a u s s a s a d o t r a t e l p m o c a r a p e t n e i c if u s n i o p m e T m e g a m r e f n e e d s a f e r a

t 34,8 26,2

e d a d i n u a n o h l u r a b e d l e v í n o tl

A 33,9 29,0

e u q e t n e i c a p m u e d e t n a i d a i c n ê t o p m i e d o t n e m it n e S r a r o h l e m e u g e s n o c o ã

n 33,5 25,1

o h l a b a r t e d s a l a c s e e o ir á n o i c n u f e d o r d a u Q s i e v í s i v e r p m

i 31,8 28,7

s e t n e i c a p s o e u q s o t n e m i d e c o r p e d o ã ç u c e x E s o s o r o l o d o d n e s o m o c m a i c n e ir e p x

e 31,2 24,0

e t n e i c a p m u e d r a d i u c o a o r r e m u r e t e m o c e d o d e

M 27,4 30,9

e r b o s e t n e m a c n a r f r a l a f e d e d a d i n u t r o p o e d a tl a F a l e n e u q s a o s s e p s a r t u o m o c e d a d i n u a d s a m e l b o r p m a h l a b a r t 1 , 5 2 30,0

e s i a ir e t a m e d o d a t o r r a b a o h l a b a r t e d e t n e i b m A s o t n e m a p i u q

e 23,2 26,7

e s a i c n ê ir e p x e r a h li t r a p m o c e d e d a d i n u t r o p o e d a tl a F e d a d i n u a d s a o s s e p s a r t u o m o c s o t n e m it n e

s 23,1 27,6

o d a z i n a g r o s e d u o o s u f n o c o h l a b a r t e d e t n e i b m

A 19,7 23,3

m e s o t n e m it n e s r a s s e r p x e e d e d a d i n u t r o p o e d a tl a F s e t n e i c a p s o a o ã ç a l e

r 19,7 26,8

o r e m ú n m a t n e s e r p a e u q s e d a d i n u s a r t u o a r a p s o i z í d o R s o ir á n o i c n u f e d o d i z u d e

r 19,5 25,4

a e r b o s o c i d é m m u e d a d a u q e d a n i o ã ç a m r o f n I e t n e i c a p m u e d a c i n íl c o ã ç i d n o

c 19,0 24,8

r a il i m a f u e s o a u o e t n e i c a p m u a r e z i d e u q o r e b a s o ã N o m s e m o d o ã ç i d n o c a e r b o

s 18,5 21,9

m u e d o t n e m a t a r t o a o ã ç a l e r m o c a i c n â d r o c s i D e t n e i c a

p 17,7 20,3

e t n e i c a p m u e d e t r o m

A 17,6 20,6

o h l a b a r t e d e d a d i n u a u s m e s i a m e d s a o s s e

P 16,9 24,4

o c i d é m m u e d s a c it í r

C 16,2 24,1

e t n e i c a p m u a o ã ç a l e r m e li c íf i d o ã s i c e d r a m o T l e v í n o p s i d á t s e o ã n o c i d é m o o d n a u

q 15,6 19,1

s a d i d n e t a r e s e u q m a r e v it s a c a í d r a c s a d a r a

P 15,3 19,2

e d o t n e m i d n e t a o d o i c í n i o n o c i d é m o d a i c n ê s u A a i c n ê g r e m

e 15,1 24,4

r o s i v r e p u s m u e d s a c it í r

C 15,0 24,3

e d o t n e m a n o i c n u f e o ã ç a r e p o à o ã ç a l e r m o c a z e t r e c n I o d a z il a i c e p s e o t n e m a p i u q e m

u 14,2 15,9

o d a n i m r e t e d m u m o c r a h l a b a r t e d e d a d l u c if i D e d a d i n u a n o r i e m r e f n

e 14,0 21,3

m u u e v l o v n e s e d ê c o v m e u q m o c e t n e i c a p o d e t r o m A o m i x ó r p o ti u m o t n e m a n o i c a l e

r 13,7 18,9

r o s i v r e p u s m o c o ti lf n o

C 12,5 23,3

o c i d é m m u m o c o ti lf n o

C 9,4 15,1

e t n e i c a p m u o d n a u q e d a d i n u a d o c i d é m o d a i c n ê s u A e r r o

m 8,4 21,3

e s e u q e t r o m a u s e r b o s e t n e i c a p m u m o c r a s r e v n o C a m i x o r p

a 6,3 12,6

(5)

Qu an d o an alisad o se h av ia d if er en ças n o j u lg am en t o d as sit u ações d e d em an d as en t r e os en f er m eir os e as v ar iáv eis sociodem ogr áf icas, f oi p o ssív e l v e r i f i ca r d i f e r e n ça s e st a t i st i ca m e n t e significant es no que se refere à idade, à qualificação profissional, ao estado civil, ao turno de trabalho e à car ga hor ár ia sem anal.

Os enfer m eir os na faix a et ár ia de 20 a 29 anos e 30 a 39 anos r elat ar am m aior dem anda de at enção para as sit uações “ foram requeridas t arefas q u e n ão são d e en f er m ag em , t ais com o t r ab alh o bur ocr át ico” ( p= 0,045, Kr usk all- Wallis) e “ falt a de oport unidade de falar francam ent e sobre problem as d a u n i d a d e co m o u t r a s p e sso a s d a u n i d a d e ” ( p= 0,024, Kruskall- Wallis) , quando com parados aos enferm eiros com idade superior a 40 anos.

No que se refere à qualificação profissional, foram ut ilizadas apenas duas cat egorias: graduação e p ó s- g r a d u a çã o ( e sp e ci a l i za çã o , m e st r a d o e dout or ado) . A sit uação “ par adas car díacas t iv er am que ser at endidas” foi j ulgada por r equer er m aior dem anda de at enção para os enferm eiros com pós-graduação ( p= 0,012; Mann- Whit ney) , enquant o que a si t u a çã o “ f a l t a d e o p o r t u n i d a d e d e e x p r e ssa r sent im ent os em r elação aos pacient es” foi j ulgada com o aquela que requer m aior dem anda de at enção para o grupo dos enferm eiros com apenas graduação quando com paradas ao grupo com algum a t it ulação ( p= 0,027; Mann- Whit ney) .

Qu a n t o a o e st a d o ci v i l e à s si t u a çõ e s “ m últiplas atividades de enferm agem tiveram que ser com plet adas” ( p- v alor = 0,030) e “ par adas car díacas t iv er am que ser at endidas” ( p- v alor = 0, 015) for am a p o n t a d a s p e l o s so l t e i r o s co m o a q u e l a s q u e r e q u e r i a m m a i o r d e m a n d a d e a t e n çã o q u a n d o com par adas às dem ais cat egor ias.

O g r u p o d e en f er m ei r o s q u e r el a t o u t er cum prido carga horária sem anal igual ou superior a 40 horas j ulgou m aior dem anda de at enção para 17 si t u a çõ e s. Po d e - se e x e m p l i f i ca r a l g u m a s d a s d e m a n d a s co m o “ o b se r v a r o so f r i m e n t o d e u m pacient e” ( p- valor= 0,001) , “ t em po insuficient e para dar apoio em ocional a um paciente” ( p- valor= 0,049) , “ m uit as decisões r ápidas t iv er am que ser t om adas ( p- valor= 0,001) , “ foram requeridas t arefas que não são de enferm agem , t ais com o t rabalho burocrát ico” ( p- valor= 0,021) , “ quadro de funcionários insuficient e p a r a co b r i r a u n i d a d e a d e q u a d a m e n t e ” ( p -v alor = 0, 045) .

Os dados do est udo tam bém m ostraram que ex ist em difer enças na per cepção das dem andas de

at enção pelos enferm eiros em relação aos t urnos de trabalho. Para os que trabalham no período da tarde, a sit uação “ pessoas dem ais na unidade de t rabalho” foi apontada com o aquela que requer m aior dem anda de atenção quando com parada aos dos dem ais turnos de t rabalho ( p- valor= 0,028) .

DI SCUSSÃO

Car act er ização do enfer m eir o

Dest aca- se q u e h á p r ed om ín io d o g ên er o f e m i n i n o , e se g u n d o o Co n se l h o Re g i o n a l d e Enferm agem do Est ado de São Paulo, o cont ingent e d e e n f e r m e i r o s e m a t i v i d a d e s h o sp i t a l a r e s n o m u n icíp io d e São Pau lo cor r esp on d e a 9 2 , 5 % d e profissionais do sexo fem inino( 11).

A idade m édia dessas pessoas apont ou para um grupo adulto j ovem , com tem po de form ação que possibilit a v isualizar per feit am ent e as necessidades e dem andas que a profissão exige no seu cot idiano de t rabalho. Out ro aspect o im port ant e dos achados n o p r esen t e est u d o f oi o t ít u lo d e esp ecialização relatado pela m aioria dos enferm eiros ( 72,2% ) , o que sugere busca de qualificação profissional em função d as ex ig ên cias d o m er cad o d e t r ab alh o. Est u d os en f at izam qu an t o à im por t ân cia da qu alif icação e at ualização pr ofissional ser em const ant es em r azão da com plexidade dos pacientes, do avanço tecnológico e t erapêut ico na área da saúde.

Mesm o que a m aioria t enha relat ado apenas um vínculo em pregat ício, os dados sugerem que, em virt ude da necessidade do serviço ou às chances de se obt er m elhoria no seu rendim ent o salarial, esses e n f e r m e i r o s o p t a r a m p o r r e a l i za r ca r g a h o r á r i a superior ao estabelecido pelo seu contrato de trabalho. Em r e l a çã o à ca r g a h o r á r i a d e t r a b a l h o sem a n a l r ea l i za d a , o s a ch a d o s d em o n st r a r a m o cum pr im ent o de car ga hor ár ia super ior a 40 hor as sem anais ( 41,7% ) , dados esses que corroboram com est udos recent es que descrevem o excesso da carga h o r ár i a d e t r ab al h o so m ad o a o u t r as at i v i d ad es cot idianas do enferm eiro com o m ediadores pot enciais de desequilíbrios na saúde física e m ent al, além de d e sa j u st e s n a v i d a so ci a l e f a m i l i a r d e sse s profissionais( 12).

(6)

am b ien t e d e t r ab alh o, p ois p od er á ex ig ir d ele o aum ent o da capacidade de direcionar at enção para a t om ad a d e d ecisão e r esolu ção d e p r ob lem as n o exercício de suas funções.

Qu a n t o a o t u r n o d e t r a b a l h o , o s d a d o s m o st r a r a m u m a p r o x i m i d a d e d e p e r ce n t u a l d e enferm eiros no turno da m anhã e da noite em relação ao t u r n o d a t ar d e. Esses d ad o s r ef o r çam q u e a dem anda e a dinâm ica de t r abalho difer em quant o aos turnos, expondo o profissional a diferentes fontes d e d em an d as d e at en ção. Por ex em p l o, at en d er det er m inadas solicit ações m édicas par a aux iliar no d iag n óst ico e t r at am en t o d o p acien t e b em com o at ender às necessidades dos fam iliar es, dur ant e o per íodo de v isit a, podem v ar iar de um t ur no par a out ro e de unidade para unidade.

A influência dos t urnos sobre o t rabalho da e n f e r m a g e m é t i d a co m o n e g a t i v a e r e f l e t e d i r e t a m e n t e so b r e a sp e ct o s f i si o l ó g i co s, o r elacionam ent o fam iliar, social e lazer, o que pode favorecer a fadiga e insat isfação profissional( 3).

Se n d o a ssi m , a ca r a ct e r i za çã o d o s enferm eiros deste estudo m ostra- se hom ogênea, com alguns aspect os sem elhant es aos est udos r ecent es d esen v olv id os n a ár ea d e en f er m ag em d escr it os ant er ior m ent e.

Dem andas de at enção do enferm eiro

O p r esen t e est u d o p er m it iu id en t if icar as si t u a çõ e s d e d e m a n d a s d e a t e n çã o j u n t o a o s enferm eiros. As que exigiram m aior dem anda desses e n f e r m e i r o s f o r a m r e l a ci o n a d a s a o d o m ín i o Psicológico e Com por t am ent al.

Qu a n d o co m p a r a d a s a s si t u a çõ e s d e d e m a n d a s d e a t e n çã o à s v a r i á v e i s so ci o d e m o g r á f i ca s, o s r e su l t a d o s m o st r a r a m difer enças est at ist icam ent e significant es no que se refere à faixa etária dos enferm eiros frente a algum as das dem andas vivenciadas por eles no seu am bient e de trabalho. Esses achados sugerem que as situações de dem anda de at enção que eles requerem diferem segundo a faixa et ária, nos quais os m ais j ovens e co m p o u ca e x p e r i ê n ci a p r o f i ssi o n a l r e l a t a m d i f i cu l d a d e s e m l i d a r co m si t u a çõ e s q u e e st ã o diret am ent e ligadas à assist ência diret a ao pacient e, p ois ex ig em d os m esm os a t om ad a d e d ecisão e est abelecim ent o de pr ior idades. Os enfer m eir os de um a faixa et ária m ais alt a possuem m aior percepção d a s n e ce ssi d a d e s d e cu i d a d o s d o s p a ci e n t e s,

t or nando- se m ais cr ít icos e ex igent es, o que pode ser explicado pela experiência profissional que resulta em v isualização m ais obj et iv a da dinâm ica do seu t r abalho.

Ou t r o asp ect o in t er essan t e d o est u d o f oi r e v e l a d o , q u a n d o se co n si d e r a a q u a l i f i ca çã o profissional dos enferm eiros com algum t ipo de pós-graduação ( especialização, m est rado e dout orado) e pode ser conseqüente à dem anda de um m ercado de t r abalh o cada v ez m ais ex igen t e n o r ecr u t am en t o desses profissionais. A busca pela especialização do cuidado e aquisição de nov os conhecim ent os pode repercut ir na form a e na qualidade da prest ação do cuidado, além de reavaliar os critérios de atendim ento às sit uações de em ergência de form a m ais rigorosa em f u n ção d esse ap er f eiçoam en t o d a p r át ica d e en f er m agem .

Já, os que possuem apenas a graduação, a falt a de opor t unidade de ex pr essar sent im ent o em r elação aos pacient es foi j ulgada com o a de m aior d e m a n d a . I sso l e v a à r e f l e x ã o so b r e o v ín cu l o enferm eiro- pacient e que pode ser fort alecido com a b u sca d e n o v o s co n h e ci m e n t o s o u a t u a l i za çã o profissional, prom ovendo assim a abert ura de novos horizont es na prát ica do cuidado.

Esse s d a d o s r e f o r ça m a ê n f a se d a n ecessi d ad e q u e a i n st i t u i ção t em d e i d en t i f i car m a n o b r a s o u i n st r u m e n t o s q u e p e r m i t a m a o s en f er m ei r o s b u scar em m el h o r i as i n d i v i d u ai s n as i n st i t u i çõ e s à s q u a i s p e r t e n ce m , o q u e r e f l e t e dir et am ent e no seu t r abalho e na equipe com o um t odo.

Os r esult ados do pr esent e est udo t am bém apon t am d if er en ças est at ist icam en t e sign if ican t es par a a v ar iáv el car ga h or ár ia de t r abalh o qu e se co n st i t u i e m f o n t e s d e d e m a n d a s d e a t e n çã o dem onst radas para aqueles enferm eiros que realizam car ga hor ár ia super ior a 40 hor as sem anais. Esses pr ofissionais j ulgar am 17 sit uações com o font es de m a i o r e s d e m a n d a s, r e l a ci o n a d a s a o s d o m ín i o s Psicológico e Am bient e Físico.

A carga horária de t rabalho excessiva pode d e se n ca d e a r a f a d i g a m e n t a l n o s p r o f i ssi o n a i s, acar r et ando alt er ações na concent r ação, dist úr bios do sono, desconfort o físico, aum ent o das reações à l u z e r u íd o s, si n t o m a s e sse s m a i s co m u n s e m e n f e r m e i r o s d o p l a n t ã o n o t u r n o , se g u i d o s d o s enferm eiros do plant ão da m anhã e da t arde( 3).

(7)

de m ort e ou agravam ent o do quadro dos pacient es so b se u s cu i d a d o s, i n t e r f e r i n d o e m se u s r el a ci o n a m en t o s co m o p r ó p r i o p a ci en t e e seu s f a m i l i a r e s. Qu e st õ e s a d m i n i st r a t i v a s t a m b é m dem an dam m aior at en ção par a os qu e t r abalh am m a i s d e 4 0 h o r a s se m a n a i s, p r i n ci p a l m e n t e a s quest ões r elacionadas aos r ecur sos hum anos e ao próprio espaço de trabalho. A dem anda de atividades par a eles, em bor a com dif er en t es en foqu es, pode afet ar de for m a negat iv a a sua per cepção sobr e o seu con t ex t o d e t r ab alh o, p r in cip alm en t e q u an d o associado à falt a de recursos hum anos na equipe( 12).

Alguns autores enfatizam que a carga horária laboral excessiva e o próprio t rabalho do enferm eiro são t idos com o alarm ant es e podem ser im port ant e causa da det er ior ação da qualidade da assist ência de enfer m agem( 4), com o ger ador de ansiedade( 13),

sofrim ento psíquico, estresse ocupacional( 14), desgaste

e gerador de insat isfação profissional( 5). Const at

ou-se q u e n ã o é r e a l a cr e n ça d e q u e o e st r e sou-se pr of ission al de en f er m eir os de u n idades cr ít icas é vivenciado de form a m ais int ensa quando com parado a o d o s p r o f i ssi o n a i s d e o u t r a s u n i d a d e s. Os enferm eiros de unidades abert as relat aram alt o nível de est r esse dev ido ao r elacion am en t o com ou t r as unidades e super v isor es, à assist ência pr est ada ao pacient e, à coordenação das at ividades na unidade e às condições de t rabalho para o desenvolvim ent o de suas at ividades( 15).

D i a n t e d e sse s a ch a d o s, r e i t e r a - se a i m p o r t â n ci a d e se i d e n t i f i ca r e m a s f o n t e s d e dem andas de atenção do enferm eiro em seu am biente d e t r ab alh o, v isan d o m in im izar as con seq ü ên cias negativas dessa excessiva exposição que pode refletir e m su a p r á t i ca d i á r i a e p r e j u d i ca r, a ssi m , o

p l a n e j a m e n t o e e x e cu çã o d e n o v a s a t i v i d a d e s volt adas ao cuidar.

CONCLUSÃO

Considerando- se os obj et ivos propost os para est e est udo, os r esult ados encont r ados per m it ir am as conclusões expost as a seguir.

O j ulgam ent o da percepção dos enferm eiros em r elação ao seu am bient e de t r abalho dev e ser v a l o r i za d o p el o s a d m i n i st r a d o r es e g er en t es d e e n f e r m a g e m , p r i n ci p a l m e n t e p o r t e r r e f l e x o s negat ivos na prát ica diária do enferm eiro.

Qu a n t o à s si t u a çõ e s d e m a i o r d e m a n d a j ulgadas pelos enferm eiros dest acam - se “ observar o sofrim ento de um paciente”, “ m uitas decisões rápidas t iv eram que ser t om adas”, “ cuidar de fam iliar com necessidades em ocionais”, “ t em po insuficient e para d ar ap oio a u m p acien t e” e “ n ecessid ad e d e d ar or ient ação à fam ília”, o que per m it e infer ir sobr e o fato de estarem constantem ente expostos a m últiplas e difer ent es sit uações de dem anda de at enção na prát ica diária, levando à alt eração da capacidade de d ir ecion ar at en ção p ar a sit u ações q u e r eq u er em habilidade e destreza para contorná- las ou até m esm o solucioná- las.

O est u d o p ossib ilit ou ain d a v er if icar q u e a l g u m a s si t u a çõ e s a p r e se n t a r a m d i f e r e n ça s e st a t i st i ca m e n t e si g n i f i ca n t e s q u a n t o a o se u j u lgam en t o pelos en f er m eir os, r elacion an do- as às v ar iáv eis sociodem ogr áficas. As conclusões podem fornecer um repensar do próprio am biente de trabalho para os serviços de saúde, visando m inim izar essas font es de dem andas.

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Referências

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