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Necessidade da aprendizagem da língua inglesa para trabalho e estudo: uma abordagem baseada na educação de jovens e adultos proposta por Paulo Freire

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

NECESSIDADE DA APRENDIZAGEM

DA LÍNGUA INGLESA

PARA TRABALHO E ESTUDO

UMA ABORDAGEM BASEADA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS

E ADULTOS PROPOSTA POR PAULO FREIRE

Tese de Doutoramento em Ciências da Educação

Por: Nágila de Fátima Rabelo Moraes Orientadores: Prof. Doutor Armando Loureiro

Prof. Doutor Joaquim Escola

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Nágila de Fátima Rabelo Moraes N E C E S S ID A D E DA A P R E N D IZ A G E M DA L ÍN G U A IN G L E S A P A R A T R A B A L H O E E S T U D O U M A A B O R D A G E M B A S E A D A NA E D U C A Ç Ã O DE J O V E N S E A D U L T O S P R O P O S T A P O R P A U L O F R E IR E 2018

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

NECESSIDADE DA APRENDIZAGEM

DA LÍNGUA INGLESA

PARA TRABALHO E ESTUDO

UMA ABORDAGEM BASEADA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS

E ADULTOS PROPOSTA POR PAULO FREIRE

Tese de Doutoramento em Ciências da Educação

Nágila de Fátima Rabelo Moraes

Orientadores:

Prof. Doutor Armando Loureiro Prof. Doutor Joaquim Escola

Composição do Júri:

Professor Doutor Manuel Luís Tibério Professora Doutora Jesus Maria Sousa

Professora Doutora Lia Raquel Moreira Oliveira

Professora Doutora Maria Teresa Guimarães de Medina Professor Doutor Carlos Alberto Alves Soares Ferreira

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Moraes, Nágila de Fátima Rabelo

Necessidade de Aprendizagem da Língua Inglesa para Trabalho e Estudo: Processo de Ensino e Aprendizagem Baseado em Paulo Freire/ Nágila de Fátima Rabelo Moraes - 2018.

366 f. : il

Orientadores: Professor Doutor Armando Loureiro e Professor Doutor Joaquim Escola.

Tese - Doutorado em Ciências da Educação – Educação de Jovens e Adultos, Comunicação e Tecnologias Educativas, UTAD, 2018.

Educação de Jovens e Adultos. 2. Aprendizado Cooperativo. 2. Blended

Learning. 3. Tecnologias de Informação. 4. Inglês Instrumental. 5. Preparação

(5)

Eu, Moraes, Nágila de Fátima Rabelo aluna do Doutorado em Ciências da Educação, sou responsável pelo procedimento metodológico nesta tese adotado e os resultados construidos. Estou ciente que os trâmites da elaboração do trabalho devem seguir as normas vigentes da UTAD.

(6)

Dedico este trabalho a meus alunos que despertaram em mim o desejo de aprender novos caminhos e sonhar novos rumos

(7)

AGRADECIMENTOS

Após anos de sala de aula e da aplicação da Abordagem Instrumental da Língua Inglesa, que é a abordagem que acreditamos que realmente insere os educandos no mundo do trabalho, é chegada a hora de reconhecer a importância da colaboração dos amigos e familiares nesse longo caminhar da construção de uma tese. Sem o apoio e o afeto de todos os que me acompanharam durante esses anos de sala de aula e estudos, essa pesquisa não teria chegado a um bom termo. Tenho plena convicção disso.

Agradeço a Deus, que, apesar da minha fé ser tão pequena, sempre me deu provas de sua presença e seu socorro em minha vida.

Um agradecimento especial, aos meus orientadores, Professor Dr. Armando Loureiro e Professor Dr. Joaquim Escola, que sempre foram solícitos e gentis comigo.

Agradeço ao Instituto Federal do Espírito Santo Campus São Mateus do, no qual a pesquisa ocorreu com as turmas dos Cursos Técnicos Integrados em Mecânica e Eletrotécnica, com as turmas dos Cursos Técnicos Concomitantes em Mecânica e Eletrotécnica e com a Direção de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão.

Agradeço a parceria entre o programa de Bolsas do Programa Petrobras de Formação de Recursos Humanos (PFRH) e ao projeto SamaBaja.

Agradeço a participação no Programa de Educação de Jovens e Adultos e Desenvolvimento Local 2016 (PROEXT).

Meu muito obrigado às alunas do curso “Camareira em Meios de Hospedagem” e professores amigos que sempre me apoiaram nas pesquisas.

(8)

Aos meus colegas de trabalho, Adriana Pin, Carolina Cañete, Luciane Serrate, Renato Siqueira e Wilson Camerino tenho um agradecimento muito especial, pois foram meus anjos da guarda, aconselhando-me e apoiando nos momentos em que mais precisei.

Agradeço a meu marido que sempre esteve ao meu lado em meus sonhos de estudar.

E por fim, gostaria de agradecer aos meus alunos, fontes geradoras das minhas pesquisas e a razão de minha curiosidade e afã de sempre buscar o que leva a aprender quantitativamente e qualitativamente.

Obrigada por me ajudar a transformar o meu real para um melhor potencial.

(9)

Lord Polonious

What do you read, my lord?

Words, words, words

. Hamlet

(10)

RESUMO

Na presente tese, tratamos sobre o processo de educação de jovens e adultos e de como este tem de ter uma clara intenção de produzir aprendizagem, não importando qual seja seu conteúdo (dos níveis mais básicos dos processos de alfabetização até a qualificação universitária), nível e método. Através da educação, o educando deve melhorar as suas competências técnicas e/ou profissionais como também, caso seja necessário, reorientá-las. A intenção última desta tese é mostrar que os jovens e adultos tem suas próprias vivências e necessidades e precisam de um ensino instrumental na área da aprendizagem de um segundo idioma, que valorize seu conhecimento do mundo para que possa atender suas próprias necessidades e as da sociedade em que vive. A investigação aconteceu com uma abordagem baseada na educação de jovens e adultos proposta por Paulo Freire (1963, 1967, 1970, 1973, 1983,1989) como também autores clássicos e contemporâneos como Chomsky (1957), Paiva (2004), Krashen (1988), Lewis (1997), Leffa (2000), Nunan (1988) e Hutchinson e Waters (1992), Marope, Chakroun e Holmes (2015), dentre outros. Objetivando propor e comprovar a eficácia de uma abordagem do ensino instrumental da língua inglesa no processo de ensino e aprendizagem proposto por Paulo Freire, iniciamos nosso percurso nos caminhos da educação de Jovens Adultos, utilizando material didático elaborado para este propósito aliado às TIC. A aprendizagem de um segundo idioma auxilia o educando a desenvolver as habilidades comunicativas necessárias para o mundo do trabalho. Este é o foco principal da educação e formação técnica e profissional (TVET) em todo o mundo, que está preocupada com a aquisição pelo trabalhador de conhecimentos e competências para o mundo do trabalho, pois é clara a evidência de que o crescimento econômico está intimamente relacionado com as habilidades cognitivas da força de trabalho. A pesquisa aconteceu dentro do Instituto Federal do Espírito Santo Campus São Mateus, nos cursos Técnico Integrado em Mecânica, Técnico Integrado em Eletrotécnica, Técnico Concomitante em Mecânica e Técnico Concomitante em Eletrotécnica, como também nos projetos de extensão: “Transferência de Tecnologia e Treinamento em Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para Trainees Técnicos em

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11

Cingapura; “Dicionário Técnico Online Integrando o Projeto SamaBaja à Língua Inglesa” e no programa de extensão PRONATEC através do programa Mulheres Mil. Os participantes do estudo foram representados por 141 alunos dos cursos técnicos integrados em Mecânica e Eletrotécnica de 2013 a 2015; 108 alunos dos cursos Técnicos Concomitantes em Mecânica e Eletrotécnica de 2014 a 2015; 84 alunos no projeto Cingapura de 2013 a 2015 e 12 alunas do Curso Camareiras em Meios de Hospedagem, do programa Mulheres Mil – Pronatec em 2013. Por entender que a pesquisa-ação é em sua concepção a mais adequada para os objetivos propostos, convivemos com a realidade da sala de aula para a construção dos dados, pois, “o chão da sala de aula foi feito para nos aventurarmos na pesquisa”, por isso utilizamos procedimentos e instrumentos característicos da pesquisa-ação. Os resultados foram alcançados através da aplicação do Manual Didático, desenvolvido especialmente para turmas de jovens e adultos com necessidades específicas em relação à aprendizagem da língua inglesa para trabalho e estudo. Junto ao Manual Didático utilizamos também recursos multimídia para apreensão de vocabulário específico e aspectos culturais relativos à língua inglesa. Os resultados apontam que a aprendizagem variou de acordo com o grau de interesse na área de atuação profissional e o filtro afetivo usado por cada aprendiz. Através destas 30 horas iniciais, os alunos, não importando o grau de conhecimento inicial em que se encontravam, passaram de um conhecimento TOEFL que variava de 20 a 300 pontos para respectivamente 200 a 450 pontos. Estes resultados obtidos foram analisados de acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência de Línguas. As análises indicaram a necessidade de uma maior aproximação da escola com o aprendiz de modo a promover a reestruturação e a adequação de práticas educativas que correspondam às exigências da sociedade pós-industrial, fundada em novas tecnologias de informação e de comunicação.

PALAVRAS-CHAVE: Educação de Jovens e Adultos. Aprendizado Cooperativo. Blended Learning. Tecnologias de Informação e Comunicação. Inglês Instrumental.

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ABSTRACT

In this thesis, we deal with the process of youth and adult education and how this process must have a clear intention of producing learning, no matter what its contents (the most basic levels of literacy processes to the graduation qualifications), level and method. Through education, students must improve their technical and/or professional skills as well as, if necessary, redirect them. We also want to show with this thesis that youth and adults have their own experiences and needs and it is necessary an instrumental teaching when learning a second language, that here is related to English language, which enhances their world knowledge so they can meet their own needs and those of society in which they live. Research happened in an approach based on youth and adult education proposed by Paulo Freire (1963, 1967, 1970, 1973, 1983.1989) as well as classic and contemporary authors as Chomsky (1957), Paiva (2004), Krashen (1988) Lewis (1997), Leffa (2000), Nunan (1988) and Hutchinson e Waters (1992), Marope, Chakroun e Holmes (2015), among others. We aim to propose and prove the effectiveness of an Instrumental English teaching approach using the teaching and learning process proposed by Paulo Freire. We have started our journey using teaching materials developed for this purpose coupled to TIC. Language teaching has changed since it emerged as a communication tool. Because it is an essential tool in this modern world. In this globalized world that we live in, the world of work demands that workers have special training. It is necessary to speak another language because monolingualism takes people to be stranded culturally and professionally. Rethinking a second language teaching to develop the communication skills of our students should be one of the priority role of education for youth and adults. Learning a second language helps students to develop the communication skills needed for the world of work. This is the main focus of Technical and vocational education and training (TVET) worldwide. It is concerned with knowledge acquisition and skills for the world of work and it sees the need of rethinking educational training of youth and adult education. The evidence is very clear that economic growth is closely related to the cognitive skills of the work force. Thus, the role of instrumental English should be the difference for the student to have an upper skill more in the world of work. Research took place in Campus São

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Mateus at Federal Institute of Espírito Santo, Brazil. It involved the Mechanical Integrated Technical Course, Electrical Integrated Technical Course, Mechanical Concurrent Technical Course, Electrical Concurrent Technical Course and in the extension projects: "Technology and Training Transfer in English: Information and Immersion in the Cultures and Working Practices - Exchange Technical Trainees in Singapore; "Online Technical Dictionary Integrating SamaBaja Project to English Language" and PRONATEC program - through the the program Mulheres Mil. Participants of the study program were represented by 141 students from the integrated technical courses in Mechanical and Electrical from 2013 to 2015; 108 students of Concurrent Technical courses in Mechanical and Electrical from 2014 to 2015; 84 students in Singapore project from 2013 to 2015 and 12 students from the course “Maids in Hosting Media”, through the Mulheres Mil Program - Pronatec in 2013. Considering that the Action Research is in its design the most appropriate for the goals we want, we have worked with the reality of the classroom to build the data because "the classroom floor was made for venturing in the research," so we have used procedures and instruments from the Action Research. Results in the analysis indicate a need for literature review, learning, language and knowledge established in schools in order to promote restructuring and adaptation practices that meet the requirements of this post-industrial society based on new information technologies and communication.

KEYWORDS: Education for Youth and Adults. Cooperative Learning. Blended

Learning. Information and Communications Technology. Instrumental English.

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SUMÁRIO

1 INICIANDO O CAMINHO ...35

1.1 METODOLOGIA: ENSINO EFICIENTE PARA OS JOVENS E ADULTOS...51

1.2 ENQUADRAMENTO TEÓRICO: ...55

1.3 ESTRUTURA DA TESE ...57

2 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS...58

2.1 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL...69

2.2 ENSINO TÉCNICO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: A TVET E A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ...74

2.3 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – JOSÉS E MARIAS DO COTIDIANO BRASILEIRO...79

2.3.1 A Construção da Identidade da Educação de Jovens e Adultos: uma Visão Retrospectiva no Brasil da Desigualdade ...82

2.3.2 Uma Visão dos Anos 90 a 2015 ...87

3 PAULO FREIRE: EDUCAR É LIBERTAR O EDUCANDO ...90

3.1 AS BASES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE ACORDO COM A ABORDAGEM DE PAULO FREIRE ...92

3.2 EDUCAÇÃO LIBERTADORA: PELO BEM DO POVO E PARA O POVO, DEIXO DE SER O OPRIMIDO QUANDO APRENDO UMA SEGUNDA LÍNGUA PARA EMPREGABILIDADE NO MUNDO DO TRABALHO ...95

4 IMPORTÂNCIA DO ENSINO DO VOCABULÁRIO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ...100

(15)

4.1 VOCABULÁRIO ATIVO E VOCABULÁRIO PASSIVO...108

4.2 METODOLOGIAS DE ENSINO E ABORDAGENS UTILIZADAS PARA A APRENDIZAGEM DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA ...112

4.2.1 Abordagem Comunicativa ...113

4.2.2 Abordagem Lexical ...115

4.3 FATORES QUE INFLUENCIAM A APRENDIZAGEM SEGUNDO A ABORDAGEM COMUNICATIVA ...117

4.3.1 Fatores Biológicos ...119

4.3.2 Fatores Cognitivos ...120

4.3.3 Fatores Afetivos e de Ordem Psicológica ...120

4.4 O AMBIENTE E O INPUT LINGUÍSTICO...122

4.5 O SURGIMENTO DO INGLÊS INSTRUMENTAL: AS DEMANDAS CONSTROEM AS TÉCNICAS...124

4.5.1 A Presença do Inglês Instrumental no Brasil...125

4.6 ABORDAGEM INSTRUMENTAL PARA A LEITURA...128

4.7 O PAPEL DO PROFESSOR DE LÍNGUA INGLESA NA ABORDAGEM INSTRUMENTAL: PAPÉIS DIVERSOS PARA MOMENTOS ESPECÍFICOS...132

4.8 AS HABILIDADES LINGUÍSTICAS TRABALHADAS NO INGLÊS INSTRUMENTAL ...135

5 PESQUISA EM EDUCAÇÃO: INVESTIGAÇÃO-AÇÃO EDUCACIONAL ...138

5.1. PESQUISA-AÇÃO E PESQUISA PARTICIPANTE ...144

5.2 O PROCESSO DE INSERÇÃO DO PESQUISADOR...150

(16)

5.2.2 A Devolução Sistemática dos Resultados Obtidos para Discussão e

Ação...152

5.3 MODALIDADES DE PESQUISA-AÇÃO...152

5.4 A PESQUISA-AÇÃO COMO PRÁTICA LIBERTADORA...153

5.5 O MÉTODO ...156

5.6 PARTICIPANTES NA PESQUISA E PROCEDIMENTO DE CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS...159

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES...164

6.1 RESULTADO I: TECNOLOGIA EM SALA DE AULA: EXPERIÊNCIAS/PROJETOS ...164

6.1.1 O Outro Lado do Mundo está aqui ao meu lado...165

6.1.1.1 Investigação-Ação Educacional - Tão longe mas tão perto: Redes Sociais - Espaço de Aprendizagem Digital Cooperativo...167

6.1.1.2 Educação e Tecnologia: Espaço de Troca entre Facilitadores da Aprendizagem e Aprendizes...174

6.1.1.3 Tão longe Mas Tão Perto: Uso do Grupo no Facebook – Compartilhamento e Cooperação...179

6.1.1.4 Aprendendo com as Mídias Sociais ...186

6.1.2 Mídia Social: Desafios Educativos e Éticos...188

6.1.2.1 Integração das Mídias Sociais no Contexto Educacional...189

6.1.2.2 Exploração Educativa do Facebook: Análise dos Prints...192

6.1.3 Dicionário Técnico Online Integrando o Projeto SamaBaja à Língua Inglesa...199

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6.2 RESULTADO II: EDUCAÇÃO PARA A VIDA: EXPERIÊNCIAS/PROJETOS EMPODERAMENTO DE MULHERES E A FORMAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS ...210

6.2.1 Eu te Sirvo, Tu me Hospedas! Objetivos do Milênio e a Experiência da Educação Profissional com Mulheres ...211

6.2.1.1 Relação dos Objetivos e Desenvolvimento do Milênio com os Programas Pronatec e Mulheres Mil ...212

6.2.1.2 Empoderamento de Mulheres: o Alcance dos ODM em Direção aos ODS...216

6.2.1.3 Análise do Curso Camareira em Meios de Hospedagem...219

6.2.1.4 Eu te sirvo, Tu me Hospedas! ...221

6.2.1.5 Considerações ...223

6.2.2 Educação Profissional e as Políticas de Gênero: Experiências Compartilhadas por Mulheres – o Inglês Empoderando as Mulheres...225

6.2.2.1 A Formação de Jovens e Adultos no Cenário Brasileiro ...227

6.2.2.2 Experiências Compartilhadas por Mulheres ...232

6.2.2.3 Considerações ...236

6.3 RESULTADO III: A SALA DE AULA COMO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM BASEADO EM PAULO FREIRE...238

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...258

8 REFERÊNCIAS...270

9 APÊNDICES ...285

APÊNDICE A - Curso Inglês Instrumental; Entrevista Inicial; Questionário I...285

APÊNDICE B - Curso Inglês Instrumental; Entrevista Final; Questionário II...286

(18)

APÊNDICE D – Manual Didático ...288 APÊNDICE E – Quadro 2; Quadro 3; Quadro 4; Quadro 5...303 APÊNDICE F – Quadro 8 – Execução do Dicionário Técnico Online...309 APÊNDICE G - Projeto PAEX: Transferência de Tecnologia e Treinamento em

Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para

Trainees Técnicos em Cingapura. ...311

APÊNDICE H - Projeto PAEX - Dicionário Técnico Online Integrando o Projeto SamaBaja à Língua Inglesa. ...324 APÊNDICE I – Projeto do Programa de Formação de Recursos Humanos (PFRH) Plano de Estudo: Inglês como Ferramenta de Trabalho através da B-Learning.

...335

ANEXOS ...338

ANEXO A - Portarias de Acompanhamento do Produto Dicionário Técnico Online Integrando o Projeto SamaBaja à Língua Inglesa. ...338 ANEXO B - Diários das Turmas da Professora Nágila Rabelo Moraes no Instituto Federal do Espírito Santo Campus São Mateus...342 ANEXO C - Diários das Turmas de Inglês I das Turmas do Curso Técnico Integrado em Eletrotécnica e Curso Técnico Integrado em Mecânica dos anos de 2013, 2014 e 2015. ...344 ANEXO D - Diários das Turmas de Inglês Instrumental das turmas do Curso Técnico Concomitante em Eletrotécnica e Curso Técnico Concomitante em Mecânica dos anos de 2014 e 2015. ...34 ANEXO E - Ementa Inglês Instrumental para o Curso Técnico Concomitante em Eletrotécnica. ...353 Anexo F - Ementa Inglês Instrumental para o Curso Técnico Concomitante em

Eletrotécnica. ...357 ANEXO G - Declaração e Documentos de Coordenação do Projeto de Extensão “Transferência de Tecnologia e Treinamento em Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para Trainees Técnicos em

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ANEXO H - Portaria de Execução e Acompanhamento do Projeto de Extensão “Transferência de Tecnologia e Treinamento em Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para Trainees Técnicos em

Cingapura”. ...365 ANEXO I – Competências e Habilidades a serem Alcançadas de Acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência de Línguas. Fonte:

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Ministério da educação: Brasil Alfabetizado, página inicial. Fonte:

http://portal.mec.gov.br...67 Figura 2 - Ministério da Educação: O Exame Nacional para Certificação de

Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA). Fonte: http://portal.mec.gov.br....68 Figura 3 - Educação Formal e Nâo-Formal. Nota: Elaborado pela autora...78 Figura 4 - Brasil: dados IBGE sobre evolução dos grupos etários. Fonte:

http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html...88 Figura 5 - No cartoon temos uma crítica ao ensino de idiomas. Fonte:

https://twitter.com/drongofest ...101 Figura 6 - Aprender inglês é fácil ou difícil? Fonte: www.nexolinguistics.com.br....102 Figura 7 - Inglês no Ensino Médio: o que temos e o que precisamos. Nota: Elaborado pela autora. ...128 Figura 8 - O inglês instrumental leva ao objetivo de modo mais rápido. Nota:

Elaborado pela autora. ...132 Figura 9 - Aprendizagem: o aluno e a Blended Learning. Fonte:

http://www.testbagacademy.com...180 Figura 10 - Assim caminha a tecnologia. Fonte: https://ifunny.co/tags/2015...190 Figura 11 - Os subconjuntos de Brown aqui representados. Fonte: Brown, 2003..204 Figura 12 - Logomarca criada para o aplicativo. Fonte: Projeto Dicionário Técnico

Online. ...205

Figura 13 - QR CODE do aplicativo (código de barras bidimensionais). Fonte:

Projeto Dicionário Técnico Online. ...205 Figura 14 - Layout do aplicativo – Fonte: Projeto Dicionário Técnico Online...205

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Figura 15 - Progressão dos alunos do Curso Técnico Concomitante em Mecânica de acordo com o DUOLINGO. Fonte:

https://schools.duolingo.com/classroom/515602/activity_details...250 Figura 16 - Progressão dos alunos do Curso Técnico Concomitante em Mecânica de acordo com o DUOLINGO (em 31/03/2015). Fonte:

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LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 1 - Aprendizagem de Jovens e Adultos. Momento ímpar de compartilhamento. Fonte: Dia Nacional do Livro no Campus São Mateus do

Ifes...74 Fotografia 2 - Aula via Skype em intercâmbio de cultura e informação Cingapura e Brasil, em 06/09/2014. Fonte: Campus São Mateus do Ifes...175 Fotografia 3 - Alunos da turma de 2014 fazendo simulado, parte TOEIC, parte

TOEFL, em 10/09/2013. Alunos da turma de 2014 fazendo simulado, parte TOEIC, parte TOEFL, em 10/09/2013. Fonte: Campus São Mateus do Ifes...186 Fotografia 4 - Todas as partes do carro foram fotografadas separadas, catalogadas e inseridas no aplicativo. Fonte: Projeto SamaBaja...206 Fotografia 5 - Lançamento do aplicativo na GranExpo A em agosto, 2014, Serra/ES. Fonte: Projeto SamaBaja. ...206 Fotografia 6 - Apresentação do Dicionário Online pelos alunos na I PFRH em

dezembro de 2014. Fonte: I PFHR. ...207 Fotografia 7 - Participação na I PFRH apresentando o Dicionário Técnico Online em dezembro de 2014. Fonte: I PFRH. ...208 Fotografia 8 – Aplicação teste TOEIC Bridge Campus São Mateus do Ifes, dia 17/12/2015. Fonte: Campus São Mateus do Ifes...256

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Curso Técnico Integrado em Mecânica e Curso Técnico Integrado em Eletrotécnica 2013 - 63 alunos. Fonte: Registro Acadêmico Ifes Campus São

Mateus. Nota: Gráfico elaborado pela autora...245 Gráfico 2 - Curso Técnico Integrado em Mecânica e Curso Técnico Integrado em Eletrotécnica 2014 - 56 alunos. Fonte: Registro Acadêmico Ifes Campus São

Mateus. Nota: Gráfico elaborado pela autora...245 Gráfico 3 - Curso Técnico Integrado em Mecânica e Curso Técnico Integrado em Eletrotécnica 2015.1 – 51 alunos. Fonte: Registro Acadêmico Ifes Campus São Mateus. Nota: Gráfico elaborado pela autora...246 Gráfico 4 - Curso Técnico Concomitante em Eletrotécnica 2014.2 25 alunos. Fonte: Registro Acadêmico Ifes Campus São Mateus. Nota: Gráfico elaborado pela

autora...247 Gráfico 5 - Curso Técnico Concomitante em Eletrotécnica e Curso Técnico

Concomitante em Mecânica 2015.1 - 37 alunos. Fonte: Registro Acadêmico Ifes

Campus São Mateus. Nota: Gráfico elaborado pela autora...247

Gráfico 6 - Curso Técnico Concomitante em Eletrotécnica e Curso Técnico

Concomitante em Mecânica 2015.2 - 36 alunos. Fonte: Registro Acadêmico Ifes

Campus São Mateus. Nota: Gráfico elaborado pela autora...247

Gráfico 7 - Transferência de Tecnologia e Treinamento em Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para Trainees 2013 - 13 alunos. Fonte: Diário de registro da turma do Projeto. Nota: Elaborado pela

autora...252 Gráfico 8 - Transferência de Tecnologia e Treinamento em Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para Trainees 2014 - 18 alunos. Fonte: Diário de registro da turma do Projeto. Nota: Elaborado pela

(24)

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Gráfico 9 - Transferência de Tecnologia e Treinamento em Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para Trainees 2015 - 14 alunos. Fonte: Diário de registro da turma do Projeto. Nota: Elaborado pela

autora...253

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LISTA DE IMAGENS

Imagem 1 - Criação do grupo seleção Jurong. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em dez.

2015...181 Imagem 2 - Convite para participação no grupo. Primeiras atividades postadas pela professora no grupo do Facebook. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponíel em: https://www.Facebook.com/. Acesso em dez. 2015...182 Imagem 3 - Exemplo de atividade postada por aprendiz participante em Cingapura. As ações de colaboração ficam claras quando os aprendizes “curtem” ou visualizam. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em:

https://www.Facebook.com/. Acesso em dez. 2015...183 Imagem 4 - Aprendizagem cooperativa. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em dez. 2015...183 Imagem 5 - Compartilhamento de informações. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em dez. 2015...184 Imagem 6 - Educação para a cidadania. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em dez. 2015...184 Imagem 7 – Diálogo para a Cidadania. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em dez.

2015...185 Imagem 8 - Mediação e pronta resposta. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em dez. 2015...185 Imagem 9 – Aviso de remoção de mensagem. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em maio 2016...193 Imagem 10 - O convite veio à professora no dia 3 de agosto de 2015. Fonte:

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Acesso em nov. 2015...194 Imagem 11 - À medida que o diálogo avança, as dúvidas e incoerências aparecem. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em:

https://www.Facebook.com/. Acesso em nov. 2015...195 Imagem 12 - Outros momentos de diálogo e interação. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em nov.

2015...195 Imagem 13 – O diálogo volta-se para o verdadeiro objetivo: pedir dinheiro. Fonte:

FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/.

Acesso em nov. 2015...196 Imagem 14 – Informações incoerentes. Fonte: FACEBOOK. Nágila Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em nov. 2015...196 Imagem 15 - Informações incoerentes e novos contatos. Fonte: FACEBOOK. Nágila

Rabelo Moraes. Disponível em: https://www.Facebook.com/. Acesso em nov. 2015...197 Imagem 16 - Fan Page Equipe SamaBaja SAE. Fonte:

https://www.Facebook.com/MecEnglishDicionario...207 Imagem 17– Fan Page Dicionário Online criado MecEnglish em setembro de 2014. Fonte: https://www.Facebook.com/MecEnglishDicionario...208 Imagem 18 - Sorteio de um tablet para curtidas no download do Dicionário Técnico

Online em outubro de 2014. Fonte:

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Conhecimento e uso de vocabulário. Fonte: Nota: Elaborado pela

autora...107 Quadro 2 – Conteúdo do Módulo 1: Equivalente a A1 e A2 de Acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência de Línguas Nota: Elaborado pela autora...303 Quadro 3 – Conteúdo do Módulo 2: Equivalente a B1 e B2 de Acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência de Línguas Nota: Elaborado pela autora...304 Quadro 4 – Conteúdo o Módulo 3: Equivalente a B2 e C1 de Acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência de Línguas Nota: Elaborado pela autora...305 Quadro 5 – Conteúdo do Módulo 4: Equivalente a C1 e C2 de Acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência de Línguas Nota: Elaborado pela autora...307 Quadro 6 – Construção do Caminho Metodológico: Nota: Elaborado pela

autora...158 Quadro 7 – Equivalência de acordo com o nível de proficiência em Língua Inglesa. Classificação dos testes TOEFL ITP (teste convencional em papel). Nota: Adaptado pela autora...167 Quadro 8- Execução Dicionário Técnico Online. Etapas de execução do projeto de criação do produto. Nota: Elaborado pela autora...309 Quadro 9 - Nivelamento de proficiência. Nota: Elaborado pela autora...260

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Curso Técnico Integrado em Mecânica e Curso Técnico Integrado em Eletrotécnica – anos de 2013, 2014, 2015. Fonte: Registro Acadêmico Ifes Campus São Mateus. Nota: Tabela elaborada pela autora...240 Tabela 2 – Curso Técnico Concomitante em Mecânica e Curso Técnico

Concomitante em Eletrotécnica – anos de 2014, 2015. Fonte: Registro Acadêmico Ifes Campus São Mateus. Nota: Tabela elaborada pela autora...240 Tabela 3 – Transferência de Tecnologia e Treinamento em Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para Trainees Técnicos em Cingapura nos anos de 2013, 2014 e 2015. Fonte: Registro do diário do Projeto. Nota: Tabela elaborada pela autora...240 Tabela 4 – Curso Camareira em Meios de Hospedagem via Pronatec / Mulheres Mil.- 2014. Nota: Tabela elaborada pela autora...240 Tabela 5 – Uso do Manual Didático entre 2013 e 2015. Nota: Elaborado pela

autora...241 Tabela 6 – Avaliação da Aprendizagem dos Alunos dos Cursos Técnicos Integrados em Eletrotécnica e Mecânica. Fonte: Registro Acadêmico Ifes Campus São Mateus. Nota: Gráfico elaborado pela autora...246 Tabela 7 – Avaliação da Aprendizagem dos Alunos dos Cursos Técnicos

Concomitantes em Eletrotécnica e Mecânica. Fonte: Registro Acadêmico Ifes

Campus São Mateus. Nota: Gráfico elaborado pela autora...248

Tabela 8 – Avaliação da Aprendizagem dos Alunos do Projeto de Transferência de Tecnologia e Treinamento em Inglês: Informação e Imersão nas Culturas e Práticas de Trabalho – Intercâmbio para Trainees Técnicos em Cingapura. Fonte: Diário de registro da turma do Projeto. Nota: Elaborado pela autora...254 Tabela 9 – Prova de Proficiência em Língia Inglesa de2013 a 2015, pela N’Gee Ann Polytechnic de Cingapura. Nota: Elaborado pela autora ...254 .

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AF - Affective Filter – Filtro Afetivo.

B- Learning – Blended Learning (Aprendizagem mista)

CA - Communicative Approach – Abordagem Comunicativa,

EAP - English for Academic Purpose (inglês para fins acadêmicos). EBE - English for Business and Economics (inglês para empresários). EE - English for Economics (inglês para economia).

E-Learning – Electronic Learning (aprendizagem por meio eletrônico) EOP - English for Occupation Purpose (inglês para profissões específicas). EP English for Psychology (inglês para psicologia).

ESP - English for Specific Purposes (inglês para fins específicos). ES - English for Secretaries (inglês para secretárias).

ESS- English for Social Sciences (inglês para as ciências sociais).

EST - English for Science and Technology (inglês para a ciência e a tecnologia). ET - English for Teaching (inglês para o ensino).

GE - General English (inglês geral). ID - Idioms – Expressões idiomáticas.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LA - Lexical Approach – Abordagem Lexical.

LM - Língua materna. L1 - Língua materna. L2 - Segunda língua.

M-Learning – Mobile Learning (Aprendizagem Móvel)

ODM - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

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ONU - Organização das Nações Unidas PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais

PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento SENAI – Serviço nacional de Aprendizagem Industrial

SL - Segunda língua.

TIC - Tecnologias de Informação e Comunicação

TOEFL – Test of English as a Foreign Language (Teste de Inglês como uma Língua

Estrangeira)

TOEIC - Test of English for International Communication (Teste de Inglês para

Comunicação Internacional)

TVET–Technical and Vocational Education and Training (Ensino Técnico e

Formação Profissional)

U-Learning – Ubiquitous Learning (Aprendizagem Ubíqua)

VP/A - Vocabulário Produtivo ou Ativo - é aquele que é adquirido e usado pelo

aprendiz.

VR/P - Vocabulário receptivo ou passivo ou receptivo é aquele que o educando

reconhece, apesar de não usar.

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DEFINIÇÃO DOS TERMOS

Abordagem - O termo abordagem - approach - é definido como os pressupostos

teóricos acerca da língua e da aprendizagem, não se tratando de uma metodologia, mas da análise de uma série e competências linguísticas. Às vezes é adotado o termo “metodologia” também como “abordagem” para designar a forma como o ensino de língua estrangeira vem se processando ao longo dos anos.

Abordagem Comunicativa - A língua é analisada como um conjunto de eventos

comunicativos e não de frases soltas. Caracteriza-se por ter o foco no sentido, no significado e na interação propositada entre os sujeitos que estão aprendendo uma nova língua. Vai além da aprendizagem das formas gramaticais, pois aborda outras competências linguísticas.

Abordagem Lexical - O uso do vocabulário em expressões fixas e semi-fixas, que

ajudarão o aprendiz a ter um ponto de referência lexical, mas sem a obrigação do estudo detalhado da gramática. Vai muito além de paenas aprender palavras soltas como vocabulário, este tem de fazer sentido para o aluno, fazer parte de seu cotidiano e de suas aspirações.

B-Learning - Blended Learning, ou b-Learning, é um derivado da e-Learning, e

refere-se a um sistema de formação onde a maior parte dos conteúdos é transmitido parte à distância e parte presencial. Blended, algo misto, combinado.

Duolingo - Aplicativo gratuito de ensino de idiomas. Disponível em Android, iOS, Windows Phone e Web.

E-Learning – Electronic Learning. Modelo de ensino não presencial apoiado pelo

computador e/ou outras mídias eletrônicas.

Filtro Afetivo - Affective filter – É um bloqueio de aprendizagem devido a uma

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Gadgets - dispositivos portáteis de variados segmentos, como smartphones, MP3

ou MP4 players, tablets e diversos outros aparelhos relativamente pequenos que desempenham funções específicas.

Inglês Instrumental - Leitura para Fins Acadêmicos. Curso de inglês ou outro

idioma, voltado exclusivamente para a leitura de textos acadêmicos que normalmente trabalham com textos autênticos de gêneros específicos de acordo com a necessidade do aluno para o mundo do trabalho. Trabalha-se: compreensão e estratégias de leitura; níveis de leitura; estratégias gramaticais; estudo de alguns gêneros acadêmicos; compreensão geral de um gênero acadêmico específico: contexto de situação e de cultura; elementos léxico-gramaticais e de organização pertinentes e; estudo e aplicação de vocabulário específico.

M-Learning – Mobile Learning ou aprendizagem móvel é uma das modalidades da

Educação a distância, ou e-Learning. A interação entre os participantes se dá através de dispositivos móveis, tais como smartphones, i-pods, i-pads, tablets, laptops, rádio, tv, telefone, fax, entre outros.

Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas - Guia usado para

descrever os objetivos a serem alcançados pelos estudantes de línguas estrangeiras na Europa, dividindo a proficiência do aluno em 3 categorias: A (falante básico), B (falante independente) C (falante proficiente).

ODM - Conhecidos como "8 Jeitos de Mudar o Mundo", os Objetivos do

Desenvolvimento do Milênio são uma série de metas pactuadas pelos governos dos 191 países-membros da ONU com a intenção de fazer do mundo um lugar onde todos podem viver sobre a combra das justiça e da igualdade.

ODS - Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um conjunto de 17

objetivos e 169 metas. São ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros.

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PNUD - O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento é a rede de

desenvolvimento global da Organização das Nações Unidas. Está presente em mais de 170 países e territórios, e preocupoa-se com o desenvolvimento local e com o desenvolvimento humano para contribuir com o empoderamento de vidas e com a construção de nações mais fortes e resilientes.

Sistema S – Conjunto de organizações das entidades corporativas voltadas para o

treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica. Fazem parte do Sistema S: o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); o Serviço Social do Comércio (Sesc); o Serviço Social da Indústria (Sesi); e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac). Existem ainda os seguintes: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço Social de Transporte (Sest).

ODS 4 – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4 que visa garantir

educação inclusica, equitativa e de qualidade.

ODS 5 – Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 5 que visa alcançar a

igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

Programa Mulheres Mil – Programa do governo brasileiro que objetiva oferecer as

bases de uma política social de inclusão e gênero, mulheres em situação de vulnerabilidade social têm acesso à educação profissional, ao emprego e renda. Ele foi instituído pela Portaria do MEC nº 1.015, do dia 21 julho de 2011, publicada no Diário Oficial da União do dia 22 de julho, seção 1, página 38.

PRONATEC - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego

(Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, por meio da Lei 11.513/2011, e tem como objetivo expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, além de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino médio público.

TIC - As Tecnologias de Informação e Comunicação - conjunto de recursos

tecnológicos que proporcionam um novo modo de se comunicar. São usados para descrever os aparatos que veiculam conteúdo multimodal digital e permitem comunicação de duas vias.

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TVET - Technical and Vocational Education and Training (TVET)- A Educação

Técnica e Profissional e Formação, conhecida a nível mundial pela sigla TVET, está preocupada com a aquisição de conhecimentos e competências para o mundo do trabalho. Suas metas incluem: Estágio de Formação, Educação Profissional, Ensino Técnico, Educação Técnico-Profissional (TVE), Educação Ocupacional (OE), Educação e Formação Profissional (EFP), Educação Profissional e Profissional (PVE), Carreira e Educação Técnica (CTE), Educação força de trabalho (WE),

Workplace Educação (WE),

U-Learning - Ubiquous Learning ou Aprendizagem Ubíqua ou aprendizagem

onipresente. Aprendizagem em todo lugar, a qualquer hora, mas que precisa ser monitorada, assistida, alimentada e construída.

UNESCO - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a

Cultura.

Vocabulário Produtivo ou Ativo - É aquele que é adquirido e usado pelo aprendiz. Vocabulário Receptivo ou Passivo – É aquele que o aluno reconhece, apesar de

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1 INICIANDO O CAMINHO

Objetivando propor e comprovar a eficácia de uma abordagem do ensino instrumental da língua inglesa no processo de ensino e aprendizagem proposto por Paulo Freire, iniciamos nosso percurso nos caminhos da Educação de Jovens Adultos utilizando material didático elaborado para este propósito aliado às TIC. Mas o que nos moveu a este fim? O fato de vivermos em um mundo globalizado nos faz pensar em novas oportunidades de inserção dos jovens e adultos neste mundo do trabalho competitivo que exige a todo momento uma nova qualificação (MANFREDI, 1998). O conhecimento de um segundo idioma é fator essencial para a criação destas novas oportunidades.

Considerando o uso da língua inglesa a nível mundial como fator de comunicação em suas diversas nuances, vemos então a importância do desenvolvimento de novas abordagens para a aprendizagem da língua inglesa, mas voltada para a educação de jovens e adultos. Em se tratando da educação de jovens e adultos a aprendizagem de um novo idioma deve ser considerada não como pressuposto zero de ponto de partida da aprendizagem, pois o educando traz em si uma bagagem própria de aprendizagens adquiridas ao longo de sua vida (FREIRE, 1963, 1967, 1970, 1973, 1983,1989).

O processo investigativo relacionado à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Inglês Instrumental ocorreu embasado principalmente nos autores Stephen Krashen (1982, 1988) com sua Hipótese do Filtro afetivo explicitando a construção de aprendizagem significativa a partir do contexto do educando e Paulo Freire (1963, 1967, 1979, 1983, 1989, 1996, 1997) na perspectiva da autonomia da aprendizagem e da construção coletiva do conhecimento. Outros autores como Paiva (2004), Krashen (1988), Lewis (1997), Leffa (2000), Nunan (1988) e Hutchinson e Waters (1992) teremos uma constante ênfase neste projeto aos termos abaixo relacionados. O tema: aprender uma segunda língua me torna um cidadão do mundo? Sim, pois aprender inglês tornou-se quesito de suma importância para aqueles que querem entrar no mundo do trabalho com uma vantagem a mais em relação a seus concorrentes.

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Considerando ainda o processo investigativo, este foi voltado à Educação Profissional Técnica (EPT) como também a TVET (Technical and Vocational

Education and Training - Educação e Formação Técnica e Profissional), com aporte

metodológico na Pesquisa-Ação de Thiollent (1985, 1997) e Gil (2008).

A comunicação é ferramenta imprescindível. Neste mercado globalizado que vivemos, o mundo do trabalho exige que tenhamos formação especial. É imprescindível também o domínio de pelo menos mais um idioma, pois o monolinguismo fada as pessoas a ficarem ilhadas culturalmente e profissionalmente. Aprender inglês tornou-se um quesito de suma importância para aqueles que querem entrar no mundo do trabalho com uma vantagem a mais em relação a seus concorrentes. Por isto, neste planeta globalizado em que vivemos onde a China fica a apenas um clique do botão do mouse e as reuniões de negócios acontecem através de vídeo conferências, é necessário saber o idioma considerado universal. Numa mesma sala de aula podemos ter um chinês, um americano, um francês, um japonês, um brasileiro, todos com o mesmo objetivo: aprender um segundo idioma para uma melhor colocação profissional; e, esta demanda por profissionais mais qualificados, reforça a corrida por cursos de idiomas associados aos cursos de capacitação. No entanto, apenas uma pequena parcela da população economicamente ativa tem acesso a cursos de capacitação para a aprendizagem de um segundo idioma. Considerando que a maior parte da população brasileira não tem acesso a estes programas internacionais, seja por motivos financeiros ou por uma questão de tempo, temos que repensar sobre a importância da aprendizagem da língua inglesa para trabalho e estudo, mas com uma abordagem voltada para a educação de jovens e adultos.

Paulo Freire (1983, p.16), renomado educador brasileiro, enfatiza:

“[...] no processo de aprendizagem, só aprende verdadeiramente aquele que se apropria do aprendido, transformando-o em apreendido, com o que pode, por isto mesmo, reiventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações existenciais concretas”.

O ensino de idiomas tem mudado desde que passou a ser usado como ferramenta de comunicação, desde que a expressão “ser um cidadão do mundo” tornou-se um enunciado dito aos quatro cantos do planeta com a finalidade de aproximar povos, fazê-los compartilhar conhecimentos e experimentar novas aprendizagens.

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Podemos ter as mais diversas práticas metodológicas e abordagens para o ensino de um idioma, mas a comunicação tem de ser o objetivo maior a ser alcançado. Comunicar não significa apenas expressar-se oralmente, mas saber dialogar com os costumes, os saberes e a cultura do outro também. Como enfatiza Freire (1983, p.46) “A educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados”. As razões para aprender um segundo idioma também têm mudado de acordo com o período da história e da necessidade econômica. Em algumas áreas o ensino de idiomas foi realizado com o propósito de leitura para a transmissão de conhecimentos através de manuais e livros. Em outras, apenas com o propósito de comunicação oral, como foi o caso das duas grandes guerras onde os soldados precisavam-se comunicar-se para pedidos de sobrevivência e comandos. Estas diferenças influenciaram como a língua foi ensinada de acordo com estes momentos da história. Consequentemente, as teorias sobre a natureza da linguagem e seu ensino também mudaram.

Para competir neste mercado globalizado, os jovens e os adultos precisam estar cientes da necessidade do uso de uma segunda língua. O uso da língua inglesa deve ser, se não o primeiro diferencial, um dos mais importantes para o educando ter uma habilidade a mais no mundo do trabalho, pois mais do que qualificar e instrumentalizar os jovens e adultos com habilidades imediatas para o trabalho, temos que conduzi-los a liberar seu potencial para lidar com o desafio global duplo da empregabilidade e do desemprego, principalmente entre os jovens.

A verdadeira fórmula de aprendizagem de uma segunda língua está muito mais relacionada ao vocabulário do que à aprendizagem da gramática. A verdadeira fórmula para o progresso do educando está baseada em uma assimilação contínua de vocabulário, aliada a atividades cognitivas e gramaticais. Esta é a fórmula de sucesso que leva à aquisição da linguagem real e necessária para comunicação e trabalho. No livro branco sobre a educação e a formação na União Europeia (1995) é possível encontrar passagens como: a mundialização das trocas, a globalização das tecnologias e, em particular, o surgimento da sociedade da informação. Estes fenômenos aumentaram as possibilidades de acesso dos indivíduos à informação e ao saber. Mas, ao mesmo tempo, todos esses fenômenos produzem uma modificação das competências adquiridas e dos sistemas de trabalho. Para muitos,

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esta evolução aumentou a incerteza e para alguns, criou situações de exclusão intoleráveis (COMISSÃO EUROPEIA, 1995, p.37). Melhorando a oferta de formação e educação de jovens e adultos, podemos contribuir para consolidar as competências linguísticas e culturais, assim como profissionais, dos cidadãos desfavorecidos no mercado do trabalho. Para isto é necessário que comunidades, empresas e autoridades políticas, se unam na tomada de decisões, na cooperação, na elaboração e na aplicação das políticas públicas para a formação destes.

A maioria das escolas brasileiras seja de cunho particular, federal, estadual ou municipal ainda se atêm ao uso de um livro didático específico que não atende diretamente a essa necessidade específica. A criação de material didático original e técnico para a área é necessária, pois as metodologias e abordagens utilizadas em cursos livres também não atendem a essa especificidade. O próprio material dos PCN (1999) avalia que o ensino de língua estrangeira nas escolas regulares do Brasil era construído quase sempre “apenas nos estudos de formas gramaticais, na memorização de regras e na prioridade da língua escrita e, em geral, tudo isso de forma descontextualizada e desvinculada da realidade” (BRASIL, 1999, p. 26). Em se tratando do uso do inglês instrumental para trabalho e estudo tendo como sigla ESP – Inglês para Fins Específicos (English for Specific Purpose), este aborda o ensino e aprendizado de um idioma treinando habilidades específicas, seja leitura, conversação, vocabulário ou escrita. O termo inglês instrumental, adaptado da sigla ESP teve seu advento na década de 70 em algumas universidades brasileiras e, embora seja usado mais para aulas de leitura, também tem sua atuação nas outras habilidades também como a audição, escrita e fala.

Esta modalidade de ensino da língua inglesa de uma forma instrumental é bem difundida no Brasil, mas por não entender a importância da aplicabilidade do conteúdo para a futura vida profissional do educando, a maioria dos professores limita-se a seguir um plano (seguindo um livro didático ou não) que não contempla o aspecto instrumental efetivo e real da língua inglesa e que, como relata o PCN - Parâmetro Curricular Nacional, a escola regular passou a pautar-se, quase sempre, apenas no estudo de formas gramaticais, na memorização de regras e na prioridade da língua escrita, em geral, tudo de forma descontextualizada e desvinculada da realidade.

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Aprender vocabulário vai muito além desta memorização de listas de palavras e seus correspondentes significados na língua materna. “A aquisição de vocabulário é, pois, fundamental para os aprendizes de línguas estrangeiras” (PAIVA, 2004, p. 25). Continuando a reflexão de Paiva (2004), esta pontua que o professor ao elaborar seu plano de ensino deve sempre ter em mente as estratégias cognitivas, sociais e de comunicação para disponibilizar aos seus educandos a verdadeira aprendizagem do vocabulário. O vocabulário a ser pensado para cada nível deve ser elaborado a partir do pressuposto de que o educando deverá, não apenas apreender e reconhecer este vocabulário, como também usá-lo e reproduzi-lo em seu dia-a-dia profissional e acadêmico. Este vocabulário deve dar ênfase ao desenvolvimento da competência comunicativa ao invés da competência lexical/gramatical. Então podemos analisar que aprender vocabulário também vai muito além de decorar listas de palavras técnicas e expressões idiomáticas. Temos que orientar os educandos quanto à diversidade de contextos e situações vividas, sejam elas de cunho profissional ou acadêmica. Vivenciar atividades que realmente atinjam o objetivo comunicativo é o que os educandos precisam neste mundo globalizado.

Mas como deve ser este ensino voltado para a aprendizagem da língua inglesa de acordo com a necessidade do mundo do trabalho? Quais estratégias utilizar? Que estratégias ajudariam o professor em sua busca pelo caminho que leve a um uso real, prático e eficaz do vocabulário aprendido? Será que este programa não teria de ser personalizado?

Freire (1989, p.18) acentua que:

Desde o começo, na prática da democracia e crítica, a leitura do mundo e a leitura da palavra estão dinamicamente juntas. O comando da leitura e da escrita se dá a partir de palavras e de temas significativos à experiência comum dos alfabetizandos e não de palavras e de temas apenas ligados à experiência do educador.

A aprendizagem é também um bem a ser desejado pelo educando. O educando deve ser um participante ativo no processo educacional e a abordagem escolhida deve reforçar conceitos sem repetições, oferecendo experiências participativas de aprendizagem.

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Para Freire (1989, p.24) “Quanto mais conscientemente faça a sua História, tanto mais o povo perceberá, com lucidez, as dificuldades que tem a enfrentar, no domínio econômico, social e cultural, no processo permanente da sua libertação”.

De acordo com releitura de Freire sobre os estudos de Gramsci (1989, p.34):

Se faz preciso, então, enfatizar a atividade prática na realidade concreta (atividade a que nunca falta uma dimensão técnica, por isso, intelectual, por mais simples que seja) como geradora de saber. O ato de estudar, de caráter social e não apenas individual, se dá aí também, independentemente de estarem, seus sujeitos conscientes disto ou não. No fundo, o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é expresso da forma de estar sendo dos seres humanos como seres sociais, históricos, seres fazedores, transformadores, que não apenas sabem mas sabem que sabem.

Podemos então inferir que abordar a língua inglesa de uma maneira significativa totalmente voltada para a área acadêmica e para o trabalho seria um caminho a ser analisado, a se seguir, a partir da ideia de que “O ideal é selecionar o vocabulário que é mais útil”1 (tradução da autora), como analisado por Lewis (1997, p.45). Podemos nomear esta seleção prática de conteúdo como Abordagem Instrumental, onde o educando aprende um vocabulário básico composto de 800 palavras (para um curso de 30 h/a) ou mais (dependendo da dedicação do educando e/ou da carga horária). Esta abordagem instrumental da Língua Inglesa deve ser estruturada dentro de uma utilização prática e real no dia-a-dia.

Sugerimos na tese a utilização de um Manual Didático (Apêndice D) na abordagem instrumental da língua inglesa, que pode e deve ser aplicado dentro de um ambiente informático para que o educando também aprenda a usar a tecnologia em prol de seu conhecimento do mundo. Esta abordagem também deve ser pensada para a Educação de Jovens e Adultos. É necessária uma análise de como se processa a apreensão do vocabulário e seu uso no dia-a-dia do trabalho. Também é necessária a análise dos fatores que influenciam a aprendizagem e de como esta pode ser apropriada pelo educando através da Abordagem Comunicativa e da Abordagem Lexical, através de atividades reais e relacionadas ao mundo de aprendizagem do aluno, tendo conteúdo significativo e aplicável.

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Analisar qual critério para a seleção do vocabulário a ser usado em sala de aula é definido pelo professor é também de grande relevância. Essa seleção deve ser feita baseando-se nas necessidades do educando e nas oportunidades que este terá para usar este vocabulário em toda sua extensão semântica através da seleção e aplicação de atividades voltadas para o ensino de vocabulário de acordo com a abordagem instrumental. Outro fator também é o tempo em sala de aula. Este deve ser melhor aproveitado através do uso destas atividades voltadas para as necessidades urgentes e imediatas do educando, pois “O tempo em sala de aula é melhor aproveitado ao maximizar a probabilidade dos aprendizes aprenderem ao reproduzir o que aprenderam”2 (tradução da autora) em (LEWIS, 1997, p.47).

Sendo assim, a aprendizagem de uma segunda língua para a vida acadêmica e profissional do educando em um contexto de uso imediato em se tratando de comunicação real deve ser o objetivo maior a ser alcançado. Esta aprendizagem deve acontecer em um ambiente contextualizado com vocabulário específico (PAIVA, 2004) e deve ensinado respeitando-se as necessidades prementes do educando e o contexto social e comunicativo em que este está inserido (KRASHEN, 1988).

A presente pesquisa delineia o seguinte problema: a apresentação do vocabulário passivo e reprodutivo em língua inglesa dentro de uma abordagem instrumental apresentada nas escolas brasileiras está realmente voltada para o mundo do trabalho e para a vida acadêmica dos jovens e adultos? Esta é eficaz? Neste mundo conectado e globalizado é necessário saber pelo menos um idioma que seja considerado “universal” e nossos jovens e adultos precisam estar preparados para este mercado crescente. Não só no Brasil, mas no mundo também, temos um grave problema, pois muitos educandos não levam a sério o aprendizado de um segundo idioma em sala de aula (PAIVA, 2001, 2004; KRASHEN, 1988; HARMER, 1991; HOWAT, 1984) seja a nível de escola fundamental, ensino médio, ensino técnico (OLIVEIRA, 2007; MORAES, 1992, 2005) ou ensino superior.

Ao pensar em um segundo idioma não nos referimos apenas ao ensino da língua inglesa, mas referimo-nos também ao espanhol, o francês, ao alemão ou até mesmo

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à aprendizagem de Libras para uma melhor comunicação ou outras, visando uma melhor comunicação, efetiva e significativa. (KRASHEN 1988; PAIVA, 2001, 2004). O que fazer então para mostrar a nossos educandos a importância da aprendizagem de um segundo idioma para uma melhor colocação no mundo do trabalho? O saber científico deve ser desafiado na busca de uma solução significativa para este tema tão desafiador. Uma abordagem voltada para o mercado globalizado deve ser sistematizada, pois estudos práticos são necessários para aliar o saber do adulto à necessidade do mundo do trabalho.

Freire (1983, p. 36) pontua que:

Na verdade, nenhum pensador, como nenhum cientista, elaborou seu pensamento ou sistematizou seu saber científico sem ter sido problematizado, desafiado. Embora isso não signifique que todo homem desafiado se torne filósofo ou cientista, significa, sim, que o desafio é fundamental à constituição do saber. Ainda quando um cientista, ao fazer uma investigação em busca de algo, encontra o que não buscava (e isto sempre ocorre), seu descobrimento partiu de uma problematização.

Em se tratando da língua inglesa, como segundo idioma enfatizamos a importância desta ser ensinada através de atividades significativas e reais, sendo este o objeto desta pesquisa, pois a partir do momento em que as escolas que trabalham com a formação de jovens e adultos começarem a incentivar seus educandos a estudar o Inglês Instrumental como uma matéria de relevante importância para o seu futuro profissional, teremos a certeza de que nossos educandos estarão mais preparados para enfrentar este mundo do trabalho globalizado do século XXI, pois a comunicação é ferramenta imprescindível no mundo globalizado em que vivemos, exigindo que os trabalhadores tenham uma formação especial para se destacarem. Para isto, é imprescindível o domínio de pelo menos um segundo idioma, pois o monolinguismo fada as pessoas a ficarem ilhadas culturalmente e profissionalmente, fada as pessoas a ficarem restritas a ambiente e convivência social. E, com todo o mundo tecnológico que vivemos hoje,temos que ser cidadãos do mundo.

Podemos observar que o verdadeiro vocabulário aprendido pelo educando não deve se limitar a palavras soltas e a alguns verbos, pois “[...] a transição de um item do vocabulário receptivo (passivo) de um aprendiz para seu vocabulário produtivo (ativo) é um processo gradual que ocorre através da leitura ou da compreensão oral por um certo período de tempo [...]” (GAIRNS e REDMAN, 1988, p.65), pois

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aprender inglês vai além de elucidar e entender alguns aspectos gramaticais desta língua, de seguir páginas e páginas de algum livro didático e de repetir frases, expressões e porções sem significado.

Para Lewis (1997, p.20):

A compreensão de que a linguagem não consiste simplesmente em palavras e gramática e que grande parte do nosso léxico mental é armazenado como ‘pedaços’ pré-fabricados com várias palavras está longe de ser uma observação trivial.

O vocabulário não deve limitar-se a palavras soltas dentro de alguns eixos temáticos, deve basear-se em situações do cotidiano dos educandos, de sua aplicabilidade em sua vida acadêmica e profissional, pois ainda de acordo com a visão de Lewis (1997, p. 44):

A aprendizagem de línguas de uma forma mais eficiente deve ser baseada na verdadeira natureza tanto da linguagem quanto da aprendizagem. Esta simples observação significa que precisamos para refletir sobre a natureza lexical da linguagem em sala de aula.

Já Freire (1963, 1967, 1980) enfatiza que é preciso que exista a ação libertadora da educação e esta só é possível através da utilização do ambiente natural do educando que é construída no contexto da ação-reflexão, ou seja, não pode existir fora da práxis. O aluno precisa vivenciar situações que realmente o levem à aprendizagem para a vida.

Para aprender um idioma precisamos compreender alguns aspectos de sua cultura. Também devem ser vistas como elementos de vocabulário as locuções idiomáticas (idioms), e muitas das frases usadas para expressar ideias comuns em situações cotidianas, pois os maiores contrastes de vocabulário entre inglês e português, e consequentemente as maiores dificuldades, ocorrem justamente neste aspecto coloquial dos idiomas.

Na educação de jovens e adultos para o mundo do trabalho, o vocabulário a ser aprendido deve estar voltado para as competências e habilidades que o educando deve alcançar em relação a seu futuro profissional, ao mundo do trabalho e a sua vida acadêmica. O mais importante para o educando é deparar-se com atividades que realmente serão utilizadas em seu futuro acadêmico e profissional. Estas “atividades devem ser organizadas de acordo com a consciência da necessidade da

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aprendizagem da língua alvo” (HUTCHINSON e WATERS, 1992, p.53). Aprender para o adulto e para o jovem adulto significa desenvolver a capacidade de enriquecer o conhecimento e melhorar as qualificações técnicas e profissionais para satisfazer as necessidades pessoais e da sociedade que o cerca. Aprender um novo idioma significa então uma melhor colocação no mundo do trabalho. Para isto, o uso de vocabulário autêntico e prático deve ser analisado e ensinado.

O adulto tem a necessidade de perceber a finalidade do que lhe está sendo proposto como processo e produto de aprendizagem, pois aprender a ler significa aprender a ler o mundo, dar significado a ele (FREIRE, 1967, 1967, 1983). Aprender vai muito mais além de “instruir-se, adquirir conhecimento a partir do estudo”, é também “habilidade prática” a ser aprendida para ser utilizada.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais3 - PCN (2000, p.6):

O caráter dialógico das linguagens impõe uma visão muito além do ato comunicativo superficial e imediato. Os significados embutidos em cada particularidade devem ser recuperados pelo estudo histórico, social e cultural dos símbolos que permeiam o cotidiano.

O educando deverá então ser capaz de selecionar estratégias de leitura para construir significados enquanto lê, pois a leitura significativa precede a compreensão e assimilação. Vemos então, que a capacidade da leitura histórica, social e cultural não está vinculada apenas à decifração de símbolos, mas, sobretudo à capacidade de dar sentido a esses símbolos e compreendê-los (FREIRE, 1983, 1979, 1996). Mas o que observamos é que a maioria das escolas de ensino técnico ainda se atém ao uso de livros didáticos que nada ou quase nada tem de importante a acrescentar ao educando, pois os mesmos baseiam-se em linguagem não contextualizada (KRASHEN, 1988; PAIVA, 2001, 2004; LEWIS, 1997; HUTCHINSON e WATERS, 1992; ALMEIDA, 1993; LEFFA, 2000). Nas escolas em que trabalhei e tive a liberdade de criar material didático original e específico baseado na leitura significativa que o educando tinha em relação à leitura de sua vida acadêmica e profissional, observei que a aprendizagem da língua inglesa para fins específicos aconteceu de uma maneira natural que realmente foi útil no futuro acadêmico e

3 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) foram elaborados pelo governo brasileiro para difundir os princípios da reforma curricular e orientar os professores na busca de novas abordagens e metodologias. Estes são referênciaspara os Ensinos Fundamental e Médio de todo o Brasil.

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Figura 1 – Ministério da Educação: Brasil Alfabetizado, página inicial
Figura 2 – Ministério da Educação: O Exame Nacional para Certificação de Competências de  Jovens e Adultos (ENCCEJA)
Figura 3 – Educação Formal, Não-formal e Informal
Figura 4 – Brasil: dados IBGE sobre evolução dos grupos etários
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Referências

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