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J. Pediatr. (Rio J.) vol.93 número1

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Academic year: 2018

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www.jped.com.br

ARTIGO

ORIGINAL

Daily

meal

frequency

and

associated

variables

in

children

and

adolescents

,

夽夽

Fabiana

A.

Silva

a

,

Samara

M.

Candiá

a

,

Marina

S.

Pequeno

a

,

Daniela

S.

Sartorelli

b

,

Larissa

L.

Mendes

c

,

Renata

M.S.

Oliveira

a

,

Michele

P.

Netto

a

e

Ana

Paula

C.

Cândido

a,∗

aUniversidadeFederaldeJuizdeFora(UFJF),DepartamentodeNutric¸ão,JuizdeFora,MG,Brasil

bUniversidadedeSãoPaulo(USP),FaculdadedeMedicinadeRibeirãoPreto,DepartamentodeMedicinaSocial,SãoPaulo,SP,

Brasil

cUniversidadeFederaldeMinasGerais(UFMG),DepartamentodeNutric¸ão,BeloHorizonte,MG,Brasil

Recebidoem30deoutubrode2015;aceitoem20deabrilde2016

KEYWORDS

Mealfrequency; Cardiovascularrisk factors;

Childrenand adolescents

Abstract

Objective: Toinvestigatethefrequencydistributionofdailymealsanditsrelationto

demo-graphic,socioeconomic,behavioral, anthropometricandbiochemicalfactorsinchildren and

adolescents.

Methods: Thiswasacross-sectionalstudywitharepresentativesampleof708schoolchildren

aged 7---14years.Dataonpersonal information,socioeconomic status,physicalactivityand

number ofmealswere obtained throughsemi-structuredquestionnaireandconsumption by

24-hrecallandfoodrecord.Weightandheightmeasurementswerealsoperformedtocalculate

thebodymassindex.Finally,bloodsampleswerecollectedforanalysisoftotalcholesterol,

high-andlowdensitylipoprotein,triglyceride, andglucoselevels.Descriptivestatistics,the

Mann---Whitneytest,andPoissonregressionwereusedinstatisticalanalysis.

Results: Mealfrequency<4 wasassociatedinchildren,familyincome<3Brazilian minimum

wages(PR=5.42;95%CI:1.29---22.77; p=0.021)andadolescents, thenumberofsonsinthe

family >2 (PR=1.53; 95% CI:1.11---2.11; p=0.010).Even in the age group of10---14 years,

<4mealswasrelatedtohigherprevalenceofbodymassindex(PR=1.33;95%CI:1.02---1.74;

p=0.032) and low-density lipoprotein(PR=1.39; 95% CI: 1.03---1.87; p=0.030) higher after

adjustments.

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2016.04.008

Comocitaresteartigo:SilvaFA,CandiáSM,PequenoMS,SartorelliDS,MendesLL,OliveiraRM,etal.Dailymealfrequencyandassociated

variablesinchildrenandadolescents.JPediatr(RioJ).2017;93:79---86.

夽夽EstudovinculadoaoDepartamentodeNutric¸ão,InstitutodeCiênciasBiológicas,UniversidadeFederaldeJuizdeFora(UFJF),Juizde

Fora,MG,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:anapaula.candido@ufjf.edu.br(A.P.Cândido).

(2)

Conclusion: Lowerfrequencyofmealswasrelatedtolowerincomeinchildrenandadolescents,

largernumberofsonsinthefamily,andincreasedvaluesofbodymassindexandlow-density

lipoprotein.

©2016SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisanopen

accessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/

4.0/).

PALAVRAS-CHAVE

Frequênciade refeic¸ões; Fatoresderisco cardiovascular; Crianc¸ase adolescentes

Frequênciaderefeic¸õesdiáriasevariáveisassociadasemcrianc¸aseadolescentes

Resumo

Objetivo: Investigaradistribuic¸ãodafrequênciaderefeic¸õesdiáriasesuarelac¸ãocomfatores

demográficos,socioeconômicos,comportamentais,antropométricosebioquímicosemcrianc¸as

eadolescentes.

Métodos: Estudo transversal feito com uma amostra representativa de 708 escolares 7 e

14anos.Osdadossobreinformac¸õespessoais,nívelsocioeconômico,atividadefísicaenúmero

derefeic¸õesforamobtidospormeiodequestionáriosemiestruturadoeoconsumopormeiode

recordatóriode24horaseregistroalimentar.Medidasdepesoealturatambémforamfeitas

paracálculodoíndicedemassacorporal.Porfim,coletaram-seamostrasdesanguepara

aná-lisesdecolesteroltotal,lipoproteínadebaixaedealtadensidade,triglicerídeoseglicemia.

Análisesdescritivas,testedeMann-WhitneyeregressãodePoissonforamusadosnasanálises

estatísticas.

Resultados: Frequênciaderefeic¸ões<4seassociou,emcrianc¸as,arendafamiliar<3salários

(RP=5,42;IC95%:1,29-22,77;p=0,021)e,emadolescentes,ao númerodefilhosnafamília

>2(RP=1,53;IC 95%:1,11-2,11;p=0,010). Aindanafaixa de10 a 14anos, <4 refeic¸ões

serelacionouamaiorprevalênciadeíndicedemassacorporal(RP=1,33;IC95%:1,02-1,74;

p=0,032)elipoproteínadebaixadensidade(RP=1,39;IC95%:1,03-1,87;p=0,030)elevados

apósajustes.

Conclusão: Menorfrequênciaderefeic¸õesseassociouamenorrendaemcrianc¸aseem

adoles-centesamaiornúmerodefilhosnafamíliaevaloresaumentadosdeíndicedemassacorporal

elipoproteínadebaixadensidade.

©2016SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigo

OpenAccess sobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/

4.0/).

Introduc

¸ão

Está bem estabelecido que as doenc¸as cardiovasculares (DCV) se originam na infância e dois dos seus principais fatoresderiscomodificáveis,oexcessodepesoeas disli-pidemias,têmsidocadavezmaisobservadosemcrianc¸ase adolescentesquemuitasvezessãodiagnosticadoscompelo menosumdessesfatores.1

A prevalência mundial de obesidade infantil tem aumentado consideravelmente no decorrer das últimas três décadas,2---4 especialmente em países submetidos a

transic¸õeseconômicasquefavoreceramaindustrializac¸ãoe estilosdevidaurbanoseocidentais,3eotempodedurac¸ão

do excesso de peso encontra-se diretamente associada à morbimortalidadeporDCV.5

AateroscleroseéosubstratofisiopatológicoparaasDCV eseinicianainfânciaesedesenvolveaolongodosanos.1,6

Asestriasgordurosas,precursorasdasplacas ateroscleróti-cas,aparecemnacamadaíntimadaaortaaos3anosenas coronáriasduranteaadolescência,têmcomoummarcador deriscotradicionaldesseprocessoadislipidemia.7

Evidênciasatéomomentoatribuemoaumentoda pre-valência de excesso de peso e dislipidemias à interac¸ão entrefatoresgenéticose ambientais.Noque dizrespeito

à dieta, o consumo de energia e macronutrientes tem sido amplamente investigado. No entanto, os modelos etiológicosalimentaresexistentesnãopodemexplicar total-mente o desenvolvimentodesses fatoresde risco para as DCV:oscomportamentosalimentarestambémprecisamser investigados.8

Dentreasvariáveisrelacionadasaesses comportamen-tos,umefeitoprotetordemaioresfrequênciasderefeic¸ões diárias para sobrepeso e obesidade tem sido detectado em crianc¸as e adolescentes.9---11 Além disso, embora esse

efeitotenha sidoobservadoprincipalmentecomrelac¸ãoà massacorporal total,tambémtemsidoobservadoparaas alterac¸õesdeletériasdelipídiosséricos.11,12

Segundoalgunsautores,a omissãode refeic¸ões contri-buiparainadequac¸ãodietéticaeaumentodopesocorporal, umavezqueosalimentoscomumenteconsumidosem deter-minadas refeic¸ões dificilmente serão ingeridos em outros horáriosaolongododia,podematésersubstituídospor ali-mentosnãosaudáveis.13,14 Além desseefeito,quepoderia

ser mediado por alterac¸ões na ingestão alimentar, tam-bém têm sido sugeridas mudanc¸as no gasto energético pós-prandial que podem predispor ao ganho de peso em longoprazo15 eaumentodocolesterolséricoconsequente

(3)

plasmáticaemaioráreasobreacurvaderespostasà insu-lina,empadrõesalimentaresirregulares.

Uma vez que comportamentos alimentares, como a frequênciaderefeic¸ões,podemcontribuirparainadequac¸ão dietética e para a prevenc¸ão do aumento de peso cor-poral e perfis saudáveis de lipídios séricos em indivíduos e populac¸ões, o objetivo deste estudo é investigar a distribuic¸ãodafrequênciaderefeic¸õesdiáriasesuarelac¸ão com fatores demográficos, socioeconômicos, comporta-mentais, antropométricos e bioquímicos em crianc¸as e adolescentes.

Métodos

Populac¸ãodoestudoeprocessodeamostragem

Esteestudoepidemiológicodedelineamentotransversalfoi feito em 2012 com uma amostra representativa de 708 crianc¸as e adolescentes de 7 a 14 anos e de ambos os sexos,estudantesdeescolasdoensinofundamentaldarede públicaeprivadadaáreaurbanadeJuizdeFora(MG).

A definic¸ão dotamanhodaamostra(n=708)baseou-se nosseguintes critérios:determinac¸ão deníveis desejáveis de precisão e significância de respectivamente 2% e 5%, estabelecimento de uma prevalência de 8% de obesidade nafaixaetáriaestudada16e20%deperdas(nãoautorizac¸ão

dopaisoudosestudantesparaparticipardoestudo).Foram excluídos26 estudantes pornãopreenchimentoadequado dasquestõesreferentesàfrequênciaderefeic¸ões.

O processoamostral se deuem três fases, na seguinte ordem: amostragem por conglomerado, as escolas foram selecionadas aleatoriamente dentro de cada região da cidade;estratificadaproporcional,naqualonúmerode indi-víduosamostradoemcadasérieescolarfoiproporcionalao totaldealunosexistentesemcada;eamostragemaleatória simples,emqueaselec¸ãodosalunosporescolaesériefoi feitaporsorteioaleatórioatécompletaronúmerodealunos necessárioporescola.

Instrumentosdecoletadedados

Afrequênciaderefeic¸õesfoiobtidapormeiodeaplicac¸ão de questionário estruturado, com as seguintes opc¸ões de refeic¸ões: cafédamanhã,lanchedamanhã,almoc¸o, lan-che da tarde, jantar e lanche da noite. Foi solicitado aosparticipantes queassinalassem asrefeic¸ões que eram habitualmente feitas. As frequências de refeic¸ões foram categorizadasdeacordocomovalormédiodessavariável napopulac¸ãoestudadacomorisco(<4refeic¸ões)enãorisco (≥4refeic¸ões).

Comoinstrumentos na avaliac¸ão doconsumoalimentar foramusados,paracadasujeito dapesquisa, um recorda-tórioalimentarde24horasaplicadopelopesquisadorcom auxíliodeálbumfotográficoeumregistroalimentardetrês dias.Esse foientregueaosescolaresouresponsáveispara preenchimento nodomicílio e devoluc¸ão em data previa-menteagendadaeelesforamorientadosaaplicá-loemdias alternados,comainclusãodeumdiadefimdesemana. Pos-teriormente,osdadosobtidosforaminseridosnoprograma Dietwin®(Dietwin®,NutritionSoftware,versão2008;Brasil)

paraanálisedoconsumoenergéticodiário.

Paraaestimativadaingestãomédiahabitualnaamostra total,foiusadooprogramaMultipleSourceMethod( Depart-ment ofEpidemiology ofthe German Institute ofHuman NutritionPotsdam-Rehbrucke,Alemanha),capazdeestimar a ingestão habitual de cada indivíduo por meio de ajus-tes a partir de recordatórios alimentares de 24horasda amostra total mais três registros alimentares de uma subamostra.

Assistir a TV por duas ou mais horas diariamente foi categorizado como ‘‘risco’’ a partir de orientac¸ões do

ExpertCommitteeRecommendationsRegardingthe Preven-tion,Assessment,and Treatmentof Childand Adolescent OverweightandObesity.17 Com relac¸ãoaotempototalde

atividadefísica(TAF),ascrianc¸aseosadolescentesforam classificados como ativos quando fizeram, semanalmente, 300minutosoumaisdeatividadefísicamoderadaou vigo-rosa e inativos quando fizeram menos de 300 minutos, conformeclassificac¸ãousadanaPesquisaNacionaldeSaúde doEscolar(PeNSE2012).18

Opesofoiaferidonabalanc¸adamarcaTanita®,modelo IronmenBC-553(TanitaCorporationofAmerica,Arlington Heights,EUA),comcapacidademáximade136Kgeprecisão de0,5Kg.Osindivíduosforampesados depé,descalc¸ose comroupasleves.Aestaturafoiaferidapormeiodo estadi-ômetrodecampoAlturexata® (Alturexata,Brasil).Apartir

dosvaloresobtidos,oíndicedemassacorporal(IMC)foi cal-culadoe ascrianc¸as eosadolescentes,classificadoscomo portadoresdeexcessodepeso (sobrepesoouobesidade)a partirdoIMCpor idade≥ escoreZ+1,segundooslimites propostospelaWHO.19

As amostras desangue foram coletadasdos indivíduos após 12horas dejejum. Foramfeitas dosagens bioquími-cas decolesterol total, frac¸ões(HDL e LDL), triglicérides e glicose. As alterac¸ões dos lipídeos séricos e glicemia foram analisadas de acordo com a V Diretriz Brasileira deDislipidemiasePrevenc¸ãodaAterosclerose20 esegundo

critériosdoNational Diabetes Education Program(NDEP), respectivamente. Foram considerados de risco os valores limítrofesparaoslipídiosséricoseparaaglicemiadejejum

≥100mg/dl.

Analisesestatísticas

A normalidade dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Posteriormente, foi feita análise descritivaestratificadaporfaixaetáriaeotestede Mann--Whitney foi usado para verificar diferenc¸as significativas entreosvaloresdasmedidasdetendênciacentral.

Para analisar as associac¸ões entre frequên-cia de refeic¸ões e as variáveis de interesse, usou-se regressãodePoissonbrutaeregressãodePoissonajustada comajusterobusto davariânciae controleparaefeitodo delineamento. As variáveis com nível de significância ≤ 0,20 ouque poderiam ser potenciaisfatores de confusão foramincluídasnosmodelos.

Diferenc¸asentreosvaloresforamconsideradas estatis-ticamentesignificativas paravalorde p<0,05.As análises estatísticasforamfeitasnossoftwares StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS®, versão 13.0, EUA) e Stata

(4)

Tabela 1 Características demográficas, antropométricas, bioquímicas, comportamentais e dietéticas de crianc¸as e adolescentes

Variáveis N Crianc¸asa N Adolescentesa pb

Idade(anos) 205 8(5-9) 500 12(10-16) <0,001

IMC(kg/m2) 204 16,66(12,4-32,5) 499 18(13-40,3) <0,001

CT(mg/dl) 185 158(99-243) 468 152(82-249) 0,021

HDL(mg/dl) 141 49(27-90) 378 47(22-89) 0,097

LDL(mg/dl) 141 97(11-178) 378 91(29-162) 0,021

TG(mg/dl) 184 59,50(19-231) 468 63(11-272) 0,536

GLI(mg/dl) 180 79(23-118) 463 82(23-104) <0,001

TAF(min.) 197 79,61(±101,51) 491 113,42(±142,47) 0,030

Noref.diárias 191 4,31(±1,03) 491 3,99(±1,03) <0,001

Calorias/dia 190 1.701,79(697,76-2996,21) 490 1.700,82(622,82-3763-02) 0,830

CT, colesteroltotal; GLI,glicose; HDL,lipoproteína dealta densidade; IMC, índice demassa corporal;LDL, lipoproteínade baixa densidade;TAF,tempototaldeatividadefísica;TG,triglicérides.

aDadosexpressosemmedianaeintervalosmínimoemáximooumédia±desviopadrão. b TestedeWilcoxon-Mann-Whitney.

Aspectoséticos

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Univer-sidade Federal de Juiz de Fora (parecer 09/2010; CAAE 0018.0.180-10).Otermodeconsentimentolivree esclare-cidofoiobtidodospaisouresponsáveislegaisapós serem informadossobreosobjetivosdapesquisa,oprotocoloeos procedimentos.

Resultados

Dentre os 708 escolares de 7 a 14 anos, 682 responde-ram corretamente as questões referentes ao número de refeic¸õesesão,dessamaneira,asubamostradesseartigo. Desses, 1,68% era estudante de escola privada e 98,32% eramestudantes de escolapública;47,66% eram meninos e 52,34% meninas, com média de 10,82±2,14 anos; não houvediferenc¸anaidademédiasegundoosexo(p=0,981). Naamostra, 35,5% das crianc¸as e 31,5% dos adolescentes apresentaramexcessodepeso.

OsvaloresdeIMC,glicemiadejejumeTAFforam signifi-cativamentemaioresentreosadolescentes.Noentanto,as crianc¸asapresentarammaioresvaloresdeCT,LDLemaior númeroderefeic¸ões,o consumoenergéticonãovarioude formasignificativasegundoafaixaetária(tabela1).

Fazer quatro ou mais refeic¸ões foi significativamente maisprevalenteentreascrianc¸as (80,1%)doqueentreos adolescentes(68,8%) (p =0,003) e mais prevalente entre osexo masculino(77,9%) em comparac¸ão como feminino (66,6%)(p=0,001)(dadosnãomostrados).

Entreosadolescentes,asmeninasquefizerammenosde quatrorefeic¸õesapresentaram1,53vez(RP=1,53;IC95%: 1,06-2,22; p = 0,022) mais risco de excesso de peso em comparac¸ãocomasquetiveramumpadrãomaisfrequente derefeic¸ões.Nãoforamverificadasdiferenc¸assignificativas narazãodeprevalênciadeexcessodepesoparaos diferen-tespadrõesderefeic¸õesnosadolescentesdosexomasculino ecrianc¸asdeambosossexos(dadosnãomostrados).

OTAFeamedianadeingestãocalóricanãovariaram sig-nificativamenteentre crianc¸as que consumiram menosde

quatrorefeic¸õesoumaiorouigualaquatro.Nos adolescen-testambémnãofoiverificadadiferenc¸asnoTAFsegundoa frequênciaderefeic¸ões.Noentanto,entreosadolescentes, oconsumomedianodeenergiafoimaior(p<0,001)entreos indivíduosqueconsumiramquatrooumaisrefeic¸õesdoque entreosindivíduosqueconsumirammenosdequatro(dados nãomostrados).

Dentre os indivíduos que fizeram menos de quatro refeic¸õesao dia, a ceiafoi a refeic¸ão maisomitida pelas crianc¸as (66%) e pelos adolescentes (77,3%). Em seguida temos:acolac¸ão,quefoiomitidapor60%dascrianc¸ase61% dosadolescentes,eocafédamanhã,por32%dascrianc¸as e34,8%dosadolescentes(dadosnãomostrados).

Nãoforamobservadas diferenc¸as significativasentreas omissões das diferentesrefeic¸ões em crianc¸as, segundo o sexo.Noentanto,entreosadolescentes,asmeninas omi-tirammaisocafédamanhã(34,9%vs.23,3;p=0,009)eo almoc¸o (11,2%vs. 5,6;p =0,050) em comparac¸ão comos meninos.Já acolac¸ãofoi maisomitidaentreosexo mas-culino doque entreo feminino (60,3%vs.49,1; p=0,034) (dadosnãomostrados).

Na tabela 2 temos a análise de regressão de Poisson nãoajustadaemcrianc¸as.Verificou-sequeaprevalênciado padrão<4ref./diafoimaiorentreosindivíduoscommenor renda familiar (RP = 3,63; IC 95%: 1,13-11,59; p = 0,030) e essepadrão se associou a maiores prevalências de LDL aumentado(RP=1,48;IC95%:1,02-2,13;p=0,037).

Nosadolescentes(tabela3),opadrão<4ref./diafoimais prevalenteentreosexofeminino (RP=1,54; IC95%: 1,17-2,04;p=0,002)eentreasfamíliascomnúmerodefilhos>2 (RP=1,56;IC95%:1,13-2,14;p=0,007).Porsuavez,esse padrãoderefeic¸õestambémfoidiretamenteassociado ao aumento do IMC (RP=1,31; IC95%: 1,00-1,71; p = 0,043) e LDL(RP=1,33;IC95%:1,00-1,75; p= 0,042).Asdemais variáveisbioquímicasnãoserelacionaram àfrequênciade refeic¸ões.

(5)

Tabela 2 Distribuic¸ão dafrequência de refeic¸ões diáriase arazão de prevalência brutasegundo variáveis demográficas,

socioeconômicas,dietéticas,comportamentais,antropométricasebioquímicadecrianc¸as,JuizdeFora,MG,2012

Variáveis Frequênciaderefeic¸õesdiárias RP IC95% pd

<4

N(%)

≥4a

N(%)

Sexo

Masculino 18(47,4) 83(54,2) 1

---Feminino 20(52,6) 70(45,8) 1,25 0,70-2,21 0,449

Idadematerna(anos)a

<40 12(54,5) 65(67,7) 1

---≥40 10(45,5) 31(32,3) 1,56 0,74-3,32 0,243

Escolaridadematerna(anos)

≥9 20(69,0) 86(60,6) 1

---<9 9(31,0) 56(39,4) 0,73 0,35-1,52 0,403

Mãetrabalhafora

Não 13(41,9) 68(46,9) 1

---Sim 18(58,1) 77(53,1) 1,18 0,61-2,26 0,617

Rendafamiliar(salários)a

≥3 3(11,5) 50(36,0) 1

---<3 23(88,5) 89(64,0) 3,63 1,13-11,59 0,030

Númerodefilhosa

≤2 16(51,6) 90(63,4) 1

--->2 15(48,4) 52(36,6) 1,48 0,78-2,80 0,225

HorasdeTVb

<2h 18(50,0) 53(37,1) 1

---≥2h 18(50,0) 90(62,9) 0,66 0,37-1,18 0,158

Atividadefísicac

Ativo 4(10,5) 11(7,3) 1

---Inativo 34(89,5) 139(92,7) 0,74 0,30-1,80 0,503

IMC

<escoreZ+1 24(64,9) 97(63,8) 1

---≥escoreZ+1 13(35,1) 55(36,2) 0,98 0,60-1,59 0,927

LDL

<100mg/dl 8(34,8) 62(55,9) 1

---≥100mg/dl 15(65,2) 49(44,1) 1,48 1,02-2,13 0,037

IMC,índicedemassacorporal;LDL,lipoproteínadebaixadensidade;RP,razãodeprevalência;IC,intervalodeconfiância.

a Pontodecortedeacordocomamedianadapopulac¸ãoestudada. b NúmerodehorasdiáriasdeTVduranteasemana.

c Ativo:300minutosdeatividadefísica/semanaeinativo<300minutosdeatividadefísica/semana. d RegressãodePoisson.

(RP=1,53;IC95%:1,11-2,11;p=0,010).Aindanafaixade 10a14anos,osindivíduoscommenornúmeroderefeic¸ões demonstrarammaiorchancedeapresentarIMC(RP=1,33; IC95%:1,02-1,74;p=0,032)eLDL(RP=1,39;IC95%: 1,03-1,87;p=0,030)elevados,apósosajustes.

Discussão

Nopresentetrabalhofoiencontradaelevadafrequênciade excessodepeso(sobrepesoouobesidade)entreascrianc¸as e adolescentes, foi detectada em 35,5% na faixa de 7 a 9 anose em 31,5% na de10 a14. Esses resultadosforam consideravelmente inferiores aos encontrados em todo o

território nacional pela Pesquisa de Orc¸amentos Familia-res(POF-2008/2009)emcrianc¸as(49,8%)esemelhantesem adolescentes(30%)nasmesmasfaixasetárias.16

Conforme esperado, a relac¸ão entre frequência de refeic¸õesegênerofoievidenciadaemnossapesquisaassim comoemoutras.Ohábitodeomitirrefeic¸õesfoimais fre-quentenosexofeminino.Entreasrazõesparaesseachado, autores destacam a preocupac¸ão com a imagem corpo-ral, principalmente entre as meninas, o que comumente acarreta a prática de dietas restritivas, sem orientac¸ão especializada, em que omitir refeic¸ões é uma prática comum.21

(6)

Tabela 3 Distribuic¸ão da frequênciade refeic¸ões diárias ea razão deprevalência bruta segundo variáveisdemográficas,

socioeconômicas,dietéticas,comportamentais,antropométricasebioquímicadeadolescentes,JuizdeFora,MG,2012

Variáveis Frequênciaderefeic¸õesdiárias RP IC95% pd

<4

N(%)

≥4a

N(%)

Sexo

Masculino 55(35,9) 173(51,2) 1

-Feminino 98(64,1) 165(48,8) 1,54 1,17-2,04 0,002

Idadematerna(anos)a

<40 36(48) 98(57) 1

-≥40 39(52) 74(43) 1,28 0,88-1,87 0,194

Escolaridadematerna(anos)

≥9 47(44,8) 141(55,7) 1

-<9 58(55,2) 112(44,3) 1,36 0,99-1,89 0,060

Mãetrabalhafora

Não 45(41,3) 114(43) 1

-Sim 64(58,7) 151(57) 1,05 0,76-1,45 0,759

Rendafamiliar(salários)a

≥3 24(24) 76(29,7) 1

-<3 76(76) 180(70,3) 1,24 0,83-1,84 0,294

Númerodefilhosa

≤2 46(41,8) 151(57,4) 1

->2 64(58,2) 112(42,6) 1,56 1,13-2,14 0,007

HorasdeTVb

≥2h 84(57,5) 202(62,3) 1

-<2h 62(42,5) 122(37,7) 0,87 0,66-1,14 0,321

Atividadefísicac

Ativo 23(15,2) 60(18,2) 1

-Inativo 128(84,8) 269(81,8) 1,16 0,80-1,69 0,430

IMC

<escoreZ+1 94(62,3) 240(71,4) 1

-≥escoreZ+1 57(37,7) 96(28,6) 1,31 1,00-1,71 0,043

LDL

<100mg/dl 65(57,0) 174(67,7) 1

≥100mg/dl 49(43,0) 83(32,3) 1,33 1,00-1,75 0,042

IMC,índicedemassacorporal;LDL,lipoproteínadebaixadensidade;RP,razãodeprevalência;IC,intervalodeconfiância.

aPontodecortedeacordocomamedianadapopulac¸ãoestudada. b NúmerodehorasdiáriasdeTVduranteasemana.

c Ativo:300minutosdeatividadefísica/semanaeinativo<300minutosdeatividadefísica/semana. d RegressãodePoisson.

que entre as crianc¸as, o que é justificado pela irregula-ridade alimentar comum nessa fase do desenvolvimento, sejapelaadesãoadietasrestritivassemacompanhamento, ou seja, por mudanc¸as em seus estilos de vida, como maiorautonomia para fazer escolhas alimentares, neces-sidade de praticidade, influência da mídia e preferência por determinados sabores.22,23 Nesse grupo da populac¸ão

frequentemente ocorre a omissão de refeic¸ões, como o desjejum,18ouasubstituic¸ãodasgrandesrefeic¸õespor

lan-chesourefeic¸õesrápidas.24

É possível que a relac¸ão encontrada entre excesso de peso e menor frequência de refeic¸ões, em adolescentes dosexofeminino,sejadevidaàcausalidadereversa,dado que a preocupac¸ão com o peso corporal é muito comum

nesse grupo específico, pode modificar o comportamento dealgumasvariáveisexplanatórias,taiscomoonúmerode refeic¸ões.Esseéumproblematípiconosestudos transver-sais,emqueacausalidadereversapodemascararosefeitos dealgumasassociac¸õesinvestigadas.25

(7)

Tabela4 Associac¸ãoentrefrequênciaderefeic¸õesdiárias

menor que quatro e variáveis socioeconômicas,

demo-gráficas, antropométricas e bioquímicas, em crianc¸as e

adolescentes,JuizdeFora,MG,2012

Variáveis Crianc¸as

RP IC95% pd

Rendafamiliara

≥3salários 1

---<3salários 5,42 1,29-22,77 0,021

Variáveis Adolescentes

RP IC95% pd

Númerodefilhosb

≤2 1

--->2 1,53 1,11-2,11 0,010

IMCc

<escoreZ+1 1

---≥escoreZ+1 1,33 1,02-1,74 0,032

LDLc

<100mg/dl 1

---≥100mg/dl 1,39 1,03-1,87 0,030

LDL,lipoproteínadebaixadensidade;RP,razãodeprevalência; IC,intervalodeconfiância.

a IncluisexoehorasdeTV. b Incluisexo.

c Incluisexo,ingestãoenergéticaeclassificac¸ãodaatividade

física.

d ValoresreferentesàregressãodePoissonajustada.

Já entre os adolescentes verificamos que o número total de filhos por domicílio deve ser considerado na determinac¸ãodepadrõesderefeic¸ões.Apresenc¸ademaior número de filhos na família aumenta a demanda por ali-mentos e compromete a disponibilidade deles. Segundo Hoffmann,a situac¸ão deinseguranc¸aalimentar é afetada positivamente pela presenc¸a de maior número de indiví-duos com menos de 18 anos e pelo número de pessoas pordomicílio.26Alémdisso,omaiornúmerodefilhospode

interferir,ainda,noscuidadosdesaúdedamãecomesses adolescentes.

Mesmo que afrequência derefeic¸õestenha sido reco-nhecidacomoumapossívelinfluênciaparaexcessodepeso, assimcomooobservadoentreosadolescentesnopresente estudo, até o momento pouco se sabe sobre os mecanis-mosenvolvidos.10,12Temsidosugeridoqueasconcentrac¸ões

plasmáticas de glicose e insulina relativamente constan-tesaolongododia,comoresultadodoconsumofrequente depequenasrefeic¸ões,promovem ummelhorcontrole do apetite.Outrahipóteseéqueocorreaumentodogasto ener-géticopós-prandial,comefeitotérmicoglobaldosalimentos aumentadoempadrõesderefeic¸õesregulares.15

Neste estudo, menores níveis séricos de LDL também seassociaramamaioresfrequênciasderefeic¸õesem ado-lescentes. Acredita-se que umpossível mecanismo são as menores concentrac¸ões médias nos picos de insulina no plasmae amenor áreasobreacurvaderespostasà insu-lina,empadrõesalimentaresregulares.27Issofazcomque

ocorraareduc¸ãohepáticadasínteseeatividadedaenzima 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A redutase. Essa en-zimadiminuiasecrec¸ãodelipoproteínasquecontêm apoli-poproteínaB,aumentaasíntesedereceptoresdehepáticos deLDLe,porconseguinte,diminuiseusníveisséricos.28

Algumaspesquisastêmindicadoque,emboraummenor númerode refeic¸ões esteja relacionado à ingestão diária menor de energia, pode ocorrer o aumento de ingestão calóricaporrefeic¸ão,o que é umforteindicador de per-fis metabólicos deletérios, como intolerância à glicose e dislipidemia.29Issopodeexplicarporquemesmoem

indiví-duoseutróficosépossívelverificarassociac¸ãoentremaiores frequênciasderefeic¸õeseLDLsérico.

Alémdodesenhotransversal,oque impedeconclusões sobrerelac¸õescausais,esteestudotemcomolimitac¸õesa dificuldade parapadronizac¸ãodo queseria definidocomo refeic¸ão e a subnotificac¸ão concomitante da ingestão de alimentose frequênciaalimentar.Essa subnotificac¸ãotem sidoamplamentedivulgadaeéparticularmenteevidenteem indivíduoscomexcessodepesoenaenumerac¸ãodelanches emcomparac¸ãocomasprincipaisrefeic¸ões.30

Emconclusão,estaanáliseindicouqueohábitodefazer quatrooumaisrefeic¸õesdiáriasseassociaafatores demo-gráficos,socioeconômicos, antropométricosebioquímicos. Foiverificadoquemaioresfrequênciasderefeic¸õessãomais observadasemcrianc¸asemcomparac¸ãocomadolescentes, bemcomonosexomasculinoemrelac¸ãoaofeminino, mai-ores valores de renda familiar e menor número de filhos na família também favorecem o aumento da frequência derefeic¸õesemcrianc¸aseadolescentes,respectivamente. Alémdisso,ummaiornúmeroderefeic¸õespodecontribuir paraocontrole depeso e melhor perfildeLDL séricoem adolescentes.

Financiamento

ConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientífico e Tecno-lógico (CNPq --- 476016/2010-0), Fundac¸ão de Amparo à PesquisadoEstadodeMinasGerais(Fapemig)eUniversidade FederaldeJuizdeFora(UFJF).

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

AoConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoe Tec-nológico(CNPq),àFundac¸ãodeAmparoàPesquisadoEstado deMinasGerais(Fapemig)eàUniversidadeFederaldeJuiz deFora.

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Imagem

Tabela 1 Características demográficas, antropométricas, bioquímicas, comportamentais e dietéticas de crianc ¸as e adolescentes
Tabela 2 Distribuic ¸ão da frequência de refeic ¸ões diárias e a razão de prevalência bruta segundo variáveis demográficas, socioeconômicas, dietéticas, comportamentais, antropométricas e bioquímica de crianc ¸as, Juiz de Fora, MG, 2012
Tabela 3 Distribuic ¸ão da frequência de refeic ¸ões diárias e a razão de prevalência bruta segundo variáveis demográficas, socioeconômicas, dietéticas, comportamentais, antropométricas e bioquímica de adolescentes, Juiz de Fora, MG, 2012
Tabela 4 Associac ¸ão entre frequência de refeic ¸ões diárias menor que quatro e variáveis socioeconômicas,  demo-gráficas, antropométricas e bioquímicas, em crianc ¸as e adolescentes, Juiz de Fora, MG, 2012

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