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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE AGRONOMIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE AGRONOMIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM AGRICULTURA

GERENCIAMENTO E INTERVENÇÃO TÉCNICA NA

FAZENDA TARUMÃ – JÓIA, RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Luis Antonio Saccol Fros

(2)

Estágio Supervisionado Agricultura

Gerenciamento e intervenção técnica na Fazenda Tarumã – Jóia,

Rio Grande do Sul.

por

Luis Antonio Saccol Fros

Relatório apresentado ao Curso de Agronomia da Universidade

Federal de Santa Maria, como parte das exigências da disciplina

FTT1021 – Estágio Supervisionado em Agronomia

Orientador: Prof. Dr. Thomas Newton Martin

Supervisor: Gerente Operacional José Domingos Lemos Teixeira

Santa Maria, RS, Brasil

(3)

Universidade Federal de Santa Maria

Centro de Ciências Rurais

Curso de Agronomia

A Comissão examinadora, abaixo assinada,

aprova o Relatório de Estágio

Estágio Supervisionado em Agricultura

Gerenciamento e intervenção técnica na Fazenda Tarumã – Jóia, Rio

Grande do Sul

elaborado por

Luis Antonio Saccol Fros

como parte das exigências da disciplina

FTT1021 – Estágio Supervisionado em Agronomia, e como requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro Agrônomo

COMISSÃO EXAMINADORA:

_________________________________________ Thomas Newton Martin, Dr.

(Presidente/Orientador)

_________________________________ Liliane Márcia Mertz, Dra.

_____________________________________ Tiago Hörbe, Msc.

(4)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que esteve presente em todos os momentos da minha vida possibilitando conquistas e alegrias.

Aos meus pais que criaram seus filhos de forma exemplar permitindo não só o acesso ao estudo de qualidade como também oportunidades para a formação de bons profissionais.

Aos meus avós e irmãos pelo apoio dado em todos os passos desta longa caminhada. Ao professor Thomas Martin que mais que um orientador foi um amigo nos momentos decisivos, estando sempre disposto a contribuir com esta etapa tão importante na minha formação.

Aos empresários Marcial e Rafael Terra pela oportunidade de estágio na Tarumã Cereais S.A.

Ao meu supervisor José Domingos que contribuiu significativamente com meu crescimento profissional e pessoal, favorecendo o aprendizado sobre gerenciamento e intervenção técnica dentro da propriedade.

Aos técnicos Marcos Roberto Beuter e Estevao Cocco pelos conhecimentos práticos adquiridos no decorrer do estágio.

A Eduardo Teixeira pelo companheirismo e pelas constantes informações indispensáveis para realizar as atividades do estágio e constituição do relatório.

A Dalla Nora pelo conhecimento transmitido sobre montagem, regulagem e operação de máquinas e implementos agrícolas.

A Paulo Bueno pela convivência e aprendizado sobre todas as atividades relacionadas com o silo.

A Wanderley Oliveira pela constante contribuição na elaboração das atividades realizadas no estágio.

Ao amigo Negro Cardozo por compartilhar experiências de vida e pelos conhecimentos transmitidos sobre produção animal e culinária campeira.

Os agradecimentos se estendem a demais familiares, minha namorada, amigos e colegas que me acompanharam desde as primeiras dúvidas sobre a realização do estágio até a elaboração do relatório.

(5)

APRESENTAÇÃO

O presente relatório de estágio, segundo o Projeto Político Pedagógico da UFSM, tem o objetivo de “proporcionar a vivência de situações pré-profissionais nas diferentes áreas de atuação do agrônomo e preparar para o pleno exercício profissional”. O estágio supervisionado foi realizado na Tarumã Cereais S.A., tendo como local a Fazenda Tarumã localizada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, no município de Jóia, na localidade Rondinha. Foram totalizadas 320 horas de estágio nos meses de março, abril e maio.

As atividades desenvolvidas foram coordenadas e supervisionadas pelo gerente da propriedade José Domingos, também contribuindo com esta função o técnico da propriedade Marcos Roberto Beuter. A orientação foi realizada pelo Doutor em Fitotecnia Thomas Newton Martin professor adjunto do departamento de Fitotecnia (CCR) da Universidade Federal de Santa Maria.

(6)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...9

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA FAZENDA TARUMÃ ...9

2

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

……….11

2.1. CULTURAS DE VERÃO: SOJA...11

2.1.1. Acompanhamento das Lavouras...11

2.1.2. Acompanhamento da Colheita...11

2.1.2.1. Situações vivenciadas na colheita:...11

2.1.3. Estimativa de Produtividade...12

2.1.4. Estimativa de Perdas de Colheita...13

2.1.5. Pragas da Cultura da Soja...14

2.1.6. Doenças da Cultura da Soja...14

2.1.7. Acompanhamento da Aplicação de Defensivos...15

2.1.8. Inspeção da Produção de Sementes...16

2.1.9. Coleta de Sementes para Análise...17

2.1.10. Determinação da massa de mil grãos...17

2.1.11. Desafio Nacional de Máxima Produtividade Safra 2011/12...18

2.1.12. Experimentos a Campo...19

2.1.12.1. Monsanto...19

2.1.12.2. Stoller...19

2.1.12.3. Pioneer...20

(7)

2.1.13. Comparação de Plantas Irrigadas e em Sequeiro...20

2.1.14. Comparação de Plantas quanto à utilização de P em Linea e T. S. ...21

2.1.15. Resíduos da Colheita...22

2.2. CULTURAS DE INVERNO...23

2.2.1. Regulagem de Semeadoras ...23

2.2.2. Determinação da MMS das Culturas de Inverno ...24

2.2.3. Acompanhamento da Semeadura ...24

2.2.4. Acompanhamento e Desenvolvimento Inicial das Culturas de Inverno...25

2.3. RECONHECIMENTO, FERTILIDADE E MANEJO DE SOLOS ...26

2.3.1. Reconhecimento das Características do Solo ...27

2.3.2. Amostragens de Solo ...27

2.3.3. Adubação e Calagem ...29

2.3.4. Preparo do Solo ...29

2.4. IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS...29

2.4.1. Visualização e Identificação de Plantas Daninhas nas Diferentes Áreas...29

2.4.2. Ident. de P. D., Aplicação de Herb. e Avaliação do Controle de Invasoras.31 2.5. CÁLCULOS E LEVANTAMENTOS...32

2.6. PLANEJAMENTO FAZENDA TARUMÃ 2012/13...35

2.6.1. Indicações Técnicas...35

2.6.2. Indicações Técnicas Específicas para as Culturas de Inverno...35

2.6.2.1. Trigo...35

2.6.2.2. Aveia Branca...36

2.6.2.3. Cevada...36

2.6.2.4. Nabo para Semente...36

2.6.2.5. Aveia Preta para Semente...37

2.6.3. Indicações Técnicas Específicas para as Culturas de Verão...37

2.6.3.1. Soja...37

2.6.3.2. Milho...37

2.6.3.3. Sorgo...38

2.6.3.4. Feijão Safrinha...38

2.6.3.5. Soja Safrinha...39

2.6.4. Indicações Técnicas Específicas para as Culturas de Cobertura...39

2.6.4.1. Aveia Preta...39

2.6.4.2. Nabo + Aveia Preta...39

(8)

2.6.6. Gerenciamento das Atividades...40

2.7. OUTRAS ATIVIDADES REALIZADAS...43

2.7.1. Colheita, Avaliação e Estimativa de Produtividade de Milho...43

2.7.2. Verificação de Chuvas, Registro e Lançamento no Sistema Irriga...43

2.7.3. Atividades Relacionadas com o Silo...43

2.7.4. Atividades Relacionadas com a Balança e Oficina...44

2.7.5. Funcionamento e Movimentação de Pivôs Centrais...44

2.7.6. Pesquisa e Informação...44

2.7.7. Visita de Representantes de algumas Empresas...45

2.7.8. Contribuição nas Tarefas de alguns Funcionários...45

3 CONCLUSÃO...46

3.1. INDICAÇÕES DE MELHORIAS...46

3.2. CONSIDERAÇÕES FINAIS...46

4 ANEXOS...48

(9)

1 INTRODUÇÃO

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA FAZENDA TARUMÃ

A fazenda é propriedade de Marcial Domingos Correa Terra, que continuou o trabalho realizado pelo seu pai Coronel Marcial Terra neste local. A área total da fazenda é de 4214,23ha, composta por: lavouras, campo nativo, banhados, espelhos d´água, florestas nativas, florestas implantadas, estradas, afloramentos rochosos e benfeitorias conforme destacado na Tabela 1.

Quadro 1.Caracterização da Fazenda Tarumã conforme as suas capacidades de uso.

Capacidade de uso Área (ha)

Lavoura 2624,4

Campos Nativos 676,4

Banhados 199,83

Espelhos D´água 92,3

Florestas Nativas 475,36

Florestas Implantadas 68,82

Estradas 16,77

Afloramento Rochoso 48,01

Benfeitorias 12,34

TOTAL 4214,23

(10)

inverno produzidas na fazenda são trigo, aveia branca, aveia preta e nabo, e no verão são semeadas as culturas da soja, sorgo e se o clima estiver favorável milho. Na safra 2011/12 foram cultivados 2575 ha de lavoura, sendo 892ha produzidos com irrigação. A fazenda Tarumã possui 918ha de áreas irrigadas por 11 pivôs centrais conforme destacado na Tabela 2.

Quadro 2. Caracterização da área irrigada por cada um dos pivôs centrais.

PIVÔ ÁREA (ha)

PIVÔ 1 110

PIVÔ 2 87

PIVÔ 3 121

PIVÔ 4 92

PIVÔ 5 108

PIVÔ 6 105

PIVÔ 7 27

PIVÔ 8 37

PIVÔ 9 105

PIVÔ 10 30

PIVÔ 11 50

TOTAL 872

(11)

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.1. CULTURAS DE VERÃO: SOJA (Glycine Max)

2.1.1. Acompanhamento das Lavouras

Desde o início do estágio até a determinação do ponto de colheita da última lavoura de soja, foram realizadas periódicas vistorias a campo com o gerente, o técnico agrícola da propriedade e o técnico que realizava acessoria a empresa nas quais pode ser visualizado lavouras em diversas situações. Nestas saídas foi verificada a incidência de pragas, doenças e plantas daninhas e os manejos correspondentes no fim do ciclo, foi estimada a produtividade em diferentes áreas, e determinadas características das cultivares, arquitetura de plantas, cobertura do solo, correto sentido da semeadura onde foi discutido também sobre a necessidade de calagem em profundidade. Estas saídas a campo foram extremamente positivas, pois além do conhecimento adquirido foi possível compreender diferentes experiências e opiniões sobre as diversas situações vivenciadas nas lavouras.

2.1.2. Acompanhamento da Colheita

(12)

decisivo. Lembrando que existem não só funcionários e maquinários da propriedade como também serviços terceirizados que devem ser distribuídos e organizados em situações desiguais de produtividade, características do terreno e condições das plantas no momento da colheita. A seguir estão descritas algumas situações vivenciadas no período da colheita:

2.1.2.1. Situações vivenciadas na colheita:

No dia 8 de março foi realizado o acompanhamento da colheita das áreas de soja com a cultivar Nidera 4823, utilizando a colhedora JD 9570 STS. Nas informações da colhedora foram visualizados os seguintes dados: em 33 ha foram colhidos kg de soja o que na média seriam 63,34 sc.ha-1, o consumo da máquina foi de 10,3L de óleo diesel/há, forma colhidos na média de 4 ha/h e 240sc/h a umidade do grão era em média de 11,4% (Foto 1).

No dia 13 de março durante a colheita ocorreu um caso de acidente de trabalho por manobra equivocada de operador que transitava com trator e reboque no qual não houve feridos, mas poderia haver sido trágico (Foto 2).

No dia 31 de março foi vistoriada a colheita no pivô 4 (92 ha), onde havia 5 colhedoras na área irrigada e bordaduras. A cultivar colhida foi BMX Ativa com rendimento próximo a 70 sc/ha.

No dia 3 de abril foi realizado o acompanhamento do operador na colhedora JD 1550 na colheita das áreas de banhado, esta área tem uma alta fertilidade natural, porém foi ruim de colher devido à alta umidade e as várias manobras necessárias para colher esta área.

2.1.3. Estimativa de Produtividade

Para poder estimar a produtividade de uma lavoura de soja se deve obter algumas informações como a população de plantas por hectare, número de legumes por planta, número de grãos por planta e massa de mil grãos. Conforme Navarro Júnior e Costa (2002), o número de legumes/planta e de grãos/legume são os dois componentes mais importantes da produtividade de grãos de soja, uma vez que alterações nesses componentes são responsáveis diretos pelo ajuste da produtividade, podendo ocorrer com a modificação na população de plantas.

(13)

ensacadas e carregadas para o galpão para realizar as avaliações. Logo foram arrancados os legumes das amostras de soja, separados em grupos de 1, 2, 3 e 4 grãos por legume e realizada a contagem destes 4 grupos para determinar a quantidade de grãos por metro linear e estimar a quantidade de grãos por hectare. Após passar todos os dados coletados para uma planilha de Excel, foi estimada a produtividade de acordo à diferentes massas de mil grãos (MMG): 140g, 150g, 160g, 170g e 180g, determinando desta forma o rendimento em kg.ha-1 e posteriormente em sc.ha-1. Após as avaliações, as informações foram envidas por email para o gerente da empresa (Foto 3).

Quadro 3. Estimativa de produtividade de acordo com diferentes MMG.

2.1.4. Estimativa de Perdas de Colheita

Para determinar as perdas de colheita foi utilizado o copo medidor de perdas de colheita da Embrapa, na colheita da bordadura do pivô 1 onde havia a cultivar Nidera 4823. Com base em sementes coletadas, após a passagem da colhedora, em armações pré-estabelecidas de 1,0 m2 (para arroz) e 2,0 m2 (para soja e milho), possibilita identificar, rapidamente, se os níveis de perdas de grãos estão dentro dos padrões aceitáveis: 1,0 sc.ha

-1 para soja e 1,5 sc.ha-1 para arroz e milho. No caso de valores superiores, ajustam-se a

velocidade de trabalho e as regulagens dos mecanismos de corte, recolhimento, trilha, separação e limpeza (EMBRAPA 2012). Foram avaliados os 2,0 m2 recomendados em 8 MÉDIA DAS AMOSTRAS

Nº de Grãos / Legumes 1 2 3 4

Nº de Legumes 314,66 1447,33 1722 1,33

Nº de Grãos 314,66 2894,67 5166 5,33

Total Nº Grãos 8380,66

Total / 10 838,06

Nº de Grãos / ha 24648379

Nº Grãos/ha / 1000 24648,38

MMG (g) 0,14 0,15 0,16 0,17 0,18

kg/ha 3.450,77 3.697,26 3.943,74 4.190,22 4.436,71

(14)

amostragens de 0,25 m2 e encontradas perdas muito acima das aceitáveis 8 sc.ha-1. Logo desta amostragem foram tomadas providências para a redução destas perdas (Foto 4).

A variedade Nidera 4823 tem como característica uma baixa inserção dos primeiros legumes, desta forma ocorrem perdas devido a altura de corte. Foi realizada então a estimativa destas perdas através de amostragens de 3 metros lineares utilizando o copo medidor de perdas de colheita da Embrapa e assim foi determinada uma perda de 0,7 sc.ha-1(Foto 5).

2.1.5. Pragas da Cultura da Soja

A cultura da soja está sujeita, durante todo o seu ciclo, ao ataque de diferentes espécies de insetos Embora esses insetos tenham suas populações reduzidas por predadores, parasitóides e doenças, em níveis dependentes das condições ambientais e do manejo de pragas que se pratica, quando atingem populações elevadas, capazes de causar perdas significativas no rendimento da cultura, necessitam ser controlados (EMBRAPA, 2012).

Durante o acompanhamento das lavouras e da colheita foram visualizadas pragas na cultura da soja, onde foram identificadas 5 espécies de percevejos e 2 de lagartas através do site do Mistério da Agricultura. Os percevejos encontrados foram Percevejo Marrom (Euschistus heros), Percevejo-pequeno (Piezodorus guildinii), Percevejo-barriga-verde

(Dichelops fercatus), Fede-fede (Nezara viridula), Fedorento (Edessa meditabunda). As

lagartas identificadas foram Lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens),

Lagarta-mede-palmo (Rachiplusia nu).

Durante saídas a campo foi realizada a determinação do Nível de Dano Econômico (NDE) de percevejos utilizando o pano de batida (NDE utilizado 2 percevejos por batida). Logo de determinada a necessidade de controle foram indicados os inseticidas a serem utilizados e a dose recomendada (Foto 6).

2.1.6. Doenças da Cultura da Soja

(15)

cada safra. As perdas anuais de produção por doenças são estimadas em cerca de 15% a 20%, entretanto, algumas doenças podem ocasionar perdas de quase 100%. (EMBRAPA 2012)

Foram realizadas coletas a campo de folhas e raízes de soja que apresentavam incidência de algumas doenças. Durante a coleta foram separadas folhas inferiores e superiores para comparar a incidência e severidade, identificar o patógeno e determinar seu nome científico de acordo com o site do Ministério da Agricultura. Foram identificadas nas folhas superiores as seguintes doenças: Mancha-olho-de-rã (Cercospora sojina), Ferrugem

“asiática” (Phakopsora pachyrhizi), Antracnose (Colletotrichum dematium), e nas folhas

inferiores Oídio (Microsphaera diffusa), Ferrugem “asiática” (Phakopsora pachyrhizi),

Antracnose (Colletotrichum dematium). Já em algumas raízes foi identificado

Fusariose(Fusarium solani).

Em geral as lavouras de soja se encontravam em boas condições sanitárias, com uma baixa incidência de doenças, com algumas exceções de locais com maior umidade como as costas de matos. Desta forma é possível dizer que o manejo preventivo de doenças realizado na fazenda Tarumã esta sendo eficiente no controle dos patógenos, já que constantemente estão utilizando testando novos produtos e utilizando aqueles que apresentarem uma melhor eficácia no controle (Foto 7).

2.1.7. Acompanhamento da Aplicação de Defensivos

No dia 8 de março foi realizado o acompanhamento da aplicação de defensivos na lavoura de sequeiro no JD 4720, com objetivo de controlar pragas e doenças presentes na cultura. Foram utilizados os fungicidas Imperador® (0,5L/ha) e Opera® (0,5L/ha) e os Inseticidas Engeo Pleno® (300ml/ha) e Premium® (40ml/ha), além de 400ml/ha de óleo. A taxa de aplicação foi 100L de calda/ha, a pressão utilizada foi de 275 pKa e a velocidade de aplicação variou de 18 a 22 Km/h. O aplicador JD 4720 possui 54 bicos espaçados a 50 cm e o bico utilizado foi GRD 120-03 (120=ângulo e 03= galão/ha). Como conseqüência desta aplicação, no estádio R8 as plantas de soja apresentavam grãos secos, porém havia caules verdes e presença de muitas folhas. Esta retenção foliar foi atribuída à utilização do fungicida Imperador (carbendazim), já que nas demais áreas onde este fungicida foi utilizado ocorreram o mesmo efeito e foi necessário aplicar o herbicida Helmoxone® antes da colheita (Foto 8).

(16)

Há estudos que apontam que de 6% a 7% da soja pode ser esmagada pelos rodados e há uma perda de três sacas de soja por hectare com aplicação terrestre (ÁGUAS CLARAS AVIAÇÃO AGRÍCOLA LTDA., 2007). Foi realizado o acompanhamento do preparo da calda e carregamento do avião, determinação das áreas a serem aplicadas e das condições para uma boa qualidade de aplicação. As condições de aplicação eram ótimas devido à temperatura amena e umidade relativa do ar alta. Depois do reconhecimento da área foram realizados 2 vôos de 65 ha cada. O volume de calda aplicado era de 15L/ha, a largura de aplicação era de 18m o bico escolhido foi o 10 com utilização de atomizador, desta forma é possível aplicar 100 micro gotas por cm2. No total deveriam ser feito 5 vôos, mas devido a chuva a atividade

teve que ser interrompida já que a chuva iria lavar o produto prejudicando a qualidade da aplicação (Foto 9).

2.1.8. Inspeção da Produção de Sementes

A inspeção “vistoria” de campos de produção de sementes tem por finalidade primordial comparar a qualidade desses com os padrões de lavoura previamente estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para cada espécie e para cada categoria de semente, a saber: genética; básica; certificada de primeira geração C1; certificada de segunda geração C2; semente S1 e S2. Tal classificação visa assegurar a identidade e a pureza genética, física e sanitária de cada campo (MAPA 2011).

(17)

outra variedade, pois também foram encontradas e fotografadas plantas estéreis e com fruto partenocárpico (somente 1 semente por legume). Estas plantas não são consideradas anormais já que estes casos são causados por problemas ocorridos na fecundação. Também encontrou-se plantas anormais devido à cor da pubecência já que a variedade Nidera 7321 possui pubecência marrom e foram encontradas plantas com coloração da pubecência acinzentada. Na dúvida de ter encontrado uma planta anormal é verificada a cor do hilo, esta variedade possui hilo de cor preta, portanto hilo de cor marrom, amarelo ou com bordas marrons foram consideradas anormais. Das 6000 plantas avaliadas foram encontradas 7 atípicas o que responde por 0,0011% das plantas verificadas, como na categoria C2 pode haver no máximo 1 planta anormal em 700, ou seja, 0,0014%, a lavoura foi considerada apta para a colheita de sementes sem haver a necessidade de realizar “roguing”. Lembrado que a maioria das plantas anormais estão verdes, portanto seus legumes não irão passar na pré-limpeza (Foto 10).

2.1.9. Coleta de Sementes para Análise

Foi realizada a coleta de amostras de sementes das diferentes variedades cultivadas na fazenda para realizar teste de germinação. Foram coletadas as variedades Nidera 5909, 6262, 4823, 4725, 7100 e BMX Ativa. Conhecer o percentual de germinação de uma amostra de sementes de soja é de extrema importância para quantificar as sementes necessárias na semeadura para obter a população de plantas adequada.

2.1.10. Determinação da massa de mil grãos

(18)

PMS desta variedade devido ao fator irrigação (MMG irrigado 184,38g - MMG sequeiro 178,26g). Os resultados encontrados estão destacados na Tabela 4.

Quadro 4. Resultados dos MMG das cultivares de soja.

Cultivar MMG

Nidera 4823 185,3g

BMX Ativa 193,5g

Nidera 7100 147,33g

BMX Turbo 168,5g

Nidera 7321 159,6g

FPS Urano 159,73g

Nidera 5909 irrigado 184,38g

Nidera 5909 sequeiro 178,26g

A menor MMG encontrado foi da variedade Nidera 7100, sendo este fator uma característica da variedade. A variedade BMX Ativa obteve o maior valor encontrado 193,5g, ao passar pela mesa de gravidade o PMS desta variedade facilmente irá superar as 200g, já que as 100 maiores sementes da amostra obtiveram o massa de 24 gramas. Para realizar o cálculo quantos quilogramas de sementes precisam utilizar por hectare, multiplicamos o número de plantas por m2 pela massa de mil sementes do lote (MMS em gramas) e dividimos novamente pelo Percentual de Germinação encontrado (PG em %). Esta grande diferença encontrada no MMS das variedades cultivadas nos demonstra o quanto é importante esta determinação para realizar o cálculo do consumo de sementes por hectare e assim chegar à densidade de plantas adequada.

2.1.11. Desafio Nacional de Máxima Produtividade Safra 2011/12

(19)

demarcação da área de semeadura cruzada para a competição de produtividade de lavouras. E no dia 2 de abril ocorreu a participação no desafio de produtividade das lavouras das 3 áreas inscritas com acompanhamento de auditor, porém o resultado foi bem abaixo do esperado. No pivô 5 na variedade Nidera 6262 foram colhidos 68,5 sc/ha, e no pivô 4 as áreas da variedade BMX Ativa obtiveram produtividades de 70,5 sc/há em área de semeadura cruzada com alta densidade de plantas e 71,66 sc/há em área de semeadura simples com a população de plantas recomendada. Apesar do resultado não haver sido o esperando pode-se perceber neste caso o quanto é importante o equilíbrio na população de plantas, já que dobrando a quantidade de sementes e adubo a variedade BMX Ativa não respondeu melhor se comparada à semeadura simples.

2.1.12. Experimentos a Campo

Algumas empresas realizaram experimentos a campo na fazenda Tarumã para avaliar novas variedades e a eficiência de seus produtos. Porém os resultados obtidos pelas empresas foram mantidos em sigilo e apesar do acompanhamento realizado das colheitas dos experimentos o acesso a estes dados não foi permitido.

2.1.12.1. Monsanto:

A empresa Monsanto arrendou 3ha de lavoura de sequeiro da fazenda Tarumã por 2 anos para realizar experimentos a campo. O objetivo do experimento da empresa era avaliar 3 variedades de soja Intacta RR2 Pró com resistência ao glyphosate e a lagarta, e comparar seu

rendimento com outras variedades de soja RR. Este novo evento biotecnológico promete em 6 anos aumentar em 30% a produtividade das lavouras. No dia 16 de abril foi realizada a colheita do experimento da empresa. Assim como a semeadura, a colheita é realizada pela empresa sem nenhum envolvimento da fazenda e todas as sementes colhidas são moídas logo de pesadas e realizada a estimativa de produtividade. Os resultados do experimento foram satisfatórios e 2 das 3 variedades experimentadas estarão disponíveis no mercado para a próxima safra de acordo com a empresa. A área arrendada pela Monsanto não será utilizada pela empresa na próxima safra, o único exigido é a semeadura de milho nesses 3 ha.

2.1.12.2. Stoller:

(20)

tratamento 5 os produtos Stimulate® (250ml/ha) visando um maior enchimento de grãos, Mover® (3L/ha) objetivando uma maior translocação de fotoassimilados, redutor de pH P51® e óleo natural, num volume de calda de 100L/ha. Durante visita do agrônomo da empresa no dia 27 de março, foram visualizadas as condições do experimento e determinamos o estádio fenológico (R5.5) da variedade de soja FPS Urano. A colheita dos 5 tratamentos foi realizada no dia 12 de abril, cada parcela possuía 600 m2 e cada amostra foi colhida foi pesada, determinada sua umidade para realizar a correção e coletadas amostras para realizar as análises das sementes. Porém o resultado do experimento não foi satisfatório já que as áreas dos diferentes tratamentos eram desuniformes.

2.1.12.3. Pioneer:

No dia 29 de março juntamente com os agrônomos da empresa foi realizada a colheita dos 0,15ha do experimento da variedade de soja 95R51 lançada pela empresa Pioneer. Foi determinado o ciclo, características das plantas, população utilizada e melhorias as serem realizadas na semeadura da variedade. A variedade teve um ciclo mais precoce que o esperado, altura menor que a variedade Nidera 6262 utilizada na bordadura e devido à arquitetura de plantas pode ser recomendada uma maior população de plantas.

2.1.12.4. Basf:

A empresa Basf realizou experimento na fazenda para comparar a eficácia do manejo recomendado para o controle doenças com produtos da empresa e o manejo realizado pela fazenda Tarumã. A variedade escolhida para o experimento foi a BMX Ativa numa área irrigada pelo pivô 4. No dia 2 de abril foi realizada a colheita do experimento da Basf e para a surpresa dos agrônomos da empresa, o manejo realizado pela Tarumã obteve uma maior produtividade.

2.1.13. Comparação de Plantas Irrigadas e em Sequeiro

(21)

Para verificar a influencia desta técnica no desempenho das culturas, foi realizada a comparação do desempenho das variedades Nidera 4823, 4725, 6262 e 5909 em áreas irrigadas e em sequeiro. Foram amostradas 30 plantas de cada variedade nos diferentes ambientes, as quais foram fotografadas e verificadas altura de plantas e o número de nós para a determinação das médias. Na tabela a seguir podemos verificar o desempenho das cultivares nos diferentes ambientes:

Quadro 5. Desempenhos das cultivares em áreas irrigadas e em sequeiro.

CULTIVARES

Altura pl Sequeiro

Altura pl Irrigado

Nº de nós

Sequeiro Nº de nós Irrigado

Nidera 4823 47cm 90cm 11,4 14,2

Nidera 4725 50cm 80cm 11,3 15,1

Nidera 6262 65cm 100cm 16,5 23,25

Nidera 5909 100cm 125cm 28,6 30

Por meio dessas avaliações foi possível confirmar que as variedades Nidera 4823, 4725 e 6262 são realmente indicadas para áreas irrigadas, obtendo desempenhos diferenciados quando submetidas à irrigação. Já a variedade Nidera 5909 não obteve uma grande variação no desempenho através da utilização da irrigação, confirmando ser uma variedade rústica indicada para lavouras de sequeiro(Fotos 11 e 12).

2.1.14. Comparação de Plantas quanto à utilização de Fósforo em Linea e Tratamento de Sementes

Foi realizado na fazenda um experimento na variedade Nidera 6411 avaliando o tratamento de semente realizado no dia e o realizado anteriormente, e a presença de fósforo na línea. Foram realizados dois tratamentos, no primeiro (T1) a semente foi tratada no dia e foi realizada adubação com fósforo em linea, já no segundo tratamento (T2) foi utilizada semente tratada anteriormente e não houve presença de fósforo na base. No dia 22 de março foi verificada na lavoura de Nidera 6411 variações na maturação das plantas diferenciando os dois tratamentos, já sendo possível afirmar que estas variáveis podem modificar o ciclo da variedade (Foto 13).

(22)

destes tratamentos. Foi verificada a altura de plantas, número de nós, número de legumes, desenvolvimento radicular e número de plantas em 1m linear. Após estas avaliações foi realizada a debulha manual das plantas amostradas dos experimentos, foram contadas 3000 sementes de cada tratamento e determinadas suas respectivas MMG.

Na tabela a seguir se encontram o desempenho dos dois tratamentos:

Quadro 6. Resultados obtidos nos Tratamentos 1 e 2.

Tratamento 1 Tratamento 2

Altura de plantas (cm) 75 80

Número de nós 25,5 22,6

Número de legumes 35,4 36,2

Plantas por metro linear 8,9 7,8

Desenvolvimento Radicular superior inferior

Peso 3000 sementes (g) 545,4 447,6

MMG (g) 181,8 149,2

(23)

maioria dos casos, efeito positivo sobre o rendimento de grãos e outras características da planta (Ventimiglia et al. 1999).

2.1.15. Resíduos da Colheita

Foi verificado o destino que é dado aos resíduos de soja resultantes da colheita, que são levados a um torrador de resíduos de soja da marca Weiler produzido em Ijuí, onde são torrados a aproximadamente a 300 ºC e moídos, logo são deixados esfriar. Em média são torrados 3 sacos de resíduos em 25 minutos. Depois no curral de porcos este resíduo é colocado num misturador juntamente com outros componentes e logo são fornecidos a suínos e búfalos.

2.2. CULTURAS DE INVERNO

Devido á maioria dos produtores do estado do Rio Grande do Sul utilizar o sistema de semeadura direta, é de extrema importância à adoção de um sistema de rotação e sucessão de culturas diversificado. Produzir uma adequada quantidade de resíduos culturais na superfície do solo é fundamental para sustentabilidade do sistema de semeadura direta. Os agricultores dispõem de várias espécies de cobertura de solo no inverno com potencial para anteceder as culturas de verão e realizar uma rotação adequada das culturas. Na família das poáceas, destaca-se a aveia preta (Avena strigosa) como a mais cultivada. As principais vantagens do

cultivo da aveia preta, como cultura de cobertura, estão baseadas na adição e manutenção de altas quantidades de palhada ao solo; na redução da erosão e do escoamento superficial; no aumento da infiltração de água e do conteúdo de carbono orgânico no solo, na ciclagem de nutrientes, na mobilização de cátions no perfil, no controle de ervas daninhas, alem do baixo custo de implantação e benefícios às culturas cultivadas em sucessão (DEBARBA ; AMADO, 1997). No entanto objetivando minimizar os efeitos causados por sucessivos cultivos de poáceas e ao mesmo tempo atender às exigências do sistema de semeadura direta, têm sido utilizadas novas espécies de inverno pertencentes a famílias botânicas distintas, como fabáceas e brassicáceas. Um exemplo é o nabo forrageiro (Raphanus sativus), o qual

constantemente esta sendo estudado tanto em cultivos solteiros quanto em consórcio com poáceas, como alternativas para anteceder o cultivo do milho.

2.2.1. Regulagem de Semeadouras

(24)

separado, em diferentes quantidades e em modelos de semeadoras distintos. No dia 28 de março foi regulada a semeadora Semeato SSM 27 para a semeadura de 100 kg/ha de aveia preta no espaçamento 0,17m, apesar de que foi utilizada a semente de aveia branca para testar se a abertura seria a mesma. No entanto foi verificado que devido a diferenças no tamanho da semente na regulagem para aveia branca a abertura foi 21 mm e para aveia preta 20mm. No dia 1º de abril foi regulada a mesma semeadora Semeato SSM 27 modificando a quantidade de semente desejada de aveia preta para 120 kg/ha. No dia 3 de abril foi feita a regulagem de 2 semeadoras Semeato SSM 27 para semear uma linha de nabo e outra de aveia preta, o nabo foi colocado na caixa da semente devido ao seu pequeno tamanho e a aveia foi colocada na caixa do adubo. Foi regulado para semear 70 Kg de semente de aveia preta/ha e 20 kg de sementes de nabo/ha, para produzir um bom volume de palha no pivô 7.

Foi realizado o acompanhamento da montagem da semeadora Semeato SSM 33 de plantio direto e 33 líneas para a semeadura de nabo e posteriormente trigo. No dia 17 de abril esta semeadora foi regulada para semear 20 Kg de sementes de nabo/há em um espaçamento de 0,17 metros.

A metodologia utilizada para as diferentes regulagens de semeadora foram às mesmas, as variações ocorreram de acordo com a cultura a ser semeada, a quantidade semente desejada, o espaçamento entrelinhas e a semeadora utilizada, já que o diâmetro da roda do implemento varia de acordo com o seu modelo (Foto 14). A seguir esta o exemplo da regulagem realizada dia 17 de abril: Considerando que 10 voltas completas da roda da semeadora representam 46 metros percorridos e o espaçamento utilizado é de 0,17m ( 46 x 0,17= 7,82 m2), cada línea deve liberar 15,64g de sementes de nabo para semear 20Kg de nabo em um hectare.

2.2.2. Determinação da MMS das Culturas de Inverno

(25)

2.2.3. Acompanhamento da Semeadura

No dia 31 de março foi realizado o abastecimento da semeadora Semeato SSM 27 com

big bags de sementes sem a utilização de adubo e acompanhei a semeadura de 120 kg de

aveia preta / ha na área da Búfala. O objetivo da semeadura da aveia preta nesta área após o preparo convencional do solo foi produzir uma alta quantidade de matéria seca para cobertura e uma melhor estruturação do solo, reduzindo desta forma os riscos de erosão.. No dia 19 de abril foi acompanhada a semeadura de 20 kg/ha de nabo na área Sandro no JD 7815 e semeadora Semeato SSM 33 guiada por GPS conduzindo a uma velocidade de semeadura de 10 Km/h. Foi visualizado a campo que a quantidade de sementes de nabo semeadas por hectare era menor que 20 kg, desta forma foi realizada a regulagem para 25 kg de sementes/ha para atingir a população de plantas adequada(Foto 15).

2.2.4. Acompanhamento e Desenvolvimento Inicial das Culturas de Inverno

Logo da semeadura das culturas de inverno foi realizada a determinação da população de plantas em algumas áreas. A metodologia utilizada foi realizar 10 amostragens de 2 metros lineares cada, contar quantas plantas emergiram em cada amostra e determinar a média destas. O objetivo deste trabalho era verificar se a regulagem realizada foi à adequada e determinar se a densidade plantas estava de acordo com a recomendada. Após 16 dias da semeadura de aveia preta na área da Búfala foi visualizada a emergência de plantas. Foi nítida a diferença verificada no desenvolvimento de plantas em áreas de Plantio Direto e Convencional, onde nas áreas de semeadura direta a emergência de plantas foi maior.

(26)

Nas avaliações realizadas as populações de plantas encontradas eram adequadas para uma boa cobertura do solo. As indicações técnicas para cultura da aveia recomendam no máximo a utilização de 300 sementes viáveis por m2. A densidade de semeadura recomendada para a aveia é de 200 a 300 sementes aptas m2, com espaçamento de 0,17 a 0,20m entre linhas (FERREIRA FILHO et al., 1998). No entanto como se trata de uma cultura de cobertura um maior número de plantas não ira afetar negativamente o objetivo de produzir um alto volume de matéria seca. Porém a presença de mais 500 plantas por m2 não é necessária, podendo utilizar este excesso de sementes viáveis em outras áreas para uma melhor cobertura do solo. Já no caso do nabo 55,5 plantas/metro linear é uma alta densidade, mas utilizando esta população seu sistema radicular não terá um excessivo crescimento em diâmetro favorecendo seu desenvolvimento em profundidade.

Na área do Silo houve um forte desenvolvimento inicial da cultura e depois se estabilizou havendo assim a suspeita da existência de alguma praga ou doença na cultura. Apesar de não encontrar problemas na parte aérea e nas raízes, foi realizada a demarcação com estacas de 3 testemunhas de 2 metros lineares de aveia preta nesta área e contagem do número de plântulas para verificar o desenvolvimento destas e a emergência de novas plantas. Após 5 dias da primeira contagem foi realizada a segunda avaliação, no entanto apesar da suspeita da presença de lagartas, corós ou pulgão dos cereais, as plantas não demonstravam danos e não houve redução no número de plantas.

Na tabela a seguir podemos visualizar os dados obtidos na avaliação realizada na área do Silo.

Quadro 7. Resultados da avaliação do número de plantas de aveia preta.

TESTEMUNHAS 1ª AVALIAÇÃO 2ª AVALIAÇÃO

Testemunha 1 199 199

Testemunha 2 170 172

Testemunha 3 180 182

O único problema identificado no local foi a emergência espontânea de azevém, apesar do objetivo da semeadura de aveia preta nesta área ser produzir cobertura o azevém é uma cultura indesejada nas áreas de lavoura da fazenda Tarumã.

2.3. RECONHECIMENTO, FERTILIDADE E MANEJO DE SOLOS

(27)

químicas e biológicas do solo para assim podermos manejá-lo de forma adequada para nele obter produtividades crescentes e de forma sustentável. Ao se conduzir agricultura, deve-se fazê-lo de forma a proteger a superfície do solo, enriquecê-lo de nutrientes e de matéria orgânica, dar-lhe estrutura adequada ao crescimento do sistema radicular. Deve-se, melhorar o solo e suas características, proporcionando condições para atingir o seu mais elevado potencial de produtividade e mantê-lo assim (DEUBER, 1997).

2.3.1. Reconhecimento das Características do Solo

Foi realizada a abertura de trincheiras nas áreas dos pivôs 1 e 9 com uma retroexcavadora. Aproveitando esta abertura realizei o reconhecimento das características do solo e descobrimento de raízes de soja para determinar a profundidade destas. Nestas áreas foi utilizado o Sistema Plantio Direto adequadamente, desta forma não verifiquei a presença de compactação e as raízes de soja se desenvolveram normalmente. Foi verificada a presença de nematóides no solo (Foto 17).

Na área da Búfala também foi realizada abertura de 2 trincheiras para reconhecer as características do solo e deixar à mostra as raízes acompanhando o desenvolvimento destas. Foi verificada a presença de 2 camadas de compactadas uma a 8cm e outra a 35cm, comprometendo desta forma o desenvolvimento radicular adequado para as plantas de soja (Foto 18).

Após estas avaliações houve uma reunião com os proprietários da fazenda, gerente, técnico, consultor, produtor referencia em Plantio Direto Bruno Arns e de pesquisadores da empresa Dimicron com a presença do proprietário José Vargas nome constante nas aulas de Uso Manejo e Conservação de solos. Nessa reunião após a visualização das características do solo na abertura de trincheiras, foram definidas as estratégias na condução do manejo de solo nas lavouras da propriedade, debate entre preferências entre Plantio Direto e convencional para reduzir problema de compactação e indicação das culturas a serem semeadas visando uma melhor estruturação de solo.

2.3.2. Amostragens de Solo

(28)

adubação diferenciadas para o sistema plantio direto (ANGHINONI ; SALET, 1998). Com o objetivo de verificar esta variabilidade e aproveitando a abertura de trincheiras nos pivôs 1 e 9 foram feitas amostragens de solo em diferentes profundidades (0-5cm, 5-10cm, 10-15cm, 15-20cm, 20-25cm, 25-30cm, 30-40cm, 40-50cm) para verificar suas características químicas (Foto 19). Na tabela seguinte constam as principais informações sobre a amostragem em profundidade do pivô 9:

Quadro 8. Análise de solo em profundidade no pivô 9.

pH água Al %Saturação Bases % M.O. P K

0 - 5 cm 5,51 0 55 4,3 26,7 99,2

5 - 10 cm 5,76 0 62 3,2 12,6 51,2

10 - 15 cm 5,55 0 61 3,1 7,5 60,8

15 - 20 cm 5,38 0,204 58 2,6 4,3 44,8

20 - 25 cm 5,05 2,065 22 2,3 1,9 35,2

25 - 30 cm 5,13 2,707 27 2,4 2,8 38,2

30 - 40 cm 4,92 1,492 27 2,2 1,9 32

40 - 50 cm 4,91 1,172 26 2,2 1,9 28,8

Nas seguintes unidades: Al cmol c/dm3, P mg/dm3 e K mg/dm3.

Foram realizadas amostragens de solo em 6 áreas de campo nativo para reconhecer as características e deficiências nestas áreas onde nenhuma melhoria foi realizada e se encontram com suas características naturais. Avaliando a lavoura de soja na área onde estava a variedade Nidera 7100 foi verificado que em determinadas manchas de solo o desenvolvimento desta variedade era nitidamente superior ao seu entorno. Juntamente com técnico consultor foi visualizado que nesta área havia a presença da uma pedra branca diferenciando esta mancha das demais áreas. Foi decido então realizar uma amostragem desta área e comparar com uma testemunha para poder verificar as diferenças de fertilidade natural destas. Após a análise obtivemos os resultados demonstrados na Tabela 9.

Quadro 9. Análise de solo de locais com diferentes produtividades na mesma gleba.

pH água Al %Saturação Bases % M.O. P K

Sob Pedra Branca 5,36 0,865 51 3,2 26,7 70,4

(29)

Nas seguintes unidades: Al cmol c/dm3, P mg/dm3 e K mg/dm3.

É possível verificar que apesar das manchas de solo sobre a rocha branca possuírem uma menor profundidade e teor de argila, suas características químicas são superiores se comparadas à testemunha. Principalmente é possível visualizar o nível de fósforo neste solo raso é quase 10 vezes superior ao da testemunha. No entanto, outro diferencial desta rocha é a sua capacidade de reter umidade.

2.3.3. Adubação e Calagem

Para complementar o aprendizado sobre solos foi realizada a recomendação de adubação e calagem para 3 áreas diferentes em outra localidade. E no dia 18 de abril após a chegada de calcário dolomítico na propriedade foi acompanhada a aplicação de calcário no pivô 1 a taxa variável. E foi possível visualizar nesta mesma área que em alguns locais não era distribuído calcário e em outros próximos este era distribuído em grande quantidade. Esta aplicação variável demonstrou ser uma ótima ferramenta para otimizar a utilização de recursos.Nesta área assim como nos pivôs 8, 9, 10, 11 e seus entornos é realizada agricultura de precisão através do levantamento realizado sobre a fertilidade destes solos (Foto 20).

2.3.4. Preparo do Solo

Após a abertura das trincheiras na área da Búfala que apontaram problemas de compactação e a reunião realizada foi decidido realizar preparo convencional do solo nesta área. O Plantio Direto nesta área era utilizado a 25 anos, no entanto ele foi mal conduzido inicialmente refletindo nestes problemas visualizados.

Em vista disso foi realizado o acompanhamento de operador de máquinas no preparo de solo realizado com globe para incorporação de calcário em superfície e descompactação do solo. Nas áreas que foram preparadas vai ser realizada subsolagem para contribuir com a descompactação em profundidade, nesta área será semeado aveia preta imediatamente para cobertura de solo e redução das possibilidades de erosão causadas por uma enxurrada. É esperado que estas medidas contribuam com o potencial produtivo desta área (Foto 21).

2.4. IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

(30)

forma na propriedade é dada ênfase na identificação destas invasoras nas diferentes áreas e épocas para assim poder realizar um controle eficaz.

2.4.1. Visualização e Identificação de Plantas Daninhas nas Diferentes Áreas

Em algumas áreas foram demarcados quadros onde foram colocadas lonas no momento da dessecação para permitir a emergência de plantas daninhas. No dia 7 de março foi avaliado o quadro de plantas daninhas do pivô 1 onde foram fotografados os grupos de plantas, identificadas as diferentes espécies de Plantas Daninhas, sendo verificadas as suas respectivas famílias e determinadas as alturas de plantas. Foram identificadas as seguintes espécies: Nabo (Raphanus sativus L.) – Flia. Brassicaceae – 1,05 a 1,25 m., Guanxuma (Sida

Rhombifolia L). – Flia. Malvaceae – 27 a 33 cm, Papuã (Brachiaria plantaginea) – Flia.

Poaceae – 1,50 a 155 m. (Foto 22). No mesmo local no dia 23 de abril novamente foram, fotografadas e identificadas plantas invasoras após a colheita da soja. Apesar de estarem presentes em menor escala estavam presentes as espécies: Nabo (Raphanus sativus L),

Guanxuma (Sida Rhombifolia L), Papuã (Brachiaria plantaginea), também havendo plantas

espontâneas de Soja (Glycine Max. No dia seguinte neste mesmo local foi realizado o

acompanhamento da aplicação de herbicida Helmoxone (ingrediente ativo Paraquat) 2L/ha e 300 ml de agrióleo nos pivôs 1 e 8 onde foram encontradas e identificadas as seguintes invasoras:

Pivô 1: Nabo (Raphanus sativus L. ), Buva (Conysa canadensis)., Milhã (Digitaria

sanguinalis L. ), Papuã (Brachiaria plantaginea), Guanxuma (Sida Rhombifolia L)., Joá

Bravo (Solanum sisybrifolium), sendo também encontradas plantas expontâneas de Soja

(Glycine Max), Aveia (Avena sativa) e Azevém: (Lolium multiflorum).

Pivô 8: Nabo (Raphanus sativus L. ), Milhã (Digitaria sanguinalis L. ), Papua (Brachiaria

plantaginea), Berdoega (Portulaca oleracea) e plantas espontâneas de Soja (Glycine Max).

As plantas espontâneas de Soja devem ser controladas já que representam ser inoculo para doenças de fim de ciclo como a Ferrugem Asiática. Logo da aplicação deste herbicida será semeado nabo visando uma boa cobertura de solo, ciclagem de nutrientes e fornecimento de nitrogênio para o milho que será semeado nos últimos dias de agosto.

Também foram verificadas e identificadas a campo plantas daninhas em outras áreas para assim determinar quais medidas devem ser tomadas em cada local.

No pivô 3 foi possível verificar a presença de Corriola (Ipomea triloba L. ) – Flia.

Convolvulaceae – 70 a 140cm, Caruru Roxo (Amaranthus hybridus var. paniculatus) – Flia.

(31)

Capote ou Balão (Nicantra physoloides) – Flia. Solanaceae – 55cm, Papuã (Brachiaria

plantaginea) – Flia. Poaceae – 100 cm, Falso Pé de Galinha (Eleusine tristachya) – Flia.

Poaceae – 78cm.

Também foi verificado o quadro de plantas daninhas no pivô 5 onde foi encontrada a área consideravelmente limpa contendo somente 1 planta de Buva (Conysa canadensis).

Já no quadro de plantas daninhas da área da Búfala foi verificada a presença de Milhã (Digitaria sanguinalis L. ), Papuã (Brachiaria plantaginea) e Guanxuma (Sida

RhombifoliaL.)

Na lavoura do pivô 4 foram visualizadas algumas plantas indesejadas, onde foram identificadas Guanxuma(Sida Rhombifolia L). e Capim Arroz (Echinochloa colona. )

2.4.2. Identificação de Plantas Daninhas, Aplicação de Herbicidas e Avaliação do Controle de Invasoras

No dia 17 de abril foi acompanhada a aplicação de herbicidas nas áreas Sandro e Paraíso após a colheita da soja. Na área Paraíso que será semeada aveia preta para a confecção de feno foi aplicado com o JD 720 Roundup WG® (1Kg/ha), Ally® (6,6g/ha), Select® (0,3L/ha) e Adjuvante Áureo® (0,333L/ha) e na área Sandro que será semeado nabo foi aplicado Roundup WG® (1Kg/ha), Select (0,3L/ha), 2,4-D (1L/ha) e Adjuvante Áureo® (0,333L/ha) com o objetivo de controlar as plantas daninhas existentes com um volume de calda de 100L/ha. Na área a ser semeada nabo foi utilizado 2,4-D e não Ally® devido ao efeito residual que este produto iria ter sobre o nabo. Foi determinado que eu diferenciasse os grupos químicos dos heribicidas utilizados: Ally®: sulfuniluréias, Roundup WG®: glicina substituída, Select®: Ciclhexadiona e 2,4-D Dichlorophenoxy fenoxiacético. Nos locais onde foi realizada esta aplicação foram identificadas todas as plantas daninhas existentes através do Manual de Identificação e Controle de Plantas Daninhas de Harri Lorenzi. Foram visualizadas as seguintes espécies: Nabo (Raphanus sativus L. e Raphanus raphanistum), Papuã

(Brachiaria plantaginea),Guanxuma (Sida Rhombifolia L. ), Corriola (Ipomea triloba L. ),

Caruru Roxo (Amaranthus hybridus var. paniculatus), Milhã (Digitaria sanguinalis L. ),

Capim Pé de Galinha(Eleusine indica), Buva (Conysa canadensis). e Picão (Bidens pilos)a.

Também foram encontradas plantas espontâneas de Soja (Glycine Max), Aveia (Avena

sativa) e Azevém (Lolium multiflorum) (que apresenta resistência a glyphosate). No dia 24 de

(32)

A maior parte das guanxumas enrugou as folhas, ficaram manchadas ou descoloriram, mas algumas permaneceram verdes devido a quantidade de Ally® ou 2,4-D foi considerada uma sub-dose para esta espécie. Já estava visível a emergência de plântulas de aveia preta semeada nesta área. O controle de plantas daninhas na área Sandro foi muito eficiente, havendo uma drástica redução no número de invasoras. Plantas de nabo que estavam presente numa elevada população foram 100% controladas. Também podem ser visualizadas somente soja espontânea e guanxuma, e o nabo semeado nesta área ainda não havia emergido.

Foi visualizado no pivô 3 o controle de plantas daninhas, nesta área será semeado nabo para cobertura do solo e ciclagem de nutrientes. Este herbicida teve uma resposta diferenciada se comparada à aplicação realizada na área do Paraíso e Sandro. Havendo um maior controle da soja espontânea comparado aos três herbicidas utilizados anteriormente, também controlando as demais invasoras. Porém este herbicida não é realmente eficaz no controle total de algumas espécies como a Buva (Conysa canadensis) e Nabo (Raphanus sativus), as quais tiveram suas

folhas queimadas mas permanecem com o caule verde. Nos experimentos realizados por Eubank et al. (2008), o Paraquat aplicado sozinho controlou apenas 55-63% da buva

resistente ao glyphosate, em dois anos consecutivos, quando avaliado aos 28 DAA.

2.5. CÁLCULOS E LEVANTAMENTOS

Durante o estágio foi determinada a realização de alguns cálculos e levantamentos para melhor entendimento das atividades produtivas da fazenda. Foi realizado o cálculo para determinar quantos sacos são colhidos por litro de óleo diesel consumido pelas diferentes cinco colhedoras.

Quadro 10. Relação produtividade e consumo de óleo diesel das colhedoras.

Colhedora Sacos Colhidos Consumo óleo diesel (L) Sacos / L de diesel

JD 9570 STS 8943,32 1696,6 5,27

MF 34 4861,48 1379,8 3,52

JD 1185 4167,62 1137 3,67

JD 7200 4269,32 879 4,86

JD 1550 7321,55 1481,5 4,94

(33)

Logo foi determinado o custo de colheita das diferentes colhedoras em R$/sc considerando o pagamento da colheita terceirizada de 8% do volume colhido e o óleo diesel utilizado por cada uma. O preço da soja utilizado para o cálculo foi de R$50,00/sc.

Quadro 11. Relação do custo de sacos colhidos de cada colhedora.

Colhedora Custo R$ / sc

JD 9570 STS 4,25

MF 34 4,32

JD 1185 4,3

JD 7200 4,25

JD 1550 4,28

Foi realizado um levantamento e registro do estoque de insumos e defensivos existentes na propriedade. Após este levantamento foi realizada uma descrição sobre cada defensivo presente no estoque da fazenda, na qual considerei sua composição, grupo químico, empresa produtora, número de registro, objetivos para sua utilização e dose recomendada de acordo com a cultura e alvo.

Para uma melhor compreensão da estrutura da empresa foi realizado o levantamento do número de funcionários da fazenda Tarumã e suas respectivas funções. O resultado deste levantamento esta demonstrado na Tabela 12.

Quadro 12. Levantamento do número de funcionários da Fazenda Tarumã e suas respectivas funções.

Função Desempenhada Nº de Funcionários

Gerente 1

Balanceiro 1

Motorista 1

Funcionários do Silo 6

Aplicadores de Defensivos 3

Responsável pela Pocilga 1

Campeiros 2

Cabanheiro 1

(34)

Funcionários Lavoura 9

Alambrador 1

Marcineiro 1

Serviços Gerais 1

Caseiro 1

TOTAL 31

Foi realizada uma pesquisa sobre a potência de todas as colhedoras presentes na Fazenda Tarumã nesta safra para melhor compreender o desempenho destas. Os resultados obtidos encontram-se na tabela a seguir.

Quadro 13. Determinação da potência de cada colhedora utilizada na safra 2011/12.

Colhedoras Potência cv

JD 1175 Hydro 180

JD 9570 STS 275 - c/reserva 305

JD 9470 STS 238 - c/reserva 256

JD 1550 225

JD 1185 225

JD 7200 150

JD 7700 Hydro 150

MF 34 240

NH TC5070 180

Foi determinada a realização de um levantamento do maquinário presente na fazenda (tratores, colhedoras, aplicador de defensivos), e calculasse a relação de cv/ha da fazenda Tarumã. Na tabela a seguir encontram-se os maquinários e suas respectivas potências.

Quadro 14. Determinação da potência do maquinário da Fazenda Tarumã.

Maquinário Potência cv

TRATORES

JD 7505 140

JD 6605 121

JD 6600 121

JD 7815 202

TM 120 121

MF 295 110

MF 65X 65

CBT 1105 110

TC 12 Yanmar 12

NH 8830 180

COLHEDORA

JD 1550 225

Autopropelido: JD 4720 248

(35)

Considerando a potência em cv do maquinário da Fazenda Tarumã e a área de lavoura de 2575 ha, a relação CV/há da fazenda foi de 0,643 ou 0,486 KW/ha.

A distribuição de potência por área na fazenda Tarumã é alta. Se verificarmos o levantamento realizado por Ereno (2008) as propriedades acima de 749 ha possuem um índice de mecanização real de 0,42 KW/ha.

2.6. PLANEJAMENTO FAZENDA TARUMÃ 2012/13

Foi determinada a realização do planejamento da fazenda Tarumã para a safra 2012/13 simulando ser o responsável pela propriedade e havendo que apresentar este estudo ao proprietário. Este trabalho foi o mais complexo dentro do estágio, pois houve que desenvolver a técnica para cada cultura em específico e a capacidade de gerenciar uma propriedade rural. Como o objetivo desta tarefa era desenvolver meu conhecimento pessoal e acrescentar o máximo de aprendizado possível, não houve acesso ao planejamento atual realizado pelo gerente nem mesmo os realizados nos anos anteriores, somente foram fornecidas planilhas em branco sem informação alguma.

Devido a grande quantidade de informações necessárias para compor este trabalho ele teve inicio no dia 20 de março e realizei a entrega para o gerente da fazenda no dia 26 de abril.

2.6.1. Indicações Técnicas

A primeira medida tomada na realização deste trabalho foi a determinação das culturas a serem semeadas na safra 2012/13. Além das culturas já semeadas na safra 2011/12 na fazenda como soja, sorgo, aveia branca, aveia preta, nabo e trigo, acrescentaram as culturas milho e cevada, também cultivando safrinhas de soja e feijão para diversificar a produção. Após escolhidas às culturas a serem produzidas foi realizada a distribuição destas nas diferentes áreas de lavoura da propriedade de acordo o tamanho das glebas e a cultura antecessora, visando sempre uma rotação de culturas adequada.

(36)

2.6.2. Indicações Técnicas Específicas para as Culturas de Inverno

2.6.2.1. Trigo (Triticum aestivum):

Para instalar a lavoura de trigo seria realizada uma dessecação seqüencial ocorrendo a primeira aplicação 20 dias antes da semeadura e a segunda na semana que a cultura será semeada. Serão utilizados 220 kg de semente/ha tratadas com fungicida, inseticida, micronutrientes e um estimulante de enraizamento. A adubação de base será realizada com 200 kg de Fosfato Diamonico (DAP) e 150 kg de cloreto de potássio por hectare. E serão realizadas 3 aplicações de 100kg/ha de uréia nas fases de perfilhamento, prefloração e emborrachamento. Com utilização destes volumes de uréia pretende-se elevar a produtividade da cultura sem causar acamamento. Conforme Zagonel et al. (2002), a utilização de elevadas doses de nitrogênio é fator positivo para o aumento da produtividade do trigo, porém, pode resultar no acamamento da cultura, o que interfere negativamente na produção e na qualidade dos grãos. Será realizada uma aplicação de herbicida pós-emergente, duas aplicações de inseticida para controlar principalmente a presença de percevejos, pulgões e lagarta, e três aplicações de fungicida de amplo espectro de ação para controle preventivo.

2.6.2.2. Aveia Branca (Avena sativa):

Assim como na aveia preta, nesta cultura será realizada a dessecação da área dando ênfase no controle de azevém resistente. Serão utilizadas 140 kg/ha de semente de aveia branca tratada com fungicida e inseticida. A adubação de base consistirá em 300 kg/ha de DAP e 100kg/ha de cloreto de potássio, e em cobertura será aplicada 100kg/ha de uréia no perfilhamento. A adubação nitrogenada em cobertura é recomendada, em condições favoráveis de clima e solo, aos 30 dias após a emergência das plantas (COMISSÃO..., 2000). Para o controle de doenças e pragas serão realizadas 2 aplicações de fungicida e inseticida enfatizando o controle de pulgão.

2.6.2.3. Cevada (Hordeum vulgare):

(37)

(WIDDOWSON et al., 1982). Em vista de produzir cevada de qualidade não será realizada adubação nitrogenada em cobertura, somente de base. Será realizada uma aplicação de herbicida pós-emergente, duas aplicações de inseticida e três aplicações fungicida para controle preventivo.

2.6.2.4. Nabo para Semente:

Antes da semeadura de nabo para será realizada uma dessecação. Serão utilizados 30 kg/ha de semente tratadas fungicida e inseticida. Será realizada adubação de base com 200 kg/ha de super fosfato triplo. No controle sanitário será realizadas uma aplicação de fungicida e duas de inseticida. Para poder realizar a colheita será realizada a dessecação desta cultura.

2.6.2.5. Aveia Preta para Semente:

Antes da semeadura de aveia preta será realizada a dessecação da área dando ênfase no controle de azevém resistente. Serão utilizados 100 kg/ha de semente tratada com fungicida e inseticida. A adubação de base consistirá em 300 kg/ha de DAP e 100 kg/ha de cloreto de potássio, e em cobertura será aplicada 100kg/ha de uréia no perfilhamento.Para o controle de doenças e pragas serão realizadas 2 aplicações de fungicida e inseticida.

2.6.3. Indicações Técnicas Específicas para as Culturas de Verão

2.6.3.1. Soja (Glycine Max):

Nas áreas onde será semeada soja pretendê-se realizar uma dessecação seqüencial para uma melhor eficiência no controle de invasoras. Primeiramente uma aplicação 40 dias antes da semeadura e antecedendo uma semana a semeadura seria realizada outra onde possam ser controladas com maior eficácia a plantas de Buva (Conysa canadensis) e azevém resistente.

(38)

2.6.3.2. Milho (Zea mays):

Na cultura do milho a dessecação seqüencial ocorrera com uma aplicação 20 dias antes da semeadura e outra na semana que será semeado. Será utilizada semente tratada com inseticida, fungicida e micronutriente. Na adubação de base utilizaremos 200 kg/ha de DAP e 100 kg/ha de cloreto de potássio em áreas de sequeiro, no entanto em áreas irrigadas será utilizado 50% a mais de adubo. As aplicações de uréia em cobertura serão realizadas duas vezes (100Kg/ha cada) em sequeiro e três vezes (133Kg/ha cada) em áreas irrigadas. Serão realizadas aplicações de herbicidas pós-emergencia para controlar folha larga e estreita de acordo com a necessidade, uma aplicação de inseticida e duas aplicações de fungicida para controle preventivo principalmente a ferrugem. As principais medidas recomendadas para o manejo desta doença compreendem o uso de cultivares resistentes, a escolha da época mais adequada para o plantio, de modo a evitar que os períodos de maior pressão dessa enfermidade coincidam com os estágios de desenvolvimento em que a planta é mais suscetível à sua ocorrência , bem como a aplicação de fungicidas, quando em situações de elevada pressão da doença e na presença de cultivares suscetíveis (COSTA et al., 2009).

2.6.3.3. Sorgo (Sorghum spp.):

Assim como no milho na cultura do sorgo será realizada uma dessecação sequencial, sendo a primeira a 20 dias antes da semeadura e a segunda na própria semana, dando ênfase ao controle de azevém resistente. Biótipos de azevém resistentes ao glyphosate se constituem

em um grave problema nas lavouras no Rio Grande do Sul, levando a um considerável aumento nos custos de produção (Vargas et al., 2005). A semente será utilizada na quantidade de 20 kg/ha de sementes viáveis, tratada com fungicida e inseticida. A adubação na base será realizada com 200 kg/ha de DAP e 100 kg/ha de cloreto de potássio, havendo duas aplicações de 100kg de uréia por hectare. Será realizada uma aplicação de herbicida após a emergência para controlar a competição de plantas daninhas, uma aplicação de fungicida para controle preventivo e duas aplicações de inseticida para controlar as espécies de lagarta existentes.

2.6.3.4. Feijão (Phaseolus vulgaris) Safrinha:

(39)

simbiótica eficaz. Existem importantes diferenças entre as estirpes bacterianas na eficiênciada fixação biológica de N2 (FBN) quando em simbiose com essa cultura (Zilli et al., 2009). A adubação de base consistirá em 200 kg/ha de DAP e 100kg/ha de cloreto de potássio. Serão aplicados herbicidas pós-emergentes para invasoras de folha larga e estreita e o controle de doenças e pragas será realizada com 2 aplicações de fungicida e inseticida.

2.6.3.5. Soja Safrinha:

Assim como no feijão na safrinha de soja será realizada uma dessecação antes de semear a cultura. A semente será tratada somente com inoculante específico, mas será utilizada uma alta densidade de semeadura o equivalente para gerar uma população de 600 mil plantas por hectare. Na adubação de base serão utilizados 100 kg/ha de super fosfato triplo e 100 kg/ha de cloreto de potássio. Para controle sanitário seriam realizadas duas aplicações de fungicida e inseticida.

2.6.4. Indicações Técnicas Específicas para as Culturas de Cobertura

2.6.4.1. Aveia Preta:

Para produzir uma cobertura de aveia preta será realizada uma dessecação antes da semear os 120kg/ha de semente sem tratamento. Não será realizada adubação nesta cultura. Na floração devido a massa produzida pela aveia ser excelente, a cultura será dessecada atuando como cobertura para a soja semeada na seqüência.

2.6.4.2. Nabo + Aveia Preta:

Para produzir esta mistura para cobertura será realizada uma dessecação antes da semear 70kg/ha de semente aveia e 20kg/ha de nabo, ambas sem tratamento. Não será realizada adubação nesta integração de culturas. Ao atingir o pico de produção de matéria seca na floração do nabo, este consórcio será rolado e logo dessecado.

2.6.5. Produtos Utilizados no Planejamento

(40)

Quadro 15. Relação das culturas com os diferentes defensivos utilizados na sua produção

Culturas

Tratamento

de Sementes Dessecação

Herb.

Pós-emergentes Fungicidas Inseticidas

Trigo

Baytan, Haf

Roundup,

Select Hussar Opera

Engeo Pleno, Premium Aveia Branca Gaucho, Baytan Roundup,

Ally, Select Opera

Engeo Pleno, Premium Cevada Baytan, Haf Roundup,

Select Opera

Engeo Pleno, Premium Nabo semente Gaucho, Derosal Plus Roundup,

Helmoxone Opera

Engeo Pleno, Orthene Aveia Preta semente Gaucho, Baytan Roundup,

Ally, Select Opera

Engeo Pleno, Premio Soja Standak top Roundup, Ally, Classic, Select. Roundup,

Imazetapir Opera

Engeo Pleno, Premio

Milho CropStar

Roundup, Select

Soberan,

Atrazina+Simazina Abacus Premio

Sorgo CropStar

Roundup,

Select Atrazina Opera Premio

Feijão safrinha

Standak

top Roundup Robust, Poast Opera

Premio, Orthene Soja

safrinha Roundup Imazetapir Roundup, Opera Premio Aveia Preta

cobertura Helmoxone Roundup,

Nabo+Aveia

cobertura Helmoxone Roundup,

OBS: Todas as marcas são registradas.

2.6.6. Gerenciamento das Atividades

(41)

entre a redução nos custos de produção e a maximização da produtividade. Foi determinado o cronograma das atividades de semeadura na safra 2012/13 levando em consideração a época adequada de semeadura de cada cultura na região, procurando também uma distribuição adequada na utilização de mão-de-obra, maquinários e implementos. Para poder calcular os custos totais de produção foi realizada a determinação dos custos operacionais de cada cultura e estimada a energia a ser gasta na irrigação de algumas áreas de milho, soja e feijão. Foram determinadas as produtividades otimistas e pessimistas para cada cultura e utilizando uma produtividade média foi estimada a expectativa de colheita de todas as culturas semeadas para assim determinar a receita individual e total das lavouras na próxima safra, assim como o lucro total e individual. Para complementar este trabalho e adequá-lo a realidade onde ocorrem variações nos preços dos produtos, foram incluídas algumas vendas de acordo com as oscilações do mercado. A seguir estão as Tabelas 16, 17 e 18 que apresentam, áreas de cada cultura, custos, produção, preço de mercado, vendas a diferentes preços, e o resultado em números do planejamento:

Quadro 16. Área cultivada, custo, produtividade e preço de cada cultura.

Area ha Custo Total Custo / ha Kg / ha sc / ha Preço Atual (R$)

Nabo 125,00 88037,50 704,30 1000,00 1,50

Aveia Preta 87,00 82258,50 945,50 1800,00 0,54

Aveia Branca 357,00 293489,70 822,10 2500,00 0,35

Cevada 100,00 99740,00 997,40 2600,00 43,33 23,44

Trigo 812,00 1090759,60 1343,30 3600,00 60,00 25,00

Soja Sequeiro 1476,00 1938578,40 1313,40 3000,00 50,00 51,00 Soja Irrigado 397,00 696774,70 1755,10 4200,00 70,00 51,00 Soja Irr.

Safrinha 121,00 134273,70 1109,70 2400,00 40,00 51,00

Milho Sequeiro 95,00 167352,00 1761,60 5000,00 83,33 25,00 Milho Irrigado 505,00 1227503,50 2430,70 11000,00 183,33 25,00

Sorgo 32,00 38857,60 1214,30 4000,00 66,67 21,20

Feijão Irr.

Safrinha 110,00 199535,60 1813,96 2400,00 40,00 97,00

Palhada 216,00 0,00 0,00

Nabo + Aveia 712,00 67511,84 94,82

Aveia Preta 400,00 45880,00 114,70

(42)

Quadro 17. Relação da quantidade comercialzada, preço e receita obtida por cada cultura

Qtde.

Com. 1 Receita 1

2º Preço

Qtde. Com. 2

Receita

2 3º Preço

Qtde. Com. 3

Receita 3

Nabo 1,00 1500,00

Aveia Preta 1,00 972,00

Aveia

Branca 1,00 875,00

Cevada 1,00 1015,73 0,00 0,00

Trigo 0,40 600,00 26,00 0,30 468,00 27,00 0,30 486,00 Soja

Sequeiro 0,35 892,50 53,00 0,35 927,50 55,00 0,30 825,00 Soja Irrigado 0,35 1249,50 53,00 0,35 1298,50 55,00 0,30 1155,00

Soja Irr.

Safrinha 0,35 714,00 53,00 0,35 742,00 55,00 0,30 660,00 Milho

Sequeiro 0,40 833,33 26,50 0,30 662,50 28,00 0,30 700,00 Milho

Irrigado 0,40 1833,33 26,50 0,30 1457,50 28,00 0,30 1540,00

Sorgo 1,00 1413,33 0,00 0,00

Feijão Irr.

Safrinha 0,35 1358,00 100,00 0,30 1200,00 103,00 0,30 1236,00

Palhada

Nabo +

Aveia

Aveia Preta

TOTAL

Quadro 18. Receitas e Lucros obtidos por cada cultura.

Receita / ha Lucro / ha Receita Total Lucro Total

Nabo 1500,00 795,70 187500,00 99462,50

Aveia Preta 972,00 26,50 84564,00 2305,50

Aveia Branca 875,00 52,90 312375,00 18885,30

Cevada 1015,73 18,33 101573,33 1833,33

Trigo 1554,00 210,70 1261848,00 171088,40

Soja Sequeiro 2645,00 1331,60 3904020,00 1965441,60 Soja Irrigado 3703,00 1947,90 1470091,00 773316,30

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