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(1)

A e m e r gê n cia dos w e blogs e n qu a n t o

n ov os a ct or e s socia is

I n ê s Am a r a l

I SMT, Lar go da Cr uz de Celas, nº 1 3000- 132 Coim br a PORTUGAL Em ail: inesam ar al@ism t .pt

Re su m o

A blogosfer a é o expoent e m áxim o dos self m edia. Est e t r abalho abor da a em er gência dos w eblogs com o novos act or es sociais, a par t ir da r epr esent ação que a im pr ensa faz dest es.

1 – N ot a I n t r od u t ór ia

Com o é que o pr ocesso de globalização pot encia o fenóm eno

dos w eblogs? Que ligação exist e ent r e a esfer a dos blogs e a dos

m edia? At é que pont o são os w eblogs novos act or es sociais? De que

for m a é que a blogosfer a consegue influenciar a opinião pública? O

ciber espaço, ao const it uir - se com o um novo espaço de sociabilidade,

ger a t am bém novas r elações sociais, com est r ut ur as e códigos

pr ópr ios. Est es códigos são um a r efor m ulação das conhecidas for m as

de sociabilidade, agor a adapt adas às novas condições de espaço e de

t em po ( o fim do “ aqui” e do “ agor a” ) . Nest e sent ido, ver ifica- se que

os self m edia, em part icular os w eblogs, se assum em com o novos

act or es sociais. A r elevância que a sociedade lhes at r ibui est á

dir ect am ent e r elacionada com a r epr esent ação que t êm nos m edia.

A pr oblem át ica dest e t r abalho cent r a- se na análise da

blogosfer a enquant o fenóm eno social. O obj ect ivo é com pr eender

com o o pr ocesso de globalização pot encia a em er gência dos w eblogs

enquant o novos act or es sociais. A pr opost a que se apr esent a é a de

pr oblem at izar os conceit os envolvidos no cont ext o t ecnosocial das

com unicações m ediadas por com put ador e dos self m edia –

especificam ent e os w eblogs. O pont o de par t ida par a o “ desenho” de

(2)

Giddens ( 1999) . O aut or define est e pr ocesso com o um a

consequência da m oder nidade e fr ut o das t r ansfor m ações das

r elações sociais. Giddens considera que globalização cor r esponde à

int ensificação das r elações sociais globais que ligam com unidades

locais. Daqui decor r e que o aut or r em et e par a a ideia de

“ glocalização” , sendo est a um a das principais car act er íst icas dos self

m edia. Globalizar o local – a audiência da aut o- edição exist e à escala

m undial.

2 . O fe n óm e n o da globa liz a çã o. Con t r ib u t os pa r a u m

e n qu a dr a m e n t o

«O m undo, t al com o o conhecíam os, m udou subst ancialm ent e

com o apar ecim ent o da I nt er net . Sociedade da I nfor m ação, Er a

digit al, do Ciber espaço ou da I nt er net são apenas difer ent es

designações par a um a nova r ealidade com im plicações inevit áveis ao

nível social, cult ur al, económ ico e polít ico» ( Bar bosa, 2003) .

Webst er ( Oliveir a, Car doso & Bar r eiros, 2004) consider a que

vivem os num a nova sociedade, num a “ sociedade da infor m ação” , que

se car act er iza por 5 cr it ér ios: t ecnológico ( inovação) , económ ico ( o

peso da infor m ação na econom ia) , ocupacional ( t r ansfor m ação

ocupacional – a m aior ia dos em pr egos depende da infor m ação e do

conhecim ent o) , espacial ( as fr ont eir as deixam de exist ir ) , e cult ur al

( cr escim ent o da infor m ação que é acessível aos cidadãos) . A

com binação dest es cr it ér ios t r aduz- se no fenóm eno da globalização.

A expr essão globalização, r ot ineir am ent e, é ut ilizada com um

car iz m ar cadam ent e ideológico. No ent ant o, assist e- se a um pr ocesso

de int egração económ ica, polít ica, social e cult ur al à escala global. «A

globalização r efer e- se aos pr ocessos cr escent es e aceler ant es de

(3)

r elações em que o t em po e o espaço são “ com pr im idos” . As r elações

– indust r iais, financeir as, int elect uais – são conduzidas e encenadas

globalm ent e e cada um de nós é influenciado por elas, quer se t r at e

do que com em os em nossa casa, do m odo com o t r abalham os ou dos

m edia que vem os e ouvim os. Clar o que se t r at a de um pr ocesso

t endencial e com plexo, e gr ande par t e da vida per m anece

int ensam ent e local, m as não há m uit o a ar gum ent ar cont r a a

r ealidade da globalização» ( Webst er , 20041) .

Par a Giddens ( 1999) , a globalização cor r esponde à

int ensificação das r elações sociais globais que ligam com unidades

locais. O aut or defende que o fenóm eno da globalização est á

dir ect am ent e r elacionado com a “ glocalização” , ou sej a, o pr ocesso

de globalizar o local. A “ glocalização” r em et e par a a im por t ância do

local no cont ext o global, que se dest aca por oposição à ideia de

m assificação. A “ glocalização” exist e a par da globalização, e int egr a

t odo o pr ocesso de t r ansfor m ações económ icas e as suas

consequências polít icas, sociais e cult ur ais à escala m undial.

Nos anos 90, com eça a I I I Revolução I ndust r ial – sur gem as

Tecnologias da I nfor m ação e Com unicação ( TI C) . Com a

im plem ent ação da I nt er net , o sur gim ent o da Wor ld Wide Web e da

t elevisão int er act iva em er ge um a nova esfer a pública à escala global.

Vivem os o início do par adigm a da individualização, com o pr ogr essivo

pr ocesso de infor m at ização ger al da sociedade. Est e par adigm a

t r aduz- se na possibilidade do r ecept or ser t am bém em issor ,

assum indo- se assim com o um m odelo de per sonalização. Os

t ecnófilos suger em a dem ocr at ização da com unicação. Par a os

t ecnófobos, os novos disposit ivos am eaçam a cr edibilidade da

infor m ação e põem em causa os m odelos de com unicação. O

fenóm eno da globalização int r oduz novos m odelos sociais e um a

1

Webst er , F. ( 2004) , Desafios globais e r espost as nacionais na Er a da I nfor m ação.

(4)

análise da dim ensão com unicacional é indispensável par a

com pr eender o pr ocesso.

A econom ia dos novos m edia, ou a econom ia digit al, é um

pr odut o dir ect o da globalização, ao m esm o t em po que se assum e

com o o seu m aior sím bolo. Est a nova econom ia const it ui- se por

novos ser viços, pr át icas or ganizacionais, cont ext os e conceit os de

t r abalho e, acim a de t udo, novas for m as de com unicação ( Cascais,

2001) . Nasce o “ net cit izen” , o cidadão do m undo digit al, à der iva na

t eia da I nt er net , com acesso ilim it ado à infor m ação e à aut o- edição.

3 . O m ov im e n t o da Cibe r cu lt u r a : da com u n ica çã o de m a ssa s à

Cibe r cu lt u r a . M u da n ça de pa r a digm a

A int rodução das novas t ecnologias nas esfer as pública e

pr ivada da sociedade, m ais do que um a r efor m ulação, or iginou um

novo cam po sócio- cult ur al e, consequent em ent e, com unicacional. É a

er a da Ciber cult ur a e do par adigm a da indiv idualização da

com unicação. Não pela oposição à com unicação de m assas, m as pela

aceler ação da exper iência at r avés da elect r ónica num novo univer so

de sociabilização: o ciber espaço. «A I nt er net é hoj e o t ecido das

nossas vidas. Não é o fut ur o. É o pr esent e. A I nt er net é um m eio

t ot alm ent e abr angent e, que int er age com o conj unt o da sociedade»

( Cast ells, 2000, p.2212) .

Ker ckhove ( 1997) defende que a evolução do par adigm a social

e com unicat ivo est á dir ect am ent e relacionada com a t ecnologia.

Par t indo da pr em issa de que a t écnica ger a o cam po cult ur al, o aut or

apr esent a t r ês fases de evolução: a cult ur a de m assas, a cult ur a de

2

Cast ells, Manuel ( 2000) , A I nt er net e a sociedade em r ede. I n Oliv eir a, J.M.Paquet e, Car doso, G. & Barreir os, J.J. ( or g) , Com unicação, Cult ur a e

(5)

aceler ação e a Ciber cult ur a. Est a t r ansfor m ação é apr esent ada por

Ker ckhove ( 1997) com a m at er ialização no hum ano: dos hippies aos

yuppies e a finalizar no cybor g. A t ecnologia com eçou a alt er ar a

r elação de sent ido único com a t elevisão par a um a com unicação

bidir eccional ou at é int er act iva, com a int r odução dos com put adores

pessoais no m er cado. Os anos 80 assist ir am à ascensão da “ cult ura

da velocidade” ou “ cult ur a de aceler ação” e das r edes. A cult ura da

velocidade obr igou- nos a est ar em for m a, em agr ecendo as em pr esas

e adquir indo um est ilo de vida ligado à alt a t ecnologia. Os hippies

for am subst it uídos pelos yuppies. O hom em da velocidade chegou

com as novas t ecnologias da com unicação e est á em t odo o lado, no

cent r o das coisas. A sua velocidade é o acesso inst ant âneo ao m undo

( Ker ckhove, 1997) . Não sendo necessar iam ent e est a um a r evolução,

obj ect ivam ent e o fenóm eno de t r ansfor m ação do cam po t ecnosocial é

um a r evolução.

A I nt er net é um dos pr incipais efeit os da t r ansfor m ação em

cur so. Est e novo disposit ivo de com unicação per m it e gr andes

colect ividades dest er r it or ializadas, const it uindo «um avanço decisivo

em dir ecção a novas for m as ( m ais evoluídas) de int eligência

colect iva» ( Lévy, 2001, p.108) . O ciber espaço per m it e um disposit ivo

de “ com unicação t odos- t odos” , por oposição aos m edia

t r adicionais/ clássicos – “ r elação um - t odos” ( I dem , pp.108- 109) . A

com unicação r ecípr oca é possível no t elefone ( “ r elação um - um ”

( I dem , ibidem ) ) , m as não per m it e a const r ução de um cont ext o

com um , «nem um a visão global do que se passa no conj unt o da

r ede» ( I dem , ibidem ) . O ciber espaço, onde o indivíduo é pot encial

r ecept or e em issor , per m it e a explor ação de um espaço de

com unicação que r em et e par a um a rede de significações, que «est á

ent r egue à par t ilha e à r eint er pr et ação dos par t icipant es em

(6)

A r ede é um espaço de espaços, onde coabit am o público e o

pr ivado, o local e global, o m at er ial e o vir t ual. Em t er m os

geogr áficos, são diluídas as fr ont eir as m as são t am bém pr om ovidos

novos espaços de sociabilidade, novos t er r it ór ios, novas ident idades e

pr át icas sociais ( Silva, 1999) . É a m at er ialização da “ aldeia global” de

Mar shall McLuhan, sendo que «é im possível dizer onde com eça a

dim ensão t écnica da r ealidade quot idiana e onde com eça a dim ensão

social» ( Silva, 2004) . Act ualm ent e, vivem os a er a de “ Em er ec” –

post ulada por Jean Clout ier, em que a com unicação hor izont al e

bilat er al se associa a um m odelo de per sonalização. A int er act ividade

é hoj e a chave da com unicação.

4 . O Cibe r e spa ço e n qu a n t o e sfe r a socia l: a I n t e r n e t com o

in st r u m e n t o de p ot e n cia çã o da globa liz a çã o

O ciber espaço, ainda que vir t ual, exist e e pr oduz efeit os. Pode

ser definido com o o espaço pot enciado pelas com unicações m ediadas

por com put ador ( em ail, fór uns, chat , w eblogs, new sgr oups…) e

assum e- se com o um m odelo de com unicação individual, per m it indo

ao r ecept or ser sim ult aneam ent e em issor . Espaço de fluxos, assum

e-se com o a dim ensão social da r ede per m it indo a difusão de

com unicação/ infor m ação à escala global. O que pr ov oca um int enso

pr ocesso de inclusão e exclusão de pessoas na r ede. O ciber espaço,

enquant o plat afor m a social da econom ia digit al, assum e- se com o a

m at er ialização da globalização.

O ciber espaço t em associado a si o pr ocesso cont em por âneo de

desm at er ialização do espaço e de inst ant aneidade t em por al. Com a

vir t ualização sur gem novas velocidades e novos espaços. Est e

m ovim ent o r einvent a um a cult ur a nóm ada ( Lévy, 2001) . Com o

consequência da pós- m oder nidade e expoent e da globalização, a

(7)

sur ge com o fr ut o da const r ução de sist em as de r epr esent ação. O que

lhe dá sent ido/ ident idade são os elem ent os sim bólicos

r epr esent at ivos de det er m inado gr upo. «A I nt er net ger a um a

espacialidade int eir am ent e abst r act a, que é r efor çada pelas

m et áfor as de navegação e de sit e ( lugar ) . Ger a- se um a pr oxim idade

que nada t em a ver com a pr oxim idade geogr áfica, m as sim com a

pr oxim idade r epr esent acional que pr om ove a ideia de com unidade»

( Silva, 1999) .

O espaço/ t er r it ór io da I nt ernet é um a r ede im ensa. Os lugar es

do ut ilizador são cr iados por si, em t or no das t r ocas sim bólicas que

efect ua com os out r os indivíduos e com o pr ópr io espaço. O

ciber espaço assum e quat r o car act er íst icas dist int as de qualquer out r o

m eio de com unicação: dest er r it or ialidade, im at er ialidade, t em po- r eal

e int er act ividade. Efect ivam ent e, nenhum dos disposit ivos que

supor t am os m edia t r adicionais consegue agr egar est es quat r o

elem ent os. O ciber espaço é a dest er r it or ialização da sociabilidade. À

escala global, per m it e a com pr essão ( supr essão?) do espaço e do

t em po.

O ciber espaço é um a t ecnologia social que, ao oper ar a

liber t ação do espaço e do t em po, per m it e a cr iação de um lugar

único. Est a nova or ganização concept ual da dim ensão

espacio-t em por al espacio-t r aduz- se na globalização ( Rober espacio-t son, 1992 ap. Oliveir a,

Car doso & Bar r eir os, 2004) . Logo, a I nt er net é um inst r um ent o de

pot enciação dest e fenóm eno.

5 . A v ir t u a liz a çã o do e spa ço pú blico – a e m e r gê n cia dos se lf

m e dia ( a u t o- e diçã o)

A I nt er net , enquant o nova esfer a da opinião pública, per m it e a

dem ocr at ização da difusão de com unicação. Tr at a- se da liber dade de

(8)

os chat s, as list as de discussão, os w eblogs ( as com unicações

m ediadas por com put ador ) dão exist ência a um novo fenóm eno – a

aut o- edição. Os cidadãos for am prom ovidos de r ecept or es passiv os a

em issor es.

A noção de ut ilizador assum e- se no novo univer so de

sociabilização e de com unicação com o ideia cent r al. O ciber espaço,

pelas suas car act eríst icas, pot encia a em er gência dos self m edia –

espaços alt er nat ivos de com unicação não pr ofissionalizada na r ede. A

t ecnologia per m it e que os hom ens se t or nem m edia indiv iduais –

“ self m edia” , t or nando as suas m ensagens acessíveis a um vast o

público.

O univer so das novas t ecnologias cont ém um conj unt o de

ser viços ( fer r am ent as) que per m it em ao leit or assum ir um papel m ais

act ivo ( ou at é pr ó- act ivo) na int er acção Hum ano- Com put ador

( Bar bosa, 2003) . Est a dem ocr at ização do univer so da com unicação

nasce com o m odelo de individualização e de per sonalização que

em er ge dest a nova esfer a t ecnosocial que é o ciber espaço.

Rosent al Alves, nas j or nadas “ Dez Anos de Jor nalism o Digit al

em Por t ugal” r ealizadas na Univer sidade do Minho ( 2 e 3 de Junho de

2005)3, r efer iu- se ao conceit o de “ sociedade on dem and” . A ideia de

que os m edia est ão a per der o cont r olo par a a audiência, que o

j or nalist a deixa de ser o único gat ekeeper . O que r em et e para a

noção de “ cidadão- j or nalist a” ( Gillm or , 2005) – o j or nalism o j á não é

um exclusivo dos j or nalist as. E, sobr et udo, o acesso à esfer a pública

j á não é dom inado por j or nalist as, polít icos, com ent ador es ou figur as

públicas.

A vir t ualização do espaço público r em et e par a o conceit o de

aut o- edição. O acesso à difusão de com unicação est á agor a aber t o,

sem as r est r ições im post as pelos m edia t r adicionais. Fer r am ent as de

3

r esum o da com unicação disponível em

(9)

edição de sim ples ut ilização per m it em que qualquer ut ilizador , com

noções de infor m át ica básicas, possa publicar na r ede qualquer t ipo

de infor m ação, sem qualquer t ipo de cont r olo. A aut o- edição, ou

infor m ação não pr ofissionalizada, t em var iadíssim as ver t ent es e at é

supor t es. Dos sim ples diár ios aos blogs de int er venção polít ica, do

j or nalism o par t icipat ivo ( const r uído por não pr ofissionais) aos

w ebzines de car áct er j or nalíst ico e não pr ofissionalizadas. Dos

w eblogs aos fanzines, passando pelas pr ópr ias páginas pessoais, a

w eb t or nou- se o espaço ideal par a a difusão de m ensagens. A r ede é

a nova esfer a pública. «A t roca livr e de ideias possibilit ada a t odos,

par a além de r em et er par a a esfer a pública, lem br a ainda o conceit o

de dem ocr acia. Est es aliás par ecem t er nascido em conj unt o»

( Rodr igues, s/ d) .

Os self m edia per m it em um a nova for m a de sociabilização,

«algo que vem par a r enovar a dem ocr acia cuj a pr incipal car act er íst ica

é pr ecisam ent e a liber dade de expr essão» ( Rodr igues, s/ d) . Os

espaços alt er nat ivos de com unicação na r ede criar am novos act or es

sociais, nas escalas global e local. «Essa m ult iplicidade de canais

per m it e um a nova for m a de colect ividade, um novo t ecido

t ecnosocial, um a r ede de indivíduos em cont ínua com unicação»

( Silva, 2004) . Nest a nova esfer a, as audiências não t êm fr ont eir as e

a int er acção per m it e a “ glocalização” . Per m it e globalizar o local.

Por que a infor m ação colocada na r ede, devido às novas m et áfor as

espacio- t em por ais, exist e num espaço global. Significa ist o que,

aliado ao im ediat ism o ( e at é ao m ediat ism o) , a car act eríst ica óbvia

da publicação na I nt er net é a globalização da m ensagem .

Susana Nascim ent o ( 2002) equaciona est e fenóm eno num a

quest ão int er essant e: «ser á que com os novos espaços elect r ónicos,

est am os a passar das “ t eledem ocr acias” dos anos 50 par a um a

“ dem ocr acia digit al/ elect r ónica” ( ut ilizando pr incipalm ent e a I nt er net

(10)

dem ocr acia de m assas” do século XX, est am os per ant e um a

“ dem ocr acia do público” ?»

6 . Os w e blogs com o e x poe n t e m á x im o dos se lf m e dia

« A din â m ica dos blogu e s é u m a d a s con se qu ê n cia s m a is

r e ce n t e s da r e v olu çã o t e cn ológica ca r a ct e r íst ica de st a Er a da

I n for m a çã o e da Com u n ica çã o, on de a “com u n ica çã o

pe r son a liz a da ” se opõe à “com u n ica çã o de m a ssa ”» ( Ba pt ist a ,

2 0 0 4 ) . O fe n óm e n o dos w e blogs a ssu m e - se com o o e x poe n t e

m á x im o dos se lf m e dia , pe r m it in do a pu blica çã o de con t e ú dos

por n ã o e spe cia list a s. Est a n ov a for m a de com u n ica r é

t ot a lm e n t e a ce ssív e l a qu a lqu e r pe ssoa , n ã o se n do n e ce ssá r io

qu a isqu e r con h e cim e n t os in for m á t icos pa r a a lé m da ópt ica do

u t iliz a dor . Re be cca Blood ( 2 0 0 0 ) con side r a qu e os fa ct or e s

qu e m ot iv a m à cr ia çã o de blogs p a ssa m pe la sim plicida de da

in t e r fa ce , o liv r e a ce sso a qu a lqu e r u t iliz a d or , a n ã o r e st r içã o

a o n ív e l de h a r dw a r e ou soft w a r e de le it u r a e a possibilid a de

de e scr it a se m qu a lqu e r t ipo de ce n su r a .

A blogosfer a é o espaço social cr iado pelos w eblogs. A liber dade

de expr essão car act er iza est a nova ágor a, onde t udo pode ser dit o e

publicado. «I ndivíduos ou gr upos const r oem a sua ident idade

int egr ando- se num a com unidade ou separ ando- se dela, afir m ando- se

assim pela aut onom ia e difer ença em r elação aos out r os» ( Rodr igues,

s/ d) . O m apa não é o t er rit ór io da blogosfer a. A dest er r it or ialidade

per m it e a expansão dos lim it es, e a im ensa t eia de w eblogs est á em

per m anent e m ut ação, sem pr e int er ligada pelas ( “ um biguist as” )

(11)

7 . Est u do de ca so: a blogosfe r a por t u gu e sa n os m e dia – a

r e pr e se n t a çã o dos w e blogs n a im pr e n sa por t u gu e sa

Os w eblogs, com a sua com plexa r elação com o j or nalism o e a

polít ica, são novos disposit ivos de com unicação que cr iar am novos

act or es sociais. Mas, a sua legit im ação só acont ece por via da

r epr esent ação que os m edia fazem deles. A esfer a de v isibilidade

pública é significat iv am ent e m ais r eduzida do que o univer so da

blogosfer a. At é que pont o conseguem os blogger s influenciar a

opinião pública? E que blogs são legit im ados pelos m edia?

A r epr esent ação da blogosfer a por t uguesa na “ m ediasfer a”

( Canavilhas, 2004) passa pela legit im ação dos w eblogs enquant o

novos act or es sociais. Se a r elevância que a sociedade lhes at r ibui

est á dir ect am ent e relacionada com a exposição que t êm nos m edia, é

im por t ant e com pr eender com o são r epr esent ados.

a ) . M e t odologia

A quest ão cient ífica desenvolvida par a est e pr oj ect o enuncia a

pr oblem át ica a analisar : “ Que r epr esent ação sócio- polít ica fazem os

m edia dos w eblogs?” . O univer so de análise par a o t r at am ent o de

dados quant it at ivos for am peças/ ar t igos j or nalíst icas publicadas na

im pr ensa por t uguesa, de Julho a Out ubr o de 2003, sobr e blogs

( enquant o t em át ica ger al) . For am seleccionados 23 ar t igos de j or nais

gener alist as de t ir agem nacional e de r efer ência ( diár ios e

sem anár ios) : Diár io de Not ícias, Expr esso ( suplem ent os) , Jor nal de

Not ícias e Público ( j or nal e suplem ent os) . A escolha do per íodo de

análise pr ende- se com a “ explosão” de leit or es de blogs e m esm o de

blogger s que se ver ificou nest as dat as em Por t ugal, pelo que se

pr et ende analisar a r epr esent ação que os m edia fizer am dest a fase

(12)

aleat or iam ent e do univer so de peças publicadas na im pr ensa ( de

cer ca de 35 ar t igos cont abilizados) no per íodo indicado.

O obj ect o de análise dest e est udo é a r epr esent ação dos

w eblogs na im pr ensa por t uguesa – o cont eúdo da cober t ur a

j or nalíst ica. Nest e sent ido, a ênfase cent r a- se na linguagem e na

for m a de apr esent ação do discur so. A gr elha de análise ( a

cat egor ização) que se pr opõe é a seguint e: t ipos de t ít ulos ( cit ação,

sínt ese, int er r ogat ivo, sugest ivo) ; géner o j or nalíst ico ( not ícia, ar t igo,

br eve, ent r evist a, r epor t agem , análise, edit or ial, t ext o de opinião) ;

assinat ur a da peça ( j or nalist a, não assinado, figur a pública) ;

localização nas secções do j or nal/ t em a do ar t igo; ângulo de

abor dagem ( act ualidade, polít ica, espaço de r eflexão e int er venção,

blogs vs. j or nalism o, diár ios pessoais, quest ões t écnicas) ;

enquadr am ent o do t ext o com m at ér ias da m esm a edição ( conexão

com out r os t ext os) ; r efer ências a w eblogs de figur as públicas e/ ou

j or nalist as; r efer ências a w eblogs de anónim os; declar ações/ cit ações

de aut or es de blogs; e indicação dos ender eços elect r ónicos dos

w eblogs r efer enciados. Em anexo apr esent am - se a descr ição das

peças de acor do com est a cat egor ização.

b) . Re su lt a dos

Tabela 1 – Tipificação dos t ít ulos

Tít u los

Cit a çã o Sín t e se I n t e r r og a t iv o Su ge st iv o

1 12 1 9

Os t ít ulos assum em - se com o a m aior r efer ência na

apr esent ação da infor m ação aos leit or es. Em últ im a inst ância, são o

pr incipal elem ent o da est r at égia de com unicação na im pr ensa. Mar de

(13)

r esum ir a infor m ação da not icia; convencer do int er esse daquilo que

se cont a; ser em int eligíveis por si pr ópr ios, de for m a a que o leit or

consiga im ediat am ent e encont r ar o fact o. A linguagem dos t ít ulos

cont r ibui t am bém par a opt im ização da r elevância da infor m ação por

par t e do leit or .

A m aior ia dos ar t igos analisados apr esent a a t em át ica dos

w eblogs at r avés de t ít ulos sínt ese, r esum indo apenas o cont eúdo da

peça. No ent ant o, um núm er o ainda consider ável de ar t igos ( 9)

apr esent a t ít ulos sugest ivos. Consider ando a im por t ância da

r efer ência par a a cont ext ualização da infor m ação, e o

desconhecim ent o gener alizado da t em át ica na alt ur a da publicação

dos t r abalhos j or nalíst icos analisados, par ece- nos r elevant e r efer ir a

falt a de cont ext ualização dos t ít ulos sugest ivos. Est a afir m ação

pr ende- se com o fact o de gr ande par t e ( ainda que não a m aior ia) não

cont ext ualizar a infor m ação a par t ir dos t ít ulos – r efer im o- nos aos

t ít ulos sugest ivos das peças infor m at ivas. Em t er m os sem ânt icos,

est a t it ulação envolve event uais j uízos de valor . Tom e- se por

exem plo os t ít ulos: “ O m it o da dem ocr acia elect r ónica” ou “ Escr ever

sim , discut ir não” . Nest es casos, ver ifica- se que se apr esent am

ver dadeir os j ogos de int er pr et ação, com a infor m ação a

cont ext ualizar o t ít ulo no lead.

Tabela 2 – Classificação dos géneros j or nalíst icos

Gé n e r o j or n a líst ico

N ot ícia Ar t igo Br e v e En t r e v ist a Re por t a ge m An á lise Edit or ia l T.Opin iã o

7 3 0 0 5 3 0 5

No que diz r espeit o à dist r ibuição das peças por géner os

j or nalíst icos, conclui- se que a t em át ica deu or igem essencialm ent e a

peças desenvolvidas. Os ar t igos são de pr ofundidade, apar ent em ent e

(14)

int er venient es no t em a. As r epor t agens assum em r egist os

descr it ivos, cor r obor ados com declar ações de especialist as e/ ou

aut or es de w eblogs, evidenciando ainda um a cont ext ualização bem

conseguida com car act er íst icas m ar cadam ent e nar r at ivas. As análises

seguem t am bém um a linha descr it iva, com r ecur so a font es

docum ent ais e dando voz essencialm ent e a figur as públicas e/ ou

j or nalist as com o pr ot agonist as/ act or es sociais r epr esent at ivos das

t em át icas.

A m aior ia das not ícias são de r eduzido núm er o de par ágr afos e

r egist am ocor r ências r ecent es ( m as não de act ualidade im ediat a) . De

r efer ir que consideram os evident e o r ecur so a um a única font e de

infor m ação, pela escassez de m aior pr ofundidade de assunt os que se

assum em com o r elevant es. Os t ext os de opinião t êm algum a

r epr esent at ividade e apenas um é assinado por um j or nalist a, os

r est ant es são de aut or ia de cr onist as dos j or nais, o que per m it e

concluir que a t em át ica ult r apassou os lim it es da per ifer ia.

Tabela 3 – I dent ificação da aut or ia das peças

Assin a t u r a da pe ça

Jor n a list a N ã o Assin a do Figu r a Pú blica

17 2 4

A assinat ur a das peças é um a const ant e nos ar t igos analisados.

Em par t icular nas peças j or nalíst icas, consider am os que est e é um

sinal de valor acr escent ado à cr edibilidade e à pr ecedência de r ecur so

a font es de infor m ação ext er nas ( par a além das t r adicionais agências

(15)

Tabela 4 – Localização da peça nas secções do j or nal/ t em a do ar t igo ( na ausência de indicação de secção)

Se cçã o/ Te m a

M e dia N a cion a l Opin iã o Socie da de D e st a qu e I n t e r n e t / Com pu t a dor e s Ou t r os

6 1 5 1 1 7 2

Um aspect o que consider am os r elevant e é o enquadr am ent o

dos ar t igos nas secções dos j or nais, o que indicia o posicionam ent o

da t em át ica. A m aior ia das peças est á incluída nas secções Media e

I nt er net / Com put ador es, m as consider am os r elevant e a inclusão do

t em a nas secções de Opinião, Sociedade, Nacional e Dest aque.

Consider am os que o enquadr am ent o da leit ur a da t em át ica est á bem

est r ut ur ado nas páginas dos j or nais e suplem ent os analisados.

Tabela 5 – I dent ificação do ângulo de abor dagem , de acor do com a cat egor ização est ipulada

Ân gu lo de a bor da ge m

Act u a lid a de Polít ica Re fle x ã o/ I n t e r v e n çã o Blogsv s.Jor n a lism o D iá r ios Q. Té cn .

0 0 14 2 3 4

O ângulo de abor dagem da m aior ia das peças analisadas

m ost r a que a novidade da blogosfer a foi apr esent ada essencialm ent e

com o um espaço de reflexão e int er venção, cont ext ualizando a

t em át ica. Tam bém as quest ões t écnicas, os diár ios pessoais e a

r elação dos w eblogs com o j or nalism o or iginar am peças. No ent ant o,

o r elacionam ent o dos w eblogs com t em as da act ualidade e com a

polít ica não for am fio condut or de qualquer peça. Daqui decor r e que,

dur ant e o per íodo de análise dos t ext os, o pr incipal t em a da

blogosfer a nacional er a a polít ica. Assim sendo, par ece- nos evident e

que os r elat os sobr e o t em a se prendem sobr et udo com a novidade e

(16)

Tabela 6 – Enquadr am ent o do t ext o com m at ér ias da m esm a edição ( conexão com out r os t ext os)

En qu a dr a m e n t o/ Con e x ã o dos t e x t os

Sim N ã o

7 16

No que diz r espeit o à conexão dos t ext os com m at ér ias na

m esm a edição, ver ifica- se que a m aior ia não apr esent a qualquer

int er ligação. Nos casos em que os t ext os est ão enquadr ados com

out r as peças, r efir a- se que est as são ger alm ent e caixas.

Tabela 7 – Act or es sociais/ pr ot agonist as da not ícia: w eblogs de figuras públicas e/ ou j ornalist as

Re fe r ê n cia s a w e blogs de figu r a s pú blica s e / ou j or n a list a s

Sim N ã o

13 10

Os pr ot agonist as das not ícias ou act or es sociais r efer enciados

são m ais vezes figur as públicas e/ ou j or nalist as. Ver ificou- se que são

r ecor r ent es as r efer ências a figur as públicas enquant o act or es sociais

das peças e a j or nalist as com o especialist as na t em át ica.

Tabela 8 – Act or es sociais/ pr ot agonist as da not ícia: aut or es de w eblogs anónim os

Re fe r ê n cia s a w e blogs de a n ón im os

Sim N ã o

11 12

Os aut or es de w eblogs anónim os são r efer idos essencialm ent e

nas peças de m aior pr ofundidade. A conclusão é a de que a r efer ência

(17)

m esm o t em po que com pr ova que o fenóm eno da blogosfer a é

acessível a t odos.

Tabela 9 – Recolha e inclusão de declarações/ cit ações de aut or es de w eblogs

D e cla r a çõe s/ Cit a çõe s de a u t or e s de blogs

Sim N ã o

11 12

Pr at icam ent e m et ade das peças apr esent a declar ações e/ ou

cit ações de aut or es de w eblogs. Est e fact o indicia a ut ilização de m ais

do que um a font e de infor m ação par a a const r ução dos ar t igos.

Apenas no caso dos t ext os de opinião a t em át ica é ger alm ent e

t r at ada de for m a m ais ger al, havendo apenas um caso que r efer e

nom es de w eblogs e cit a post s.

Tabela 10 – Referência às hiperligações dos w eblog cit ados/ indicados

I n dica çã o dos e n de r e ços e le ct r ón icos dos w e blogs r e fe r e n cia dos

Sim N ã o

8 15

Um dado que evidencia a falt a de infor m ação sobr e a nova

r ealidade e os poucos conhecim ent os t écnicos ( infor m át icos) são as

poucas r efer ências dos ender eços elect r ónicos dos w eblogs indicados.

8 . Con clu sõe s

A globalização, que se m at er ializa na t écnica, t r aduz- se na

t r ansfor m ação das r elações sociais. A int r odução de disposit iv os

t ecnológicos induz alt er ações ideológicas. Os self m edia são o

(18)

int ensificação das r elações sociais globais e a “ glocalização” das

com unidades locais.

Enquant o consequência da globalização, o fenóm eno da

blogosfer a t r aduz- se no alar gam ent o do espaço público. A nova ágor a

que sur ge com os w eblogs par t e de plat afor m as que per m it em a

aut o- edição par a um novo cont ext o social, um am bient e

com plet am ent e difer ent e que alt er a o pr ocesso de com unicação. É o

pleno da er a de Em er ec post ulada por Jean Clout ier e da Obr a Aber t a

a que Um ber t o Eco se r efer iu nos anos 60. O r ecept or é agor a

sim ult aneam ent e em issor , assum indo um papel ( pr ó) act ivo na

com unicação e m anipulando um novo elem ent o: a int er face.

Os w eblogs, e os seus aut or es, são act ualm ent e novos act or es

sociais int er venient es na sociedade. E a r elevância que a sociedade

lhes at r ibui est á dir ect am ent e r elacionada com a r epr esent ação que

t êm nos m edia. Vej a- se a nível int er nacional o caso dos w ar blogs ou

a r ecent e acr edit ação de blogger s pela Casa Br anca. No r egist o

nacional, a r epr esent ação significat iva que t êm nos m edia ( enquant o

fenóm eno único e não apenas dest acando as figur as públicas que

nele int ervêm ) coloca os aut or es de w eblogs com o act or es com poder

social. A com pr ová- lo not em - se as r ecent es aquisições de blogger s

com o colunist as nos j or nais de r efer ência por t ugueses ou a ut ilização

dos t ext os publicados em w eblogs com o font e de infor m ação.

O cor pus analisado per m it e concluir que a im pr ensa

por t uguesa apr esent a os blogs com o novos act or es sociais, colocando

a t em át ica num a posição cent r al e at é de dest aque ( em alguns casos)

na localização nas secções. Consider am os que a influência da

blogosfer a na opinião pública decor r e dest a r epr esent ação ( posit iva)

nos j or nais. No ent ant o, é possív el que o ent usiasm o que da

im pr ensa por est a pr oblem át ica t enha t endência a desvanecer e a

(19)

Recuper ando a quest ão cient ífica post ulada par a est e pr oj ect o

( “ Que r epr esent ação sócio- polít ica fazem os m edia dos w eblogs?” ) ,

consider am os que é possível concluir que a im pr ensa apr esent a os

blogs com o um novo poder em t er m os com unicat ivos, um fenóm eno

que pot encia novos act or es sociais, com um papel de r elev o na

sociedade. Em t er m os polít icos, os t ext os analisados per m it em infer ir

um a m arginalização dest a ver t ent e da blogosfer a. O enquadr am ent o

cent r al da t em át ica apr esent a um novo cont ext o t ecnosocial, com

novos act or es sociais. Mas as especificidades e as pot encialidades

dest e novo espaço são ainda um t em a m ar ginal na im prensa

por t uguesa. O r econhecim ent o dos w eblogs com o novos act or es

sociais é a pr incipal conclusão dest e t r abalho. O que coloca em

evidência que est es influenciam dir ect am ent e a est rut ur a

sócio-polít ica da sociedade, na m edida em que são r epr esent ados com o

novos elem ent os pr ovidos de poder social. No ent ant o, a esfer a

polít ica da blogosfer a não est á colocada em evidência nos t ext os

analisados. Ainda assim , deve r econhecer - se a dist ância t em por al das

peças j or nalíst icas r ecolhidas, e logo concluir a evolução da

r epr esent ação dest a dim ensão na im pr ensa. A t ít ulo de exem plo,

r efir am - se desm ent idos de par t idos polít icos de fact os r elat ados na

blogosfer a ou at é post s de w eblogs que or iginam debat es no espaço

dos j or nais e das t elevisões.

Em últ im a análise, consider am os válida a hipót ese de t r abalho

adopt ada nest e pr oj ect o: os w eblogs, enquant o novos act or es sociais,

influenciam dir ect am ent e a est r ut ur a sócio- polít ica da sociedade

(20)

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